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sábado, 31 de março de 2018

Pequenas Histórias


Pequenas Histórias (190) - Ano - 1968


O Epílogo do Heptacampeonato

Fonte:www.grenais.com.br


Até 1968, eu tinha lembranças esparsas do meu time, um jogo específico aqui, outro cercado de curiosidades ali, mas faltava a faísca para me tornar assíduo ouvinte e eventual espectador; aí, naquele ano de muitos acontecimentos políticos, sociais e culturais no mundo, o divisor de águas ocorreu: O heptacampeonato do Tricolor, uma goleada magnífica por 4 a 0 no Grenal que encaminhou o título e a sequência até a última rodada, já uma mera formalidade, eu consegui acompanhar.

 O epílogo da campanha vitoriosa e o 12º título regional em 13 anos aconteceu em Pelotas, diante do Brasil, que sonhava com o campeonato do Interior.

Naquele Domingo, 28 de Julho, Sérgio Moacir Torres Nunes escalou o melhor quadro (foto acima): Alberto; Altemir, Paulo Souza, Áureo e Everaldo; Cléo e Jadir; Babá, Joãozinho, Alcindo e Wolmir. O uruguaio Oyarbide também foi para o jogo.

Osvaldo Barbosa, o treinador xavante, utilizou: o gigante Gióvio; Dejanir, Joceli, Moacir e Manoel; Isnar e Marcos; Edi, Torino, Maneca e João Borges, mais tarde, Vanderlei.

Agomar Martins com Paulo Salazar e Gardvin Gertz formaram o trio de juiz e bandeirinhas.

O Brasil, na primeira fase, "encaixotou" o Imortal. O veterano João Borges, enquanto teve fôlego, tornou-se o grande destaque, assim como Edi e Torino, que prenderam os laterais gremistas, obrigando os ponteiros gremistas a recuarem para reforçar o setor defensivo. Mas o Grêmio conseguiu se manter invicto e assim, resistiu os primeiros 45 minutos. 0 a 0.

No segundo tempo,  a vantagem chegou logo aos 5 minutos, quando João Severiano, o Joãozinho, aparou de primeira o passe de cabeça de Jadir e venceu o gigante Gióvio. 1 a 0.

A vitória que quebrou um incômodo tabu de não vencer os pelotenses no Bento Freitas, foi sacramentada aos 22 minutos; Alcindo, sempre ele, o Bugre recebeu de Cléo, passou para Babá, o ponta devolveu no meio para o camisa 9 "fuzilar" (expressão do Correio do Povo) o goleiro rubro-negro. 2 a 0.

Desta forma, o Imortal encerrava a sua participação no Regional de 68 sobrepujando o bravo clube da zona sul gaúcha. Mal sabia que uma nova conquista de Gauchão levaria 8 anos.

Fonte: Jornal Correio do Povo









24 comentários:

  1. O Campeonato Gaúcho de 1968 foi dividido em dois grupos:

    No Grupo A, além do Grêmio:
    FC Santa Cruz
    SC Rio Grande
    GE Brasil, de Pelotas
    AA Barroso-São José FR
    EC Novo Hamburgo
    SC Gaúcho
    GE Flamengo, de Caxias do Sul
    FBC Rio-Grandense, de Rio Grande


    Na Chave B, além do Internacional:
    Ypiranga FC
    Guarany FC, de Bagé
    EC Cruzeiro
    EC Juventude
    EC Pelotas
    SC São Paulo
    GA Farroupilha, de Pelotas
    CE Aimoré

    A 1ª Fase foi jogada em turno único, dentro de cada grupo.
    Sete clubes classificaram-se para a 2ª Fase. Os dois últimos de cada Grupo disputaram o torneio do descenso.

    No Grupo A ficaram fora da 2ª Fase: GE Flamengo, de Caxias do Sul, e FBC Rio-Grandense, de Rio Grande.
    No Grupo B ficaram fora da 2ª Fase: Guarany FC, de Bagé, e GA Farroupilha, de Pelotas.
    Os clubes que permaneceram na disputa, continuaram jogando dentro dos mesmos grupos, com o mando de campo invertido da 1ª Fase.

