Páginas

Páginas

quinta-feira, 31 de julho de 2014

"Degavar" com o Andor ou porque o Santo ainda é de Barro.

A nova aquisição tricolor permite, não se tenha dúvida, toda a efusão da torcida. Ainda que não fosse - em tese - o mais qualificado, sem dúvidas Felipão é o treinador mais identificado com a nação gremista.

O momento da volta não poderia ser mais especial, com Koff no comando o Gringo encara pela frente um Grenal, vitorioso como ele é. Mas é necessário vagar, e lembrar que, mesmo poucas vezes, Felipão já perdeu o clássico e não está afastado da possibilidade.

O revés colorado provocou manifestações diversas, a certeza do triunfo, a flauta, o clima de revanche após o fatídico resultado do último embate, tudo tempera uma confiança que por vezes se torna desmedida e reclama o prudente aviso: tão só a presença física do técnico não torna o Grêmio uma máquina de vitórias, é necessário, antes de tudo, como bem pontuaria Muricy, trabalho...

Abel, que de bobo não tem nada, saberá usar de forma cirúrgica as diversas manifestações tricolores, sabedores disso é imprescindível que direção não entre no oba-oba da torcida e, ainda mais cruscial, um revés não pode abalar em nada a confiança tricolor, tanto no time, quanto no técnico.

Ganhar ou perder é do jogo, mas acredito que, ainda em caso de revés, desta vez a postura será outra.

quarta-feira, 30 de julho de 2014

Opinião



O drible de Koff


À medida que as manobras para a vinda de Luiz Felipe estão vindo a público, fica mais evidente, a astúcia, a arte de dirigir uma instituição grandiosa como é o nosso Tricolor Imortal, sem descambar para o ilícito ou prejudicial à ela.

Koff, discretamente, alinhavou o retorno do treinador passo-fundense, desde o insucesso em casa contra o Goiás, um 0 a 0 que ficara engasgado na garganta da torcida.

Quando ao final de 3 rodadas, sendo 2 jogos na Arena e apenas 1 ponto conquistado, tomou uma atitude; definiu o seu único objetivo: trazer Luiz Felipe.

O despiste foi arquitetado e bem executado, onde apareciam grandes nomes, alguns que sequer foram cogitados, mas era necessário driblar a imprensa para que a empreitada obtivesse 100 % de êxito. Não fugiu do fairplay da vida.

O presidente, conhecedor do tamanho da contratação, assumiu para si a tarefa, porque era o mais habilitado, senão, o único, que poderia sensibilizar o treinador. Racionalmente, liberou da tarefa os jovens dirigentes e foi à luta.

Nós, que tivemos recentemente, administrações canhestras e/ou nebulosas, devemos saudar o momento que vivemos com Koff. 

Longa vida, Fábio Koff.


terça-feira, 29 de julho de 2014

O bom filho à casa torna

Primeiro, bem vindo Gringo, agora a cobra fuma. Agora impressões, estas são minhas: Ouvi falar que o Koff se comprometeu a mais dois anos para que Felipão assumisse (aliás, o velho, quando entra, é pra ganhar, viajou e voltou com a resposta que queria, mas bhá, isso que é um incompetente sortudo segundo alguns...). Pois bem, estão dando as eleições como favas contadas? Qual a duração do contrato do Gringo? Li que seria até o final do ano e isso me deixou com a pulga atrás da orelha, Big Phill não viria para contrato tampão, seria a predição já aventada de que passaria a trabalhar como Coordenador de futebol respaldando, p. ex. um Roger na casamata? Enfim, agora a hora é de comemorar, os dúvidas eu deixo pra depois. Obs. Podem falar o que quiserem, mas o cara tem culhão, vai assumir "só" no Grenal. Agora a cobra fuma.

Opinião



Na pele da Direção

Era praticamente consenso; Enderson não poderia mais ficar pelas patinadas do time. O tempo passando, a pausa tão saudada para a Copa do Mundo se foi e o time não engrenou. Resultado disso tudo, defenestra-se o técnico. Tudo certo, fechamos com a Direção.

