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domingo, 16 de abril de 2017

Opinião



Novo Hamburgo deixa escapar a vitória

O blog é sobre o Grêmio, mas hoje tem-se que iniciar a crônica pela bela performance do time da capital do calçado. 

O Nóia enrolou o Tricolor; mérito para Beto Campos que nesta tarde, repito, nesta tarde, teve todos os méritos para ganhar tranquilamente o confronto na Arena.

Vários destaques estão no lado anilado; Mateus Cavichioli que me lembrou Dida, isto é, sereno, comandando silenciosamente a sua defesa, os chutes que foram desferidos à sua meta pareciam meros atrasos de bola, defesa em dois tempos, nenhuma defesa espetacular. Se é tudo isso, não vai ficar muito tempo no Nóia.

Julio Santos reeditou os seus tempos de São Paulo, não deve ter perdido uma única bola, os laterais neutralizaram (com uma exceção) as ofensivas azuis.

O meio de campo apresentou Jardel e Preto, "donos do campinho" além de Branquinho e Juninho, João Paulo incomodou bastante, lá na frente. Léo, Pablo e Amaral, bem. Dos que entraram durante, Lucas Santos foi o maior destaque, ali a grande sacada de Beto Campos, porque, eu já estava achando Marcelo Oliveira muito bem na partida, quando, após essa mexida, ficou escancarada a deficiência do lado esquerdo. Até Kannemann vazou. Edílson e Pedro Geromel mantiveram a média.

Marcelo Grohe sofreu três chutes perigosos, um entrou, o outro bateu na trave e no mesmo lance, Lucas isolou o gol da vitória.

O Grêmio virou "azarão" para o jogo de ida; Leonardo Moura e Miller Bolaños, realizaram as piores partidas em 2017. No caso do equatoriano, há atenuante de ter sido dúvida para a disputa.

Com o meio amordaçado, o ataque minguou, Luan chegou a jogar atrás da linha dos meias, Pedro Rocha ciscou, Maicon foi muito burocrático; sobrou Ramiro. É pouco, muito pouco.

As mudanças de Renato não surtiram efeito, Lucas Barrios, se alguém chegasse hoje de Marte e não conhecesse a sua biografia, poderia dizer que é um Jael com grife. Estou tratando de hoje.

Éverton nada fez e Lincoln entrou aos 38 minutos; teve escassos momentos para tocar na bola, o que dizer de fazer algum movimento consequente.

A vaga para a decisão está aberta, mas o Novo Hamburgo é o adversário mais indigesto que o Tricolor poderia encarar. 

Vai ser dureza.




23 comentários:

  1. Bruxo, prá ti, que gostas de bons goleiros: Matheus Fernando Cavichioli foi formado no Grêmio. Nasceu em 27/07/1986. Ficou no Tricolor de 2004 a 2008.

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    1. Mais de 30 anos? E depois de 2008?

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    2. Caxias (RS) (2009), São José (SP) (2009 a 2010), Caxias (RS) (2011), Novo Hamburgo (RS) (2011), Pelotas (RS) (2014), Veranópolis (RS) (2015), Brasil - FA (RS) (2015), Passo Fundo (RS) (2016), Internacional - SM (RS) (2016).

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    3. Parece ser uma nova versão do Bruno Grassi.

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    4. Tu sabes que esses goleiros, na sua maioria, andam de clube em clube, porque procuram trabalho. O futebol gaúcho, para os times clubes menores, acaba em maio de cada ano. É o que dá para fazer. Contrato por tem po determinado e depois saem pelo RS / Brasil embusca de algum contrato. Isso prejudica a preparação deles, porque se submetem a treinamentos diversos a cada pequeno período. Talvez, se ficassem em um único clube, com mais estrutura, até poderiam render melhor. Mas é da lei. Isso acontece não só com goleiros. O futebol é também um pouco de sorte.

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    5. E como escreveu o Glaucio, problemas de empresário, lembra do Doni? Jogou até Copa do Mundo. Era banco do Juventude.
      No Grêmio tinha dirigente que secava os reservas do Grêmio, porque nutriam muita simpatia pelo Danrlei.

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    6. Isso existe mesmo, Bruxo. E como existe! Existe o cara que indica o "guri" para o empresário. Existe o cara que avisa que fulano ou sicrano vai barbarizar. Existe o cara que preserva beltrano, para apadrinhá-lo lá na frente. O futebol fora de campo não é o que pode se chamar de exemplo.

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  2. Fiasco.