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    1. Para os mais jovens:Flamengo de Caxias é o atual Caxias.

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    2. Tu lembras dos jogos encrencados contra o Gaúcho, de Passo Fundo, e contra os times de Pelotas?

      Além disso, nessa época havia jogadores de qualidade no Interior, que invariavelmente serviam a Dupla GRENAL. Hoje é praticamente impensavável que isso ocorra:

      Gunga, Enio Fontana, Cuca, Rudi, Neca, Celmar, Gonha, Geóvio, Torino, João Borges, Enio Souza, Carlos Miguel, Cigano, João Alberto, Volney, Petzhold, Osmar, Xameguinha, Hélio Pires, Helenílton, Daizon Pontes, Jamir, Adílson, Bebeto, Gaspar, Flecha, Marchioro, Darlan, Jarinha, Arlém, Uga, Paulo Renato, Cará, Sarão, Otacílio, Valmir, Hermínio, Puccinelli, Laone, Balzaretti, Bido, Joãozinho, Elário, Cacildo, Marino, Pio, Zangão, e tantos outros.

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    3. Esse Ênio Fontana tem uma partida histórica na época em que o EC Encantado disputava a primeira divisão; Grêmio 3 x 3; primeiro tempo 3 a 0 para o Encantado. Tinha um timaço.
      Me dá vontade de escrever uma PH sobre aquele jogaço. Acho que foi 73 ou 74.

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    4. 04.08.1974 - Grêmio 3x3 EC Encantado.

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    5. Esse jogo teve duas expulsões do Encantado e uma do Grêmio, no 2º tempo, lá por volta dos 20 minutos. O gol de empate, do Loivo, no 3x3, foi no apagar das luzes. O Grêmio perdia o jogo por 3x1, até depois dos 35' do 2º tempo.

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    6. Lembro que o ataque era Malomar, Enio Fontana e Soares. O Nana e Celso eram do meio e depois foram para o Caxias:Clóvis, Celso e Nana. Com o Felipão de zagueiro.

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    7. Nana, Malomar e Soares, os artilheiros no 1º tempo.

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    8. Esse time do Encantado era muito bem montado.
      Vários jogadores habilidosos e de qualidade.
      O goleiro era Franck.
      Bernardino e Dilvar.
      Rui Bandeira, Ademir Furtado e Jorge Santos, que passaram pelo Grêmio.
      Clóvis, irmão do Claudio Duarte, Nana, Mickey e Soares, todos com passagem no Internacional.

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    9. O jogo do 3x3, teve:

      Grêmio: Picasso; Cláudio Radar (Luís Freire), Beto Bacamarte, Beto Fuscão e Jorge Tabajara; Carlos Alberto (Humberto Ramos), Yúra e Torino; Carlinhos, Tarciso e Loivo.

      Encantado: Franck; Coti, Valdir, Ronaldo e Betinho; Nana (Celso), Rui Bandeira e Clóvis; Malomar (João Ferri), Enio Fontana e Soares

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    10. Lembrando que Carlinhos, é o que veio do Guarani, de Campinas.

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    11. O que chama a atenção é que,sendo 74, o treinador era Sérgio Moacir (o mesmo de 68), especialista em defender.Tomar 3 a 0 de um time do Interior num único tempo da partida, é quase irrepetível.

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    12. Bruxo, nesse jogo, o Sérgio Moacyr, ao final do jogo, criticou os torcedores, que vaiaram Picasso, que teria "tomado um frango".

      Certamente, um dos motivos da irritação de Sérgio foi esse: nunca havia sofrido três gols em um mesmo tempo.

      Aliás, na carreira como técnico do Grêmio, poucas vezes sofreu três gols ou mais, em um mesmo jogo.
      No Grêmio, sofreu uma vez cinco do Peñarol, num 5x4. Sofreu quatro do Palmeiras, em 1969, num 4x1 para os periquitos; e 7 vezes sofreu três gols, em jogos que venceu um, empatou três e perdeu três.
      Sérgio Moacyr foi um grande técnico e perdeu muito poucos jogos.

