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domingo, 30 de abril de 2017

Opinião



Lições

Sem jogo do Imortal no final de semana por conta de sua desclassificação no Gauchão, o consolo foi assistir parte da decisão, 2 a 2, primeira parte.

Aí, a gente vê mais detidamente o desempenho do Novo Hamburgo e conclui que a Dupla Grenal apresentou um déficit tático em suas performances.

Não pode um clube do interior por mais organizado que seja, fazer diversos enfrentamentos em curto espaço de tempo com Grêmio e Inter e permanecer invicto em cinco oportunidades, sendo três fora de casa.

O Inter segue favorito ao título, mas, menos do que antes deste confronto. Tem tradição, tem história e tem as "forças ocultas" que podem emergir na hora azada, a da partida final.

Olhando para o nosso clube; urge que a Comissão Técnica se debruce sobre os jogos do Grêmio e do Novo Hamburgo para tirar lições, isto é, buscar os porquês da supremacia do time anilado diante da Dupla da capital.

O Novo Hamburgo segue azarão para botar a mão no caneco, mas deixa ações que permitem reflexões para o Grêmio, pois liderou o campeonato de ponta a ponta, tem ataque e defesa com números convincentes, não perdeu em casa, aliás, perdeu uma ou duas vezes neste campeonato com uma folha salarial de pouco mais de 150 mil mensais.

Não dá para ignorar o que está acontecendo lá no Nóia.

10 comentários:

  1. Bruxo, impossível retirar os méritos do Novo Hamburgo, principalmente da comissão técnica, estudiosa, e do elenco, batalhador. Houve liga que não se repetiria mesmo se fossem mantidos os mesmos agentes por anos a fio.

    Assim como impossível não taxar como máximo sinal da incompetência ter 47 vezes mais orçamento mensal e empatar três partidas em menos de 40 dias. Em qualquer lugar do mundo, qualquer que fosse a atividade, isso seria o fim. Menos no futebol.

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  2. Rafael
    Exatamente o que eu penso; isto é, o Novo Hamburgo está vivendo um momento único, irrepetível, mesmo que as condições extra-campo sejam mantidas, assim como os atores dentro das 4 linhas, mas as causas nos confrontos específicos contra a Dupla devem ser analisadas, considerando (em nosso caso, o Grêmio) e Novo Hamburgo.Isto é; os porquês.
    Por que o Grêmio fez poucos gols? Por que os raros chutes do Nóia a gol causaram perigo estrago? Por que, mesmo perdendo peças no setor mais importante, no meio de campo, ainda assim, o Nóia teve bons desempenhos e saiu invicto dos confrontos?
    Por que em todos os jogos o time do Novo Hamburgo utilizou o mesmo esquema e em nenhum momento, a Dupla "sacou" e se desvencilhou das armadilhas anilada?
    Rafael, às vezes, a gente escreve e fica a sensação (para mim) que não fui claro no texto, mas comentários como o teu, me dão o retorno, isto é, era exatamente isso que quis dizer com lições,déficit tático, ver no Grêmio e no Novo Hamburgo as causas dos fracassos tricolores, etc...

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    Respostas
    1. Bruxo, não te preocupa. Tua análise inicial foi clara e correta. Eu apenas trouxe à tona a pergunta complementar: será que ter quase 50 vezes mais orçamento mensal implicaria obrigatoriamente suplantar todo e qualquer mérito do adversário? A diferença financeira é muito grande e até com a equipe reserva o Grêmio deveria chegar à final.

      De qualquer forma concordo com a importância de se analisar os motivos com a bola rolando.

      Novo Hamburgo foi muito competente nos jogos contra o Grêmio. Não foi por sorte. Jogadores experientes comprometidos com o proposto - corretamente - por Beto Campos. Houve efetividade nas conclusões, como bem disseste, apostando em segurar a equipe grande e aproveitar as poucas investidas ofensivas. O goleiro (inesperadamente destaque agora na metade final da carreira) traz muita segurança à meta - parece dominar a grande área - e isso ajuda no desenvolvimento do restante por acréscimo.

