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domingo, 14 de janeiro de 2018

Pequenas Histórias


Pequenas Histórias (183) - Ano - 1965-66

O Jovem Time dos Sonhos

Fonte: tardesdepacaembu.wordpress.com

Com o desenvolvimento da Copa São Paulo de juniores, eu lembrei de uma passagem histórica me contada pelo alvirrubro Alvirubro, realizada pelo elenco gremista na metade da década de 60, mais exatamente, 1965 e 66: Ele ficou 100 jogos invicto. Entre amistosos e embates oficiais foram 89 vitórias e 11 empates. Um feito inédito à época dos liderados por Aparício Vianna e Silva e mais tarde, Chiquinho, os treinadores.

Nesse grupo havia várias promessas, casos de Valdir Espinosa (o primeiro em pé), Jair,o goleiro; Beto Bacamarte (o  quarto em pé), Adilson, o craque do time (quinto em pé) e Zeca,o último em pé, que reserva de Everaldo, consagrou-se no Palmeiras na melhor fase do clube paulista, anos 70.

Ainda havia, Salazar (segundo agachado) e Romualdo (terceiro agachado), goleadores da equipe, o meia Julinho (quarto agachado), além de Fiorese, Clóvis e Adãozinho, que não aparecem no "instantâneo" acima que é completada por Raup (segundo em pé) e Julio Cesar e Ademir Ribeiro (os ponteiros agachados). Mais informações, vide: Espinosa e Galeria Imortal 20.

Deste período, eu destaquei um Grenal vencido pelo Imortal, dia 29 de Agosto de 1965, Estádio Olímpico, 32º jogo da série invicta, que também quebrou a do Inter que estava há 55 partidas sem perder; onde se sobressaiu o centroavante Adãozinho, autor dos 3 gols azuis. Confronto que serviu de preliminar para o clássico Grenal  de número 177.

O Tricolor de Chiquinho formou com: Valdir; Valdir Espinosa, Beto Bacamarte, Raup e Zeca; Sebastião e Julinho; Júlio Cesar, João Carlos, Adãozinho e Ademir Ribeiro.

Daltro Menezes mandou a campo: Schneider; Hugo, Nitota, Baiano e Enísio; Adilson e Índio; Clodomar, Caio, Manoel e Ademir Gallo.

Sempre superior no clássico, o Grêmio movimentou o placar aos 28 minutos da primeira fase com Adãozinho. 1 a 0 que persistiu até final.

O Tricolor entrou avassalador no segundo tempo; assim sendo, virou goleada; Adãozinho marcou o segundo (de cabeça) aos 7 minutos e aos 12, ele ampliou para 3 a 0.

Como em Grenal tudo se pode esperar, o Coirmão  iniciou uma reação e marcou com Clodomar dois minutos depois, aos 14; entretanto, sofreu novo revés ao ter o defensor Baiano expulso por jogada violenta. 

O jogo ganhou outro atrativo, porque aos 28 minutos, Adílson marcou o segundo gol colorado. 3 a 2 e reanimou a disputa, mas ficou nisso.

O árbitro foi Flávio Cavedini com boa atuação.

E o jogo de fundo, o tal Grenal 177 ? Foi 2 a 1 para o Tricolor, gols de Joãozinho (João Severiano) e Alcindo, Davi fez para o Inter.

Fonte: Arquivo pessoal do amigo Alvirubro













 

22 comentários:

  1. Pois é, Bruxo!

    Uma longa, e impensável, invencibilidade, que teve início em Canoas-RS, no dia 02.02.1965, com o empate entre Grêmio e EC Socal, 2x2.

    Em 27.11.1966, no Estádio Olímpico, em Porto Alegre, o time gremista encerrava a série invicta, com um 5x0 frente ao EC São José.

    Mais de 470 gols marcados, poucos gols sofridos (apenas 76).

    Salazar marcou 91 gols. Outros artilheiros: Adãozinho 56; Romulado 53; João Carlos 39; Júlio César 24; Espinosa 24; Ademir Ribeiro 22; César 16; Adílson 13; Julinho 11; foram os principais marcadores.

    Os placares foram gigantescos, algumas vezes. Eis alguns deles:

    11x0 quatro vezes;
    11x1 duas vezes;
    10x0 duas vezes;
    10x1 duas vezes;
    9x2 uma vez;
    8x0 três vezes;
    8x1 quatro vezes;
    8x2 duas vezes;
    7x0 quatro vezes; e
    7x1 duas vezes.

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  2. Alvirubro
    Interessante,Espinosa marcando 24 gols, acho que no profissional não deve ter passado de uns 5,olhando a tua postagem sobre ele.

