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quinta-feira, 28 de junho de 2018

Memórias



Memórias (6) – Ano – 1978

Onde o Tetra desvaneceu



Fonte:http://www.futebolportenho.com.br


Muito se fala sobre a “entregada” (?) do Peru na última rodada num 6 a 0 decepcionante contra a Argentina há 40 anos (1978), isto é, que o Brasil passou a ser o campeão moral, depois deste vexame que fez corar até os ancestrais Incas e, principalmente, porque o Escrete Canarinho saiu invicto da competição, ostentando um honroso terceiro lugar.

Para mim, a quarta conquista brasileira escapuliu na noite conhecida como o título exagerado de "A Batalha de Rosário" no estádio Gigante de Arroyito, quando o Selecionado Nacional empatou em zero com os anfitriões que, aflitos, fizeram uma má partida e até se sentiram aliviados com a igualdade no placar.

O Brasil deixara em seu solo, esquecidos, dois de seus melhores jogadores à época, Falcão e Éder, um colorado, outro gremista. Não foram convocados; além disso, de forma temerosa foi ajustando o time em plena competição. Trocou Edinho, um zagueiro improvisado na lateral esquerda, Zico, Reinaldo e Rivellino, também foram sacados; outro improviso em determinados momentos, o avanço para a ponta direita do lateral Toninho para o aproveitamento de Nelinho. 

Para complicar, Toninho Cerezzo, um dos melhores do time, sentiu a virilha e ficou de fora do clássico sul-americano. Para o seu lugar, o teórico ex- preparador físico, agora alçado a condição de comandante técnico, Capitão Cláudio Coutinho, escalou um volante às antigas, Chicão (vide foto acima)  que se somou a outro especialista em desarmes, Batista e o meio ficou refém das iniciativas do ponta esquerda Dirceu Guimarães e do ponta de lança Jorge Mendonça.

Naquele 21 de Junho, com um forte esquema defensivo, onde se sobressaiu o trio final (Leão, Oscar e Amaral), o Brasil controlou bem o jogo, porém, Gil e Roberto não corresponderam na frente e pouco ameaçaram o arco de Fillol.

Resumindo: Quem assistiu, viu uma partida extremamente nervosa e de baixa qualidade técnica, onde as chances de gol foram “artigos de luxo”.

Variando um  pouco o velho adágio, dá para dizer que “entre mortos e feridos”, salvou-se apenas o eleito para ser o protagonista da 11ª edição da Copa do Mundo, a Copa do Medo. Do medo dentro e fora dos estádios.

Fonte: Arquivo pessoal do amigo Alvirubro

PS: Segue um compacto da peleja:


8 comentários:

  1. Pois é, Bruxo! Faltaram os dois "gaúchos" da Dupla GRENAL.

    Falcão, com Brandão de técnico, esteve em 11 jogos. Com Coutinho, 8 jogos. Com Telê, 15 jogos. Já Eder, só foi lembrado por Coutinho em 1979. Depois, Telê Santana, Carlos Alberto Silva e Evaristo lembraram dele.
    Desde sempre, algum grande jogador permanece no Brasil. Faz parte.

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    1. Falcão, sua ausência, um dos maiores absurdos, o mesmo aconteceu com Renato e Leandro em 86.

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    2. O "seu" Telê não era fácil!

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    3. Alvirubro
      Olhando o material para o Memórias 6 e 7, tenho certeza que a teimosia de Telê atrapalhou o seu grande momento na Seleção.

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    4. Telê foi um "mestre" como técnico, mas era teimoso demais.
      Mesmo assim, resgatou o futebol de toque bola.
      Para o meu gosto pessoal, não houve ninguém maior que Telê Santana e Enio Andrade. Mestres da linha lateral do campo.

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  2. 1 LEÃO
    12 CARLOS
    22 WALDIR PERES

    2 TONINHO
    13 NELINHO
    3 OSCAR
    4 AMARAL
    14 ABEL
    15 POLOZZI
    6 EDINHO
    16 RODRIGUES NETO
    5 TONINHO CEREZO
    21 CHICÃO
    8 ZICO
    17 BATISTA
    19 JORGE MENDONÇA
    10 RIVELLINO
    18 GIL
    9 REINALDO
    20 ROBERTO DINAMITE
    11 DIRCEU
    7 ZÉ SERGIO

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    1. Verdade que Zé Sérgio e Dirceu estavam estraçalhando naquela época.
      E Waldir Perez na sua segunda Copa, quando virou titular em 82 ...

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    2. O torcedor guarda na memória alguns equívocos, que balizam a crítica, após as derrotas. Não sei se com Falcão e com Eder teríamos sucesso, com a conquista do Mundial. Porém, faltaram eles.

      Dirceuzinho estava bem, e aqui prá nós, jogava muito. Zé Sérgio idem. Mas tu olhas a lista e saltam aos olhos Oscar, Amaral, Abel, Polozzi e Edinho. Edinho era polivalente. Jogava de zagueiro, de lateral e até de volante fixo. Polozzi era muito bom, mas tendo um zagueiro tão bom quando Edinho, creio que Polozzi poderia ter dado lugar a outro jogador.

      Apesar de tantos bons jogadores no Brasil, naquela época, mesmo assim Coutinho ainda teve que improvisar. Após tudo isso, não é difícil imaginar os motivos da nossa classificação, em 1978.

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