S-H-O-W
Espetacular! Mesmo que o Cruzeiro tenha entrado frouxo, se o Grêmio não tivesse feito uma partida de luxo, a vitória não teria chegado com tanta autoridade. Uma exibição quase perfeita (para ser exigente), onde Douglas se destacou tanto, que desconfio que tenha sido unanimidade a escolha dele como o melhor em campo.
Marcelo Grohe fez uma defesa fundamental, quando o jogo estava indefinido, Edílson, umas firulas desnecessárias nos primeiros minutos, depois acertou o passo; Geromel, perfeito; inclusive salvou um gol com o arqueiro vencido, Kannemann cada vez mais, cresce de produção, sua atuação ficou apenas abaixo do camisa 10 do Grêmio e talvez, Luan, que abusou da técnica, esmerilhou mesmo; Marcelo Oliveira, bem, pois pelo seu lado, o Cruzeiro forçou muito.
Prosseguindo, Walace, a evolução do time está diretamente ligada ao seu crescimento técnico e tático. Realizou a melhor partida neste ano pelo Imortal.
Maicon visivelmente jogou descontado, Jaílson o substituiu com vantagem. Ramiro, aqui escrevo o óbvio: Não é Giuliano, mas tem disciplina tática, é ousado e colocou Douglas na cara do gol.
Luan, já escrevi: É craque, a sua origem no futsal lhe dá ferramental superior dentro da área, falta o complemento, que este esporte não lhe deu; isto é, o arremate forte.
Pedro Rocha, hoje me pareceu melhor do que Éverton, sem que isso represente, que este tenha entrado mal, apenas, a discrepância das atuações entre eles em jornadas anteriores não se verificou no Mineirão.
Kaio entrou e mal tocou na bola.
Finalizando; a obra-prima do primeiro gol, 1 minuto e 3 segundos de troca de passes, 24 em seu total, um toque genial de Luan, que nem Manga pegaria, tem a engenharia de Roger Machado e a grandeza de Renato de assimilar o que ficou de bom do antigo "professor".
Também, humildemente, sugiro a leitura de nossa crônica de ontem, "Poucos Passos"; acho que foi premonitória.
3/4 da vaga na mão. O Cruzeiro não tira o Grêmio da final; só ele pode deixar a vaga escorrer pelos dedos e pelo salto alto.
Olha bruxo, estou super contente, mas sou realista. Só jogamos bem a partir do gol "achado" pelo Luan.
ResponderExcluirO que fica de bom é o alto aproveitamento das chances, e a solidez defensiva.
Como tu destacou, Renato soube manter o que Roger tinha de bom, e acrescentou a marcação mais simples, porem efetiva.
Glaucio
ExcluirMas é assim; jogo de semifinal diante do Cruzeiro na casa dele, não dá para ser superior o tempo todo.
Aquilo que o Rosario Central fez aqui na Arena foi uma exceção.
Ainda tem torcedor do Grêmio que não gosta do Renato (não viu 2010 e 2013?)...
ResponderExcluirDizem que não é treinador.....
ExcluirDaison
ResponderExcluirPossivelmente, a falta de continuidade de trabalhos na carreira,embace um pouco as suas qualidades.
Como todo o treinador, ele erra e acerta, às vezes, os erros são bem menores, aí o trabalho cresce.
Falei o óbvio (he, he).
Se olharmos resultados, os dele são parecidos com os do Mano Menezes.
ExcluirCom uma vantagem pequena para o Mano.
ExcluirGauchões.
ExcluirDois nacionais da Série B, Coringão e Imortal.
ExcluirAcho que Renato nunca aceitaria treinar na Série B.
ExcluirMas tem razão, é ponto a favor do Mano.
Bruxo, ele não tem continuidade devido situação financeira (fez comercial PEPSI), e não é muito chegado a ter essa tal continuidade. No Grêmio falta apenas o título. Ele que é o ÚNICO JOGADOR E TÉCNICO campeão da Copa do Brasil (Fla 1990 - Flu 2007).. Concordas?
ResponderExcluirConcordo; Renato não tem "saco" para ficar em nosso clima, especialmente o inverno gaúcho. Lembro que em Curitiba, ele pediu o boné. Fica no circuito Bahia-Rio.
ResponderExcluirNão tira a razão de quem fala que ele não é treinador; diria que não é por falta de conhecimento e condições, mas por opção.
Eu concordaria se dissessem que ele não é técnico, pois treinar ele já mostrou que sabe.
ExcluirGlaucio
ExcluirA grande verdade é que Renato é inteligente; às vezes, ele usa isso na casamata, geralmente, usa fora de campo.
Vitória incontestável. E, embora eu não acreditasse no perfil do grupo, o Grêmio está a um passo da final, sem naturalmente desprezar os 90 minutos restantes.
ResponderExcluirDefensivamente melhorou muito. Principalmente por cima. Nem parece mais a cozinha com vazamentos do tamanho das quedas de Itaipu da Era Roger em 2016.
Méritos totais a Renato que admitiu interna e externamente os problemas e procurou corrigi-los. Houve humildade. A impressão é que o finado treinador - apesar do endeusamento midiático - não se permitia enxergar dificuldades básicas e recorrentes.
Outra situação que parece bastante clara é o fato de que os atletas não ficam mais choramingando nas rádios sobre a qualidade do grupo. Se a pessoa não acreditar em si, nada avança. É premissa primária. Sempre que pude, abordei aqui a importância de não superdimensionar as dificuldades que - muitas vezes - não existem.
Ainda falta muita coisa. Por exemplo, o aproveitamento nos contra-ataques precisa ser melhor no aspecto de encaixe e último passe. Muito desperdício, principalmente no segundo tempo contra o Palmeiras em São Paulo. Além disso, precisa ser mais estável entre uma partida e outra, pois a oscilação em 90 minutos pode custar caro em uma eventual final.
