A Fartura
Enquanto não temos o novo tocador do "projeto", isto é, o novo treinador; eu vou comentar sobre um assunto que estava engatilhado, um tema que não vi em outros espaços e que é um dos grandes erros desta Direção.
Para comentá-lo, é interessante lembrar dos anos 70; pois eu vi o Grêmio ser campeão, aliás, heptacampeão em 68 com 9 anos e depois, só fui comemorar um título (um único título) em 77, campeão gaúcho. Façam as contas e verão que eu tinha 18 anos. Uma eternidade para quem era adolescente. Até hoje, aquele campeonato está na lembrança da minha geração. Não foi um Gauchão, foi a redenção, foi a prova que quem espera, sempre alcança. Por isso, a lembrança que neste mês de Setembro, dia 09, a gente comemora os 40 anos da contratação de Telê Santana, o nosso libertador.
Então, eu entendo o sufoco desta geração que na segunda década deste século, iniciada em 2011, ainda não gritou; "é campeão". Quem tinha 10 em 2010, está com 16 anos e sem comemorar nada.
Pois bem, Bolzan Junior, depois de um bom final de 2015, viu a fartura de competições e pensou: Uma dessas, nós vamos conquistar. É impossível não vencer uma delas pelo menos, afinal, o time estava engrenando sob a batuta de Roger e virão reforços (Kadu, Wallace Oliveira, Fred, etc...).
Confiou tanto, que relativizou a importância de cada uma delas. Brigou pelo surgimento da Primeira Liga e o Imortal foi o único clube que meteu time misto, isso, contra o Avaí em Chapecó na arrancada do torneio. Poupou alguns jogadores para a estreia do Gauchão contra o Brasil em Caxias do Sul, fato que se revelou fatal para a classificação para a outra fase.
Mas tudo bem! Tinha o Gauchão que estava ponteando, também havia a Libertadores, além do mais, o Brasileirão e a Copa do Brasil. Uma, imaginou o presidente, será nossa e seguiu dizendo que viria uma conquista em 2016.
Num cochilo (ou incompetência), resolveu o Grêmio, poupar atletas na semifinal diante do Juventude e lá se foi o Regional. Aliás, foram num curto espaço de tempo, o Gauchão e a Libertadores, ambas (as competições) de forma patética. Roger balançou, mas não caiu.
Chega o Brasileirão, o time arranca relativamente bem e Bolzan Jr. renova a frase: Vamos ganhar um título ainda em 2016. Vem o segundo turno e surge a realidade nua e crua, o time cresce como rabo de cavalo, a Direção acrescenta mais meleca neste angu e a vaca foi para o brejo.
Bolzan Jr. ameniza sua frase e diz que não se deve desprezar vaga para a LA. A coisa fica insustentável e Roger pega o boné e dá um tchau. Resta a Copa do Brasil.
Essa "fartura" de competições foi escorregando pelos dedos e a Direção não entendeu que parte dos problemas estaria resolvido com a simples conquista da Primeira Liga ou do Gauchão, assim como ocorreu lá no distante ano de 77. Na lembrança dos jovens torcedores ficaria a conquista independente do tamanho dela, porque na imaginação da massa, ela tem um valor incomensurável, um verdadeiro marco.
Bolzan Jr. não entendeu isso, foi postergando a busca dos títulos, porque, afinal de contas, havia 5 competições, portanto, era impossível não ganhar uma.
Era.
Olá, o amigo não acha que o jogadores literalmente entregaram nos 0x4 Coritiba e 0x3 Ponte Preta (sem falar 0x0 América e Santa Cruz). Nem o América leva 0x7 assim... O que achas?
ResponderExcluirDaison
ResponderExcluirCerta vez, Mário Sérgio, cracaço do Grêmio em 1983, em um dos seus comentários na tevê, disse que bastavam 2 jogadores dos 11 em campo para boicotar o trabalho do treinador. É difícil acreditar, mas é possível sim.
O problema é que quem está mal, parece ser bruxo do treinador.
bruxo, Luan, Walace e Geromel estão no mínimo abaixo do normal, pra não dizer mal.
ExcluirJaílson caiu de rendimento, Edilson idem.
Deus que me perdoe, mas o único que tem mantido a média é o Douglas.
Glaucio!
ResponderExcluirAí, nós caímos na desconfiança: Estão fazendo corpo mole ou é falta de comando técnico. Prefiro achar que seja essa segunda hipótese.
É mais confortável achar que seja essa né.
ExcluirInfelizmente não tenho acesso, mas há boatos sobre um áudio de Roger, falando de problemas no vestiário com os guris (Luan e Walace) tirando onda com os demais por causa do título das olimpíadas.
Tomara que seja apenas boato.
Não é do estilo do Roger, acho que a gota d'água foi a inabilidade de Guerra para gerir o vestiário. Essas acomodações políticas levam a isso.
ResponderExcluirAprendi a admirar o Fábio Koff; se ele segurou o Rui Costa era porque via nele qualidades.
Há algo de podre no grupo. As entrevistas do Edilson e do Geromel, colocando a culpa nos jovens, é um sinal claro do racha.
ResponderExcluirDesconfio que tinha gente que se doava para o time e não era devidamente reconhecida, enquanto outros eram intocáveis.
Nelson
ResponderExcluirÉ por aí, nesse caso, o histórico do Adalberto Preis o recomenda para gerir o vestiário; resta saber quem será o "jóquei" para este final de ano.
Ainda temos a Copa do Brasil.
Minha impressão no jogo contra a Ponte Preta foi "eles estão fazendo corpo mole, estão querendo derrubar o técnico". Estava com essa impressão antes do primeiro gol, inclusive. Aliás, isso até justificaria a grande diferença de desempenho em jogos dentro e fora de casa. Em casa é mais constrangedor entregar na frente do torcedor.
ResponderExcluirUma amigo meu, torcedor do Fluminense, até teorisou que seria uma oscilação normal depois do jogo contra o Palmeira (que ele viu) onde os jogares se entregaram e desgastaram muito.
Minha impressão, como torcedor passional, é que queriam derrubar o técnico. Aliás, percebi essa mudança depois do jogo contra o Atlético Mineiro. Lembro que, em determinado momento daquele jogo, antes do empate, o Roger gritou e gritou com o grupo e o Edilson pediu calma para o Roger. Isso chamou a minha atenção. O grupo parecia que não estava obedecendo ao treinador (ou algum jogador). Talvez algo que já estivesse estourando no vestiário (não é normal um jogador pedir calma ao treinador no meio do jogo).
Enfim, só especulação.
Marcos
ResponderExcluirSerá que o alvo não era outro? Quem sabe alguém da Direção? De qualquer forma, se isso ocorreu faltou Direção.
Os próximos "capítulos" vão revelar alguma coisa.
Se for verdade que os jogadores minaram o trabalho do Roger, sua demissão só contribuiu para o fortalecimento do pensamento que os jogadores mandam no vestiário. Se a direção tinha efetivamente convicção no projeto com Roger desde o início, deveria respalda-lo nesse momento.
ResponderExcluirMedo do futuro próximo do clube.
Marcelo
ResponderExcluirO vestiário rachado é consequência da falta de comando; Roger largou porque se sentiu sozinho.
Bolzan Jr. quis acomodar as correntes políticas e se lascou.