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quarta-feira, 3 de abril de 2019

Opinião




Michel e Maicon

Se não houver surpresa, duas das quatro posições do meio de campo gremista serão ocupadas por Michel e Maicon.
Individualmente, os camisas 5 e 8 possuem grandes qualidades, especialmente no requinte com que tratam o balão de couro. Porém, juntos, eles tornam a transição da defesa para a parte ofensiva, lenta e por consequência, ineficaz e propensa a levar a famosa “bola nas costas”. Basta lembra a única derrota gremista no ano; Libertad em plena Arena.
Ontem, eu assisti Atlético Paranaense versus Boca Juniors. Jogo desigual. Um banho de bola rubro-negro. Os “Bosteros” são ruins? Lógico que não. O que houve foi uma determinação, uma entrega que beirou ao sobrenatural; o time de Curitiba foi intenso,  possuidor de uma transição rápida, diria, mortal. Os argentinos tiveram dificuldades para pensar, para respirar. Pareciam estar numa rotação mais baixa que o seu oponente. Assim, constato que o futebol eficiente é o de marcação intensa, veloz e concatenada. Claro! Organização e qualidade contam muito. Se tiver um centro-avante, repito, centro-avante de carteirinha, aí a vitória será resultado previsível.
O Grêmio tri da América possuía dois meninos nas primeiras posições do meio, Jaílson e Arthur; hoje, fazem falta. Obviedade? Não estou tratando da qualidade de Arthur, nem da volúpia de Jaílson, mas no conjunto técnica-eficiência-atitude que esse duo tatuou na forma de enfrentamento azul.
Tenho certeza que com Matheus Henrique no lugar de um deles, o time ganharia tudo aquilo que vi na partida de ontem na Baixada, atual Arena.
Mesmo acreditando piamente num bom resultado amanhã, penso que Renato colherá maiores e melhores resultados, se contar com um início de meio de campo mais rápido, mais movediço e talvez, mais técnico com a preterição de um desses atuais titulares e o ingresso de Matheusinho.

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