Opinião

O Dia Seguinte 

Foi uma Segunda-Feira agitada. Muitas sobras do que aconteceu ontem na Arena, a começar pela repercussão do assalto aos 8 minutos da etapa final, pois ainda ouvi vozes declarando que é subjetivo, é lance para interpretação, blá blá blá... Quantos pênaltis assinalados quando num cruzamento, a bola pega de raspão (na mão) no defensor que está de costas, num movimento inofensivo; agora, um puxão de camisa para desequilibrar, não é pena capital? Esse árbitro vai ter que "rever seus conceitos" e a Comissão de Arbitragem tomar vergonha na cara.

Outro rescaldo da partida: a defesa gremista está vazando demais, seja pela incapacidade de marcação dos laterais, seja pelo débil posicionamento dos zagueiros e até, pela  dificuldade de enfrentamento pelo alto e nos botes para o desarme. O Grêmio não consegue mais ganhar de 1 a 0, infelizmente. Pelo recente histórico, entra já perdendo de 0 a 1.

A falta de reposição ofensiva é mais um detalhe que dá dor de cabeça para Renato. - Sai Suárez e entra André Henrique ou improvisa-se Vina. Ah! mas tem Gustavinho, Galdino...

Mais uma observação: Grêmio, Inter, Palmeiras... precisam ter goleiros em que a frase na boca dos torcedores seja: - como ele pegou essa! Não aquela mais comum, que nós, tricolores nos acostumamos nesta última década; - É, essa não tinha defesa, bola indefensável! O gol de Carlos Alberto, o segundo do Botafogo, é menos difícil do que a do Reinaldo, que Perri defendeu. Culpa do goleiro gremista? não, era bola indefensável, mas ...

Para esses clubes grandes, o arqueiro fazer defesas de grande grau de dificuldade em boa quantidade deveria ser usual.

Continuando, a minha expectativa com relação ao desempenho do técnico gremista foi superada. Não esperava vê-lo duelando na parte de cima da tabela com os times treinados por estrangeiros, casos de Luiz Castro, Jorge Sampaoli e Abel Ferreira. Renato é o brasileiro "estranho no ninho" no G4. E estão subindo Vojvoda e Pedro Caixinha, mesmo com elencos menos qualificados.

Para 2024, o caminho foi pavimentado, o elenco precisa de alguns ajustes, verdade que o time está se superando. Resta saber o quanto isto é obra de Suárez. Aí, o grande problema Tricolor.

Encerrando: o Botafogo atual me faz lembrar do Caxias de 2000, este, um time muito arrumado, sem destaques, que após o desmanche, seus jogadores, com raras exceções (talvez Paulo Turra no Boavista, Portugal), não conseguiram repetir boas performances no prosseguimento de suas carreiras. A mão do técnico (Tite e Castro) é muito visível em ambos (Caxias e Botafogo).