Memórias (15) – Ano – 1979
O Garoto do Parque em Riad
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Já mencionei várias vezes
fatos que ocorrem comigo que podem ser chamados de “coincidência”; os dois mais
recentes foram o fato de Domingo ouvir um elepê há muito esquecido nas
prateleiras do escritório, 1990-Projeto Salva Terra do King Erasmo Carlos, que
nos deixou saindo do plano terrestre, ontem, 22.
O outro; semana passada, eu pedi para o
Alvirubro material sobre a ida de Rivellino para a Arábia Saudita (1979), dando
o pontapé inicial ao futebol profissional daquele país. Queria fazer um texto
sobre esse esporte naquela região. Era para ser antes da abertura da Copa, mas,
massacrado pelo trabalho extenuante das últimas semanas, não consegui tempo e
disposição, porém, isso proporcionou que a postagem viesse “casada” com o maior
feito da Arábia Saudita em Copas do Mundo. Bateu uma bi campeã mundial na
estreia, o 2 a 1, de virada sobre a Argentina.
O craque que vestiu a camisa
10 da Seleção nas Copas de 74 e 78 (atuou também, na célebre campanha do tri no
México em 70), depois de três anos de Fluminense, foi negociado com o Al Helal (às vezes, grafado como Al Hilal) da
Arábia Saudita numa transição multimilionária para a época, dando visibilidade
ao futebol daquele país, que possuía apenas estádios com grama sintética e
decidira abrir o mercado para atletas estrangeiros.
Riva por dois anos de contrato, recebeu 35 mil
dólares mensais, valor sete vezes maior do que o que recebia no Tricolor das
Laranjeiras.
O futebol rudimentar dos
sauditas apareceu logo na estreia do craque, quando o Al Hilal, treinado por
Zagallo, sofreu um impiedoso placar de 0 a 6, diante do Botafogo, que
excursionava pela Europa e Oriente.
Nesta passagem que durou até
1981, quando encerrou a carreira com 35 anos, Rivellino conquistou a Liga e a
Copa nacional, participou de 50 partidas e marcou 23 gols.
A vitória sobre a Argentina na
Copa do Catar, certamente, trouxe à lembrança de muitos, aquele distante ano de
1979, quando um dos remanescentes da Copa do México foi desbravar o incipiente
futebol do Oriente Médio.
Roberto Rivellino deve ter
acompanhado com uma ponta de orgulho, a grande virada árabe sobre los hermanos.
Fonte: Arquivo pessoal do
amigo Alvirubro
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