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quarta-feira, 23 de novembro de 2022

Memórias


 

Memórias (15) – Ano – 1979

 

O Garoto do Parque em Riad


Fonte:https://www.pressreader.com


Já mencionei várias vezes fatos que ocorrem comigo que podem ser chamados de “coincidência”; os dois mais recentes foram o fato de Domingo ouvir um elepê há muito esquecido nas prateleiras do escritório, 1990-Projeto Salva Terra do King Erasmo Carlos, que nos deixou saindo do plano terrestre, ontem, 22.

  O outro; semana passada, eu pedi para o Alvirubro material sobre a ida de Rivellino para a Arábia Saudita (1979), dando o pontapé inicial ao futebol profissional daquele país. Queria fazer um texto sobre esse esporte naquela região. Era para ser antes da abertura da Copa, mas, massacrado pelo trabalho extenuante das últimas semanas, não consegui tempo e disposição, porém, isso proporcionou que a postagem viesse “casada” com o maior feito da Arábia Saudita em Copas do Mundo. Bateu uma bi campeã mundial na estreia, o 2 a 1, de virada sobre a Argentina.

 O craque que vestiu a camisa 10 da Seleção nas Copas de 74 e 78 (atuou também, na célebre campanha do tri no México em 70), depois de três anos de Fluminense, foi negociado com o Al  Helal (às vezes, grafado como Al Hilal) da Arábia Saudita numa transição multimilionária para a época, dando visibilidade ao futebol daquele país, que possuía apenas estádios com grama sintética e decidira abrir o mercado para atletas estrangeiros.

  Riva por dois anos de contrato, recebeu 35 mil dólares mensais, valor sete vezes maior do que o que recebia no Tricolor das Laranjeiras.

 O futebol rudimentar dos sauditas apareceu logo na estreia do craque, quando o Al Hilal, treinado por Zagallo, sofreu um impiedoso placar de 0 a 6, diante do Botafogo, que excursionava pela Europa e Oriente.

 Nesta passagem que durou até 1981, quando encerrou a carreira com 35 anos, Rivellino conquistou a Liga e a Copa nacional, participou de 50 partidas e marcou 23 gols.

A vitória sobre a Argentina na Copa do Catar, certamente, trouxe à lembrança de muitos, aquele distante ano de 1979, quando um dos remanescentes da Copa do México foi desbravar o incipiente futebol do Oriente Médio.

 Roberto Rivellino deve ter acompanhado com uma ponta de orgulho, a grande virada árabe sobre los hermanos.

 Fonte: Arquivo pessoal do amigo Alvirubro

 

 

 

 


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