Opinião

Grêmio venceu fora de casa

O Tricolor bateu o Vitória na Fonte Nova; este, o grande fato da partida, também, deu para ver a "mão" de Renato neste triunfo. 

Antes de tudo, os três pontos dão mais tranquilidade com relação a uma remotíssima hecatombe que poderia desestabilizar o time na busca de se afastar da zona de rebaixamento. Ele será mais confiante nos jogos seguintes distantes da Arena.

O primeiro tempo foi ruim e o Tricolor novamente pecou na finalização; o confronto poderia ter sido mais fácil, Henrique Almeida perdeu dois gols, um na cara do arqueiro, outro em bela criação sua onde, após driblar o zagueiro, esperou o goleiro cair e colocou mansamente entre a trave e Fernando Miguel, no fim, nem chute, nem cruzamento, o zagueiro afastou.

O Vitória assustou uma única vez com uma bola na trave em boa defesa de Grohe e foi só. A saída por lesão de Marinho, acabou com o ataque baiano. Zé Love é puro marketing e Kiesa é dependente, se a bola não chegar, ele vira um espectador dentro de campo.

A vitória veio aos 8 minutos pela qualidade de Douglas, que cobrou uma falta sofrida por Jaílson com efeito procurante, aquela que onde bater pode virar gol. Jaílson, meio desajeitado, acertou no canto superior de Fernando Miguel. 1 a 0.

Dois minutos antes, eu reclamava solitário à frente da tevê, a falta de qualidade nos cruzamentos, pois Edílson dera um balão para área, jogando para os céus uma boa chance. Aí, o mérito de Douglas.

Típica partida que quem saísse na frente, dificilmente perderia a disputa. Nenhum dos dois oponentes tem cacife para virar um resultado adverso. Quando o Tricolor marcou, eu tinha a certeza de, pelo menos um ponto conquistado.

O gol deu moral ao Tricolor, aí Edílson, Jaílson, Ramiro e especialmente, Douglas, cresceram de produção.

Ficou faltando a qualidade ofensiva; Henrique Almeida e Pedro Rocha, ambos perderam na segunda etapa, chances por absoluta inoperância, cada um deles, ao bater em gol, isolaram a pelota, parecendo se livrarem da esfera. Um fiasco.  Éverton, também andou aprontando neste quesito.

Bruno Grassi entrou bem, fez duas boas defesas, Edílson, um bom segundo tempo, Iago, o mais contido, sem muito brilho, porém, não ficou devendo e não comprometeu.

Walace melhorou, mais ainda não é aquele jogador do primeiro semestre, Jaílson repetiu as suas primeiras jornadas como titular. Pedro Rocha e Henrique Almeida, os piores. Éverton deu um pouco mais de velocidade e retenção de bola no ataque. Wallace Reis, duas intervenções apenas. Entrou aos 40 minutos da etapa final.

Deixo para o final, os meus destaques: Kannemann, Pedro Geromel e Douglas, nessa ordem. O argentino dentro do seu estilo foi quase perfeito, Geromel é Geromel e o camisa 10 pelo seu segundo tempo; desta vez, acertou a maioria dos passes.

Uma vitória muito parecida como as conquistadas na campanha de 2013, mas em alguns momentos, apareceu o toque de bola, a troca de passes, boa herança dos tempos de Roger, que para segurar um placar, serve.

Agora é torcer pela recuperação de Bolaños e a volta de Luan. Fizeram falta.