Pequenas Histórias (293) - Ano - 1958-1960
Léo, o "Pai" do Maestro Kraunus Sang
Fonte: https://theworldofliliantrigo.wordpress.com |
Saí da minha terra para Porto Alegre no final de 1984 para cumprir um estágio, que me levou em definitivo no ano seguinte.
Era o período das Diretas Já e depois, da eleição indireta de Tancredo Neves, que veio a falecer sem assumir à presidência da Nação, em 21 de Abril, um Domingo, dia exato de minha mudança.
Na capital havia muita movimentação, em especial, na parte cultural. A fundação da Ipanema FM em 1983 deu espaço aos novos nomes do rock (TNT, Cascavelletes, Engenheiros do Hawaii, Replicantes, Astaroth, Taranatiriça, Júlio Reny, Garotos da Rua, etc...), também, o surgimento do musical Tangos & Tragédias da dupla Nico Nicolaiewsky e Hique Gomez em 1984, que deu vida aos maestros Pletskaya e Kraunus. O primeiro, eu já conhecia, pois tinha (e tenho) o álbum Musical Saracura, onde Nico se via na companhia de Silvio Marques Flávio Chaminé e Fernando Pezão (depois, baterista da Papas da Língua). O segundo, nada sabia até então.
Assisti o espetáculo pela primeira vez em 1986 no Teatro São Pedro e presenciei nestas três décadas o musical entrar para a história do teatro brasileiro. Nico faleceu precocemente em 2014. Hique se adaptou à nova realidade e a Sbórnia, terra dos maestros, segue sua trilha de sucessos com novos personagens/integrantes.
Luiz Henrique, o Hique, entra nesta postagem, porque, assim como muitos garotos, ele também sonhou em jogar pelo Imortal. Tinha pedigree; Léo, o seu pai, atuou no Grêmio, depois de ter conquistado o Gauchão de 1954 pelo inesquecível Renner, juntamente com Ênio Andrade, Valdir Moraes, Breno Melo e outros. Hique até tentou ser zagueiro, mas, cedo, o pai vislumbrou seu futuro na música, longe da bola, assim, lhe presenteou com um violão.
Léo era centro-médio, figurou por três temporadas no Tricolor, marcando sete gols, um deles, na sua estreia em 19 de Março de 1958, num amistoso diante de uma seleção de Santa Rosa na goleada de 10 a 0, onde foi eleito o melhor jogador da partida, fruto de bons passes e visão de jogo. Um jornal da época escreveu: "Léo e Milton abusaram de jogar futebol. Nota 10."
Léo, bageense, nascido em 1933, começou a carreira no tradicional Sá Vianna, de Uruguaiana, teve a carreira abreviada por uma lesão de menisco, ainda assim, resistiu até 1965, quando parou aos 32 anos.
O volante faleceu em 1983, sem poder ver o sucesso estrondoso do filho nos palcos pelo mundo afora.
Hique lhe deu uma neta famosa, a escritora Clara Averbuck.
Fonte: Arquivo pessoal do amigo Alvirubro
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Que bela postagem, Bruxo!
ResponderExcluirOs nomes do Rock gaúcho citados por ti fizeram com que eu lembrasse de outros aqui da terrinha: Dimitri e Nejandre Arbo (Quintal de Clorofila), Doce Veneno, Nocet, Fuga, Feeling, todos somados a alguns outros que fizeram história na Boca do Monte dos anos 80 e 90.
E havia a Serpent Rise, rockão pesado. bruxo
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