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sábado, 17 de dezembro de 2022

Memórias


Memórias (21) - Ano - 1973

O Embrião 

Fonte: https://www.mijnvoetbalnostalgie.nl

Está chegando a peleja final da Copa do Catar e quase sempre nestas ocasiões, eu recordo os "crimes" de 1974 e 1982, quando Holanda e Brasil eram, respectivamente, as melhores seleções daqueles torneios. Algo que aconteceu com a Hungria de 1954 na Suíça.

Óbvio, há méritos no campeões, a Alemanha, duas vezes e Itália, que eu resumiria numa única palavra: pragmatismo. Essas equipes ficaram com a taça, mas os vice campeões tomaram conta dos corações de quem gosta do futebol mais "romântico", que, às vezes, sucumbe e tropeça nas armadilhas de uma competição cheia de curvas e becos imprevisíveis.

Se o Brasil da Copa da Espanha era a síntese da filosofia do genial treinador Telê Santana, a Hungria devia o seu mérito por utilizar a base do Budapeste Honved F.C., uma orquestra afinada, conduzida pelo maestro Puskas.

E a Laranja Mecânica, qual seria a sua receita? Bom! a explicação começa por Rinus Michel, técnico que foi discípulo de Jack Reynolds, um dos pioneiros do futebol total; mas não é só esse quesito. Há um período glorioso, hegemônico dos flamengos na Europa; isto é, a primeira metade da década de 70, quando o Ajax se tornou tricampeão consecutivo da "Champions da época" e o Feyenoord, da Uefa no biênio 73/74. Também ganharam Mundiais de Clubes, o Feyenoord em 1970 e o Ajax, 1972. Vale lembrar que ele não quis disputar em 1971 e 1973, quando era franco favorito contra os uruguaios do Nacional e os argentinos do Independiente.

Esse histórico vencedor resultou num fato lógico: que a base do Carrossel Holandês só poderia vir destes times de Amsterdam e Rotterdam.

As fotos que ilustram esta postagem são deles no ano de 1973. Nelas estão nove titulares da Holanda na Copa do ano seguinte: Suurbier, Krol, Neeskens, Haan, Cruyff e Rep (Ajax) e Rijsbergen, Van Hanegem e Wim Jansen (Feyenoord).

"Intrusos" entre os titulares, somente o goleiro Jan Jongbloed do Amsterdam F.C. e o ponta esquerda Rob Resenbrink, que atuava no Anderlecht, agremiação da Bélgica.

Além disso, em 74, mesmo Cruyff indo para o Barcelona, depois de nove temporadas no Ajax, seu antigo clube mais o Feyenoord, os dois totalizaram quinze atletas entre os vinte e dois, ou seja, dá quase 70% do grupo. Com o "Holandês Voador", camisa 14 e capitão do time, o percentual chega a 72. Índice avassalador na construção de uma unidade de elenco e numa ideia de jogo que forja um sistema tático sólido.

A Holanda não venceu, porém, foi a equipe que mais se aproximou daquilo que se convencionou chamar de futebol total entre todas as edições da competição.

E pensar que lá se vão 48 anos! uma lástima, uma saudade.

Fontes: https://www.mijnvoetbalnostalgie.nl

              https://imortaisdofutebol.com

              https://pt.wikipedia.org
             
              https://elencos.com.br

              https://edicaodoscampeoes.blogspot.com







                                            



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