Qual o papel de Enderson Moreira?
Acompanhando as últimas notícias do Tricolor, me senti provocado a fazer a pergunta acima. Vou me esforçar para este post não parecer uma crítica, mas sim uma forma de materializar a minha impressão sobre o que fará o nosso treinador gremista, qual o seu tamanho e influência na nova estrutura humana que o Grêmio constrói para 2014.
Rui Costa e demais assessores de futebol em 2013 ficaram "ensanduichados" entre a grandeza quase mítica de Koff e o peso de treinadores figurões, seja ele Luxemburgo e sua biografia vencedora, seja pela idolatria intocável de Renato Portaluppi. Os assessores de Koff passaram o ano com um trabalho muito bom, aí tem Dida, Rhodolfo, Vargas, Riveros, Barcos mais a turma que veio do Juventude como exemplos; faltou um título expressivo, mas não dá para negar que ficaram fragilizados em alguns momentos de tensão no clube, justamente por serem o marisco entre o mar e a rocha.
Agora vem Enderson Moreira e os primeiros movimentos da Direção gremista parecem ter o objetivo de enquadrar o novo técnico num sítio bem delimitado. Isto é bem visível quando Rui Costa contrata Edinho sem o aval do novo comandante; quando informa que as negociações com Pedro Geromel foram iniciadas em Outubro e mais ainda, quando ao dispensar Dida, comunica a Imprensa e por consequência, a torcida também, que Marcelo Grohe é o novo titular da camisa 1.
Esta última afirmação é verdadeira, justa e não causa surpresa, o que surpreende e aí eu não deixo de questionar: Tendo Luxemburgo, Renato ou Muricy Ramalho para ficar em 3 nomes, como técnico para 2014, Rui Costa afirmaria publicamente quem seria o arqueiro tricolor para o novo ano?
É uma nova realidade; o treinador gremista terá um outro tamanho na estrutura montada, não sei se é positivo ou prejudicial, pois poderemos ter um profissional preocupado apenas com as funções do vestiário e campo, bem mais tranquilo ou por outro lado, um simples entregador de camisas.
A linha que separa um trabalho coletivo e bem entrosado de uma Direção e Comissão Técnica e o exagero da interferência no trabalho, mais especificamente, do treinador é muito tênue.
Amigo Bruxo, fato semelhante aconteceu no tradicional rival tricolor.
ResponderExcluirSe lembrares, Dunga quebrou os pratos com Chumbinho (Newton Drummond), porque este dava muito pitaco no time a ser escalado.
Embora não pareça, é o homem que acerta quem vem para o clube.
Muitas vezes, os técnicos foram surpreendido com os atletas que chegavam.
Tendo trocado farpas e não aceitando intervenção no seu trabalho, Dunga recolheu-se à sua função de treinador e só dizia que queria cumprir seu contrato e dar o fora.
Acho que o que acontece com o Rui Costa é mais ou menos por aí. Ele vai buscar o espaço que não tinha com técnicos mais renomados. E em breve, será o dono do vestiário.
Se der tudo certo, será ovacionado. Se der tudo errado, fritará o treinador.
Basta espichar o olho lá para as bandas da Padre Cacique.
É possível entender porque tantos técnicos não tem dado certo no lado vermelho?
Observe com cautela e depois tire a conclusão.
Isso é só opinião de um torcedor.
Além de "entregar camisetas", nesse novo processo sobre ao treinador, e não agenciador e indicador de jogador, tempo de treinar o time.
ResponderExcluirPois tempo de sobra não lhe faltará.
Nesse caso, estará cumprindo sua verdadeira função.
Treinar e organizar um time de futebol.
Pois é, amigos!
ResponderExcluirSe o Enderson tiver talento, tempo e personalidade, poderá tão somente assumindo as tradicionais funções de técnico, dar o pulo do gato na carreira.
Comparo a estrutura do futebol com a do cinema e vejo semelhanças; produtores, diretor e atores. Aí a gangorra do poder pende, conforme o "peso" de cada um, mas em qualquer deles de haver comprometimento, além de talento e vontade de acertar.