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    13. Dos 247 jogos em que Sérgio Moacyr comandou o Grêmio, 16 deles foram contra o Internacional: 6 vitórias, 5 empates e 5 derrotas. Resultado normal, considerando o tamanho do clássico.

      Pois, excluindo os jogos contra o Internacional, teve o seguinte desempenho:

      231 jogo(s)
      147 vitória(s)
      59 empate(s)
      25 derrota(s)
      420 gol(s) marcado(s) pelo Grêmio
      158 gol(s) marcado(s) pelos adversários

      No Olímpico, teve, no total, 7 derrotas em 111 jogos, ou 6,3% de derrotas dentro do estádio tricolor (perdeu apenas um clássico GRENAL em sua casa).
      O time de Sérgio Moacyr marcou 221 gols e sofreu 66.
      Média invejável de 3 gols marcados para cada 1 sofrido.


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  2. Este comentário foi removido pelo autor.

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  3. Para a fase seguinte (Octogonal Final) classificaram-se quatro clubes de cada grupo.
    Além de Grêmio (Grupo A) e Internacional (Grupo B):

    SC Gaúcho
    FC Santa Cruz
    GE Brasil

    EC Pelotas
    EC Cruzeiro
    EC Juventude

    Na arrancada do Octogonal, a Dupla GRENAL saiu em iguais condições:
    21.04.1968 - Grêmio 1x0 EC Pelotas, em Pelotas; e 21.04.1968 - Internacional 1x0 SC Gaúcho, em Passo Fundo.

    Na rodada seguinte, uma derrota do Grêmio frente ao Juventude, e uma vitória do Internacional frente ao Santa Cruz, colocou o Colorado dois pontos à frente do Grêmio.

    Na terceira rodada inverteram-se os resultados: vitória gremista frente ao Cruzeiro, e derrota do Internacional contra o Brasil, de Pelotas.

    Na quarta rodada dois empates, Internacional contra Pelotas, e Grêmio contra Gaúcho, deixaram a Dupla GRENAL com cinco pontos ganhos e três pontos perdidos.

    A partir daí (rodada seguinte com uma vitória gremista e uma derrota colorada), o Tricolor manteve-se sempre dois pontos à frente do Internacional, até o GRENAL decisivo de 02.06.1968 - Grêmio 4x0 Internacional, quando a diferença de pontos passou para quatro, a favor do Grêmio.
    Faltando duas rodadas para terminar o campeonato de 1968, com quatro pontos em disputa, em 25 de Julho, o Grêmio empatou com o Juventude, em 0x0, e garantiu o título por antecipação, dentro do Olímpico.
    O jogo contra o Brasil, bem descrito por ti, foi apenas a moldura final do heptacampeonato.

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  4. Lembrando que cada vitória valia 2 pontos e o campeonato era por pontos perdidos.

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    1. Pois é, lembrei dessa. De quando a quando ocorreu este sistema de pontuação pelos pontos perdidos?

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  5. O time do hepta, o hepta, os times que me ensinaram que não poderia ser outra coisa se não gremista. Grande década.

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    1. Primeira camisa numerada do Grêmio que tive foi a 6 do capitão Áureo.
      Desta época.

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  6. Alvirubro,
    No início de 1974 o Grêmio fechou o Brasileiro 1973 (ainda com o Froner no comando) e fez dois amistosos:
    17/02/1974 - ACAFOL 0 x 1 Grêmio
    03/03/1974 - Santa Rosa 1 x 6 Grêmio
    Sabes se estes amistosos foram dirigidos pelo Froner? Ou já pelo Sergio Moacir?

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    1. Targa,

      Sérgio assumiu efetivamente o Grêmio depois do Carnaval de 1974. O primeiro jogo foi contra a Associação Santa Rosa. Foi contratado em 21 de Fevereiro de 1974.

      O jogo do dia 17 de Fevereiro teve Vieira como técnico da equipe. Froner pediu para sair logo após o jogo contra o Vitória-BA.

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    2. valeu Alvirubro, que enciclopédia do futebol!!!
      abraço

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