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    1. Marcou um, Bruxo! De pênalti!
      01.02.1970 - Grêmio 2x1 AA Barroso-São José FR

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  3. O time do Colorado tem algumas particulares:

    - Schneider jogou pelo time profissional.
    - Nitota, irmão do Sérgio Galocha. Jogou no profissional do Inter.
    - Enísio Matte, também conhecido por Russo, foi árbitro e hoje é comunicador de rádio, na grande Porto Alegre. Jogou em vários clubes gaúchos e também em clubes de SC, DF e RJ
    - Caio Cabeça, que fez carreira no Grêmio e Atlético-PR.
    - Manoel Pinto de Faria, irmão de Larry Pinto de Faria, atacante do II Rolo Compressor.
    - Ademir Gallo, fez carreira em clubes do Interior do RS e no Internacional.

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  4. Lembro do Nitota,também do Ademir Gallo no Ypiranga de Erechim.

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  5. Como dizem, dia de muito, véspera de pouco.Um golzinho e de pênalti. É pouco.

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  6. Meu pai dizia que dava gosto de ver jogar os dois times, tanto juniores quanto o time principal. Alvirubro, tens a lista completa com os 100 jogos? Poderias postar? Michel.

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    1. Sim, tenho a lista, mas não tenho digitada.
      Uma hora dessas eu publico ela aqui.

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  7. Alvirubro, contando com laterais e volantes, quais são os maiores artilheiros defensores do Grêmio? Lembro do Anderson Lima e na atualidade Ramiro. Michel.

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    1. Volantes e zagueiros artilheiros o Grêmio teve vários.

      Um dos maiores volantes do futebol brasileiro de todos os tempos, muito pouco lembrado, foi ELTON FERSTENSEIFER.
      Um "senhor" volante, que marcou, segundo os meus registros, 83 gols pelo Grêmio.
      Jogou na Dupla GRENAL, mas foi no Grêmio que teve maior destaque.
      Era um cracaço.

      BONAMIGO marcou 45 gols. Outro jogador com características diferenciadas. ANDERSON LIMA com seus mais de 30 gols marcados, desponta como lateral artilheiro.

      LUIZ CARLOS GOIANO outro jogador de contenção que sabia fazer gols. EMERSON, cracaço, também fazia os seus. CHINA foi outro que marcou mais de 25 gols pelo Grêmio. DINHO ultrapassou a marca de 20 gols pelo Grêmio.

      ANCHETA é o zagueiro com maior número de gols pelo Grêmio.

      Portanto, é provável que RAMIRO, se continuar fazendo gols pelo Grêmio, alcance os citados. Hoje, RAMIRO tem 19 gols.

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    2. Elton de brilhante passagem pelo Botafogo; depois que encerrou foi importante político gaúcho pela oposição.

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    3. Realmente Elton foi muito bom e pouco lembrado, talvez por ter jogado no Inter. Aliás, creio que no Inter ele é mais lembrado do que no Grêmio, embora tenha jogado mais pelo tricolor. Uma correção: Bonamigo era um segundo volante que jogava mais pela esquerda e muitas vezes fez o papel do "10" como armador.

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    4. Exato,Arih
      Aconteceu com Paulo Bonamigo o mesmo que ocorreu com Paulo Falcão do Inter. Na base eram 5,depois viraram meias.

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  8. Pra vocês verem a diferença de como eram cobrados e como são cobrados os jogadores de base no tricolor. Hoje mesmo o tricolor mais uma vez dá adeus à Copinha. Outro dia o juvenil também deu adeus. O time feminino que tinha tudo para engrenar de vez e fazer uma boa apresentação, perde pessoas chaves para o arquirrival. No ano passado, um dos times de base passou a ano todo goleando os rivais fracos. Na final perde pro maior de todos os adversários.
    Já não é de agora que ouço que na base não há cobranças por vitórias e títulos. Dizem que preferem a preparação, deixar os garotos despontarem naturalmente.
    O feminino a bem da verdade só foi montado para cumprir a legislação da CBF e CONMEBOL. Por ai vemos o interesse da agremiação. Melancólico.
    Creio que está na hora de uma mudança completa de mentalidade.
    No próprio time principal há muita tolerância quanto a resultados. 2017 foi um exemplo. Deixamos de vencer algumas competições por detalhes que ainda faltam ao Grêmio: a vontade de vencer.
    Pior. Em cima de dois títulos, este ano haverá acomodação (sentarão em cima dos “louros da vitória”). Velhas desculpas de que não se pode ganhar sempre. Como diz Renato: quem quer tudo não fica com nada. Penso diferente. Se até aqui era válida tal argumentação em função de anos desastrosos em administrações, neste estágio que nos encontramos só há uma coisa que interesse: vitórias (títulos, vencer todas as competições; vencer até “palitinho no buteco da esquina”).