Aí vem a segunda parte, o ato final; contratar um grande técnico; os nomes também são praticamente consenso, Tite, Luiz Felipe. Bom, mas se não aceitarem? Neste momento, temos que estar na pele da Direção, ver o plano B e termos paciência. Ninguém 100% confiável virá para apenas 5 meses, outro obstáculo.

Procuro acompanhar a mídia profissional, os jornalistas "entendidos" e mais uma vez, caio para trás com as baboseiras. Vejam essa pérola: David Coimbra sugere entre outros, Celso Roth, porque entre os predicados que o novo treinador deve ter, um deles, é não perder Grenais; CARAMBA!!! Roth ficou exatos 10 ANOS sem ganhar Grenal, perdendo a maioria, sendo goleado por 4 a1, isto, TREINANDO na referida década, os dois clubes, sim!! não foi apenas o Grêmio.

Aí, me resta repetir a frase preferida de Roth: " É difícil, é complicado".




segunda-feira, 28 de julho de 2014

Enfim, mudou.

Me peguei pensando como é complicada a vida do jornalista, ontem mesmo, após a derrota, eu – que de profissional nada tenho – já estava arquitetando o teor da crônica, citar o massacre do Cruzeiro – que segundo alguns tem tido apenas sorte – ou mesmo o baile do Fluminense – jogo que assistir e que foi crucial para me desarmar contra o excelente trabalho de Cristóvão, que a tanto o bruxo já citava. Pois bem, já tinha um, quiçá dois textos bem amarrados, de linha bem marcada, a bagunça tática do tricolor, a necessidade de mudança e a leniência da direção. Dormisse sem acesso às informações da coletiva e não perceberia que tudo mudara, o confronto já não importava mais, o técnico, o time, a tática, tudo deixou de ser noticia ao novo fato, Enderson está fora – confirmando o que já se dissera. Independente da letargia e resistência em aceitar o óbvio, as forças agora devem ser voltadas para o novo comandante, dos muitos nomes que ouvi somente dois verifico viáveis. Tite ou, em segundo plano, Felipão. Qualquer outro treinador, novo ou antigo, do interior ou de fora, encontrará uma corrente contrária à sua contratação e os insucessos, naturais mesmo numa passagem vencedora, farão com que pouco dure o projeto. Descarto qualquer técnico do interior, não teria força nem para se impor diante do vestiário, aliado à falta de um Vice de futebol Político – como alerta há tempos o Guilherme – o fracasso virá ali adiante. Cristóvão não tem motivos para largar o Flu. Mancine já passou por aqui, sua volta despertará a ira de parte da torcida. Espinosa tem contrária a ala dos que o consideram ultrapassado. Roth, bom, desnecessário maiores comentários. Caio Jr., Kleina, Renato – que eu gostaria, mas não se deve confundir desejo pessoal com viabilidade – não resistiriam. Contra o Renato ainda há outro ponto, seria a admissão do erro, feriria vaidades, acho difícil. Tudo pontuado não vejo outra saída, todos os esforços, inclusive financeiros, devem ser envidados na contratação de Tite. Numa eventual impossibilidade, só Luiz Felipe teria apoio e estofo suficiente para aguentar a pressão – que até para ele viria em demasia. Natural que nestes momentos também surjam as soluções mágicas, Dal Pozzo, Argel, Paulo Porto. Não são técnicos, virariam personagens caricatas numa passagem tão inexpressível quanto efêmera. Por fim, tudo tem a sua hora, apostas são feitas no momento certo, início de temporada, formação de elenco, técnico não renovado ou após a saída de um treinador consagrado, sem traumas, com a torcida de sangue doce – assim foi no Corinthians, CAM, Cruzeiro e até no Grêmio. O momento do tricolor é periclitante e demanda um nome incontestável. Obs. O assistente do Tite estava na Arena, fazendo anotações, seria um indicativo?

domingo, 27 de julho de 2014

Opinião



Grêmio perde para o lanterna em casa

Vale a pena comentar sobre a derrota de hoje? Não, claro que não.

Umas breves pinceladas:

- Sempre que se comenta sobre uma situação que se mantém por tempo, o risco de ocorrer o contrário é grande. Falou-se muito na solidez defensiva da "melhor defesa do campeonato". Melhor seria, redobrar os cuidados defensivos.

