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segunda-feira, 9 de novembro de 2015

Opinião

Morto ao Chegar


Aproveito o título de um filme que vi no Sábado, que é do final dos anos 80, para definir a performance do Imortal nesta reta derradeira de Brasileiro.

Vendo as últimas partidas do Grêmio, fiquei com a impressão (quase certeza), que o elenco chegou ao limite de suas possibilidades. Está extenuado e isso compromete o desempenho dentro das quatro linhas. Vai cruzar a reta final para a LA, mas será suando sangue.

Quando escrevo extenuado, não me refiro a má preparação no aspecto físico dos atletas, mas o tão famoso “jogar com a corda esticada” o tempo todo. Roger tira mais de jogadores medianos do que eles têm a dar. É uma condição excepcional de cada um deles; refiro-me aos medianos Erazo, Galhardo, Marcelo Oliveira e, talvez Maicon. Incluiria ainda o Douglas, não pela falta de talento, mas pela sua superação física. É quase um ex-jogador, porém, com contrato de produtividade, aí a grande sacada da Direção, ele vai para o sacrifício. Sem este tipo de acerto, duvido que o camisa 10 teria o número de participações de jogos que tem em 2015.

Sou um dos que ainda resiste ao reconhecimento do (pretenso) talento de nosso goleiro; para mim, Grohe é um “guarda-metas” idêntico a Fernando Prass, Weverson ou Marcelo Lomba, não tem como compará-lo a Marcos ou Rogério Ceni no tal projeto, que acredito ser mais lobby da Imprensa gaúcha do que qualquer outra coisa. O que justifica ampliar o vínculo ainda em vigência com um goleiro, que está há 10 anos no profissional do Grêmio e não tem uma única decisão onde sua atuação fosse marcante? Qual a “decisão-decisão”, que podemos dizer – Taí, o cara garantiu o caneco para o Grêmio? Que não repete o comportamento de 2014, seu melhor ano?

Aumentar seu vínculo e salário, não fará dele melhor do que realmente é? Parece estratégia de ídolo pop fabricado, que costumamos ver na música. Pensa-se: Pô, o cara está rodando em todas as rádios e ganhando rios de dinheiro; tem que ser bom.

No futebol não é assim. Não se decreta a qualidade ou “imortalidade” de um arqueiro como ocorreu com Eurico Lara, por exemplo.

E o tal companheiro para Luan? Estamos na fase de sempre dizer, que o jogador ideal é o que não está jogando. Olha! Agora o “cara” é o Bobô. E assim, vamos indo.

De certo, de concreto, é o trabalho relevante de Roger, mas ele não é mago, no segundo turno, o Tricolor tem a oitava melhor campanha  do certame. Uma senhora queda de produção.

Passando para a LA, o Grêmio não pode incorrer no erro de supervalorizar atletas “meia-boca”, que saindo daqui, não vingarão entre os 11 de muito clube semelhante ao Tricolor em grandeza.


2 comentários:

  1. Pra mim o desempenho do segundo turno é a realidade do Grêmio, o que havia previsto no início do ano, meio de tabela. Por sorte nosso técnico tem qualidade muito superior ao elenco que recebeu.

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  2. PJ
    Exatamente; a Direção tem que ter a real noção que a classificação do Tricolor é muito mais mérito do treinador do que da qualidade do elenco.

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