Pequenas Histórias (115) - Ano - 1989
Voltando ao local do
Crime
Fonte: Correio do Povo |
“A grande prioridade do
Grêmio na temporada, a ... ficou inviabilizada à partir da derrota de ontem à
noite... O resultado de 1 a 0 deixou o Grêmio na obrigação de vencer na
Argentina, onde o ... é praticamente imbatível. O certo é que novamente não foi
formado um time à altura das ambições gremistas.”
Assim, começa o texto
do Correio do Povo de 26 de Outubro de 1989, um dia após a derrota do Imortal
diante do Estudiantes de La Plata no Olímpico, praticamente se despedindo da
Supercopa, a competição mais almejada pelo Tricolor naquele ano. Incrível
coincidência com os dias atuais.
O Grêmio sofreu um gol
de Cariaga com o arqueiro Gomes (ex-Seleção Brasileira) soltando seu chute e a
bola entrando mansamente. A torcida não perdoou chamando-o de frangueiro.
Gomes ainda cometeria
um pênalti no final da partida. Redimiu-se, defendendo a cobrança, minimizando
o estrago no placar. Gomes era uma no cravo, outra na ferradura.
E assim, derrotado em casa,
tendo que reverter o resultado, o Tricolor se dirigiu a La Plata, seis anos
depois de empatar em 3 a 3 contra o Estudiantes de apenas sete atletas em
campo, estádio lotado e, principalmente, de sofrer agressões e ameaças, porém, desta
inusitada forma, o Tricolor encaminhou a classificação para a final da LA;
faltava apenas o detalhe de Cáli, isto é, o clube argentino não vencer o
América, o que de fato ocorreu. Agora, este novo Grêmio levava a imensa
desconfiança da imprensa e de sua torcida.
No dia 1º de Novembro,
dia de Todos os Santos, às 21 horas, Cláudio
Duarte mandou à campo: Mazaropi; Alfinete, Luís Eduardo, Edinho e Fábio;
Jandir, Lino, Cuca e Adilson Heleno; Kita e Paulo Egídio. O zagueiro Vilson
ainda entraria no lugar de Kita para recompor a defesa.
O Estudiantes de La
Plata utilizou: Battaglia; Cravioto, Trota, Aguero e Ramirez; Peinado, Vargas,
Marquez (Di Carlo) e Cariaga; Cardozo e Mac Callister (Guyonchongio). O trio de
juízes Coston Castro, Salvador Imperatore e Sérgio Vasquez comandou a partida.
As dificuldades do
velho estádio Jorge Hirsch permaneciam as mesmas, a polícia teve que utilizar
gás lacrimogêneo para afastar os torcedores da entrada do vestiário gremista
que impediam a chegada da delegação brasileira.
Com muita raça e
futebol, o Imortal virou o primeiro tempo vencendo por 1 a 0, gol do
ponta-esquerda Paulo Egídio, que após falha da zaga, ficou com a pelota,
driblou o goleiro Battaglia e empurrou para as redes platinas.
Aos 7 minutos da etapa
final, Cuca passou por todos os zagueiros e bateu cruzado, aumentando para 2 a
0, resultado que já servia para a classificação.
O Estudiantes se
desesperou e veio para o tudo ou nada; atento e consequente, o Grêmio daria o
golpe fatal aos 36 minutos, novamente com Cuca. 3 a 0.
Como não tem jogo
tranquilo contra "los Hermanos", três jogadores foram expulsos, os defensores
Trota, mais Alfinete e o capitão Edinho.
Assim, com nove
jogadores, o Imortal segurou o Estudiantes e saiu classificado da Argentina,
quando tudo indicava que esta partida seria a despedida dele no torneio.
Mostrou-se o mesmo time
guerreiro, que não se encolhia diante das dificuldades, conforme a sua tradição.
Fonte: Correio do Povo
Nas semifinais, o Tricolor enfrentou o Boca Juniors.
ResponderExcluir0x0 no Olímpico, em 08.11.1989, no jogo de Ida.
2x0 para o Boca Juniors, na Bombonera, em 16.08.1989, no jogo de Volta.
Passaram Boca Juniors e Independiente, que venceu o Argentinos Juniors, nas duas partidas.
Na final, Boca e Independiente, empataram em 0x0, na Ida.
Na Volta, outro 0x0,e nas penalidades, o Boca Juniors levou a melhor: 5x3.
Boca Campeão!
Era o início dos grandes anos do clube "bostero".
ExcluirA Supercopa era um ótimo torneio. Reunia somente os clubes com o título de Campeão da América.Teve apenas 10 edições: 1988, 1989, 1990, 1991, 1992, 1993, 1994, 1995, 1996 e 1997.
ResponderExcluirEste, o título que o Inter não tem.
ExcluirSupercopa Libertadores
ResponderExcluir1989
Campeão Racing (1º título)
Vice-campeão Cruzeiro
1990
Campeão Boca Juniors (1º título)
Vice-campeão Independiente
1991
Campeão Olimpia (1º título)
Vice-campeão Nacional
1992
Campeão Cruzeiro (1º título)
Vice-campeão River Plate
1993
Campeão Cruzeiro (2º título)
Vice-campeão Racing
1994
Campeão São Paulo (1º título)
Vice-campeão Flamengo
1995
Campeão Independiente (1º título)
Vice-campeão Boca Juniors
1996
Campeão Independiente (2º título)
Vice-campeão Flamengo
1997
Campeão Vélez Sársfield (1º título)
Vice-campeão Cruzeiro
1998
Campeão River Plate (1º título)
Vice-campeão São Paulo
Hegemonia portenha, como na LA.
ExcluirUm torneio desse nível deixar de ser orgabizado prova o quanto pequeno pensam os dirigentes latinoamericanos.
ResponderExcluirEnquanto os dirigentes brasileiros pensam nos campeonatos regionais para livrar alguma taça para os grandesa clubes, deixamos de lado um torneio com a participação de clubes campeões. Inclusive vários deles com títulos mundiais.
Infelizmente, é mais fácil encher estádios no Interior do Brasil, com 10 mil pagantes.
Enquanto isso, na Europa, 55 a 60 mil pagantes de média, por jogo.
Concordo, Alvirubro.
ExcluirMesmo sem grandes times, os clubes com grife, sempre enchem estádios.
Dá para imaginar uma Supercopa da Libertadores com esses campeões?
ResponderExcluirPeñarol (URU)
Independiente (ARG)
Racing Club (ARG)
Cruzeiro (BRA)
Olimpia (PAR)
Flamengo (BRA)
Grêmio (BRA)
Argentinos Juniors (ARG)
Nacional (URU)
Atletico Nacional (COL)
Colo Colo (CHI)
São Paulo (BRA)
Vélez Sarsfield (ARG)
River Plate (ARG)
Vasco da Gama (BRA)
Palmeiras (BRA)
Boca Júniors (ARG)
Once Caldas (COL)
LDU Quito (EQU)
Estudiantes (ARG)
Internacional (BRA)
Santos (BRA)
Corinthians (BRA)
Atlético-MG (BRA)
San Lorenzo (ARG)
Melhor do que Sulamericana, que já nasceu moribunda.
Excluir