- Rodriguinho e Matías Rodriguez entraram muito bem, já Deretti se mostrou muito afobado

- Fernandinho fez uma boa estreia, tem potencial, vai crescer e fazer o ataque render mais

- Barcos marcou 2; chega a 19 gols na temporada e 33 dentro do Grêmio. Aproxima-se da maior
 marca de artilheiro estrangeiro da história Tricolor; Oberti com 35 em 105 jogos, marca essa, que perdura há mais de 40 anos

- Ramiro não justifica a sua titularidade

- Marcelo Grohe evitou a derrota no primeiro tempo

- Pará esteve entre os melhores, juntamente com Rodriguinho

Fugindo do jogo em si, mas sendo coerente com o que escrevi recentemente, Enderson não tem mais ambiente, não tem perfil, que dê esperanças de reversão do quadro de descrença no seu trabalho.

Com a palavra, Fábio Koff.

Opinião




Cruzeiro e a sua liderança

Ontem, assisti todo o confronto Cruzeiro x Figueirense. Foram dois jogos completos da Raposa, pois, anteriormente, vira o seu enfrentamento com os baianos do Vitória.

Em ambos, o Cruzeiro teve imensas dificuldades, tanto Vitória, quanto Figueirense estiveram superiores até o gol inicial dos mineiros. 

Contra o Vitória, uma lambança da dupla de zaga, gol contra e a porteira se abriu. Neste Sábado, o time catarinense apertou e perdeu muitos gols na primeira fase. Um pênalti mal marcado aos 40 minutos ainda desta fase, modificou o destino da partida. Implodiu o alicerce catarinense, desmanchou-se como uma gelatina o time de São José, SC.

Mérito para quem tem um time confiante, com um meio de campo ambicioso, técnico e agressivo. Aliás, considero este meio, o ponto forte do Cruzeiro; para se ter uma ideia, Moreno, apesar do belo passe no segundo gol, novamente foi substituído. Seu último gol foi na 7ª rodada contra o Coirmão. Está há 5 sem fazer gols e Ricardo Goulart, um meia, 8 gols.

É esse o time a ser perseguido. O Grêmio aos trancos e barrancos ou não, tem que passar pelo Coritiba, senão, do jeito que vai, o Tricolor verá o campeonato decidido (para ele), já nas primeiras rodadas do returno.

sábado, 26 de julho de 2014

Opinião



Uma nova dupla contratação

Amanhã à tardinha, o Grêmio apresentará pela primeira vez Fernandinho e Giuliano juntos.

Chegam, vestem a camiseta e viram titulares, sem dúvidas e muita esperança. Não são apostas com Maxi, Ruiz, Rodriguinho, Matías ou Fellipe Bastos. 

Podem não dar certo, como ocorreu com Kiese e Sabella no passado ou mais recentemente, Kléber, o Gladiador e Marcelo Moreno, mas repito, não são apostas. Não dá para criticar a Direção; foi arrojada e cirúrgica. Era ali que o time precisava de titulares. Se vão acertar, isso é do destino. A sorte está lançada.

A curiosidade está nas coincidências das contrações em duplas; Pelaipe brindou Caio Jr. com Léo Gago e Marco Antônio, Luxa ganhou Zé Roberto e Elano; também, um novo par de atacantes, Marcelo Moreno e Kléber; Koff trouxe Vargas e Barcos e agora, Enderson ganha Fernandinho e Giuliano.

Desde os fatídicos 2 a 6 dos Grenais, que o atual treinador não achou mais o rumo da equipe, tomara que contra o Coritiba, neste Domingo, ele comece a dar a volta por cima.

