Opinião

Não, não foi o Grenal que derrubou Erazo

Dei uma passeada pelos blogs e notícias sobre o Grêmio e me deparei com uma opinião que discordo frontalmente; aquela que dá conta que a motivação da dispensa de Erazo ter sido a sua rebolada no Grenal.

O jornalista por não ser gremista, não teve a dimensão exata do que foi a derrota no clássico para nós, tricolores. Embora ninguém goste de perder para o rival, o impacto dela (a derrota) é idêntica ao valor de uma moeda de 1 centavo. Explico.

Se havia um clássico valendo pontos, que o Grêmio sentiria menos as dores de um tropeço, este era o recomendado. Ele foi antecedido por uma vitória estrondosa, quase irrepetível, fato idêntico, que só foi registrado pelo lado azul em 1910, no Grenal nº 2. Perder, portanto, por um a zero, só foi alimento para a gozação do "Fica Argel" ou a melhor que vi; aquela em que o treinador disse ter recebido uma fatura no colo; então: "Leve 5 e pague 1".

O vice campeonato foi perdido no desastre dos 2 a 3 contra a Chapecoense na Arena. Não no Grenal, ainda que ambos os insucessos valessem matematicamente a mesma coisa.

Passados alguns meses, ninguém vai lembrar desta derrota no último Grenal.

Então, por que Erazo não ficou? Porque não vale o que pensa o seu empresário  que ele vale. Igual e mais barato existem muitos no mercado como os dois beques do Coritiba, W. Maia e Juninho, Kadu do Atlético Paranaense, Luan do Vasco, Fred do Goiás e até Sandro do Ceará.

Se vasculhar mais o mercado do Rio da Prata, a Direção gremista vai encontrar um zagueiro talhado para disputar a LA; se vasculhar o mercado da Série B, vai encontrar um novo "William" ou "Teco".

O desinteresse por Erazo vem da relação custo/benefício.