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sábado, 28 de dezembro de 2013

Opinião




Qual o papel de Enderson Moreira?

Acompanhando as últimas notícias do Tricolor, me senti provocado a fazer a pergunta acima. Vou me esforçar para este post não parecer uma crítica, mas sim uma forma de materializar a minha impressão sobre o que fará o nosso treinador gremista, qual o seu tamanho e influência na nova estrutura humana que o Grêmio constrói para 2014.

Rui Costa e demais assessores de futebol em 2013 ficaram "ensanduichados" entre a grandeza quase mítica de Koff e o peso de treinadores figurões, seja ele Luxemburgo e sua biografia vencedora, seja pela idolatria intocável de Renato Portaluppi. Os assessores de Koff passaram o ano com um trabalho muito bom, aí tem Dida, Rhodolfo, Vargas, Riveros, Barcos mais a turma que veio do Juventude como exemplos; faltou um título expressivo, mas não dá para negar que ficaram fragilizados em alguns momentos de tensão no clube, justamente por serem o marisco entre o mar e a rocha.

Agora vem Enderson Moreira e os primeiros movimentos da Direção gremista parecem ter o objetivo de enquadrar o novo técnico num sítio bem delimitado. Isto é bem visível quando Rui Costa contrata Edinho sem o aval do novo comandante; quando informa que as negociações com Pedro Geromel foram iniciadas em Outubro e mais ainda, quando ao dispensar Dida, comunica a Imprensa e por consequência, a torcida também, que Marcelo Grohe é o novo titular da camisa 1.

Esta última afirmação é verdadeira, justa e não causa surpresa, o que surpreende e aí eu não deixo de questionar: Tendo Luxemburgo, Renato ou Muricy Ramalho para ficar em 3 nomes, como técnico para 2014, Rui Costa afirmaria publicamente quem seria o arqueiro tricolor para o novo ano?

É uma nova realidade; o treinador gremista terá um outro tamanho na estrutura montada, não sei se é positivo ou prejudicial, pois poderemos ter um profissional preocupado apenas com as funções do vestiário e campo, bem mais tranquilo ou por outro lado, um simples entregador de camisas.

A linha que separa um trabalho coletivo e bem entrosado de uma Direção e Comissão Técnica e o exagero da interferência no trabalho, mais especificamente, do treinador é muito tênue.

3 comentários:

  1. Amigo Bruxo, fato semelhante aconteceu no tradicional rival tricolor.
    Se lembrares, Dunga quebrou os pratos com Chumbinho (Newton Drummond), porque este dava muito pitaco no time a ser escalado.
    Embora não pareça, é o homem que acerta quem vem para o clube.
    Muitas vezes, os técnicos foram surpreendido com os atletas que chegavam.
    Tendo trocado farpas e não aceitando intervenção no seu trabalho, Dunga recolheu-se à sua função de treinador e só dizia que queria cumprir seu contrato e dar o fora.

    Acho que o que acontece com o Rui Costa é mais ou menos por aí. Ele vai buscar o espaço que não tinha com técnicos mais renomados. E em breve, será o dono do vestiário.
    Se der tudo certo, será ovacionado. Se der tudo errado, fritará o treinador.
    Basta espichar o olho lá para as bandas da Padre Cacique.
    É possível entender porque tantos técnicos não tem dado certo no lado vermelho?
    Observe com cautela e depois tire a conclusão.
    Isso é só opinião de um torcedor.

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  2. Marcelo Flavio28/12/2013, 18:50

    Além de "entregar camisetas", nesse novo processo sobre ao treinador, e não agenciador e indicador de jogador, tempo de treinar o time.
    Pois tempo de sobra não lhe faltará.
    Nesse caso, estará cumprindo sua verdadeira função.
    Treinar e organizar um time de futebol.

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  3. Pois é, amigos!
    Se o Enderson tiver talento, tempo e personalidade, poderá tão somente assumindo as tradicionais funções de técnico, dar o pulo do gato na carreira.
    Comparo a estrutura do futebol com a do cinema e vejo semelhanças; produtores, diretor e atores. Aí a gangorra do poder pende, conforme o "peso" de cada um, mas em qualquer deles de haver comprometimento, além de talento e vontade de acertar.

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