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domingo, 26 de fevereiro de 2023

Opinião




A Água Benta da Arena 


Faz tempo que esta postagem estava "engatilhada". Esperei por segurança do conteúdo delicado, mas a situação não mudou, pelo contrário, ela se solidifica com o passar do tempo.

A safra excelente de juniores não confirmou a expectativa fora do Tricolor. Wallace, Jaílson, Matheus Henrique, Arthur, Luan, Éverton, Pedro Rocha e Pepê surgiram de forma espetacular, alguns, decisivos nos títulos mais relevantes nesta retomada de vitórias dos últimos 7 anos. Luan, campeão olímpico, Rei da América, Arthur indo direto para o Barcelona, algo que nem Ronaldinho Moreira conseguiu; outros, com grandes performances e conquistas indo para mercados de primeira linha na Europa, casos de Wallace e Matheus Henrique.

Com exceção de Pepê (até o momento, em alta), mesmo com boas condições financeiras, as carreiras dos demais deram um retrocesso, em especial, Luan e Pedro Rocha, que não acertam em clube nenhum. Cebolinha e Jaílson amargam banco de reservas, inclusive. Wallace e Matheus Henrique tem desempenhos medianos em seus clubes e Arthur embora, atuando em instituições poderosas, não convence.

Nenhum deles dá para classificar de "enganação", por isso, o mistério aumenta, afinal, tiveram êxitos em memoráveis jornadas internacionais pelo Grêmio. Não brilharam apenas em Gauchões.

O que será? não é apenas a água do Humaitá.


sexta-feira, 24 de fevereiro de 2023

Opinião




Grêmio goleia um Nóia amarelado

O que que dá para dizer sobre esse jogo? O tradicional Anilado do Vale dos Sinos atuando com o uniforme do Pelotas. Bah! quando liguei a tevê e vi essa "modernidade" do antigo Floriano, me deu uma tristeza. O surpreendente campeão gaúcho de 2017 se descaracterizando no seu maior momento de visibilidade no Gauchão. Uma Pena! Pensando bem; problema dele e de sua torcida.

Ficou para a massa gremista, uma vitória consistente, avassaladora pelo tempo que foi construída, um 5 a 0  antes de 30 minutos, com destaque para Bitello e Vina, que ingressaram na área com muito oportunismo. Também valeu pelo quinto gol de Kannemann em 8 temporadas de Grêmio. Uma raridade.

O que não gostei? Reinaldo segue mal. Diego Souza, salvo ideia precipitada, é ex-jogador, parece estar acima do peso e Gustavinho, um avante de apenas uma jogada, aliás, bem previsível. Por ser novo, merece tolerância da torcida, mas...

O Grêmio evoluiu; teve boa troca de passes, porém, a verticalidade apareceu e o resultado também passa por isso. Quando tirou o pé do acelerador na etapa final, ficou evidente, que quando quer, o time retoma o sonolento e improdutivo tico-tico de passes. Só foi ambicionar alguma coisa, depois do gol solitário de Mateus Lagoa; aliás, uma bênção para o jovem arqueiro gremista, porque estava virando notícia em cada texto, a sua invencibilidade. Tomou gol numa partida com escore folgado. O ideal para essas situações.

No mais, mais um exemplo de como se arremata a gol no tento de Suárez. 

Já se comenta um Grenal de reservas. À princípio, uma precaução interessante para o Tricolor; um mau resultado (clássico é clássico) poderá trazer um "atrapalho" na construção do time de Renato.



terça-feira, 21 de fevereiro de 2023

Opinião




O Jogo particular de Renato 

Aqui, eu exercito o gosto pela opinião, deixo claro no título da postagem acima da foto, mas esta de hoje, mais do que opinião, é uma impressão, portanto, com maior margem de risco de erro ainda.

Desconfio que, além da busca por títulos e de reconhecimento ao possível trabalho competente, a permanência de Renato junto a nova direção tem um componente muito pessoal, uma "batalha" que ele faz questão de travar. Qual seja: comprovar que estava certo, quando "brigou" com parte do staff de Romildo Bolzan por contratações de peso, mesmo que a balança financeira gremista fosse afetada. O tal superávit cantado em verso e prosa. Renato parece ter perdido aquela disputa.

Hoje, ele tem o aval de Alberto Guerra e seus pares para voos mais arrojados, enfim, provar que antes de despesas, certas contratações são investimentos como ocorre com Luizito Suárez. Com criatividade e bom gerenciamento, o sucesso está vindo.

