O Fim
Este título tem várias conotações, a primeira diz respeito ao encerramento da passagem vitoriosa de Maicon pelo Tricolor, um gesto de grandeza dele, visto que há tempos não consegue jogar futebol, muito menos, bem jogar. Acho que ele está fazendo um golaço, porque desconfio que mesmo com uma carreira resplandecente no Imortal, da quebra de um jejum incômodo de títulos relevantes, ele começará uma etapa que será a principal da sua vida profissional: a de treinador; logo, logo, estará na casamata Tricolor.
Outro significado é para mim: os times de Luiz Felipe são sempre montados dentro de uma "fórmula", onde o meio de campo tem obrigatoriamente dois volantes e o ataque um centro-avante de choque, de embate permanente com os zagueiros. E pode chover torrencialmente, fazer um Sol bem africano ou ainda nevar nos lugares mais inimagináveis, que a formação do quarteto deste setor no Grêmio, sempre começará por dois nomes habituais, diria até, infalíveis na escalação: Thiago Santos e Alisson. Para mim; fim, não discuto mais possíveis soluções para este setor. É pregar no deserto. Luiz Felipe, nesta altura de sua carreira, não se modificará.
Outro fim, o da picada: emprestar Ricardinho com passe fixado, justamente, um goleador, artigo raro no mercado, é um tiro no pé. Empresta, mas traz de volta. Exagero? Bom, olhem o elenco: Diego Souza encerra sua participação no Grêmio no final do ano, Diego Churín não confirmou e Borja é a mesma história de Caio Henrique, isto é: se for mal, fica no Tricolor, se "mostrar serviço", o clube fica obrigado a cedê-lo para quem se acertar com o Palmeiras. Bem ou mal, Ricardinho é do clube.
O quarto significado é o mais grave: Com a reintegração de Victor Ferraz (e de Éverton Cardoso) mais a notícia que o mercado inglês vem forte para contratar Vanderson; realizada esta transação, será um atestado para o grupo de jogadores e para a torcida, que o Grêmio relevou o compromisso de ficar na Série A a um plano bem inferior aos anseios da massa e um golpe mortal na história do clube.
Consumada a venda, o clube poderá alterar o seu nome e o objetivo dos fundadores lá de 1903, passando a ser uma instituição do mercado financeiro.
Será o fim de uma paixão que nasceu em Porto Alegre e se espalhou pelo mundo inteiro.
Mais do que o fim, será uma traição, mesmo sobrevivendo ao rebaixamento.
Recomendo mudar o escudo gremista: sai a bola, entra o cifrão.
Bruxo, se fizermos um check list com requisitos para ser rebaixado para a segunda divisão, o Grêmio preenche todos os critérios com louvor, exceção feita ao salário atrasado.
ResponderExcluirConfesso não estar tão seguro assim que a atitude tenha partido de Maicon, acredito que a sua rescisão tem bem mais questões do que o bom mocismo do ex-capitão, logo, mais um critério para a segunda divisão.
Romildo, se tivesse hombridade, dignidade e grandeza, daria um jeito de antecipar as eleições para dezembro e renunciaria ao cargo, assim como todo o quadro atual diretivo do Grêmio.
Por falar em Romildo, eu alertei o quão nocivo seria dar um golpe no estatuto do clube e conduzir Bolzan para um terceiro mandato. O resultado está aí e quem fez a cagada de aprovar mais três anos de gestão está escondido hoje, rezando para não sermos rebaixado.
Realmente, Rafael
ExcluirO Grêmio começa a procupar. As 3 vitórias consecutivas tão necessárias, não vem. Por sorte, há esta pausa que tem que ser bem aproveitada.
Vou ser meio amargo nessa, mas não vejo essa grandeza toda na saída repentina do Maicon. Antes da corneta eu reconheço a liderança dele, os bons momentos, os títulos, isso jamais se apagará. Não duvido que volte ao clube como auxiliar técnico ou treinador da base.
ResponderExcluirMas é um jogador que ficou os últimos três anos só pela liderança porque não se podia contar mais com ele campo, foi o capitão ausente e acabou por se tornar mais problema que solução. E isso já vem desde, vejamos, 2017 quando perdeu meia temporada por lesão e depois seguiu a sina. Agora no meio do pior do momento resolveu que era hora de parar. Isso pra mim não é atitude de capitão. Fica a pulga atrás da orelha: Se o Grêmio tivesse, por exemplo, em 7ª no Brasileiro e vivo na Sula será que ele pediria pra sair?
Pra além do Maicon, na minha visão a atitude que faltou foi do Romildo e sua trupe quando não fizeram a renovação do elenco e nos encheram de contratos ruins. Essa saída dele devia ter acontecido antes e de outra maneira, melhor pra todos.
Obrigado por tudo Maicon, mas com todo respeito, podia e devia ter saído antes e "por cima".
Concordo com o amigo. Maicon foi importante em 2016 e talvez com sua famosa liderança de vestiário em 2017 e somente. Os mais fanáticos atribuem ao ex-capitão as últimas vantagens que o Grêmio obteve em GREnais, muitos o idolatram mais pelo fato de bater boca com D'Alessandro antes do início de um dos clássicos, do que por um passe decisivo para Pedro Rocha marcar um dos tentos no primeiro jogo da final da Copa do Brasil de 16.
ExcluirE inegavelmente a saída não foi consensual como alega empresário, atleta e Grêmio. Maicon está, pelo menos, desde o segundo semestre de 2018 sem conseguir jogar futebol, não seriam três meses para o fim de seu contrato que o sensibilizaria a deixar o clube. Algo aconteceu, o que se divulga em alguns veículos de imprensa é que Maicon não teria gostado das cobranças por parte de treinador e dirigentes por suas expulsão no sábado. A verdade dos fatos talvez jamais saberemos.
Maicon, assim como Portaluppi e vários outros do plantel, inclusive alguns pratas da casa como Matheus Henrique e Jean Pyerre, deveriam ter saído do clube ao final de 2019, após o vexame do 5x0. Como a direção, na pessoa de Romildo Bolzan Júnior pouco entende de gestão de futebol, empurraram com a barriga e a conta chegou, como previsto pelos mais lúcidos.
Lipatin
ResponderExcluirMais do que a renovação do elenco, as escolhas das reposições foram erradas.