Pequenas Histórias

Seguem mais três (re)postagens das Pequenas Histórias:



38 - A Capacidade de Se Indignar - Ano 1977
Grêmio e Ypiranga se encontraram à noite no Olímpico em 31 de Março de 1977. Era para ser um jogo comum. Foi um jogo comum. Vitória tricolor por 3 a 1. Porém, para duas pessoas aquele jogo se tornou especial: um adolescente de 17 para 18 anos e também para o quarto-zagueiro, camisa 3, Oberdan. 
Antes de tudo, um pouco desse defensor nascido em Santa Catarina, mas que fez carreira no Santos de Pelé e Mauro Ramos de Oliveira, seu mestre e no Coritiba. Era um zagueiro firme com 1,78 m, grande impulsão e de muita imposição física. 
Em 1976 resolveu pendurar as chuteiras, mas convencido por Telê Santana, um mago que gostava de trabalhar com jogadores escolhidos a dedo, veio formar a zaga gremista ao lado de Eurico, Anchetta e Ladinho. Tinha uma missão; interromper a série de títulos do Coirmão.
 Chegou, assumindo a tarefa e dizendo aos quatro ventos que haviam terminado os gols salvadores de Escurinho, um emérito cabeceador. Uma declaração forte que até os mais fanáticos torcedores do Imortal duvidaram de sua realização. Oberdan (foto acima) cumpriu a promessa e em 1978, o atacante colorado mudou-se para o time de Parque Antárctica da capital de São Paulo. 
Dito isso, vamos ao "memorável" Grêmio e Ypiranga de Erechim. O time do interior há dois anos vinha complicando nos confrontos, impondo dificuldades ao clube do Olímpico e estava mordido pela derrota em casa para o Riograndense de Santa Maria. 
Com pouco mais de 10.000 pagantes e arbitragem de Luiz Guaragna, o Tricolor fez um primeiro tempo morno, sem brilho, onde apenas o ponteiro direito Zequinha se destacava. E foi dele o primeiro gol; aos 16 minutos, Zequinha recebeu passe de Tadeu Ricci, avançou, quando a zaga esperava o seu ingresso área adentro, ele fuzilou e venceu o arqueiro Dilon. 
Aos 26 minutos aconteceu a jogada que mexeu com os brios de Oberdan; o meio-campista Clóvis fez um lançamento longo, aparado de cabeça por Eurico, que encostou para Oberdan; este também de cabeça atrasou fraco para Remi, no entanto, mesmo acossado pelo atacante Lambari, Oberdan tomou a frente da jogada e deu mais um toque; toque esse, infeliz, que tirou o seu arqueiro da jogada e deixou a pelota livre quase em cima da risca fatal para o número 9, Lambari, encostar para as redes, empatando a partida. Resultado definitivo do primeiro tempo. 
Oberdan se indignou; sentimento esse que acompanhou toda a sua trajetória vitoriosa nos gramados e voltou para a etapa final possesso, louco para se redimir. Telê deu uma chacoalhada no time e os gols vieram dos pés e da cabeça de quem? Justamente dele: Oberdan. O primeiro, logo aos 4 minutos, novamente pela condução do maestro Tadeu Ricci. Livrou-se de Mujica e tocou para Oberdan que entrava pela meia esquerda de onde bateu forte, sem chances de defesa. Em seguida, aos 15 minutos, Eurico cobrou lateral para Zequinha que encobriu o goleiro adversário, deixando o zagueiro-artilheiro pronto para empurrar de cabeça, fechando o placar. 
Quase ao final, aos 38 minutos, Oberdan causou apreensão a todos, quando estatelou no gramado e pediu para ser substituído. Apesar da cena, nada grave se verificou, apenas câimbras de quem se doou como nunca na busca de uma compensação pela falha grosseira do primeiro tempo. Raça e indignação.
 O Grêmio formou com Remi; Eurico, Anchetta, Oberdan e Ladinho; Vitor Hugo, Tadeu e Yúra; Zequinha, Tarciso e Éder. Vilson Cereja foi o substituto de Oberdan. Esse,  juntamente com Zequinha, os grandes personagens da partida. O Ypiranga mandou a campo; Dilon; Joubert, Mujica, Jorge e Cito; Clóvis, Éderson e Paulo Roberto; João Carlos, Lambari e Fernando Rabelo (Taborda). João Alberto, grande centro-avante do Barroso-São José, agora treinador do time de Erechim.
 Oberdan durante sua passagem pelo Imortal, deu inúmeras provas de sua inconformidade diante dos obstáculos; sua busca incessante pela vitória contagiava o time. Vários jogos foram virados a partir de seu exemplo. Este, aparentemente comum, para mim, talvez tenha sido a maior prova de sua obstinação pelo alcance do sucesso.

