Michel e Maicon
Se não houver surpresa, duas das quatro posições
do meio de campo gremista serão ocupadas por Michel e Maicon.
Individualmente, os camisas 5 e 8 possuem
grandes qualidades, especialmente no requinte com que tratam o balão de couro.
Porém, juntos, eles tornam a transição da defesa para a parte ofensiva, lenta e
por consequência, ineficaz e propensa a levar a famosa “bola nas costas”. Basta
lembra a única derrota gremista no ano; Libertad em plena Arena.
Ontem, eu assisti Atlético Paranaense versus
Boca Juniors. Jogo desigual. Um banho de bola rubro-negro. Os “Bosteros” são
ruins? Lógico que não. O que houve foi uma determinação, uma entrega que beirou
ao sobrenatural; o time de Curitiba foi intenso, possuidor de uma transição rápida, diria,
mortal. Os argentinos tiveram dificuldades para pensar, para respirar. Pareciam
estar numa rotação mais baixa que o seu oponente. Assim, constato que o futebol
eficiente é o de marcação intensa, veloz e concatenada. Claro! Organização e
qualidade contam muito. Se tiver um centro-avante, repito, centro-avante de
carteirinha, aí a vitória será resultado previsível.
O Grêmio tri da América possuía dois meninos nas
primeiras posições do meio, Jaílson e Arthur; hoje, fazem falta. Obviedade? Não
estou tratando da qualidade de Arthur, nem da volúpia de Jaílson, mas no
conjunto técnica-eficiência-atitude que esse duo tatuou na forma de
enfrentamento azul.
Tenho certeza que com Matheus Henrique no lugar
de um deles, o time ganharia tudo aquilo que vi na partida de ontem na Baixada,
atual Arena.
Mesmo acreditando piamente num bom resultado
amanhã, penso que Renato colherá maiores e melhores resultados, se contar com
um início de meio de campo mais rápido, mais movediço e talvez, mais técnico
com a preterição de um desses atuais titulares e o ingresso de Matheusinho.
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