Dia 26 próximo começa mais um campeonato gaúcho, eu vou postar duas pequenas histórias (hoje e na semana que vem), jogos que o que menos importou foi o resultado, mas fatos que ficaram na minha memória afetiva relacionados a eles. Um tempo em que os times tinham figuras emblemáticas por muitos anos como o Novo Hamburgo do camisa 10 Xameguinha, o Juventude do goleiro Negri ou o Flamengo, atual Caxias e seu arqueiro chamado Barreira, o Gaúcho dos temíveis zagueiros irmãos Pontes, O Internacional de Santa Maria de Donga, Plein e Valdo, este, campeão da Libertadores pelo Cruzeiro de Minas; do catarinense Néia, ídolo do Guarany de Bagé, atleta do Grêmio e Esportivo, depois. É com a participação dele que começo esta série.
Pequenas Histórias (262) - Ano - 1978
Aquele Minuto de Silêncio
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Fonte: Revista Placar |
Em 1978, o Grêmio era franco favorito para o bicampeonato, pois quebrara a sequência vermelha no ano anterior, mas vinha patinando, porém naquela tarde, se vencesse o seu desafio no Olímpico e o Inter não batesse o Esportivo de Bento lá no estádio da Montanha, poderia assumir a ponta do campeonato.
Ambos os jogos deveriam começar às 15:30 h, no entanto, o da Serra iniciou um minuto antes e nestes 60 segundos antecipados, houve uma situação inusitada e inesquecível para mim; o minuto de silêncio programado no Olímpico deu lugar a uma explosão de alegria, porque o centro avante Néia abriu o marcador em Bento Gonçalves, então, continuando assim, o Tricolor poderia assumir a liderança do Gauchão naquela tarde.
Hoje se sabe, que aquele Grêmio versus Juventude reuniu os dois melhores (não confundir com maiores) treinadores da história gremista; Telê Santana e Ênio Andrade.
Telê utilizou: Corbo; Vilson, Vantuir (Serginho), Vicente e Ladinho; Vitor Hugo, Tadeu Ricci e Jorge Leandro (Valderez); Tarciso, André Catimba e Renato Sá. Já, Ênio Andrade usou: Vandeir; Jorge, Gonçalves, Edson e Renato Cogo; Cacau, Bozó (Ivanildo) e Assis; Flecha (Vadinho), Plein e Amaury.
Com um futebol de grande vitalidade, assim definiu o jornalista Divino Fonseca no texto da Placar, o Grêmio encaixotou o Juventude e aos 27 minutos numa jogada de Ladinho, Tadeu Ricci (foto acima) aproveitou cruzamento e marcou de calcanhar. 1 a 0.
Aos 44, o zagueiro Vicente, de dentro da área, teve tempo de furar em bola na primeira tentativa, depois, olhou e escolheu o canto do arqueiro Vandeir. 2 a 0.
Na etapa final, o Tricolor administrou a partida, de olho no desenrolar do embate na Montanha, que terminou empatado em sua primeira fase. Falcão marcou aos 43 minutos para o Colorado, resultado que se manteve no segundo tempo.
Com a terceira vitória seguida somada aos três empates consecutivos do Inter, o Grêmio assumiu a ponta da tabela.
Infelizmente, o Tricolor perdeu o campeonato de forma inesperada, principalmente, porque não contou com André na decisão. Um azar, sem dúvida.
Desse Gauchão, restou a lembrança de ter ouvido o minuto de silêncio mais barulhento da diversas edições do campeonato regional. O gol de Néia como protagonista.
Fonte: Revista Placar
Arquivo Pessoal do amigo Alvirubro
Bela lembrança, Bruxo!
ResponderExcluirAnselmo Pizzolo, o Néia, nascido em Araranguá-SC, em 14.11.1950, passou por Guarany, de Bagé, Grêmio, Avaí, Joinville, Esportivo, de Bento Gonçalves, novamente Joinville, São Paulo, de Rio Grande, Criciúma e outra vez pelo Guarany, de Bagé.
Atuou contra o Grêmio 11 vezes, jogando por Guarany, Joinville, Esportivo e São Paulo. Não marcou gol contra o Grêmio.
Atuou contra o Internacional 12 vezes, jogando por Guarany, Grêmio, Avaí, Joinville, Esportivo e São Paulo. Marcou três gols contra os colorados. As três vezes que marcou, houve empates em 1x1.
No Campeonato Brasileiro, Néia esteve em campo 46 vezes, marcando 7 gols.
Atuando Pelo Grêmio (1976): 4 jogos, não marcou gol.
Atuando Pelo Avaí (1977): 12 jogos, 4 gols.
Atuando Pelo Joinville (1978 e 1979): 23 jogos, 1 gol.
Atuando Pelo São Paulo-RS (1980): 7 jogos, 2 gols.
Pelo que li, atua como jornalista em Araranguá.
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