Opinião

Grêmio perde e se complica na Libertadores

Ficou difícil, mas não impossível. O 0 a 1 diante do Palmeiras desenhou um jogo perfeito ou "épico" no Pacaembu na semana que vem para passar de fase.

Para isso ocorrer, duas tendências precisam ser revertidas; a zaga do Palmeiras ir mal e o ataque gremista ir bem ou então entram os detalhes como ocorreu no chute perfeito de Gustavo Scarpa aos 31 minutos da primeira etapa, mas eu não quero simplificar esta vitória como apenas "no detalhe"; o Palmeiras poderia ter ampliado num milagre de Paulo Victor e na trave esquerda gremista. Resumindo: o pragmatismo que sempre acompanhou a trajetória de Luiz Felipe se fez presente. Na frente e na defesa; Weverton fez defesas fáceis ou pequenas intervenções, então, não houve crime.

Ouço o rádio neste momento e sobraram críticas para Geromel e Kannemann; pergunto: em que lance? Engraçado! o resultado baliza os comentários. Prefiro ver que aquela patinada no início da Libertadores foi um ingrediente importante. O mando de campo no enfrentamento contra o Palmeiras é elemento de peso, talvez se a primeira partida fosse em São Paulo, as "facilidades" para o Tricolor fossem maiores. Jogar a ida fora, é um convite ao triunfo que o Verdão não recusa.

Lendo estes parágrafos iniciais, eles podem passar a impressão que o Grêmio não deve ser responsabilizado pela derrota; ledo engano. O Tricolor apresentou defeitos tradicionais, quais sejam, a posse de bola inconsequente (não por irresponsabilidade, mas pela falta de objetividade), a manutenção de André segue sendo um erro. Mais uma vez, ele passou batido, não "pifou" ninguém, não cabeceou, nem arrematou. As subidas dos laterais são inócuas e o ataque vive exclusivamente da qualidade de Éverton. 

Os destaques seguem sendo os mesmos de sempre: a dupla de zaga e os três meninos da base (Matheusinho, Jean Pyerre e Éverton).

Encerro como comecei: ficou difícil, porém, reversão de expectativas é da história do Grêmio. Por enquanto, o Palmeiras botou a mão na vaga, isto é fato.