39 - A Outra Façanha de Telê Santana - Ano 1977/78
Quando pensei em fazer crônicas sobre o nosso clube, a ideia era pegar histórias periféricas ou subterrâneas como norma, mas nada ortodoxo; preferência para elas, uma ou outra mais conhecida. As famosas "raspas e restos, me interessam" como cantou o Barão Vermelho anos atrás. Esta é uma das histórias subterrâneas. 
O nome de Telê veio à baila na postagem anterior sobre Oberdan e suscitou comentários, aí lembrei de uma grande façanha de Telê à frente do Imortal, que foi eclipsada (justamente eclipsada) pela inesquecível conquista de 1977, quando quebrou um jejum de 8 longuíssimos anos, as derrotas para o Coirmão.
 A lembrança vale não apenas pelo título, mas pelo time harmonioso que jogava um futebol altamente técnico e fundamentalmente aguerrido, personificados em Oberdan, Tadeu Ricci, André e Éder que dançavam conforme a música. Tinham ferramentas para todo tipo de obra. 
Para mim, Telê é o cara; sei de Foguinho, Espinosa, Luiz Felipe e outros, mas, ainda que tenha ganho apenas o Gauchão daquele ano, Telê é incomparável. Depois de conquistar o primeiro brasileirão, o de 1971, experimentou anos de escassez de título; depois dessa campanha no comando do Galo mineiro onde ficou até 1975, não ganhou mais nada.
 No ano seguinte teve uma rápida e infeliz passagem pelo Botafogo e em Setembro desembarcou em Porto Alegre. Foram 6 temporadas sem títulos. 
Os primeiros meses dele dirigindo o Grêmio foram constrangedores, mas a sabedoria dos dirigentes Hélio Dourado e Fábio Koff foi essencial para a conquista do ano seguinte. Bom, todos sabem demais da grande conquista; até mereceu um "Pequenas Histórias", no entanto, Telê tem outra marca fantástica conduzindo o Tricolor em pouco mais de dois anos. Ele possui a maior sequência de vitórias, ou seja, em 6 Grenais consecutivos saiu vencedor.
 Em 104 anos de disputa, apenas em 4 oportunidades isso ocorreu. Todas realizadas pelo Imortal. Apesar dos anos dos dois Rolos Compressores, do timaço da década de 70; o Internacional jamais chegou a esta marca. 
A primeira sequência do Grêmio ocorreu nas 6 primeiras edições do clássico, feito importante, mas num período de amadorismo completo (1909 a 1913), onde sequer havia redes nas goleiras e o técnico do Tricolor, por exemplo, foi a dupla de atletas, Schuback e Mohrdieck, não foi diferente na segunda, onde o craque Lagarto era dublê de jogador e técnico, isso entre 1919 e 1924; a terceira sequência havia Telêmaco Frazão de Lima que foi atleta, técnico e presidente do Grêmio, em épocas distintas, que chegou às 6 vitórias também, mais exatamente entre 1931 e 1933. 
Telê iniciou a série no famoso clássico dos 14 segundos, tempo referente a saída de bola e o gol de Yúra que terminou 2 a 1; o segundo, 2 a 0, Tadeu, de falta e Tarciso, estádio Beira-Rio; o terceiro é a decisão do campeonato, 1 a 0, tento de André; prosseguindo, chegamos a memorável goleada de 4 a 0, maior placar registrado no estádio do Coirmão; a quinta é uma virada fantástica, quando até o final o Tricolor perdia e virou para 3 a 2, novamente no Pinheiro Borda; o encerramento ocorreu no 20 de Agosto de 1978, 2 a 1 no estádio Olímpico e o Grêmio formou com Corbo; Vilson, Cassiá, Vicente e Ladinho; Vitor Hugo, Yúra e Renato Sá; Tarciso, André Catimba e Éder (Jurandir). O Inter de Gasperin; Bereta, Paulo Marcos (Jorge Tabajara), André e João Carlos; Caçapava, Falcão e Jair; Valdomiro, Bill e Anchieta (Tonho). Os gols foram de Anchieta, André e Éder. Nos últimos 80 anos (1933 a 2013) apenas Telê conseguiu este prodígio. 
Poucos lembram desta outra façanha do Mestre dirigindo o Imortal.