Nessa linha, a luta travada para ter Michael ou um plano B é parte deste objetivo profissional e, suponho eu; pessoal, justamente para dar uma resposta à queda de braço que teve no passado recente.

Se os "tiros" forem bem dados, é vantagem para todo mundo: instituição, treinador e massa torcedora.

É ver para crer.

segunda-feira, 20 de fevereiro de 2023

Opinião

 



Jovens Goleiros

A imprensa começa a comentar sobre as qualidades de Adriel, o que é real, mas precisa confirmar. Eu estou entre aqueles que viu seu talento bem cedo, assim como fiquei entusiasmado com Felipe Scheibig e acreditei no sucesso de Brenno e Gabriel Grando.

Diante disso, postei há dois meses exatos sobre a possibilidade de negociação dos jovens mais antigos (Brenno e Grando), não porque são ruins; afirmo que ambos chegarão ao selecionado brasileiro, mas pelo (bom) inchaço de goleiros com potencial no elenco. Como eles tem mais nome no mercado, hora de ganhar uma grana. Vide Vendas

Será necessária a aquisição de um goleiro mais experiente para a transição até a afirmação completa de Adriel ou Scheibig. O que o Grêmio não pode repetir é o ocorreu no início de 2007, quando vendeu o melhor goleiro oriundo da base (Cássio), tinha dois nessa condição; fez a avaliação equivocada em quem liberar e teve que ir ao mercado, primeiro Saja e mais tarde, Victor. Cássio virou campeão Mundial de clubes e disputou a Copa da Rússia. Segue em alta performance pelo Corinthians.

Aliás, a imprensa intencionalmente ou não, começa a botar um "detalhe" nas costas de Adriel, ou seja, o de não tomar gols. Trata-se de um extrato bem pequeno, quatro ou cinco jogos; basta recordar que Saja ficou os cinco primeiros jogos sem sofrer gols (até pênalti defendeu na estreia da Libertadores no Paraguai) e mais recentemente, o arqueiro reserva Júlio Cesar também levou um bom tempo para sofrer gols pelo Grêmio. Mais do que este número do jovem goleiro baiano do Grêmio. 

Não sei onde a imprensa está querendo chegar com isso. Não é exatamente um grande feito esse de Adriel para tanto destaque. Quando a esmola é grande, o santo desconfia.




domingo, 19 de fevereiro de 2023

Opinião




Um Texto sobre o Jogo que não vi 

Ontem, Sábado de Carnaval, não consegui assistir a partida realizada em Ijuí. Ouvi o "pré-jogo" da rádio Guaíba e o "pós" (um pedacinho) na Gaúcha. Na primeira, o comentarista Carlos Guimarães, conformado, tanto, quanto à maioria dos gremistas, viu na colocação da faixa de capitão para Thiago Santos, um "pista" de que Renato vai utilizá-lo quase sempre. Na segunda emissora, Leonardo Oliveira batia na tecla, que certas insistências (e ele se referia a Thiago Santos) não necessitavam mais de confirmação, tal eram as provas irrefutáveis das limitações do volante para jogar num clube grande.

Quando pude, assisti aos melhores momentos e vi algumas coisas boas como a participação ofensiva de Vina, a ousadia de Gabriel Silva na tentativa do drible e a boa (e decisiva) atuação do goleiro Adriel, aliás, porte semelhante ao grande arqueiro Dida. Deve residir aí, a ideia de negociar Brenno e Gabriel Grando, isto é, a fábrica de bons goleiros da base.

Talvez a falta de entrosamento do time levou ao empate, mas pela curta amostragem, ele foi soberano, mesmo jogando diante de um São Luiz fechadinho e disputando a sua "copa do mundo" particular: ficar na Série A. Uma e outra falta de atenção da zaga gremista, que permitiu a perfomance positiva de Adriel.

Contra o Novo Hamburgo na Arena, o Tricolor deve confirmar o primeiro lugar, matematicamente.



sexta-feira, 17 de fevereiro de 2023

Pequenas Histórias

Pequenas Histórias (281) - Ano - 1954 - 2013

O Quereres da Infância 

Fonte: https://www.tripadvisor.com.br/

Na segunda metade da década de 60, eu, em plena infância, via o meu time ganhar sempre o campeonato gaúcho, 66, 67, 68; penta, hexa, hepta, com isso, aumentou a minha admiração pelos ídolos tricolores e pela casa onde davam memoráveis espetáculos.