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  9. Arih
    Acho que a manutenção da base (e aí eu tenho medo da saída de Geromel)pode ajudar na busca de pelo menos um título de expressão;acho quase impossível ganhar a LA; o Grêmio deve focar no Brasileiro.

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    1. Bruxo, sempre defendi metas, foco, e próximo do pensamento que vingava até então, ou seja: vamos nos concentrar em uma ou duas competições que teremos mais chances. Isso era totalmente racional pelas possibilidades do clube. Mas mesmo sabendo que o clube não pode cometer loucuras que em breve tempo trarão suas consequências, creio que já alcançamos outro nível. Já há possibilidades que bem estudadas e estruturadas permitem o clube tentar alguns "excessos". Há a necessidade de melhores contratações e em mais posições do que se tem falado até agora. Isso visando esta nova realidade. Nela, o clube tem que tentar tudo. Para isso, além das contratações, um melhor planejamento do plantel será fundamental. E a base sempre foi fundamental no sul. Houve época que mais da metade do time era da base. Quanto a Libertadores, sabemos que alguns clubes a estão priorizando e se preparando para isso. O Cruzeiro já fala até em disputa contra o Real ou PSG. Caso o Grêmio se aproxime do que penso e já coloquei em outro comentário quanto a contratações, continuará com condições de vencê-la.

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    2. Teoricamente, a ausência mais sentida é um 9.Não sei se Henrique Dourado é a solução.

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    3. Sim, teoricamente. Para um 9 Henrique Dourado é um nome muito bom pelo que fez em 2017, assim como Facundo Ferreyra. Ambos muito caros. Ai será o “exagero” que o Grêmio pode e deve fazer. Mas na prática, não é só de um centro avante que necessitamos. Em 2017 nos acostumamos a jogar sem armador de origem. Os volantes tricolores são tão bons que mascararam esta necessidade. Mas houve momentos que era justamente de um meia armador que precisávamos. Sim, veio o Thaciano que é uma incógnita. Se arrebentar como Michel, palmas e pronto. Mas a realidade não é essa. Inicialmente ele vem para compor grupo e “quebrar o galho” de vez em quando. É necessário um verdadeiro meia, provado, experiente. Douglas certamente não é o nome. Creio que pela idade, pela lesão, pela falta de ritmo, não volta mais ao nível de 2016 ou próximo. Este garoto Thonny é como vários garotos da base tricolor: incógnita. Sou mais apostar em Lima, Jean Pierry, Patrick, etc … . O Cícero poderia ser este nome, mas é caro demais para ser uma alternativa (e ainda continuo com cisma em relação ao seu passado, principalmente no São Paulo). Cortez surpreendeu todo mundo. Excelente. Nosso titular. Quem é o reserva? Nunca fui crítico ferrenho do Marcelo, mas é inegável que precisamos de um reserva melhor, mais efetivo, que jogue quase o que o titular joga e o Marcelo, pelas lesões e falta de ritmo, deixa a desejar. Outro atacante “garçom”. Nosso primeiro nome é Everton, mas durante 2017 toda a vez que entrou no início das partidas deixou a desejar. Alisson veio coberto de expectativas. No Cruzeiro nunca foi unanimidade. Não sabe finalizar (será que Renato consegue fazer o raio cair no mesmo lugar?). Apostaria num atacante pela direita. Os demais atacantes ainda não passam de incógnitas. Com exceção do centro avante, todos os demais não necessitam serem nomes em alta no mercado. O Grêmio se quiser algo nesse ano, com os super times que os outros estão montando, vai ter que jogar mais do que jogou contra o Lanús e Real Madrid, com mais alternativas, em qualquer competição.

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    4. Arih
      O único lugar que eu acho que Marcelo Oliveira pode jogar é na suplência da camisa 5. Fora disso,"foi um prazer, tchau".
      Thaciano e Thony Anderson,no mínimo, um vira titular com sequência. É palpite.
      Henrique Dourado fez muitos gols de pênalti;mérito de quem sabe,mas isso mascara muito o histórico de camisas 9.É caro.
      Gostaria de ver o Lucca neste time.

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  10. Nos últimos 40 anos houve apenas 3 oportunidades de "bicampeonato" na LA.
    http://www.campeoesdofutebol.com.br/libertadores.html

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  11. Alvirubro você tem os maiores artilheiros de outros times gaúchos? Ou só da dupla grenal? Michel.

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