Espinosa: ele estava lá
Valdir Atahualpa Ramirez Espinosa; um nome histórico para gremistas e botafoguenses, mas não apenas por isso.
Espinosa esteve em vários momentos relevantes do futebol gaúcho, nacional e mundial. Muitos, talvez não conhecem ou não lembram parte do que relatarei logo a seguir. Resumindo: ele estava lá.
Espinosa estava no juvenil do Grêmio entre 1965 e 66, quando o time ficou mais de 100 jogos sem perder. Vide Jovem Time dos Sonhos.
Esteve no Grenal de inauguração do Beira-Rio, o da pauleira. É ele quem valoriza a "chegada" de Urruzmendi, cai e dá início a briga generalizada.
Esteve no fantástico jogo da desforra ou revanche em 1972, quando os gaúchos se uniram contra o Selecionado Canarinho, um 3 a 3, que só ficou nisso, porque o treinador da terrinha, Aparício Vianna e Silva, pediu para os seus pupilos tirarem o pé do acelerador.
Espinosa igualmente esteve na primeira vitória gremista contra o Santos no Pacaembu, São Paulo, com Pelé em campo; 1 a 0, gol de Alfredo Obberti, quando o goleiro Picasso pegou um pênalti cobrado por Carlos Alberto Torres, o capitão do tri em 70. Espinosa, gremistão, raspou a cabeleira para pagar a promessa pelo feito inusitado. Apareceu de visual novo no Salgado Filho.
Ele estava na leva de gaúchos que faturou o título alagoano pelo CSA em 1974.
Em 1979 foi vice campeão gaúcho treinando o Esportivo de Bento Gonçalves, participando do emblemático Jogo da Neve entre o seu clube e o Imortal. Sua estreia na nova profissão.
Em seguida, trouxe de lá para o Grêmio, o jovem Renato Portaluppi (precisa explicar!!!).
1983, ele conquista a Libertadores e o Mundial pelo Grêmio.
Em 1989 leva o Botafogo a uma conquista monumental, ganhando o campeonato carioca, façanha que não se realizava desde 1968. Lá, ele também virou herói.
Assim como Foguinho, lenda gremista, experimentou (e fracassou a exemplo dele) treinar o Coirmão em 1990.
Ano seguinte, 1991, Espinosa treinando Botafogo de Renato, De Leon e Paulo Roberto, afunda o Tricolor para a segunda divisão no jogo do rebaixamento. Renato não quis jogar, portanto, ficou de fora.
Depois de anos sem muito brilho, retorna ao Grêmio e ajuda Renato e seu clube do coração a reencontrar os caminhos dos títulos relevantes, 2016.
Valdir Espinosa seguirá na história e no coração dos gremistas e dos botafoguenses, em especial.
Para mim, há ainda uma lembrança mais comovente; ele está na foto que ilustrava a minha caixinha (de madeira) de goiabada que virou o lugar onde eu guardava os meus times de botão. A de 1972.
Espinosa, obrigado por tudo.
TÉCNICO da reinauguração do Olímpico. Daison
ResponderExcluir1980? É isso, Daison.
ResponderExcluir"Durante a festa de reinauguração do Estádio Olímpico, o Grêmio venceu o Vasco por 1 a 0. Com gol de Baltazar, aos 38 minutos do primeiro tempo, a partida contou com as estreias do goleiro Leão e do meia Flávio. Além do jogo principal, a equipe de Juniores do Grêmio enfrentou o Matsubara, do Paraná. Bonamigo e Cássio garantiram os 2 a 0 sobre o time paranaense. Desfiles, execução de hinos e sorteios também marcaram a festividade."
Excluir1º jogo de Valdyr Espinosa como técnico. Substituiu Oberdan Vilain.
Excluir1º jogo de Valdyr Espinosa como técnico, no estádio Olímpico, para ficar claro. Substituiu Oberdan Vilain.
ExcluirEspinosa já havia dirigido o time em dois amistosos anteriores ao jogo contra o Vasco, fora de POA.
Época de Hélio Dourado.
ExcluirGracias pela postagem, bruxo.
ResponderExcluirMuitos fatos desconhecidos por mim....ele foi muito maior do que eu pensava...
E sobre Renato, essa de não jogar contra o Grêmio, bah...me fez voltar a considerar um pingo de respeito pela pessoa dela.
Obrigado pelo retorno, Glaucio.
ExcluirMe intriga uma certa falta de imposição de Renato em relação à manutenção dele em 2017...coisas que nunca saberemos...