 Uma hora, eu queria ser o goleiro Alberto; seleção brasileira, emérito pegador de penalidades, que brigava por uma vaga à Copa de 1970; noutra, queria ser o capitão Áureo, grande líder, têmpera de campeão, exemplo de vencedor. Também, queria ser Everaldo, o mais qualificado do time, mais que passista, ele era o mestre-sala que desfilava a sua exuberância técnica nas laterais e no meio de campo; aliás, neste setor, queria ser Sérgio Lopes, o camisa 10, o “Fita Métrica”, apelidado assim pelos lançamentos certeiros para os atacantes. O engenheiro do Expresso da Vitória.

 Otimista e presunçoso, eu queria ser de todos eles, aquele que ocupava o lugar de luxo: o comando do ataque. Queria ser o Bugre, camisa 9, Alcindo, um centroavante, cujo suor, suas gotas, transpiravam gols, muitos gols; tantos que disputou a Copa do Mundo de 1966, fazendo parceria com Pelé, porém, a bagunça administrativa do Selecionado impediu o tri campeonato naquela edição.

 Com a vocação irrefreável para balançar as redes das mais variadas formas (pé esquerdo, direito, de cabeça, batendo faltas, cobrando pênaltis), Alcindo virou o maior goleador da história Tricolor.

 Vieram os vacilos das gestões seguintes, aí, o Tricolor foi cedendo terreno para o Coirmão; jogadores envelheceram, perderam o viço, outros, o brilho; e vi, com tristeza, a saída de Alcindo para o Santos nos primeiros anos de 70. Do Peixe para o México, o retorno às origens, no ano da graça de 1977, ele, pensando em parar, voltou a Porto Alegre, começando a treinar no Olímpico, sem compromisso, apenas para manter a forma. A notícia correu e a massa exigiu uma chance para o veterano ídolo, já próximo dos 32 anos.

 Telê acolheu o pedido dos torcedores e deu oportunidade para o Bugre. Sua reestreia se deu diante do San Lorenzo de Almagro no dia 23 de Março, amistoso acordado para quitar a negociação que trouxe Ortiz para o Imortal no ano anterior. Alcindo fez o que sabia, gol, aliás, gol de falta em La Volpe, que assim como Ortiz, na Copa da Argentina (1978), levantaria a taça para os Hermanos. 1 a 0.

No mês seguinte, o primeiro clássico e adivinhem? 3 a 0, dois de Tadeu e um do Bugre; de cabeça.

Na quebra da hegemonia vermelha, o famoso 1 a 0, de 25 de Setembro, quem substituiu André, o centroavante do voo dramático do mal sucedido salto mortal? Ele mesmo, Alcindo. Botou faixa e deu volta olímpica como nos velhos tempos.

O Bugre, ele, o que eu queria ser, mas pensando bem, o verdadeiro quereres daqueles tenros anos era pisar no sagrado gramado do Olímpico ao lado deles; de Alberto, de Áureo, de Everaldo, de Sérgio Lopes e de Alcindo. Lá, em fila indiana, esperando para ser o último no túnel; me agachar e tocar levemente a grama, fazer o sinal da cruz, acenar para a massa, ouvir meu nome gritado, olhar e quase cegar pela potência dos refletores e me perfilar para acompanhar o hino riograndense executado pela banda da Brigada Militar, quem sabe, posar para a tradicional foto em pé, com os braços cruzados ou, talvez, agachado com a mão na bola, olhando para os flashes da ação dos fotógrafos ou vislumbrar no alto da marquise, ao fundo do monumental casarão da Azenha, a frase: nada pode ser maior.

Hoje, 17 de Fevereiro de 2023, 10 anos do último encontro feérico com o nosso Olímpico Monumental. Uma saudade imensa.

O verdadeiro Imortal no coração e mente da Nação Tricolor.

Quereres: "o querer é um impulso vivenciado emocionalmente. Nossas necessidades são apenas humanas, mas nossos quereres são essencialmente nossos." 

Fonte:  Arquivo pessoal do amigo Alvirubro

             Zero Hora

             https://gremio1983.wordpress.com

             










quinta-feira, 16 de fevereiro de 2023

Opinião




Vina 


Atleta recém chegado, uma biografia errática, porque, depois de andar pelo Fluminense e Atlético Mineiro, neste último, passagem quase desconhecida para mim, atuou em instituições menores; Vina desembarca e está pronto para encarar o São Luiz. É jogador do técnico. 

De cara, ele provoca uma discussão: onde deverá ser aproveitado? Bom, se veio com a bênção do comandante técnico, existe uma ideia de forma e lugar de como aproveitá-lo entre os 11.

