Pequenas Histórias (269) – Ano – 1983
Sarapatel Indigesto
O Sport Recife é um prato de difícil digestão para o Tricolor gaúcho, quando em
seus domínios. Não perde há 10 anos e em 23 partidas como mandante, empatou 9 e
perdeu apenas 4.
Um desses empates ocorreu em 13 de Abril de 1983, quando até o final, ganhava a partida e deixou escapar no minuto final. Naquele Outono, Grêmio esboçava o time que três meses depois, em Julho, ganharia a Libertadores, ainda assim, não superou o Leão da Ilha do Retiro.
Tita já era o grande comandante em campo, um líder técnico e anímico, autêntico camisa 10, deu a receita para sair vivo de lá: - não pode jogar recuado. Ponto para o craque.
Espinosa mandou a campo: Remi; Silmar, Leandro, De Leon e Casemiro; China, Osvaldo e Tita; Tarciso, Caio e Tonho. Ainda entraram os jovens Renato e Paulo Bonamigo.
Givanildo Oliveira escalou o locatário com: País; Betão, Marião, Bianchi e Antenor; Merica, Edson e Wilson Carrasco; João Carlos, Denô e Joãozinho. Ingressaram também, os centro avantes Roberto e Jorge Campos. Um time recheado de jogadores rodados em clubes maiores do Centro e Sul do Brasil. Parada torta, com certeza.
Tita protagonizou o primeiro lance de perigo, batendo da entrada da área, levando perigo ao gol de País (ex-América RJ). Porém, foi o Sport que abriu o placar, João Carlos (ex-Grêmio), marcou logo aos 3 minutos, aumentando a pressão para os visitantes, aproveitando jogada do ótimo ponteiro Joãozinho, ex rival (Santa Cruz-PE). 1 a 0.
Para complicar, Tarciso sofreu falta violenta do sempre ríspido Antenor (ex-São Paulo). Não aguentou e foi substituído por Renato. Isso, aos 16 minutos apenas. O quadro parecia sem volta.
Aos 23 minutos, ótima jogada de Tita, que ao superar Betão (ex-Inter), sofreu penalidade máxima. Ele mesmo bateu e empatou. 1 a 1.
O resto do primeiro tempo foi de ataque frequente do Sport, no entanto, a zaga gaúcha soube segurar bem e a igualdade se manteve até o intervalo.
Na etapa final, os movimentos ofensivos ocorreram de parte a parte, Denô, defesa de Remi, China, a bola raspa a trave, Renato, grande intervenção do goleiro rubro-negro, por fim, aos 23 minutos, o novo ponteiro direito gremista dribla Antenor, cruza na cabeça de Caio Gaguinho, que virou o marcador. 2 a 1.
Como recomendou Tita em sua entrevista ao Correio do Povo, o Tricolor não jogou intimidado, entretanto, aos 44 minutos, o árbitro errou e marcou um pênalti inexistente que Wilson Carrasco (ex-Portuguesa de Desportos) executou com maestria. 2 a 2.
A arbitragem coube a Wilson Carlos dos Santos e o público foi de mais de 43 mil pessoas.
Foi um resultado importante para o Tricolor, conquistado muito pela postura que manteve durante todo o jogo, receita que teve no meia armador (Tita), o maior exemplo.
Milton Queirós da Paixão foi o maior destaque da campanha vitoriosa da Libertadores da América, mas por exigência do Flamengo, dono de seu passe, não pode disputar o Mundial em Tóquio naquele Dezembro de 1983. Não houve margem para negociação. Para não correr riscos, Fábio trouxe dois craques para fazer a sua função (Paulo César Lima e Mário Sergio).
Fonte:
- Arquivo Histórico de Santa Maria
- Jornal Correio do Povo
Elkeson, o cantor sertanejo, continua sem brilho. Elias ganhou mais uma chance para mostrar que não tem condições de jogar no Grêmio. E, para finalizar, Thiago Santos voltando a ser Thiago Santos ou seja, também não tem condições de jogar no Grêmio. Mudei de opinião: Janderson é melhor do que Biel. De positivo apenas não ter saído derrotado.
ResponderExcluirJoão
ResponderExcluirVimos o mesmo jogo. bruxo