Memórias (6) – Ano –
1978
Onde o Tetra desvaneceu
Muito se fala sobre a “entregada” (?) do Peru na última rodada num 6 a
0 decepcionante contra a Argentina há 40 anos (1978), isto é, que o Brasil
passou a ser o campeão moral, depois deste vexame que fez corar até os
ancestrais Incas e, principalmente, porque o Escrete Canarinho saiu invicto da
competição, ostentando um honroso terceiro lugar.
Para mim, a quarta conquista brasileira escapuliu na noite conhecida como o título exagerado de "A Batalha de Rosário" no estádio Gigante de Arroyito, quando o Selecionado Nacional empatou em zero
com os anfitriões que, aflitos, fizeram uma má partida e até se sentiram
aliviados com a igualdade no placar.
O Brasil deixara em seu solo, esquecidos, dois de seus melhores
jogadores à época, Falcão e Éder, um colorado, outro gremista. Não foram
convocados; além disso, de forma temerosa foi ajustando o time em plena
competição. Trocou Edinho, um zagueiro improvisado na lateral esquerda, Zico,
Reinaldo e Rivellino, também foram sacados; outro improviso em determinados momentos,
o avanço para a ponta direita do lateral Toninho para o aproveitamento de
Nelinho.
Para complicar, Toninho Cerezzo, um dos melhores do time, sentiu a
virilha e ficou de fora do clássico sul-americano. Para o seu lugar, o teórico
ex- preparador físico, agora alçado a condição de comandante técnico, Capitão
Cláudio Coutinho, escalou um volante às antigas, Chicão (vide foto acima) que se somou a outro
especialista em desarmes, Batista e o meio ficou refém das iniciativas do ponta
esquerda Dirceu Guimarães e do ponta de lança Jorge Mendonça.
Naquele 21 de Junho, com um forte esquema defensivo, onde se sobressaiu
o trio final (Leão, Oscar e Amaral), o Brasil controlou bem o jogo, porém, Gil
e Roberto não corresponderam na frente e pouco ameaçaram o arco de Fillol.
Resumindo: Quem assistiu, viu uma partida extremamente nervosa e de
baixa qualidade técnica, onde as chances de gol foram “artigos de luxo”.
Variando um pouco o velho adágio,
dá para dizer que “entre mortos e feridos”, salvou-se apenas o eleito para ser
o protagonista da 11ª edição da Copa do Mundo, a Copa do Medo. Do medo dentro e
fora dos estádios.
Fonte: Arquivo pessoal do amigo Alvirubro
PS: Segue um compacto da peleja:
PS: Segue um compacto da peleja:
Pois é, Bruxo! Faltaram os dois "gaúchos" da Dupla GRENAL.
ResponderExcluirFalcão, com Brandão de técnico, esteve em 11 jogos. Com Coutinho, 8 jogos. Com Telê, 15 jogos. Já Eder, só foi lembrado por Coutinho em 1979. Depois, Telê Santana, Carlos Alberto Silva e Evaristo lembraram dele.
Desde sempre, algum grande jogador permanece no Brasil. Faz parte.
Falcão, sua ausência, um dos maiores absurdos, o mesmo aconteceu com Renato e Leandro em 86.
ExcluirO "seu" Telê não era fácil!
ExcluirAlvirubro
ExcluirOlhando o material para o Memórias 6 e 7, tenho certeza que a teimosia de Telê atrapalhou o seu grande momento na Seleção.
Telê foi um "mestre" como técnico, mas era teimoso demais.
ExcluirMesmo assim, resgatou o futebol de toque bola.
Para o meu gosto pessoal, não houve ninguém maior que Telê Santana e Enio Andrade. Mestres da linha lateral do campo.
1 LEÃO
ResponderExcluir12 CARLOS
22 WALDIR PERES
2 TONINHO
13 NELINHO
3 OSCAR
4 AMARAL
14 ABEL
15 POLOZZI
6 EDINHO
16 RODRIGUES NETO
5 TONINHO CEREZO
21 CHICÃO
8 ZICO
17 BATISTA
19 JORGE MENDONÇA
10 RIVELLINO
18 GIL
9 REINALDO
20 ROBERTO DINAMITE
11 DIRCEU
7 ZÉ SERGIO
Verdade que Zé Sérgio e Dirceu estavam estraçalhando naquela época.
ExcluirE Waldir Perez na sua segunda Copa, quando virou titular em 82 ...
O torcedor guarda na memória alguns equívocos, que balizam a crítica, após as derrotas. Não sei se com Falcão e com Eder teríamos sucesso, com a conquista do Mundial. Porém, faltaram eles.
ExcluirDirceuzinho estava bem, e aqui prá nós, jogava muito. Zé Sérgio idem. Mas tu olhas a lista e saltam aos olhos Oscar, Amaral, Abel, Polozzi e Edinho. Edinho era polivalente. Jogava de zagueiro, de lateral e até de volante fixo. Polozzi era muito bom, mas tendo um zagueiro tão bom quando Edinho, creio que Polozzi poderia ter dado lugar a outro jogador.
Apesar de tantos bons jogadores no Brasil, naquela época, mesmo assim Coutinho ainda teve que improvisar. Após tudo isso, não é difícil imaginar os motivos da nossa classificação, em 1978.