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terça-feira, 3 de maio de 2016

Pequenas Histórias



Pequenas Histórias (115) - Ano - 1989


Voltando ao local do Crime

Fonte: Correio do Povo

“A grande prioridade do Grêmio na temporada, a ... ficou inviabilizada à partir da derrota de ontem à noite... O resultado de 1 a 0 deixou o Grêmio na obrigação de vencer na Argentina, onde o ... é praticamente imbatível. O certo é que novamente não foi formado um time à altura das ambições gremistas.”

Assim, começa o texto do Correio do Povo de 26 de Outubro de 1989, um dia após a derrota do Imortal diante do Estudiantes de La Plata no Olímpico, praticamente se despedindo da Supercopa, a competição mais almejada pelo Tricolor naquele ano. Incrível coincidência com os dias atuais.

O Grêmio sofreu um gol de Cariaga com o arqueiro Gomes (ex-Seleção Brasileira) soltando seu chute e a bola entrando mansamente. A torcida não perdoou chamando-o de frangueiro.

Gomes ainda cometeria um pênalti no final da partida. Redimiu-se, defendendo a cobrança, minimizando o estrago no placar. Gomes era uma no cravo, outra na ferradura.

E assim, derrotado em casa, tendo que reverter o resultado, o Tricolor se dirigiu a La Plata, seis anos depois de empatar em 3 a 3 contra o Estudiantes de apenas sete atletas em campo, estádio lotado e, principalmente, de sofrer agressões e ameaças, porém, desta inusitada forma, o Tricolor encaminhou a classificação para a final da LA; faltava apenas o detalhe de Cáli, isto é, o clube argentino não vencer o América, o que de fato ocorreu. Agora, este novo Grêmio levava a imensa desconfiança da imprensa e de sua torcida.

No dia 1º de Novembro, dia de Todos os Santos,  às 21 horas, Cláudio Duarte mandou à campo: Mazaropi; Alfinete, Luís Eduardo, Edinho e Fábio; Jandir, Lino, Cuca e Adilson Heleno; Kita e Paulo Egídio. O zagueiro Vilson ainda entraria no lugar de Kita para recompor a defesa.

O Estudiantes de La Plata utilizou: Battaglia; Cravioto, Trota, Aguero e Ramirez; Peinado, Vargas, Marquez (Di Carlo) e Cariaga; Cardozo e Mac Callister (Guyonchongio). O trio de juízes Coston Castro, Salvador Imperatore e Sérgio Vasquez comandou a partida.

As dificuldades do velho estádio Jorge Hirsch permaneciam as mesmas, a polícia teve que utilizar gás lacrimogêneo para afastar os torcedores da entrada do vestiário gremista que impediam a chegada da delegação brasileira.

Com muita raça e futebol, o Imortal virou o primeiro tempo vencendo por 1 a 0, gol do ponta-esquerda Paulo Egídio, que após falha da zaga, ficou com a pelota, driblou o goleiro Battaglia e empurrou para as redes platinas.

Aos 7 minutos da etapa final, Cuca passou por todos os zagueiros e bateu cruzado, aumentando para 2 a 0, resultado que já servia para a classificação.

O Estudiantes se desesperou e veio para o tudo ou nada; atento e consequente, o Grêmio daria o golpe fatal aos 36 minutos, novamente com Cuca. 3 a 0.

Como não tem jogo tranquilo contra "los Hermanos", três jogadores foram expulsos, os defensores Trota, mais Alfinete e o capitão Edinho.

Assim, com nove jogadores, o Imortal segurou o Estudiantes e saiu classificado da Argentina, quando tudo indicava que esta partida seria a despedida dele no torneio.

Mostrou-se o mesmo time guerreiro, que não se encolhia diante das dificuldades, conforme a sua tradição.


Fonte: Correio do Povo

10 comentários:

  1. Nas semifinais, o Tricolor enfrentou o Boca Juniors.
    0x0 no Olímpico, em 08.11.1989, no jogo de Ida.
    2x0 para o Boca Juniors, na Bombonera, em 16.08.1989, no jogo de Volta.

    Passaram Boca Juniors e Independiente, que venceu o Argentinos Juniors, nas duas partidas.

    Na final, Boca e Independiente, empataram em 0x0, na Ida.
    Na Volta, outro 0x0,e nas penalidades, o Boca Juniors levou a melhor: 5x3.
    Boca Campeão!

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  2. A Supercopa era um ótimo torneio. Reunia somente os clubes com o título de Campeão da América.Teve apenas 10 edições: 1988, 1989, 1990, 1991, 1992, 1993, 1994, 1995, 1996 e 1997.

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  3. Supercopa Libertadores

    1989
    Campeão Racing (1º título)
    Vice-campeão Cruzeiro

    1990
    Campeão Boca Juniors (1º título)
    Vice-campeão Independiente

    1991
    Campeão Olimpia (1º título)
    Vice-campeão Nacional

    1992
    Campeão Cruzeiro (1º título)
    Vice-campeão River Plate

    1993
    Campeão Cruzeiro (2º título)
    Vice-campeão Racing

    1994
    Campeão São Paulo (1º título)
    Vice-campeão Flamengo

    1995
    Campeão Independiente (1º título)
    Vice-campeão Boca Juniors

    1996
    Campeão Independiente (2º título)
    Vice-campeão Flamengo

    1997
    Campeão Vélez Sársfield (1º título)
    Vice-campeão Cruzeiro

    1998
    Campeão River Plate (1º título)
    Vice-campeão São Paulo

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  4. Um torneio desse nível deixar de ser orgabizado prova o quanto pequeno pensam os dirigentes latinoamericanos.
    Enquanto os dirigentes brasileiros pensam nos campeonatos regionais para livrar alguma taça para os grandesa clubes, deixamos de lado um torneio com a participação de clubes campeões. Inclusive vários deles com títulos mundiais.
    Infelizmente, é mais fácil encher estádios no Interior do Brasil, com 10 mil pagantes.
    Enquanto isso, na Europa, 55 a 60 mil pagantes de média, por jogo.

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    1. Concordo, Alvirubro.
      Mesmo sem grandes times, os clubes com grife, sempre enchem estádios.

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  5. Dá para imaginar uma Supercopa da Libertadores com esses campeões?

    Peñarol (URU)
    Independiente (ARG)
    Racing Club (ARG)
    Cruzeiro (BRA)
    Olimpia (PAR)
    Flamengo (BRA)
    Grêmio (BRA)
    Argentinos Juniors (ARG)
    Nacional (URU)
    Atletico Nacional (COL)
    Colo Colo (CHI)
    São Paulo (BRA)
    Vélez Sarsfield (ARG)
    River Plate (ARG)
    Vasco da Gama (BRA)
    Palmeiras (BRA)
    Boca Júniors (ARG)
    Once Caldas (COL)
    LDU Quito (EQU)
    Estudiantes (ARG)
    Internacional (BRA)
    Santos (BRA)
    Corinthians (BRA)
    Atlético-MG (BRA)
    San Lorenzo (ARG)

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    1. Melhor do que Sulamericana, que já nasceu moribunda.

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