Não tenho uma conclusão, se é boa ou ruim a sua contratação. Desconsiderando os valores e fama, Vina me parece entre a vinda de Nildo e Kléber Gladiador. Duas situações extremas, o primeiro, veio, viu e venceu, já o segundo, considero o "maior equívoco" das últimas décadas, pela expectativa criada em face do atleta "com a cara do Grêmio", "um Gladiador para a Arena".

Fico na torcida pelo seu êxito.

segunda-feira, 13 de fevereiro de 2023

Opinião


 



Reciprocidade (Tite)

 

Que treinador está precisando ser “acarinhado”, neste momento, no Brasil? Qual aquele que sofreu o maior revés esportivo, frustrando os seus planos e o de parte dos torcedores da Seleção Brasileira? Tite.

Ele está precisando de compreensão e aceitação imediata, talvez, sem restrições aos seus métodos pela massa e pela Imprensa.

Antes de voos maiores (leia-se Europa), Tite deve se fortalecer emocionalmente e eu vejo apenas dois clubes no Brasil com “atmosfera” para  recebê-lo sem restrições; até com entusiasmo.

Qual clube investiu pesado para a sua realidade financeira em 2023? Aquele que contratou o mais importante reforço em solo nacional? O Grêmio.

O que seria mais difícil para o Imortal concretizar na virada do ano, trazer Luizito ou o seu ex-treinador, campeão da Copa do Brasil de 2001? acho que ninguém tem dúvidas sobre a maior empreitada: a vinda do uruguaio, com certeza.

Então, Tite e Tricolor podem se unir, se fortalecer, mutuamente.

Hora do Presidente Alberto Guerra! ou seja, Renato tem que ter prazo para dar uma contribuição decisiva às ambições do Tricolor.

Finalizando: a outra agremiação que traria uma salutar recuperação anímica a Tite seria o Guarani, de Garibaldi; porém, por razões óbvias, este seria o “plano B”.

 

domingo, 12 de fevereiro de 2023

Opinião




Grêmio vence, mas não convence 


Sétima vitória em sete jogos, 100%, melhor ataque, melhor defesa, consequentemente, uma campanha irrepreensível. Será? será que parte das causas não está na qualidade dos adversários?

Sobre a partida de hoje, um meio de campo com pouca criatividade, um ataque que deixa órfão o seu principal jogador. E era o Avenida, que merece respeito, porém, com ambições que não passam de se manter na Série A do Gauchão.

Eu sigo com uma convicção: time de clube grande, que tem muitos jogadores atuando aquém de suas possibilidades, podem apostar, o problema não está dentro das quatro linhas.

Quem se destaca no Tricolor? apenas aqueles que se evidenciam por suas atuações, suas qualidades individuais: Kannemann, Villasanti, Bitello e Suárez. 

Os laterais não vem atuando bem, no meio, Pepê deve ganhar um descanso para o técnico fazer o que discursa, isto é, rodar o grupo; Gabriel Silva merece mais chances, porque é novo; portanto, natural que oscile.

A constatação é simples: a estatística esconde uma realidade que está ali, bem próxima. Até o Campinense deve ser temido, neste momento.

O maior mérito da tarde foi estar "ligado" na hora da cobrança da falta que originou o primeiro gol, mesmo assim, pode ter sido uma iniciativa pessoal de Luizito.

Nessa hora, a gente desconfia de tudo.

sexta-feira, 10 de fevereiro de 2023

Opinião

 


O Destino de Suárez

 

Que Suárez é extra classe, poucos duvidam; mas isso que é uma grande qualidade, pode ser o fato motivador para o uruguaio “pedir o boné” no final do ano. Explico:

Há situações no clube, fora e dentro das quatro linhas, que podem ir, aos poucos, desagradando o centro avante; uma delas é a carência técnica do time, em especial, do meio e dos demais atacantes.

Luizito é uma ilha de exuberância técnica cercado (ele) por um universo de atletas insuficientes ou mal treinados.

A primeira hipótese é mais visível; a segunda tem a ver com movimentação coletiva, ou seja, a mecânica de jogo.

Os mais antigos haverão de lembrar de expressões como: “toca para o Rei, que ele resolve’; “toca para o Galinho de Quintino, que ele resolve”, “toca para o Dinamite, que ele resolve”, “toca para o Baixinho, que ele resolve” e até: “toca para o Jardel, que ele resolve”.

Estamos tratando de grandes jogadores, que tinham um poder avassalador de conclusão a gol. O que ocorre no Grêmio? Suárez não recebe uma bola à feição, quando isso deveria ser a “tônica” dos movimentos gremistas; a missão de todos os demais atletas, já que o mundo esportivo brasileiro clama por um especialista na arte de botar a bola para as redes.

