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quinta-feira, 7 de março de 2019

Opinião



Grêmio se contentou com o Empate

Fiquei com toda a impressão que o Tricolor foi "pragmático" nesta estreia; ou seja, o planejamento vislumbrava não sair derrotado da Argentina, independente do momento ruim do Rosario Central. Foi atrás deste objetivo.

Dá para entender, pois quem conseguiu assistir aos dois jogos da Dupla Grenal, fica escancarada a diferença de atitude dos argentinos e dos chilenos. É raro encontrar facilidades contra os portenhos. O Rosario foi guerreiro o tempo todo e sua ruindade, provavelmente momentânea, não foi empecilho para fazer um bom enfrentamento contra os gaúchos.

O Tricolor cometeu um erro fatal para um grupo cascudo; isto é, não se preparou para o tradicional abafa de início de jogo, cartão de apresentação de todo clube argentino. O gol de Zampedri é uma das raras falhas de Kannemann; neste lance, ele olha apenas para a bola e não ocupa o melhor espaço na área que seria um passo atrás, justamente onde o avante "canalla" cabeceou. Gol sofrido que é protótipo da "Era Roger".

O primeiro tempo foi elétrico e o Grêmio empilhou chances. Mérito para Ledesma, o goleiro que garantiu o empate e faltou pontaria para Felipe Vizeu; quatro arremates que poderiam terminar em gol.

O que prejudicou o Tricolor foi a péssima partida de Luan; ele deve ter armado no mínimo, três contra-ataques, não criou nada; resumindo: Uma péssima partida do camisa 7. O time jogou com 10.

Éverton que foi eleito o melhor pela Conmebol, não fez um bom jogo, em especial, na etapa final, ainda assim, acabou marcando um gol, bem anulado; no lance, ele deveria ter saído da bola para Marinho seguir até o arremate final. De qualquer maneira, ele foi o responsável pelo gol de empate.

Paulo Victor fez boas defesas, mas ainda não me convence; o Grêmio merece um goleiro mais impositivo. Tomara que Júlio Cesar seja este cara.

Defensivamente, Geromel rebentou novamente, Leonardo Gomes, ótima partida, Kannemann, abaixo da sua média alta e Bruno Cortez, outro que não fez uma boa partida.

No meio, Rômulo fez bem o trabalho de frente da área, não foi por ali que o locatário "se criou"; Maicon, ora parece o dono do meio de campo, ora parece jogar em rotação mais lenta do que a partida exige. Complicado.

Marinho, muito bem, foi caçado o tempo todo; cumpriu corretíssimo papel de auxílio na marcação; um fôlego que lhe permitiu chegar ao final da partida "voando". Acréscimo em relação ao antigo titular.

Apesar de perder muitos gols, gostei da movimentação de Vizeu; perdeu, porque estava lá. Éverton, inconstante, mas ainda assim, decisivo. Luan não jogou, simplesmente.

Os que entraram: Matheus Henrique cumpriu a missão de ampliar a posse de bola do time; conseguiu. Quase fez o gol de desempate. Está pedindo passagem entre os titulares.

Jean Pyerre meteu uma bola na trave quase nos acréscimos. Merece novas chances. André não conseguiu jogar.

Acho que Renato abdicou cedo de ganhar a partida; até fiquei com a impressão que com tal postura seria castigado com um gol no final. Lembrei daquela derrota para o Botafogo no Engenhão, gol de Gílson. Felizmente, ficou no empate.

Agora é ir para cima do Libertad.




6 comentários:

  1. "No meio, Rômulo fez bem o trabalho de frente da área,"

    Chê, não é má vontade, mas o loco não deu um desarme, não colaborara saída de bola, nada....conseguiu ser pior do que Maicon, esse não marca, só cerca, mas ao menos, poucas vezes, consegue dar um passe pra frente e se apresentar pra receber.

    Dupla insufuciente pras pretensões do Grêmio. Futebol moderno não permite "meio volante"

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    Respostas
    1. Glaucio
      Como escrevi, embora não seja uma brastemp, não vi diferença para o futebol do Michel, pelo menos, que desse para dizer: "Sentimos falta do camisa 5". O empate não passou pela atuação de Rômulo.
      Minha modesta opinião, lógico.

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  2. O Jean Pierre merecia ter feito o gol. A entrada do André nada acrescentou, simplesmente não entendi. Sobre o Paulo Victor considero seguro em bolas rasteiras, mas não sabe "sair do gol". Minha aposta seria no Júlio César. Abraço

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  3. João!
    É aquela velha história: Goleiro é muito importante em clube grande. Olha o jogo do Coirmão; era para ser vitória do Palestino, três grandes defesas do Lomba e uma falha pavorosa do goleiro chileno.
    No Grêmio há tempos, se forem chutadas 3 bolas perigosas ao gol, uma entra, com certeza. Quando é que goleiro gremista sai como melhor em campo, defendendo vários chutes num único jogo?

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  4. Olha Bruxo, com relação a goleiro faz anos que nenhum time chuta várias bolas no gol do Grêmio em um único jogo. Espero estar enganado, mas acho que vamos sentir saudades do Grohe.
    Ontem, Geromel me pareceu meio perdido, Maicon e Luan não entraram em campo, Everton e Marinho foran os melhores.

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  5. Carlos
    O fato de estarmos inseguros com o Paulo Victor é mais uma sensação do que propriamente realidade; ele tomou 2 gols que não são nada diferentes dos que Grohe sofria, aliás, se olharmos os gols da desclassificação contra o Rosario na Era Roger, vamos chegar a conclusão que PV e Grohe são do mesmo nível, a diferença estava no valor do contra-cheque.

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