Opinião

Um Baile na Arena

Foi um 5 a 0 sem 3 gols. Não houve diferença entre o Grenal de Agosto de 2015 à exceção do escore constrangedor. Um passeio melancólico para o pessoal da Padre Cacique.

Algum amigo participante do blog alertou que o Tricolor não deveria entrar com Leo Moura e Maicon juntos, porque era garantia de queimar uma substituição. Ele estava certo, assim como Renato, mesmo que a alternativa fosse Rafael Galhardo. Esta é uma lição gratuita: Aposta em atletas com falta de condições físicas é um risco.

O Tricolor sem duas de suas maiores expressões técnicas (Luan e Jean Pyerre) achou uma solução dentro do grupo. Mérito do treinador, nada de sorte. Competência. Ele evitou um camisa 5 tradicional para começo de partida e fez seu time se impor inapelavelmente; basta verificar que Paulo Victor não executou nenhuma defesa difícil. Algo quase inédito em Grenais. 

Além disso, empilhou chances que ficaram nas mãos dos bons goleiros colorados.

Quando Renato mexeu, mexeu bem, desta vez, não porque escalou mal, mas pela leitura que fez do transcorrer da partida, a falta de ritmo de Galhardo, a da má condição física de Maicon e o gás novo com Pepê.

O ingresso de Rômulo em detrimento a Darlan, também parece ter sido acertada, porque daria uma imposição na bola aérea defensiva, caso o adversário optasse pelo sufoco de final de jogo. Preocupação lógica, porém, dispensável ante a apatia colorada. Rômulo se deu bem até na frente, fazendo um golaço, quando inverteu o histórico dos chutes chapados, geralmente fora do alvo inicialmente para depois alcançar o ângulo das goleiros; seu arremesso cumpriu trajetória singular, saindo do centro do arco para buscar o canto superior. Chute mortífero até para Danilo Fernandes.

Nesse Grêmio (que eu escrevi que era inferior apenas ao Flamengo, mas quem não é?) pós-vexame, os adversários estão pagando o pato, basta olhar a tabela e ver que ele sobe vertiginosamente rumo ao G4.

Fico pensando se a Direção adotasse semelhante atitude de dispensar o técnico em meio ao campeonato como fez o Coirmão. Colocaria interino ou buscaria um treinador? Vou dizer, grandes treinadores na atualidade, não assumem essa bronca, isso vai contra a biografia deles. Isso de treinador tampão é para quem está em início de carreira, carreira essa, cheia de incertezas. Se Renato não é a solução, isso deve ser decidido no final do ano. É do bê a bá do futebol.

No mais, PV segue titular até vir novo fracasso, Kannemann e Geromel seguem invictos em Grenais, Bruno Cortez assumiu uma regularidade altamente positiva. Galhardo, mal.

No meio, os grandes destaques, Maicon e o melhor, Matheus Henrique; Alisson e Luciano, operários importantes na coadjuvância, Tardelli e Éverton sempre perigosos, desestabilizaram o setor defensivo vermelho.

Os que entraram, Leonardo Moura, Rômulo e Pepê, o primeiro e o terceiro podem ser titulares tranquilamente, Leo tem a ressalva da idade. O segundo, repetindo, fez um golaço que deu cifras definitivas ao placar que foi aberto pela cabeçada fulminante de Pedro Geromel.

Se eu fosse colorado, certamente ficaria preocupado com o que foi visto no clássico. Odair está fazendo falta.

2 a 0 ficou muito barato. Concordando com Renato: - Foi um massacre.

Seguem os melhores momentos: