Pequenas Histórias (190) - Ano - 1968
O Epílogo do Heptacampeonato
Fonte:www.grenais.com.br |
Até 1968, eu tinha lembranças esparsas do meu time, um jogo específico aqui, outro cercado de curiosidades ali, mas faltava a faísca para me tornar assíduo ouvinte e eventual espectador; aí, naquele ano de muitos acontecimentos políticos, sociais e culturais no mundo, o divisor de águas ocorreu: O heptacampeonato do Tricolor, uma goleada magnífica por 4 a 0 no Grenal que encaminhou o título e a sequência até a última rodada, já uma mera formalidade, eu consegui acompanhar.
O epílogo da campanha vitoriosa e o 12º título regional em 13 anos aconteceu em Pelotas, diante do Brasil, que sonhava com o campeonato do Interior.
Naquele Domingo, 28 de Julho, Sérgio Moacir Torres Nunes escalou o melhor quadro (foto acima): Alberto; Altemir, Paulo Souza, Áureo e Everaldo; Cléo e Jadir; Babá, Joãozinho, Alcindo e Wolmir. O uruguaio Oyarbide também foi para o jogo.
Osvaldo Barbosa, o treinador xavante, utilizou: o gigante Gióvio; Dejanir, Joceli, Moacir e Manoel; Isnar e Marcos; Edi, Torino, Maneca e João Borges, mais tarde, Vanderlei.
Agomar Martins com Paulo Salazar e Gardvin Gertz formaram o trio de juiz e bandeirinhas.
O Brasil, na primeira fase, "encaixotou" o Imortal. O veterano João Borges, enquanto teve fôlego, tornou-se o grande destaque, assim como Edi e Torino, que prenderam os laterais gremistas, obrigando os ponteiros gremistas a recuarem para reforçar o setor defensivo. Mas o Grêmio conseguiu se manter invicto e assim, resistiu os primeiros 45 minutos. 0 a 0.
No segundo tempo, a vantagem chegou logo aos 5 minutos, quando João Severiano, o Joãozinho, aparou de primeira o passe de cabeça de Jadir e venceu o gigante Gióvio. 1 a 0.
A vitória que quebrou um incômodo tabu de não vencer os pelotenses no Bento Freitas, foi sacramentada aos 22 minutos; Alcindo, sempre ele, o Bugre recebeu de Cléo, passou para Babá, o ponta devolveu no meio para o camisa 9 "fuzilar" (expressão do Correio do Povo) o goleiro rubro-negro. 2 a 0.
Desta forma, o Imortal encerrava a sua participação no Regional de 68 sobrepujando o bravo clube da zona sul gaúcha. Mal sabia que uma nova conquista de Gauchão levaria 8 anos.
Fonte: Jornal Correio do Povo
O epílogo da campanha vitoriosa e o 12º título regional em 13 anos aconteceu em Pelotas, diante do Brasil, que sonhava com o campeonato do Interior.
Naquele Domingo, 28 de Julho, Sérgio Moacir Torres Nunes escalou o melhor quadro (foto acima): Alberto; Altemir, Paulo Souza, Áureo e Everaldo; Cléo e Jadir; Babá, Joãozinho, Alcindo e Wolmir. O uruguaio Oyarbide também foi para o jogo.
Osvaldo Barbosa, o treinador xavante, utilizou: o gigante Gióvio; Dejanir, Joceli, Moacir e Manoel; Isnar e Marcos; Edi, Torino, Maneca e João Borges, mais tarde, Vanderlei.
Agomar Martins com Paulo Salazar e Gardvin Gertz formaram o trio de juiz e bandeirinhas.
O Brasil, na primeira fase, "encaixotou" o Imortal. O veterano João Borges, enquanto teve fôlego, tornou-se o grande destaque, assim como Edi e Torino, que prenderam os laterais gremistas, obrigando os ponteiros gremistas a recuarem para reforçar o setor defensivo. Mas o Grêmio conseguiu se manter invicto e assim, resistiu os primeiros 45 minutos. 0 a 0.
No segundo tempo, a vantagem chegou logo aos 5 minutos, quando João Severiano, o Joãozinho, aparou de primeira o passe de cabeça de Jadir e venceu o gigante Gióvio. 1 a 0.
A vitória que quebrou um incômodo tabu de não vencer os pelotenses no Bento Freitas, foi sacramentada aos 22 minutos; Alcindo, sempre ele, o Bugre recebeu de Cléo, passou para Babá, o ponta devolveu no meio para o camisa 9 "fuzilar" (expressão do Correio do Povo) o goleiro rubro-negro. 2 a 0.
Desta forma, o Imortal encerrava a sua participação no Regional de 68 sobrepujando o bravo clube da zona sul gaúcha. Mal sabia que uma nova conquista de Gauchão levaria 8 anos.
