Pequenas Histórias (289) - Ano - 1983
Tirando o Pé do Acelerador (O Troco adiado)
Fonte: Zero Hora |
Existem derrotas fora de decisões que doem bastante, comigo não é diferente como os 5 a 0 diante do Corinthians em 1980, os 5 a 1 em 1976 no Maracanã contra o Flamengo e mais recentemente, os 5 a 0 para este mesmo adversário, desta vez, Libertadores (2019), também no Maracanã. Fica sempre a sensação de buscar o troco assim que puder, porém, as chances, às vezes, são desperdiçadas.
O Flamengo andava entalado na alma gremista pela decisão de campeonato nacional de 1982, verdade que ele era o melhor time da década, basta lembrar que foi campeão Brasileiro de 1980, 1982 e 83, da Libertadores de 81 mais o Mundial daquele mesmo ano. E o Tricolor, o único a ser o desafiante mais próximo de quebrar a lógica dos prognósticos.
O troco daquela goleada de 76, o Grêmio somente foi dar em 1989, um 6 a 1 no Olímpico pela Copa do Brasil, prenúncio de que algo bom viria logo ali em frente.
Mas o Tricolor, antes, perdeu uma oportunidade magnífica de revanche. Foi no dia 05 de Junho de 1983, portanto, completados 40 anos nesta semana. Era a partida que encerrava a fase de grupos da Libertadores, que o Imortal iria conquistar pouco mais de um mês adiante.
O Flamengo recém havia ganho o seu terceiro Brasileiro, porém, tinha um sentimento dúbio, Zico, seu maior jogador, estava se transferindo para a Udinese e a vaga da LA estava definida: Era do Grêmio. Naquela época, só um clube passava de fase.
Num Maracanã com pouco público, aproximadamente 6 mil torcedores, o Tricolor empilhou gols, um 3 a 0, antes dos 30 minutos; Tita (08 min), Caio (15 min) e Osvaldo (26 min), assim, o meu sentimento de que finalmente, o Grêmio daria uma goleada histórica se desenhou, porém, na segunda etapa, o time tirou o pé do acelerador, se dosou e jogou apenas pela manutenção da vitória. No final, ficou 3 a 1 com Élder descontando para os rubro-negros.
Valdir Espinosa utilizou praticamente o time base do título: Beto; Paulo Roberto, Baidek, Hugo De Leon e Casemiro; China, Osvaldo e Tita; Renato (Tarciso), Caio e Tonho (Róbson).
Carlos Alberto Torres usou: Raul; Cocada, Figueiredo, Marinho e Ademar; Vitor (Andrade), Adílio e Elder, Robertinho, Baltazar (Felipe) e Júlio Cesar.
José Assis Aragão apitou a partida, auxiliado por Romualdo Arpi Filho e Emídio Marques Mesquita.
Para variar, o grande destaque foi Tita, que infelizmente, após a Libertadores, o Flamengo exigiu o seu retorno.
Assim como Dener, dez anos depois, Fábio Koff não conseguiu segurar esses camisas 10. Não tinha como.
O troco ainda levaria seis anos para ser dado.
Fontes: Arquivo pessoal do amigo Alvirubro
Jornal Zero Hora
https://gremio1983.wordpress.com
https://www.gremiopedia.com
Seguem os melhores lances:
Lembro de uma goleada de 5x1, em 1984, no primeiro jogo do Grêmio, na Libertadores daquele ano, época em que o clube campeão da Libertadores entrava diretamente nas fases de mata-mata.
ResponderExcluirUm jogo que se desenhou para ser difícil. Pouco mais de 10 min de jogo e o placar estava 1x1. Osvaldo e Tita. Depois o time deslanchou a patrolou o Flamengo, numa grande noite de Renato Portaluppi e Osvaldo.
Lembro deste, o Flamengo sentiu muito o frio daquela noite. Froner versus Zagallo. Tarciso fez de cavadinha.
ResponderExcluirVerdade, Bruxo! Um gol de cavadinha, numa saída de Fillol, quase na risca da área. Ficou entre a marca do pênalti e a meia-lua.
ExcluirFui ver a ficha do jogo, para ter a certeza de que a Libertadores ainda era um torneio que os clubes brasileiros disputavam sem muita convicção e os torcedores não davam o devido crédito. Nesse jogo de fase-semifinal, pouco mais de 20mil torcedores foram ao Olímpico empurrar o Tricolor gaúcho. Imagine só o que seria hoje! Faltaria lugar no estádio!
Esqueci dele, quando fiz o texto. Ali, o troco de 1976.
ResponderExcluirÀs vezes, a memória nos trai. Normal para fatos tão longínquos.
ResponderExcluirEscrevi que o Grêmio entrou na fase de mata-matas. Quase isso!
Era a fase de triangulares, contra Flamengo e Univerdidad de Los Andes.
Grêmio e Flamengo terminaram iguais em pontos, entretanto as goleadas de 5x1 (FLA) e de 6x1(ULA) fizeram a diferença.
Houve um jogo-extra e o 0x0 favoreceu o tricolor gaúcho que tinha melhor saldo de gols.
Outros tempos de Libertadores, porque nem em Porto Alegre e nem na cidade do Rio de Janeiro foi realizado o jogo desempate.
Foi em São Paulo, no Pacaembu. Jogo de 90 minutos e mais uma prorrogação de 30 minutos. A final estava à vista, novamente.
Contra os argentinos do Independiente. E muita história até hoje é contada sobre o 0x1 (gol de Burruchaga), no Olímpico, e sobre o 0x0, em Avellaneda.
Fatos que passaram de boca em boca entre os torcedores, como desacerto no bicho-extra, brigas, discussões e coisas tais.
Mais ou menos como as brigas no intervalo do jogo em Montevideo, em 1980, na final entre Nacional e Internacional. Fatos que passaram de boca em boca...e se perpetuam na nossa memória.
Acabei me detendo apenas nos teus dados do jogo, tão somente. Portanto, 8 anos para o troco daqueles 4 gols do Luizinho (+ 1 do Zico) em 76.
ResponderExcluirPois é! Luisinho, que acabou no Internacional, no 2º semestre de 1977. Já havia marcado contra o Grêmio, quando ainda vestia a camiseta do inesquecível "Ameriquinha". Depois, num amistoso em 1977, marcou outra vez contra o Grêmio - 1x1 Flamengo. Jogo de estreia de André Catimba, no Grêmio. O gol do Grêmio foi dele.
ExcluirLuizinho que era de uma "linhagem de centro avantes": Lemos, o mais velho, Cesar Maluco, Copa de 1974, Caio Cambalhota, Flamengo ao lado de Zico e Luizinho Tombo, mais tarde, Luizinho Pipoqueiro, porque afinava nas divididas.
ResponderExcluirTodos irmãos, esqueci.
ResponderExcluirBah, que lembrança, Bruxo! Era uma briga feia no RJ ou pelo Brasil afora. Os irmãos Lemos e os irmãos Antunes. Todos trataram a bola com maestria.
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