40 -  Rito de Passagem- Ano 1971 a 1980

Os antropólogos e escritores europeus adotaram o termo francês "Rites de Passage" para definir momentos de mudanças importantes na vida das pessoas de uma fase para outra. Com o tempo essa expressão passou a ser usada informalmente para associações de pessoas, ou seja, no coletivo, sempre representando essas mudanças.
 Feito essa pequena introdução, chegamos ao nome de Anchetta, um dos maiores zagueiros da história do Tricolor.  Engraçado! Meus maiores ídolos daquele período começavam com a letra "A"; Áureo, Alcindo, Alberto e à partir de Novembro de 1971, Atílio Anchetta. Esse uruguaio chegou do Nacional de Montevidéu consagrado como o melhor beque da Copa do Mundo de 1970, que disputou aos 22 anos. Sua estreia no Imortal foi no Pacaembu diante do Corinthians e o placar indicou um empate de 1 a 1, gols de Rivellino aos 34 minutos do primeiro tempo e Loivo aos 10 da etapa final; ambos de cabeça, aliás, um dos raros de Rivellino desse jeito, ele, oriundo do futebol de salão.
 Eu tinha então, 12 anos e saía da infância para a adolescência, período considerado como um rito de passagem. Anchetta se tornou capitão do time e quem jogou a seu lado se consagrou: Beto Bacamarte ganhou a Bola de Prata de 1972, Beto Fuscão chegou até a Seleção Brasileira em 1975/76, mas foi com Oberdan no antológico time de 1977 que formou a melhor dupla; repetiu a performance de 1973, quando ganhou a Bola de Ouro como melhor jogador do Brasileiro daquele ano. Anchetta foi o atleta que melhor personificou o sofrimento daqueles anos difíceis, anos de superioridade vermelha no estado.
 Era um gremista- jogador; isso desde a estreia, quando acabou com a cabeça enfaixada, resistindo bravamente a dor. Anchetta não jogou a partida decisiva de 1977, pois teve que operar o menisco naquela semana. 
Ano seguinte com o mesmo elenco e mesma comissão técnica o Grêmio perdeu o regional e novamente pairou a dúvida: 1977 fora uma exceção? Estávamos nós gremistas vivendo uma efêmera alegria? Veio o ano de 79 e ganhamos com folga: barba, cabelo e bigode. Tivemos mais de 10 pontos de vantagem sobre o Coirmão, os Grenais não tinham graça e na partida final contra o Brasil de Pelotas, Anchetta de cabeça, abriu a caminhada do título que foi concluída por André e Éder. 3 a 0.
 O ano de 1980 marcou os meus 21 anos, um novo rito de passagem e também, o último de Anchetta no Grêmio (apesar de poderosos veículos de comunicação do estado insistirem em dizer que ele jogou até 1979). Anchetta já era brasileiro naturalizado e jogou até o final do Brasileiro daquele 1980, disputado no primeiro semestre. Sua última partida foi diante do Coritiba no Olímpico em 18 de Maio, 1 a 0, gol dele, gol de cabeça ( na foto está comemorando com Baltazar) aos 33 minutos do primeiro tempo. "Tarciso cobrou falta pela direita, colocando a bola na área. O goleiro Moreira saiu do gol, tocou na bola, mas não segurou. Ancheta pulou mais que a zaga e cabeceou no meio da goleira." Assim escreveu a Zero Hora.
 Seus últimos companheiros de jornada foram Ivo; Mauro, Vantuir e Dirceu; Vitor Hugo, Paulo Isidoro e Kiese (Yúra); Tarciso, Baltazar e Jurandir (Zé Henrique). Já sem Anchetta que foi para o Millonarios de Bogotá, o Tricolor conquistou o Gauchão de 80 no segundo semestre no Beira-Rio, exorcizando de vez o fantasma dos anos anteriores, entrando noutra fase, numa espécie de rito de passagem.
 Naquela virada de ano, outro uruguaio desembarcava no Salgado Filho, prometendo títulos. 1981 deu início a uma nova e vitoriosa Era para o Grêmio; também aquele ano me reservou algumas mudanças fundamentais; minha primeira formatura e meses antes, a morte de meu pai. 
Hoje, Anchetta está imortalizado na Calçada da Fama de nosso clube, mas para mim, isso já estava solidificado na minha vida, pois dos 12 aos 21 anos foi meu principal ídolo do Tricolor. 
Talvez seja o maior símbolo da passagem dos anos de derrotas para os maiores e melhores anos do Imortal. Anchetta, sem dúvida, ajudou a cruzar essa ponte.