Aí, o paradoxo; o Tricolor tem, mas não sabe como utilizar.

Suárez vai “encher o saco” e poderá pedir para sair no final do ano; algo do tipo “foi bom, enquanto durou”, porque ele é competitivo e perfeccionista: não gosta de perder; aliás, nem sabe o que é isto. 

 

Outro assunto:

Nenhum torcedor gosta de passar por trouxa; a entrevista de Renato, ontem, após a partida é para humilhar a massa gremista. Dizer que está rodando o elenco para conhecer, justificando a ausência de Villasanti, mas então, ele não conhece o Thiago Santos que chegou antes do paraguaio? Precisa testá-lo todo jogo? E Lucas Silva não será testado? E Pepê não terá um descanso para experimentar outro jogador ou mesmo, outra formação?

Não ficou só nisso; aí aparece a minha ironia na frase sobre a “estabilidade do setor” com o atual camisa 5, porque isso nunca ocorre, aliás, ocorrem dois fatos: o time sofrer gols e o volante tomar cartões. Dizer que entrou, pois é melhor na bola aérea e mais rápido do que Villa é outro escárnio à inteligência da torcida, pois o antigo titular atuou serena e eficientemente as disputas da Série B com Roger e Renato, com bola aérea ou rasteira, pelas laterais ou pelo meio. Villa, ele sim, deu estabilidade ao setor do meio de campo.

Essas escolhas protecionistas, preconceituosas, minam o elenco e dentro dele está Suárez, que não deve ser afeito a esse comportamento; se participou alguma vez, a panela tinha Gerrard, Touré, Sterling, Neymar, Messi, Lucas Leiva, etc… é outro mundo.

Renato parece ter “estacionado” como técnico e de quebra, manteve certas atitudes que sempre atrapalharam a sua carreira.

 

 

 


quinta-feira, 9 de fevereiro de 2023

Opinião




Vitória Injusta 

Um fiasco! Se o Juventude não entrasse tão acovardado, tão apequenado como ocorreu na etapa inicial, a primeira derrota azul viria esta noite com muita naturalidade. Claro, o jogo tem 90 minutos e o "produto" final foi a sétima vitória do ano, sexta no Gauchão; mas se engana quem quiser.

A situação do elenco do Tricolor e seu comando técnico ficou escancarada. Quando Renato resolveu mexer, ele contou com os "acréscimos" de Thaciano, Thiago Santos e Diogo Barbosa. Não critico as entradas de Gustavinho e Éverton Galdino, porque, recém estão chegando, precisam de compreensão e paciência.

A frase gasta, porém, absurdamente verdadeira: "jogador ruim no elenco, acaba jogando" se verifica neste Grêmio de 2023. Enquanto Diogo e Thiago estiverem no grupo, eles vão atuar. Aí entra o Alberto Guerra, ele precisa respeitar o torcedor, precisa respeitar a verdade dos gramados. Precisa acatar a realidade das 4 linhas.

Neste momento, o treinador dá entrevista; explica a preterição de Villasanti, justificando, porque ele conhece o que o paraguaio pode dar; mas e Thiago Santos que é anterior à chegada de Villa, ele não conhece? ele precisa testar "o volante que deu estabilidade ao setor" (sic).

O resumo desta partida constrangedora é que na hora que o Tricolor mais precisar, nem sempre terá Suárez, mas quase sempre terá Diogo, Thiago, Lucas, Thaciano... e Renato Portaluppi.

Dá uma pena ver o camisa 9 rodeado de tantos jogadores abaixo do seu nível.

Enquanto o Grêmio estiver encarando estes adversários, ninguém estará seguro do que o time pode render.

Repito: engana-se quem quiser.

terça-feira, 7 de fevereiro de 2023

Opinião




As que estão faltando 


Renato fala sempre que tem dado chance, que o jogador é que se escala; também, que este período é de experiências; mais até, que alguns atletas ele já conhece, por isso, precisa ir testando os novos e isso implica diferentes formações, em especial, no meio de campo, só que a prática demonstra um desequilíbrio na corrida por espaço neste setor do time. Faltam alguns testes nestes primeiros experimentos:

O treinador deveria dar oportunidade ao seguinte quadrado: Villasanti, Carballo, Bitello e Cristaldo. Querem mais uma formação? Villasanti, Bitello, Cristaldo e Gabriel Silva. Por que não?

Se não há privilégios no elenco, então, Renato poderia segurar Pepê um pouco no banco, para dar chances idênticas aos demais jogadores; correto?

