O Fascínio do Futebol Brasileiro
A bagunça do futebol brasileiro é caso para estudo. Lembro do campeonato ganho pelo Flamengo em 2009, muito mais pelo carisma e competência de um técnico interino, o ex-jogador Andrade do que por qualquer outro fator, inclusive jogadores. Um mistério.
Aí, eu fico pensando o que leva, o que se passa na cabeça de profissionais estrangeiros consagrados, que escolhem o Botafogo (Kalou, Honda e Ramón Diaz) ou Vasco da Gama (Sá Pinto) para ficar nos dois casos mais retumbantes, mais aventurescos; a embarcar nestas furadas?
No caso dos jogadores, eles estão em final de carreira, bem resolvidos financeiramente, só posso concluir pelo fascínio de atuarem no "país do futebol". Já os treinadores ...
Agora mesmo, para demonstrar a bagunça que é o planejamento dos clubes, se é que existe, Rodrigo Santana é demitido do Coritiba com 45 dias apenas, que devem ter o desconto de 15 por ter contraído a Covid 19. Nem questiono se ele era o ideal para o momento.
E quantos outros exemplos temos só neste ano?
É triste ver isso. Contraria toda a lógica dos preceitos da Administração.
Bruxo, bom dia!
ResponderExcluirA pior das decisões deste ano, na minha visão, foi a do Botafogo: contratou Ramón Díaz, com comissão técnica. Ramón não veio ao Brasil por motivo de cirurgia. O Botafogo foi comandado pelo filho de Ramón, Emiliano, e antes do técnico contratado estar apto a dirigir o time, os dirigentes do Botafogo demitiram a comissão técnica.
Demitir um técnico, que nem atuou, porque a comissão técnica não deu resultado em três jogos é o mais puro amadorismo.
E o pior de tudo é que não foi possível melhorar. Botafogo está na fila, de novo.
Há um outro fator determinante daquele ano, Bruxo. Sei que foge totalmente do contexto, mas naquela "final" no maraca, entregamos a rapadura para eles. Tal como havia feito, o nosso rival no ano anterior frente ao São Paulo. Foi o doce sabor da vingança.
ResponderExcluirSobre os jogadores: e o que dizer do Seedorf? Talvez seja a cidade maravilhosa; o encanto destes jogadores por ela e seus atrativos. Só pode ser isso.
No caso do Seedorf, ele é/era casado com uma carioca que ele conheceu na Europa. Aliás, torcedora do Glorioso.
ExcluirMas o que dá na cabeça destes profissionais? Isso que me intriga.
ResponderExcluirBruxo,
ResponderExcluirO futebol brasileiro paga bem. Dos mercados de segunda linha é um dos mais rentáveis, até porque muitas dessas administrações de clube são perdulárias e os contratos são curtos e atrelados ao dólar, com patrocinadores garantindo a grana em dia. Portanto é uma aventura sem riscos financeiros para eles. Já em prestígio profissional é outra história.
Quanto aos princípios de administração, a prática contraria a teoria muitas vezes. Na teoria, planejamento a resultados a longo prazo são o ideal e o íntrego a ser feito - porém a teoria desconsidera a natureza humana. Pode se levar anos até que decisões acertadas passem a dar frutos. O mérito que pode cair na conta do sucessor daqui a meia década não interessa para muitos.
Sem querer alongar muito. Deve haver vários incentivos financeiros aos envolvidos para a dança das cadeiras - inclusive para quem cai com frequencia. Bonificações por assinatura, multas rescisórias, participação em direitos de transferência de jovens atletas, venda casada com comissões técnicas enormes, etc.
Resumindo: Acho que tem é muito planejamento nisso tudo. Poucas são as exceções.
Vinnie
ResponderExcluirÉ um caminho tortuoso esse que tu apontas e alguns torcedores (eu, entre eles) desconhecem ou não querem acreditar. Se acreditarem, se foi a magia do futebol, geralmente nascida na infância da gente.
Bem isso, bruxo. Futebol pra mim é lazer, um passatempo, tento (nem sempre consigo) falar apenas de questões do que vejo em campo, até porque não se tem certeza de nada sobre o resto.
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