Fonte: Jornal Correio do Povo
O Campeonato Gaúcho de 1968 foi dividido em dois grupos:
ResponderExcluirNo Grupo A, além do Grêmio:
FC Santa Cruz
SC Rio Grande
GE Brasil, de Pelotas
AA Barroso-São José FR
EC Novo Hamburgo
SC Gaúcho
GE Flamengo, de Caxias do Sul
FBC Rio-Grandense, de Rio Grande
Na Chave B, além do Internacional:
Ypiranga FC
Guarany FC, de Bagé
EC Cruzeiro
EC Juventude
EC Pelotas
SC São Paulo
GA Farroupilha, de Pelotas
CE Aimoré
A 1ª Fase foi jogada em turno único, dentro de cada grupo.
Sete clubes classificaram-se para a 2ª Fase. Os dois últimos de cada Grupo disputaram o torneio do descenso.
No Grupo A ficaram fora da 2ª Fase: GE Flamengo, de Caxias do Sul, e FBC Rio-Grandense, de Rio Grande.
No Grupo B ficaram fora da 2ª Fase: Guarany FC, de Bagé, e GA Farroupilha, de Pelotas.
Os clubes que permaneceram na disputa, continuaram jogando dentro dos mesmos grupos, com o mando de campo invertido da 1ª Fase.
Para os mais jovens:Flamengo de Caxias é o atual Caxias.
ExcluirTu lembras dos jogos encrencados contra o Gaúcho, de Passo Fundo, e contra os times de Pelotas?
ExcluirAlém disso, nessa época havia jogadores de qualidade no Interior, que invariavelmente serviam a Dupla GRENAL. Hoje é praticamente impensavável que isso ocorra:
Gunga, Enio Fontana, Cuca, Rudi, Neca, Celmar, Gonha, Geóvio, Torino, João Borges, Enio Souza, Carlos Miguel, Cigano, João Alberto, Volney, Petzhold, Osmar, Xameguinha, Hélio Pires, Helenílton, Daizon Pontes, Jamir, Adílson, Bebeto, Gaspar, Flecha, Marchioro, Darlan, Jarinha, Arlém, Uga, Paulo Renato, Cará, Sarão, Otacílio, Valmir, Hermínio, Puccinelli, Laone, Balzaretti, Bido, Joãozinho, Elário, Cacildo, Marino, Pio, Zangão, e tantos outros.
..."impensável"...
ExcluirEsse Ênio Fontana tem uma partida histórica na época em que o EC Encantado disputava a primeira divisão; Grêmio 3 x 3; primeiro tempo 3 a 0 para o Encantado. Tinha um timaço.
ExcluirMe dá vontade de escrever uma PH sobre aquele jogaço. Acho que foi 73 ou 74.
04.08.1974 - Grêmio 3x3 EC Encantado.
ExcluirEsse jogo teve duas expulsões do Encantado e uma do Grêmio, no 2º tempo, lá por volta dos 20 minutos. O gol de empate, do Loivo, no 3x3, foi no apagar das luzes. O Grêmio perdia o jogo por 3x1, até depois dos 35' do 2º tempo.
ExcluirLembro que o ataque era Malomar, Enio Fontana e Soares. O Nana e Celso eram do meio e depois foram para o Caxias:Clóvis, Celso e Nana. Com o Felipão de zagueiro.
ExcluirNana, Malomar e Soares, os artilheiros no 1º tempo.
ExcluirEsse time do Encantado era muito bem montado.
ExcluirVários jogadores habilidosos e de qualidade.
O goleiro era Franck.
Bernardino e Dilvar.
Rui Bandeira, Ademir Furtado e Jorge Santos, que passaram pelo Grêmio.
Clóvis, irmão do Claudio Duarte, Nana, Mickey e Soares, todos com passagem no Internacional.
O jogo do 3x3, teve:
ExcluirGrêmio: Picasso; Cláudio Radar (Luís Freire), Beto Bacamarte, Beto Fuscão e Jorge Tabajara; Carlos Alberto (Humberto Ramos), Yúra e Torino; Carlinhos, Tarciso e Loivo.
Encantado: Franck; Coti, Valdir, Ronaldo e Betinho; Nana (Celso), Rui Bandeira e Clóvis; Malomar (João Ferri), Enio Fontana e Soares
Lembrando que Carlinhos, é o que veio do Guarani, de Campinas.
ExcluirO que chama a atenção é que,sendo 74, o treinador era Sérgio Moacir (o mesmo de 68), especialista em defender.Tomar 3 a 0 de um time do Interior num único tempo da partida, é quase irrepetível.