O elenco não está com pique para pontos corridos, contudo a Copa do Brasil abriu a possibilidade de sonho. Espero que não seja outra ilusão.
Se vencer, nada de tapar o Sol com a peneira. 2017 exige mudanças na mentalidade.
Obs.: Renato precisa provar a qualidade - que parece ter - no longo prazo. Em 2011 não foi bem (embora com culpa maior da direção que sonhou com Ronaldinho e perdeu Jonas, além de contratações altamente duvidosas, como Carlos Alberto e Vinícius Pacheco) e aparentemente forçou para não permanecer em 2014. Tudo indica que terá sua oportunidade em 2017.
Rafael " o elenco não está com pique ...", porque a Direção não fez a leitura correta;a hora da troca era no início do Brasileirão.
ExcluirBoa tarde, Bruxo, como li de um torcedor em algum blog: "Oh, Grêmio! Não me faz acreditar de novo!" O entendo, quando acreditamos que chegou a hora de novamente levantar uma taça, fica para depois e vem uma frustração horrorosa. Mas lá vem o Grêmio me fazer acreditar... Outra coisa: que delícia o ódio dos que odeiam "GordoDouglas"! Tem "torcedor de tese" numa "igrejinha" por aí dizendo que o Grêmio "não ganha!", mas se vacina com "e tomara que eu queime a língua", é a arte de "acertar ou acertar"! Se ganhar a Copa ninguém se importa, se perder sai da toca: "eu disse!" Que pavor é esse de ganhar com o "barriga de cadela" de destaque? Roger (outro apedrejado) vive! Como tem gente fazendo comparações de Renato com Roger e detonando este último! Esse time, com seus defeitos e virtudes, é muito mais de Roger que de Renato. Mas quem não gosta de Roger só reconhece isso quando perde! "Time viciado em Roger, precisa de uma higienização mental, blá blá blá". Quando ganha temos algo assim: "veja com Renato, Roger, como se faz"... Vida longa ao "tico-tico" (não é assim que os defensores confessos ou não da tese de que carrinhos, balões, cara feia, retranca e raça sem qualidade é a receita para "ganhar o mundo" e chamam futebol moderno de troca de passes paciente e rápida de "tico-tico"?) Pois o "Tico-tico" que Roger ensinou (ou alguém acha que Renato ensinou em poucos dias o que ele nunca implantou antes na carreira?) só não deu mais certo por limitação técnica: porque quanto mais forte a marcação, mais rápido precisa ser o passe, menos tempo há disponível entre o domínio de bola e o passe com lucidez, e menos tempo exige mais qualidade técnica. Mas do meio para frente é o mesmo time do inesquecível contra ataque contra o Galo no ano passado, exceto por Giuliano/Ramiro (e os mesmos goleadores no Mineirão, Luan e Douglas). Pedro Rocha, nesse mais de um ano desde aquele jogo, quase foi esquecido, preterido por Everton e outros, mas volta ao time e mostra que o lugar é dele mesmo, e que com parceria no ataque, com opções de companheiros à volta, esse tipo de jogo tocado, fica evidenciado mais uma vez, combina muito com ele, sabe trocar passes e pensa rápido e bem. Uma pena que o Grêmio recuou, foi um alívio para o Cruzeiro, mais fraco do que eu pensava: 2x0 ficou barato. Renato, se fizer um bom trabalho este ano, "apenas" manterá o muito que Roger fez de bom, que reconduziu o Grêmio à modernidade futebolística (ainda que sem condições de evitar duras oscilações, que ainda podem voltar enquanto houver forte limitação técnica) e Renato "apenas" oferecerá "pilhas novas" ao time - e melhor defesa. A limitação técnica dos jogadores é clara, mas para muitos isso só serve para aliviar Renato, não Roger, ainda vou entender o ódio a Roger (será porque ele não gritava e não dava pitis?) e ao bom futebol na "comunidade gremista", ainda vou entender o negacionismo da presença de qualidade técnica nos times de Felipão nos anos 1990, o "esquecimento" do time de Tite em 2001 como um "time-ponto" fora da curva, etc. Renato, se continuar ano que vem, poderá ter todos os méritos para si mas, neste ano, negar a influência tática e técnica de Roger é má vontade pura. Renato neste ano é só um "bombeiro" (como sempre foi, de Silas e Luxemburgo no Grêmio e de outros tantos no Rio e outros lugares. Sempre fracassou em montar um time a partir do zero. Roger ainda é a maior promessa de treinador diferenciado do Brasil e um dia, depois de aprender mais (e com melhores jogadores!) a torcida ingrata vai pedir seu retorno - se ele não estiver preso num outro clube empilhando títulos, como Tite esteve no Corinthians. O Grêmio deve ter mais qualidade no ano que vem, segundo promessas políticas, mas infelizmente não terá um técnico que aproveite isso, porque foi demitido o que aproveitaria isso, Roger Machado.
ResponderExcluirParabéns pela lucidez.
ExcluirRoger sucumbiu pela falta de humildade em não reconhecer alguns equívocos e mudar conceitos.
Renato tem mais cancha e "poder" no vestiário.
É uma mescla interessante.
Glaucio
ExcluirConcordo, plenamente.
Rafael
ResponderExcluirVou desenvolver melhor a minha resposta através de nova postagem, mas de antemão, diria que é uma simbiose entre Roger e Renato.
Lembrei do trabalho do Muricy no Coirmão de 2003 a 2005, que o Abel herdou no ano seguinte. Mérito de ambos.
Quis dizer, Rodrigo; escrevi Rafael.
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