ResponderExcluirGlaucio
ExcluirÉ chato falar de uma pessoa falecida, mas houve divergências profissionais entre Espinosa e a Direção que por mais incrível que pareça, ficaram acima da ingerência de Renato.
Por mais que se deva admirar a história e importância do Espinosa como treinador, o que pareceu na entrevista de saída dele em 2017 foi ter sido colocado na geladeira por não estar fazendo contribuições para a comissão técnica.
ExcluirAs pessoas responsáveis por sua demissão foram Odorico Roman e Saul Bedichevski, até onde eu sei, grandes gremistas e de grande caráter e dedicação.
A verdade é que o Espinosa, como treinador, perdeu um pouco do ritmo já nos anos 90. Credito a ele o grande aumento das chances do Grêmio ter vencido a Libertadores de 95: o único time à altura naquela ocasião (melhor elenco, na verdade) era o Palmeiras que o Espinosa não conseguiu engrenar, mesmo tendo feito pré temporada pelo Verdão.
Isso não quer dizer que a história dele não seja muito admirável, mas para mim, ele ficou obsoleto muito cedo na carreira.
De qualquer forma, uma gigantesca perda
Caco
Isso aí, Caco. Era o que eu sabia.
ExcluirEle mesmo se queimou Gláucio. Eu não compactuo com qualquer um que se julgue maior que o Grêmio. Ele nunca disse isso, é verdade, mas suas atitudes falam por si só.
ResponderExcluirFatos interessantes dele como treinador:
ResponderExcluirEstreou na casamata em um jogo amistoso contra a seleção Uruguai, o primeiro jogo depois da saida do Oberdan.
E agora o mais interessante:
Um mês depois, foi o treinador da estréia do Renato com a camisa do Grêmio, em 26 de Junho de 1980, vitoria de 1 x 0 sobre o Argentino Juniors. Do outro lado estava Diego Maradona.
Isso mesmo: Renato estreou no Grêmio jogando contra Maradona, com Valdir Espinosa de treinador.
Aqui está a ficha do jogo:
https://www.gremiopedia.com/wiki/Ficha_T%C3%A9cnica:Sele%C3%A7%C3%A3o_Uruguaia_1_x_1_Gr%C3%AAmio_-_28/05/1980
Caco
Legal, Caco. Esse Neinha, centro-avante, veio do Sport Recife.
ExcluirMáspoli, o treinador uruguaio era o goleiro no Maracanazo em 50.
A caixinha dos teus "puxadores" ainda está intacta, meu amigo?
ResponderExcluirEstá. Não perdi nenhum "atleta". E a caixa ainda guarda as fotos do Guarani de Campinas e do Ceará na tampa que fecha a caixinha.
ExcluirLembro deles muito bem!
ExcluirNão tenho certeza do goleiro se era o Hélio ou o Jorge Hipólito; a defesa, se não falha a memória, era Arthur, Nagel, Mauro Calixto e Paulo Tavares. Depois, eu acho que seguiam Edmar e Joãozinho; Jorge Costa, Samuel, Erandy e Da Costa. Entram no elenco Nado, Magela e Vítor.
ExcluirDo Guarani, lembro do Tobias, Wilson, Amaral, Alberto, Bezerra. Flamarion, Alfredo, Dilson, Lola, Clayton, Mingo. Washington fazia parte do teu time. Não tenho certeza se o Zé Ito.
E o caderninho dos goleadores??? Eheheheheh...bons tempos, meu velho!
Quase!
ExcluirO goleiro era Hélio.
Faltou o Jáder, ponta direita do São Paulo de Rio Grande que foi para o Bugre.
O ataque era Jáder, Washington, Clayton e Mingo.
ExcluirPutz, Faz pouco tempo, eheheheheh...
ExcluirJader que jogou no Santos, no América-RJ, no Vasco, dentre outros.
ExcluirTime de futebol de mesa...ainda guardo dois times. Hehehe
ResponderExcluirTempo bom.
Rodrigo
ExcluirTempo muito bom.
Descanse em paz, grande Espinosa! Nosso eterno ídolo!
ResponderExcluirLegal a história da caixinha, Bruxo. Uma relíquia.
Lipatin
ResponderExcluirUma relíquia, mesmo, apesar da simplicidade dela.
https://www.youtube.com/watch?v=L5SWQ-QKl5o
ResponderExcluirAlguém lembra desta camiseta do Grêmio. Vejam o segundo de número 14, quase no final do vídeo?
Achei neste blog:
ResponderExcluirhttps://gremio1983.wordpress.com/2013/01/28/camisa-branca-1972/
Pois é...2018 e 2019 mostraram que ele não estava fazendo contribuições....
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