    No mais, se Mateus "fosse tudo isso", teria ficado no Grêmio. Vai ver é mais um mal empresariado.

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    1. Glaucio
      Também acho; por isso a minha observação, mas há exceções (que devem ser vistas como exceções,obviamente) caso de Fernando Prass que foi eterno reserva no Grêmio.

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  3. Fora do tópico:
    https://esporte.uol.com.br/futebol/campeonatos/mineiro/ultimas-noticias/2017/04/16/urt-x-atletico-mg.htm

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  4. Quando eu assisto a uma partida como a de hoje, seriamente pergunto a mim mesmo se o adversário é "tudo isso" ou o Grêmio oscila tanto que fica difícil distinguir se é pirita ou ouro.

    Dentro do Gauchão, e guardadas as devidas proporções, esse foi o jogo com mais cara de Libertadores, principalmente contra times argentinos e uruguaios: organização, marcação pressão e cera técnica a ponto de desestabilizar os propensos.

    Preocupante porque - dessa forma - terá dificuldades para passar em mata-mata do torneio continental. Leitura de jogo é aspecto fundamental nessa trajetória.

    Ah, e se ficarmos de mais uma final do Gauchão fiasco será palavreado leve para descrever a incompetência. Se isso acontecer, por tabela, o Grêmio começará a perder também a Libertadores.

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  5. Rafael
    O Nóia trancou o time do Grêmio e ele não soube sair da armadilha; o Tricolor ficou amarrado, resta saber se as causas estão dentro do próprio time (má condição física de Bolaños, má jornada de Leonardo Moura, incapacidade de finalização de Lucas Barrios, etc...) ou se realmente é mérito de Beto Campos.
    Contra o Guarani, nós poderemos ter uma noção disso.

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    1. Pode ser só "sentimento" meu, mas achei o Renato "meio diferente", mesmo antes de começar o jogo. Não sei, mas pareceu "triste" com algo. Pode ser só sentimento, mas que ele estava diferente, estava.

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    2. Leo Moura não consegue dar a mesma combatividade e intensidade de Ramiro jogando na meia direita. Acrescenta em técnica, mas o time perde o elemento surpresa.

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  6. Glaucio
    Deve ser a sequência forte. Um problemaço.

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  7. Bem, imagino a fúria da torcida ontem nos espaços de comentários e redes sociais ontem, provavelmente ninguém prestava nem para capinar ou juntar lenha, as categorias de base deveriam ser fechadas, etc etc. É aquela situação em que é melhor sair de casa, assistir a um bom filme e dormir antes de falar em futebol, no dia seguinte - para não falar guiado pelo fígado, mas pelo cérebro.

    Mantenho que o Grêmio tem grupo suficiente para ganhar tudo se pudesse sempre colocar os titulares, o Grêmio é o melhor time do Brasil no momento, quando acerta seu jogo é capaz de dar um vareio em qualquer sulamericano. Mas não segura um jogo em alto nivel, e às vezes nem consegue o impor em algum momento, porque falta jockey. O adversário vê as coisas e toma medidas o tempo todo, como uma luta de bactérias e antibióticos, por sua autonomia ou por seu técnico, nada é estático. Essas medidas exigem contramedidas para que a hegemonia em campo seja mantida. Mas o treineiro Renato não acompanha isso, é um leigo com salário de expert, e abandonado por Espinosa (este ainda está no Grêmio? E o que faz a não ser mamar na teta que o Grêmio deu a ele?) O treineiro se perde e acredita no próprio discurso de "soninho" e bobagens semelhantes e, sendo assim, os problemas "não passam" por ele e lhe resta ficar a torcer na beira do campo... E o "soninho" e as "bobeiras de 10 minutos" podem se transformar logo mais em coma e morte com eliminações, talvez tendo de engolir um intragável hepta colorado.

    Uma das expressões mais comuns dos palpiteiros vindas da imobilização técnica imposta pelos adversários é o aparente "sono" ou a aparente "falta de motivação" ou a aparente "preguiça", seja a nivel de time ou de um ou mais jogadores. Torcedor pode pensar isso, e berra que fulano ou beltrano estão com a "cabeça na europa", ou o time está subestimando o adversário, etc, mas o técnico não pode pensar isso. No entanto o treineiro Renato pensa assim, faz discursos que o colocam como mero espectador impotente, discursos irritados compatíveis com arquibancadas.

