Opinião

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Em 2008, o Tricolor teve a maior chance de botar faixa neste campeonato por pontos corridos. Roth bastante pressionado já na estreia, venceu o São Paulo no Morumbi e partiu para um primeiro turno exemplar.

Montou um time ajustado e foi até onde a sua capacidade permitiu. Finalizando o turno como líder, a Direção resolveu dar um reajuste ao técnico, ali, ela errou de forma bisonha, porque deveria ter acertado uma premiação por conquista do Brasileiro e, ao mesmo tempo, sinalizou de forma equivocada para o elenco, quem era o responsável pelo êxito da grande campanha.

Como um motorista de caminhão que começa fazendo frete com seu veículo de segunda mão, Roth ao ter uma frota maior (o final do Brasileiro), não teve conhecimento e condições para ir adiante como ocorreu anos mais tarde, diante  do Mazembe. Era tarefa para outro profissional e a conquista do campeonato nacional de 2008 foi para as mãos de Muricy.

Agora, os clubes gaúchos vislumbram a possibilidade mais concreta de botar faixa, mas não será tarefa fácil como ontem em Volta Redonda se viu; isto é, na dúvida, os árbitros "meia-boca", os não cascudos, vão apitar em benefício dos clubes grandes do eixo Rio-São Paulo.

Porém, tratando do jogo do Imortal, apenas superar erros de arbitragem não será suficiente, ao olhar para os 14 atletas que participaram, nós veremos, que além de grande "jóquei" na casamata, há de se ter elenco. 

Num único momento, Bressan, Marcelo Hermes, Tilica, Jaílson, Maicon, Douglas, Ramiro, Bobô, Éverton e Bruno Grassi, juntos em 90, 95 minutos, é um convite à derrota. Com eles juntos, o Grêmio poderá ganhar um, dois jogos, nunca um certame que ganhou apenas duas vezes em quase cinquenta anos de disputa.

A Direção terá que ser mais do que competente, terá que ter sorte para não ter em seu elenco Bobô, Henrique Almeida, Cadu, Fred, Wallace Oliveira, que infelizmente, estão em débito na relação custo/benefício. Até o momento, dá para incluir o nome de Miller Bolaños neste rol, excelente atacante, mas que parece que vai repetir a trajetória de Eduardo Vargas e Christian Rodriguez no Tricolor.

A situação tende a se agravar com a abertura da janela do mercado europeu, quando Walace e Luan poderão deixar o clube.

Será difícil sonhar com a conquista desse campeonato que se avizinha mais à mão, se a Direção não acertar "110%" em suas demandas.