ExcluirBruxo, nesse jogo, o Sérgio Moacyr, ao final do jogo, criticou os torcedores, que vaiaram Picasso, que teria "tomado um frango".
ExcluirCertamente, um dos motivos da irritação de Sérgio foi esse: nunca havia sofrido três gols em um mesmo tempo.
Aliás, na carreira como técnico do Grêmio, poucas vezes sofreu três gols ou mais, em um mesmo jogo.
No Grêmio, sofreu uma vez cinco do Peñarol, num 5x4. Sofreu quatro do Palmeiras, em 1969, num 4x1 para os periquitos; e 7 vezes sofreu três gols, em jogos que venceu um, empatou três e perdeu três.
Sérgio Moacyr foi um grande técnico e perdeu muito poucos jogos.
Dos 247 jogos em que Sérgio Moacyr comandou o Grêmio, 16 deles foram contra o Internacional: 6 vitórias, 5 empates e 5 derrotas. Resultado normal, considerando o tamanho do clássico.
ExcluirPois, excluindo os jogos contra o Internacional, teve o seguinte desempenho:
231 jogo(s)
147 vitória(s)
59 empate(s)
25 derrota(s)
420 gol(s) marcado(s) pelo Grêmio
158 gol(s) marcado(s) pelos adversários
No Olímpico, teve, no total, 7 derrotas em 111 jogos, ou 6,3% de derrotas dentro do estádio tricolor (perdeu apenas um clássico GRENAL em sua casa).
O time de Sérgio Moacyr marcou 221 gols e sofreu 66.
Média invejável de 3 gols marcados para cada 1 sofrido.
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirPara a fase seguinte (Octogonal Final) classificaram-se quatro clubes de cada grupo.
ResponderExcluirAlém de Grêmio (Grupo A) e Internacional (Grupo B):
SC Gaúcho
FC Santa Cruz
GE Brasil
EC Pelotas
EC Cruzeiro
EC Juventude
Na arrancada do Octogonal, a Dupla GRENAL saiu em iguais condições:
21.04.1968 - Grêmio 1x0 EC Pelotas, em Pelotas; e 21.04.1968 - Internacional 1x0 SC Gaúcho, em Passo Fundo.
Na rodada seguinte, uma derrota do Grêmio frente ao Juventude, e uma vitória do Internacional frente ao Santa Cruz, colocou o Colorado dois pontos à frente do Grêmio.
Na terceira rodada inverteram-se os resultados: vitória gremista frente ao Cruzeiro, e derrota do Internacional contra o Brasil, de Pelotas.
Na quarta rodada dois empates, Internacional contra Pelotas, e Grêmio contra Gaúcho, deixaram a Dupla GRENAL com cinco pontos ganhos e três pontos perdidos.
A partir daí (rodada seguinte com uma vitória gremista e uma derrota colorada), o Tricolor manteve-se sempre dois pontos à frente do Internacional, até o GRENAL decisivo de 02.06.1968 - Grêmio 4x0 Internacional, quando a diferença de pontos passou para quatro, a favor do Grêmio.
Faltando duas rodadas para terminar o campeonato de 1968, com quatro pontos em disputa, em 25 de Julho, o Grêmio empatou com o Juventude, em 0x0, e garantiu o título por antecipação, dentro do Olímpico.
O jogo contra o Brasil, bem descrito por ti, foi apenas a moldura final do heptacampeonato.
Lembrando que cada vitória valia 2 pontos e o campeonato era por pontos perdidos.
ResponderExcluirPois é, lembrei dessa. De quando a quando ocorreu este sistema de pontuação pelos pontos perdidos?
ExcluirO time do hepta, o hepta, os times que me ensinaram que não poderia ser outra coisa se não gremista. Grande década.
ResponderExcluirPrimeira camisa numerada do Grêmio que tive foi a 6 do capitão Áureo.
ExcluirDesta época.
Alvirubro,
ResponderExcluirNo início de 1974 o Grêmio fechou o Brasileiro 1973 (ainda com o Froner no comando) e fez dois amistosos:
17/02/1974 - ACAFOL 0 x 1 Grêmio
03/03/1974 - Santa Rosa 1 x 6 Grêmio
Sabes se estes amistosos foram dirigidos pelo Froner? Ou já pelo Sergio Moacir?
Targa,
ExcluirSérgio assumiu efetivamente o Grêmio depois do Carnaval de 1974. O primeiro jogo foi contra a Associação Santa Rosa. Foi contratado em 21 de Fevereiro de 1974.
O jogo do dia 17 de Fevereiro teve Vieira como técnico da equipe. Froner pediu para sair logo após o jogo contra o Vitória-BA.
valeu Alvirubro, que enciclopédia do futebol!!!
Excluirabraço