    Dizem que parecia infeliz ontem, antes do jogo, não sei por que motivo, mas espero que esteja pensando em pedir o boné: ele não pode tirar mais nada desses jogadores, embora se possa tirar mais, e nem adianta reforçar o time com Renato: não é o "quem sabe, sabe", não é o "quem não sabe, estuda", é apenas o que não sabe e não estuda, como algum comentarista fanfarrão que bate no peito e vai treinar um clube "para mostrar que esses treinadores profissionais não estão com nada"... Deveria engolir o orgulho e admitir que chegou no seu limite e sair ainda por cima, antes que se repitam os fiascos no ruralito de 2011 (a última taça do Olímpico, logo contra Falcão e Dalessandro!) e na Libertadores (duas derrotas e banho de bola nos dois jogos contra o Universidad Catolica), demitido e saindo do estádio chorando para as câmeras (como ele gosta de choros marqueteiros!) Repito o que escrevi em outro post: Seria uma lástima numa rara oportunidade de juntar muitos jogadores de qualidade não vencer nenhum grande título por falta de treinador: não dá para contar com um grupo de jogadores de tão boa qualidade todo ano.

    As torcidas dos melhores times do Brasil estão insatisfeitas com seus treinadores: é assim com Grêmio, Palmeiras, Flamengo e Atlético-MG, os melhores. Mais abaixo, o retranqueiro Mano, o neófito Ceni e o "auxiliar" Carille já foram apedrejados até pouco tempo e as pedras estão ainda nas mãos de marias, bambis e gambás. Técnicos estrangeiros, espero, deixarão de ser opções, mas logo serão a primeira alternativa, tal a pobreza de mão de obra nesse cargo no brasil.

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  8. Realmente, Rodrigo, hoje não há grande clube satisfeito com seu treinador, até o Jair Ventura Neto que anda fazendo um grande trabalho com o Botafogo, sofre críticas.
    No caso do Renato, me parece que ele, às vezes, incorpora um personagem e gosta disso. É uma defesa: Nunca se sabe quando é ele, quando é o personagem.
    Ontem como tentei deixar claro; isto é, ontem. O Beto Campos conseguiu neutralizar o Tricolor e quando mexeu, mexeu muito bem. A vitória ficou mais perto do Anilado.
    Para o Renato falta o Gauchão para dar tranquilidade e um goleiro e lateral esquerda para a estabilidade da equipe.
    Desconfio que a tal reavaliação de Maio que o Romildo fala, vai passar por essas duas posições e a do nº 5, Musto, talvez Fernando, nosso antigo jogador.

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  9. É incrível como o torcedor enxerga o jogo melhor que os treinadores (nem todos os torcedores, principalmente os mais passionais, e nem todos todos os treinadores, como os de ponta).
    Realmente, quem deixou uma vitória pelo caminho foi o Nóia (muito mais por uma única chance perdida que denominamos de “a bola do jogo”).
    Não que o time não tivesse pressionado, mas, principalmente, pela falta de potência e pontaria na finalização.
    Quem vê os melhores momentos percebe que o Grêmio teve mais volume, mas as finalizações foram péssimas. Algumas peças não funcionaram como esperado e o treineiro não mexeu e quando o fez, o fez não se utilizando do que deveria e tem de melhor.
    Quanto a tristeza estampada no rosto do “super-herói”, não vi, mas pode indicar a falência de um método já ultrapassado, que só tem resultados pontuais. Por isso só sou favorável a uma estátua “pedida”, depois de vencer o Gauchão, a Libertadores e o Mundial.
    Pior, pode indicar que “ELE” se vê impotente diante da realidade (???).
    Recentemente o clube deixou de honrar parcelas de dívidas com dois ex-atletas, um deles de valores irrisórios. Isso indica um problema bem mais complexo do que o mero torcedor imagina. Indica que os compromissos assumidos com os atuais não estão sendo cumpridos como contratado.
    Aí, meu amigo, tudo pode vir por água a baixo.
    Já vi duas vezes este filme.

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    1. Arih, quem do banco mostrou mais futebol do que os que entraram ontem?

      Fernandez, Fernandinho?

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  10. Arih
    Este é um ponto muito delicado; em um clube de futebol, uma dívida de 350 mil não é um valor que tire o sono do dirigente, se isso ocorre e antes uma de 120 mil (parcela do Kléber), os demais jogadores começam a trocar orelha.
    Renato não me parece ser um tipo de treinador que segura a onda com os atletas num choque com a Direção.
    Se tiver fatores extra-campo como falta de grana, adeus títulos.

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