      Além disso, parece-me equipe que usou muitas faltas táticas para parar a partida entre o campo de ataque e o início do campo de defesa, mantendo o xeque longe do rei.

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    2. Essa é a principal questão, Rafael? Um clube com orçamento muito pequeno em relação aos grandes e em cinco confrontos faz com isso seja "irrelevante".
      As razões do insucesso da Dupla diante do Nóia não estão apenas na capacidade de enfrentamento do clube hamburguês.

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    3. corrigindo: Essa é a principal questão, Rafael! (errei o ponto)

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    4. Isso mesmo, Bruxo. Por mais méritos que o Novo Hamburgo tenha (e efetivamente os tem), a diferença é oceânica em todos os aspectos (estrutura, financeira, torcida, status). Ocorrer uma vez pode ser considerado evento aleatório. Três é sinal de problema grave a ser investigado. Reduzir a derrota, como alguns tentaram, à loteria de pênaltis e ao cochilo é terceirizar a responsabilidade, muito comum aqui em Pindorama.

      Claro que futebol é um mundo à parte e daqui a seis meses poderemos estar comemorando o título da Libertadores.

      Preocupa-me se houve cobrança interna efetiva no Grêmio após mais um insucesso desse calibre, ainda mais diante da priorização do campeonato. A falha se torna ainda maior.

      Como bem sabemos, Renato é um dos poucos patos cascudos do grupo técnico-diretivo (junto com Espinosa) e parece claro que ele tem as rédeas de boa parte dessa gestão (não por sua culpa, já que somente avança quem tem espaço). Como cobrar de quem manda?

      Obs.: quando o presidente diz que "o grupo era mais do que suficiente", trata-se de cobrança externa ao treinador, uma indireta certeira, cujo destinatário pode muito bem fingir não ter entendido a mensagem.

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    5. Rafael
      Outro quesito fundamental para vencer em clube grande: Obrigações salariais em dia.
      Em clubes pequenos, as relações são mais amistosos diante deste problema e aí os reflexos não se verificam no campo, num primeiro momento; já, quando ocorrem com cascudos a coisa muda de figura.
      Tomara que isso não esteja ocorrendo no Tricolor. Que tudo esteja em dia.

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    6. Bruxo, de fato gestão financeira é algo que preocupa. Surgiram notas na imprensa de que a direção teria prometido no final do ano passado valores (reconhecimento) a Luan e a Geromel sem cumprir posteriormente.

      Sou totalmente contrário à blindagem "mimadora" que se faz a atletas, como se fossem crianças sem responsabilidade, porém palavra dada, palavra cumprida (se for o caso realmente).

      Inclusive dizem que Geromel aceitou permanecer somente após conversar com Renato, da mesmo forma que Pedro Rocha renovou após sua intervenção e Wallace foi liberado a seu pedido (e curiosamente o Grêmio tentou fazer o mesmo com Musto, forçando sua liberação antecipada e por valor reduzido, sem sucesso porque o Rosario não se curvou tão facilmente à exigência de empresários e empregados).

      São assuntos como esses que podem atrapalhar o caminho da equipe, que abriu corretamente o ano vindo de título na Copa do Brasil e mantendo a base da equipe.

      Aliás, a manutenção - ocorrida de 2015 para 2016 e de 2016 para 2017 - há anos não ocorria. Méritos do presidente.

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    7. Rafael
      O dos males, o maior. Atraso de salários, promessas não cumpridas, detona com o grupo, não há treinador que segure e a contaminação é rápida.
      São conjecturas; mas, à partir de determinados resultados em campo, determinadas defecções por lesão,determinadas performances ruins, determinados atrasos de obrigações com Kléber, Zé Roberto, não é fora de razão a gente considerar a hipótese.

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