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domingo, 10 de setembro de 2017

Opinião



A Dúvida

Tenho convicção, não uma certeza, que o futebol vive ciclos, isso não é uma verdade definitiva, imutável, mas é hegemônica, pelo menos no RS. A tal da gangorra.

Quando o Grêmio de Luiz Felipe, sua última passagem, começou a golear em Grenal, a evolução do time nas mãos de Roger, um futebol vistoso, bonito de se ver, os 5 a 0 inesquecíveis; ainda que faltando algo , como se fosse uma bicicleta azeitada, porém com um problema de correia frouxa, pouca objetividade, infindáveis gols de cabeça sofridos; aí veio Renato, troca poucas peças, aperta alguns parafusos, isto é, mais verticalidade e marcação por zona na defesa, além de uma visão compreensiva sobre o grupo. Funcionou e um novo olhar se descortinou para os gremistas (eu pensava). 

A afirmação de atletas da base, o rebaixamento do Coirmão e o título da Copa do Brasil, reforçaram a impressão que estávamos entrando num outro ciclo, um período de conquistas. Tínhamos  a convicção que 2016 era apenas uma etapa da escalada ao topo. Uma longa fase de taças e faixas, logo ali.

Chegou 2017, estamos em Setembro e uma dúvida, antes tímida, começa a tomar corpo: Será que o topo foi o final de 2016? Será que o ciclo que inicia é o do revezamento "por baixo" entre a Dupla?

A excessiva preocupação com a preservação de atletas, que se mostrou até agora, um sonoro fracasso, porque o placar está 4 a 0 para os insucessos (Gauchão, Primeira Liga, Copa do Brasil e Brasileiro), a partida ridícula diante do Vasco da Gama com todos os jogadores titulares disponíveis, a manutenção de determinados atletas no time e, especialmente, o discurso surrado, repetitivo ao final de cada partida medíocre, reforça a minha suspeita que os anos de escassez prosseguem e a Taça da Copa do Brasil é uma honrosa exceção.

Para complicar, desconfio que Renato, ganhando ou perdendo a Libertadores (um sonho longínquo), vai pegar o boné, os bronzeadores, o caneco de chopp de estimação e baterá em retirada rumo ao "Lar, doce, Lar" e o Grêmio voltará a uma fase muito familiar nos últimos anos; a do recomeço.

Uma tênue esperança reside nos seis jogos que distanciam o Tricolor da Taça Libertadores, mas o recente histórico recomenda que sejamos como São Tomé: "Ver para Crer".

9 comentários:

  1. Era um ano tão promissor, difícil aceitar esta apatia que tem tomado conta do time e do torcedor.
    Será que "acabou o gás" do Renato?
    Ultimamente temos criado pouco; faltam soluções, faltam variações e sobram convicções - em geral em atletas contestáveis.
    Melancólico.

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  2. PJ
    E a mídia profissional está se dando conta; algo que muitos de nós no blog vínhamos alertando sobre a eleição equivocada de prioridades, vide o texto do Hiltor no Correio:
    http://www.correiodopovo.com.br/blogs/hiltormombach/

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  3. Paulo Juliano
    Hoje, mais tarde, eu postarei algo sobre esta "apatia".

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  4. Mas essa apatia de deu no jogo contra o Vasco, no anterior contra o Sport foi 5x0, então acredito que nesse jogo com o Bota vamos ver qual Grêmio teremos nesse final de temporada.

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    1. Carlos
      Descansados, eles estavam. O Vasco chora de ruim; o empate era o mínimo resultado a ser conseguido.
      Bom! Se não jogarem nada contra o Botafogo, vão jogar quando?

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  5. Na real? Me parece muito os últimos anos, estamos sempre no bolo da frente mas nunca disputamos, de verdade, o brasileiro. Sempre faltou na hora principal.

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  6. PJ
    Eu não quero arranjar briga, mas muitos jogos poderíamos ter chegado mais adiante; frase do Casagrande no intervalo de Santos x Corinthians, que ficou no zero a zero barato para o Timão: - O bom goleiro é aquele que faz milagres.

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    1. Com será o scout de derrotas e empates em que o Grêmio fez gols, no brasileiro, com Grohe em campo?

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