Todos sairiam ganhando com o afinamento entre discurso e prática no dia-a-dia do comandante técnico.


segunda-feira, 6 de fevereiro de 2023

Opinião




Sete Lições Gratuitas 

Luizito Suárez demonstra o que é ser um extra classe ou, melhor, um especialista na posição de camisa 9. Foram 7 gols em 5 partidas, muitas dessas lhe deram escassas chances para marcar.

 Até o momento, todos os tentos foram lições, verdadeiros exemplos de técnica e domínio psicológico à frente do objetivo de meter a pelota naquele espaço de 7,32 m por 2,44 m. Vamos a eles:

a) Um toque preciso e sutil, encobrindo o goleiro. Nem forte, nem fraco. Cirúrgico

b) Recebe, avança pelo meio, observa o movimento do arqueiro, escolhe o canto sem demonstrar indecisão; executa o ato final

c)  Após enquadrar o corpo, apara no ar, um sem pulo; bate cruzado da sua direita para a esquerda, surpreendendo os adversários à frente

d) Diante do Caxias, um raro momento, um espaço que ele abre com um toque e bate seco no ângulo, sem chances para o "guarda metas" da Serra

e) Final de jogo na Arena, um passe apertado que Luizito aperfeiçoa, trazendo a bola mais para o meio, enquanto isso, beques e goleiro tentam o abafa. Ele dá um toque rápido, embaixo da bola. O gol chamado "anti milagre"

f) Faltava o gol de cabeça, ele veio, quando escorou o zagueiro, dificultando o acesso deste e dá o toque fatal no canto esquerdo da meta do Índio Capilé

g) Partida definida, mas o placar ainda foi aumentado pelo faro de artilheiro, quando apertou o defensor, provocando o vacilo, a retomada da bola e de trivela, quase sem ângulo, ampliou para 3 a 0, obra e graça de sua persistência e vocação

Suárez ainda não fez gols em mais duas de suas especialidades, as bolas paradas, sejam da marca da cal, sejam nas cobranças de falta. Logo, logo, a torcida Tricolor será brindada com mais essas variedades do cardápio que ele oferece.

domingo, 5 de fevereiro de 2023

Pequenas Histórias


Pequenas Histórias (280) - Ano - 1973


724 - 226 

Fonte: Jornal Correio do Povo

...Números, números, números
O que é, o que são
O que dizem sobre você...

Começo esta crônica com versos da banda Papas da Língua, porque eles refletem o susto com esta realidade recente da minha vida; de repente, fala-se na morte do Erasmo, do David Crosby, do Pelé, dos cinquenta anos do lançamento do Dark Side of the Moon, do Pink Floyd, Aladdin Sane, do David Bowie, de Mind Games, John Lennon, do primeiro Secos & Molhados... e eu fui testemunha do lançamento destas obras-primas e do acompanhamento das carreiras fantásticas dos que nos deixaram. Aí, concluo: a vida passa num "tapa".

Pois entre 29 de Janeiro e 05 de Fevereiro de 73, há exatos 50 anos, um jogador estreava no Tricolor e também, assinalava o seu primeiro gol para cravar seu nome na história do clube: José Tarciso de Souza, um mineiro que virou gaúcho com a bênção dos sul riograndenses.

O que dizem os números deste luminoso camisa 7 gremista? Ele simplesmente é o atleta que mais vestiu o manto sagrado Tricolor, 724 vezes e é o segundo maior artilheiro do clube; balançou as redes em 226 ocasiões. Não é pouca coisa.

Tudo começou numa Segunda-feira, a última do Janeiro de 73, ironicamente, a sua trajetória vitoriosa começou com uma derrota para o Peñarol que tinha o "guarda-metas" Walter Corbo (outro futuro herói gremista), Ruben Romeo Corbo, irmão dele, Matosas, companheiro de zaga de Ancheta na Copa de 70, Acosta, Lamas (jogou no Coirmão) e um avante promissor que entrou, faltando 15 minutos para o prélio acabar: Fernando Morena.

 O Tricolor estava reformulando o elenco. A partida ficou no 0 a 1, com o ponta esquerda Corbo, marcando na "finaleira" da partida, aos 41, quando Gonzalez desarmou Paulo Sérgio, lançou o atacante que finalizou na saída de Picasso.

Sete dias passados, Segunda-feira, 05 de Fevereiro portanto, o Tricolor foi a Curitiba encarar o Atlético Paranaense pela mesma Copa Atlântico Sul (Nacional e Peñarol; Boca Juniors, Atlético Paranaense, Grêmio e Avaí), conseguindo a sua primeira vitória no torneio, um 3 a 1 no estádio do Coritiba, antes chamado de Belfort Duarte, atual Couto Pereira.