sexta-feira, 25 de julho de 2014

Opinião



O meio mais veloz

 No momento de maior avanço técnico, Alan Ruíz se lesiona e fica duas semanas parado ou fora do time principal.

 Jogador clássico, pé esquerdo, estilo dos grandes meias dos anos 70 e 80, Ruiz imprimiu um ritmo na última partida, que o torna "viável" no futebol jogado no Século XXI. Não está anacrônico para os padrões atuais, apesar das suas primeiras exibições.

Pois a lesão do argentino, abriu a chance de inclusão de Fernandinho, este, um jogador moderno, capaz de arrancadas verticais, um desbravador de defesas. Será certamente, titular. Juntamente com Giuliano, torna o meio de campo mais veloz. Quando Dudu estiver disponível, o Tricolor terá a chance de, em alguns jogos ou momentos, utilizar dois velocistas, Fernandinho e Dudu mais uma chegada forte na área, Giuliano.

Resta saber como serão ocupados os lados do campo, já que nossos laterais tem muitas dificuldades para executar esses movimentos.

O Coritiba será um bom teste, porque virá fechadinho e possui um comandante técnico vocacionado para a retranca.

Mais uma prova de fogo para o ataque Tricolor.

quinta-feira, 24 de julho de 2014

Opinião



Vivendo à sombra de um gigante

As últimas notícias dão conta que segue no mercado o treinador multicampeão Tite; nem seleção brasileira, nem japonesa, muito menos o Flamengo. O homem segue parado, mas assediado.

Enderson, sem o currículo do gaúcho, segue (sobre)vivendo à frente do Grêmio com uma imensa sombra sobre o seu trabalho. Não sei qual o efeito que isso terá no desenvolvimento do seu trabalho à frente do elenco; talvez, nenhum, mas para quem quer seguindo ascendendo na carreira, é uma senhora prova.

Olhando para Tite; hoje, não há no Brasil clube mais adequado para o seu retorno à rotina da casamata.

Olhando para o Grêmio; o cavalo está passando encilhado.


quarta-feira, 23 de julho de 2014

Opinião



Hora de comprovar que o Grêmio tem elenco

Sem Dudu, Alan Ruiz e possivelmente, Fernandinho, depois do erro "arábico"; mais do que nunca é hora do Tricolor mostrar que tem elenco.

A defesa é a menos vazada; falta acertar o lado esquerdo, talvez Marquinhos ou Saimon, neste caso, com inovações para ocupação do flanco. 

A movimentação dos volantes, meias e ataque, precisa ser ajustada. Aliado a isso está o impedimento de alguns atletas, os citados acima, porém o Imortal tem que passar por cima destas dificuldades contra um time situado na zona de rebaixamento.

Máxi, Zé Roberto, Deretti, Rodriguinho, Lucas Coelho podem e devem dar a resposta na hipótese de serem escalados domingo.

Há espaço para eles; resta saber se terão qualificação para ocupá-lo.

terça-feira, 22 de julho de 2014

Opinião

A última colher na questão Seleção Brasileira

Não se deve começar uma crônica com a palavra “Não”, porque os especialistas nesta arte, dizem que ela já começa de forma (óbvia) negativa, entretanto, como  agir diferente, quando se trata de assunto de interesse (inter) nacional, um dos patrimônios da Nação, isto é, a condução de um dos maiores legados culturais do Brasil, o futebol? Não tem como não começar desiludido.

