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quinta-feira, 8 de setembro de 2016

Opinião



Teses, Premissas e Decisões

O dia foi de reflexão, leituras, audições, conversas, não apenas no Grêmio, pois foi o assunto esportivo preferido nas ruas, no trabalho, etc ...

Comigo não foi diferente; ontem mesmo, acompanhei os comentários de Cristiano Oliveira (Rádio Guaíba), da Direção e Atletas no pós-jogo.

Divergi de "cara" do excelente comentarista, quando ele afirmou que Roger deu mais ao Grêmio do que este elenco podia dar. É uma "tese" que não se sustenta, porque, o Tricolor sequer chegou às finais dos certames que disputou e isso inclui, o Gauchão onde chegar em segundo ou último é a mesma coisa para Grêmio e Inter.

Dizer que o grupo de atletas é fraco, é uma meia-verdade, é uma "premissa" equivocada, porque para chegar a final do Gauchão ou passar de fase na Primeira Liga, dava com essas peças. Também, ela não se sustenta, pois ao encarar adversários de menor qualificação do que o plantel gremista (Juventude, Avaí, São Paulo de Rio Grande, Santa Cruz, Vitória, Coritiba, Sport, América Mineiro, Botafogo, etc...), o Tricolor afundou. Seria verdadeira, se a (boa) posição na tabela fosse obra de perda de parte dos pontos para os clubes com melhores elencos e ampla vantagem sobre os menores, aí sim, o treinador estaria fazendo mais com material humano inferior. Decididamente, não é o caso. Roger tropeça nos confrontos com a turma do rodapé da tabela e fazia no primeiro turno, um bom enfrentamento diante dos grandes.

São as "decisões" tomadas pela Direção e Comissão Técnica, que comprometeram o trabalho do treinador. Um exemplo é a cera em vários jogos fora de casa, já nos primeiros 10 minutos de partida; a indolência na transição da defesa para o ataque, a reincidência na escalação dos bruxinhos e as substituições ineficientes do treinador durante os jogos. 

A manutenção de alguns jogadores, que teimam em atuar abaixo da exigência do clube é convicção do treinador, aí seu maior erro, se é que é erro. Pode ser subserviência e falta de coragem.

Não por coincidência, Edílson, um dos "líderes" do elenco, saiu em defesa do treinador de uma maneira, que deveria constranger os demais atletas, quando afirmou que "Roger faz milagre com o grupo que tem". Declaração que deprecia seus colegas de clube e, certamente, não será ouvida da boca de Marcelo Hermes, Lincoln ou Batista, que assistem impotentes a posse de algumas posições do time por nabas como Marcelo Oliveira, Henrique Almeida e Douglas.

Diante da queda radical de desempenho, cheguei a pensar em questões extra-campo, no entanto, o presidente tratou de esclarecer, vide Salários atrasados, então, é do vestiário para as quatro linhas o problema.

Roger, pelo visto, permanecerá; porém, a Direção gremista não poderá mais ficar imaginando ter um treinador "top de linha"; está comprovado: Ele é um aprendiz, apesar de toda a sua arrogância e da babação da maioria da Imprensa.

Precisa de apoio e especialmente, rédeas.








Um comentário:

  1. Acho que poucos pensam diferente de nós; segue texto do Guilherme Mazui, escrito com muita clareza:
    http://zh.clicrbs.com.br/rs/esportes/noticia/2016/09/guilherme-mazui-o-gremio-decepciona-o-torcedor-7409284.html

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