Milton Kuelle usou: Picasso; Espinosa, Beto Bacamarte (Beto Fuscão), Renato Cogo e Jorge Tabajara; Carlos Alberto e Paulo Sérgio; Carlinhos, Oberti, Tarciso (Mazinho) e Bolívar.

O técnico Francisco Sarno utilizou: Altevir; Vanderlei, Di, Almeida e Júlio; Valtinho e Sérgio Lopes, Buião, Liminha, Babá e Renatinho. Ainda entraram os atacantes Nilton e Sicupira.

Aos 29 minutos, Di, ex-Grêmio (na foto com Tarciso) fez falta em Alfredo Oberti; o argentino bateu rápido para Tarciso que entrou na área e fuzilou o arqueiro Altevir. Gol! o primeiro dele, dos 226.

Aos 39 minutos, Renatinho bateu penalidade máxima e empatou. 1 a 1, mas aos 44, Carlinhos cruzou da direita e o volante Carlos Alberto marcou de cabeça. Fim da etapa inicial. 2 a 1.

Com grande atuação do goleiro Picasso, o Tricolor foi sustentado a vantagem. Quando parecia iminente o empate, Mazinho se aproveitou de um vacilo geral da defesa rubro-negra e aos 32 minutos deu números definitivos ao encontro. 3 a 1.

Eu, que acompanhei o jogo pelas ondas do rádio; aquele atacante veloz, que vi no América do Rio de Janeiro, junto com Tadeu (Ricci), vide O Pavio do Destino; um dos meus "atletas" no jogo de botão, sequer pensei que se tornaria o segundo maior artilheiro da história do meu clube. 

50 anos, esta noite!

Fonte: Arquivo pessoal do amigo Alvirubro

             Arquivo Histórico de Santa Maria 

             Correio do Povo

             https://gremiopedia.com/








sábado, 4 de fevereiro de 2023

Opinião




Suárez se destaca na goleada de hoje à tarde 

Muito bom a gente poder ver um craque universal vestindo a camiseta gremista. Suárez faz parecer fácil a arte de botar a bola na rede. Observem os sete gols que realizou; todos são diferentes na execução. Basta apenas colocá-los numa sequência em um compacto que se terá o "como fazer", a "tékhne" dos gregos, no caso, gols.

O Tricolor chega aos 15 pontos com apenas um tento sofrido e demonstrou uma pequena evolução como por exemplo, Brenno que acertou todos os movimentos; antes, tanto ele, como Grando, sempre tinham uma saída em falso, uma reposição errada, um vacilo, etc...

A zaga, um reparo apenas: o equívoco desde 2022 da dispensa de Nicolas; os laterais esquerdos escolhidos para esta temporada são sofríveis. 

Carballo, a gente vê que sabe jogar, o mesmo acontece com Pepê, Cristaldo e Bitello, o problema é a "mecânica"; aí não depende do quarteto. Nem de Villasanti, que não é chamado, sequer para a primeira alternativa numa troca. 

Ferreira lembra o Volmir Maçaroca dos anos 60 e 70: uma no cravo, outra na ferradura. Sorte será a jornada em que mais se necessite dele, ele esteja "naqueles dias de graça".

Sobre a atuação "didática" e decisiva do centro avante Suárez, reforça aquela clássica definição: - não é despesa; é investimento.

Que venha mais um atacante desse nível para o Tricolor voltar a sonhar com títulos grandes. E, claro! mais alguns ajustes pontuais.

quinta-feira, 2 de fevereiro de 2023

Opinião






O Vídeo de Cabeceira da Comissão Técnica 

Quase 100% dos que participam aqui, essa percentagem é de gremistas, então, quando se vai de encontro as ideias dos dirigentes ou comissão técnica, não é apenas cornetagem, mas desejar ao clube o maior sucesso ou então, é paranoia (não me acostumo com essa palavra sem acento, mas...).

O Grêmio e suas cinco vitórias na temporada, quatro mais uma, não me entusiasma, pelo contrário, me preocupa, porque o foco, o objetivo é superar apenas um único adversário no Gauchão. Nem o mais fanático torcedor do São Luiz, São José ou Ypiranga, por exemplo, sonha com a conquista do regional, por isso, essas partidas do Tricolor diante dos clubes do interior e Zequinha, não passam de "sparrings" para pegar o grande oponente, o Coirmão. Lá, ele deve pensar o mesmo.

Para comprovar o que escrevo, apresento os números de Renato à frente do Flamengo nas primeiras 12 partidas, vide Bom Começo. Batia todo mundo de goleada, vitória por diferença de apenas dois gols era "crise". Aí, veio a partida com o Inter no Maracanã, o Mengão invicto. 

Bola com Filipe Luís, entrega para William Arão, que solta para Diego; um toquinho lateral para D'Arrascaeta, lança Éverton Ribeiro na direita; este vira o jogo para Bruno Henrique, o atacante acha Gabriel Barbosa, o Gabigol, que recua para Diego, que vira para a direita, que...

Bola perdida, bola esticada por Edenílson, bola no pé de Yuri Alberto, Diego Alves, da escola conhecida dos gaúchos de ver goleiro cair antes da ação do atacante, naturalmente, cai. Bucha! 1 a 0.

Recomeço, mesma toada: Bola com Filipe Luís, entrega para William Arão, que solta para Diego; um toquinho lateral para D'Arrascaeta, lança Éverton Ribeiro na direita; este vira o jogo para Bruno Henrique, o atacante acha Gabriel Barbosa, o Gabigol, que recua para Diego, que vira para a direita, que...

Bola perdida, bola esticada na esquerda, Yuri Alberto chuta de canhota, Diego já vem caindo. Bucha! 2 a 0. Final de primeira etapa.

Início do segundo tempo: Bola com Filipe Luís, entrega para William Arão, que solta para Diego; um toquinho lateral para D'Arrascaeta, lança Éverton Ribeiro na direita; este vira o jogo para Bruno Henrique, o atacante acha Gabriel Barbosa, o Gabigol, que recua para Diego, que vira para a direita, que...

Bola roubada, bola esticada para Taison no seu campo ainda, corre, corre, corre. Chega na área, bate, Diego Alves não esboça nenhum movimento. Bucha! 3 a 0.

Entra Pedro, mais agudo, mas o futebol vistoso, acadêmico, "de encher os olhos" segue encantando ... o adversário.

Bola roubada, bola para Yuri Alberto, Diego Alves mais uma vez cai antes. Bucha! 4 a 0.

O treinador é Mano Menezes, o mesmo que com um time muito inferior, ganhou o Gauchão de 2006 no ano que o Inter foi campeão do mundo.

Agora, eles (Renato e Mano) estarão frente à frente daqui a pouco tempo e o Tricolor tem Kannemann e Suárez como afirmações; o resto é uma sonora desconfiança e o Inter com seu time de "operários" está de "butuca", só esperando este meio de campo de toques para os lados, sem produtividade alguma que assistimos preocupados.

Mais grave do que isso será pensar que Thiago "que deu estabilidade ao setor" Santos, seja solução.

Fica o alerta com o tal vídeo que dá nome ao post:





 

Opinião




100%, mas é Gauchão 


Minha análise sobre este jogo está prejudicada, porque assisti apenas a primeira etapa e o que eu vi me deixou bastante preocupado, embora, nada surpreso.

Seria desnecessário lembrar que o campeonato gaúcho não é modelo para conclusões sobre qualquer pretensa qualidade coletiva ou individual do Tricolor ou do Inter; basta recordar que numa das edições recentes, o Grêmio se sagrou campeão, tomando apenas um único gol, se não me engano, do Aimoré. Parecia um rolo compressor. Não era. Vale lembrar que o técnico era o mesmo.

Do que vi, uma lembrança me veio de imediato; a partida no Maracanã, Flamengo 0 x 4 Inter, Renato, igualmente, era o treinador nesta ocasião. Qual lembrança me veio? a fragilidade do meio campo, Carballo, Pepê, Bitello e Cristaldo; todos, sem exceção, possuem qualidade suficiente para ser titulares do Tricolor; o problema é a mecânica de jogo, a consistência, ou melhor, a falta dela, na marcação e a recomposição rápida, isto é, a sua inexistência. Uma adversário de maior envergadura, que tenha uma saída rápida nos contra-ataques, faz um estrago irreversível no Imortal. 

A segunda etapa, me auxiliei do compacto com os melhores lances, onde apareceu a boa mexida que o técnico fez ao preferir Gabriel Silva, muito antes de Gustavinho ou Galdino. Ponto para Renato.

Outra situação que deve ser tratada com carinho: a reposição de Suárez. Digo que a renovação por apenas seis meses de vínculo com Diego Souza é um acerto, mas ao mesmo tempo, uma preocupação. O Tanque é ex-jogador e pela inteligência que Diego sempre demonstrou, ele mesmo vai parar no final deste período. Não vai dar vexame, certamente. 

A sua substituição no elenco deverá ser prioridade.