Provavelmente, será a última vez que trato deste tema, pois vejo que não há interesse de mudanças radicais, tão necessárias e reclamadas pela torcida ou imprensa; da CBF? Nem pensar. Esta está naquela situação, “vamos mudar alguma coisa, para tudo ficar como está”. O futebol não é o centro do interesse dela e de quem orbita ao seu redor. Mandam às favas o futebol. Ele é apenas o meio, não o fim.

Como explicar que algumas figurinhas carimbadas são convidadas para cargos importantes como assessoria de imprensa e lá permaneçam por mais de um década? Quais critérios de seleção para o ocupar a vaga? Certo! Alguém dirá; é uma entidade privada. Tudo bem, então, por que essa preocupação da participação de outras esferas no processo de lidar com o futebol?

Uma hora é entidade privada, outra, vira o país de chuteiras. "Todos juntos vamos, prá frente Brasil ...". A danosa conveniência dando as caras.

A pá de cal na esperança de mudança do quadro foi dada pela Imprensa, que questionou de forma tímida o processo de “transformação” reclamado. É só  trocar a Comissão Técnica?  Não se surpreendeu com a ausência de análise profunda da paisagem pálida e ruim, que sobrou da participação Canarinho na Copa do Mundo, algo que exigiria uma reflexão de todos os participantes do “negócio futebol”, demandaria, também, tempo. A necessidade analítica de varredura  dos campinhos de pelada até chegar aos gabinetes mais importantes dos gestores do esporte bretão no país, está dispensada? Ou ainda, a escolha da Comissão Técnica tão somente, irá de forma mágica alterar as estruturas enfraquecidas e viciadas que sustentam (!!!) o esporte de maior preferência nacional?

 O que se viu?

Viu-se uma mudança de foco da Imprensa; passou a tratar da capacidade profissional, da validade de se ter Dunga, novamente no comando do vestiário. Mas é só isso? E a mudança radical?

Agindo assim, a Imprensa despreza a sua própria história e contribui para amansar, controlar a indignação, enfraquecer o ímpeto daqueles que desejam ver o futebol saudável em todos os seus ângulos, todos os seus quadrantes, enfim, uma das referências  positivas da Nação.

A Imprensa (e outros órgãos que regulam a sociedade), ela, em especial, está perdendo uma oportunidade de mostrar independência.


Começou com um gol contra. 

segunda-feira, 21 de julho de 2014

Opinião



Patinando, o Grêmio segue sem convencer

O meu pessoal viajou e eu fiquei; por conta disso, vi 4 jogos no final de semana. Um recorde, pois costume acompanhar tão somente o Tricolor, isso como rotina.

Vi partidinhas muito ruins como Flu x Santos, a vitória folgada do Coirmão, folgada não apenas pela pobreza técnica e tática do Flamengo, mas pela ajuda providencial do juiz, dando um pênalti maroto nos acréscimos da primeira etapa e simultaneamente (internet e tv) Figueirense x Grêmio + Galo x Bahia.

Era para o Tricolor fazer o mesmo que o Inter; isto é, atropelar o "Figueira", especialmente, quando este ficou com 10 em campo. O que se viu? Um time acuado, rezando para o jogo acabar, o goleiro ganhando cartão amarelo por retardar a partida. Um fiasco.

O ataque não funcionou, aliás, o que é ataque? Barcos; bom, aí começa o erro. Um setor de um só ou então o meio pertence ao ataque. Não dá para ser ataque uma hora, noutra virar apenas meio. Facilita a conveniência da crítica.

A presença de Saimon não deu certo. Daria se ele fosse um lateral ou se (ele) virando um zagueiro, alguém ocupasse a faixa do lado esquerdo como ocorria com Wendell. Antes, tínhamos o desafogo por este lado, já que na direita, o escolhido era Pará. Pois, o que temos no presente? Um área improdutiva na esquerda e muita, muita deficiência na direita.

Voltando aos jogos que vi; o Inter teve jogada pelos lados, o Bahia teve, o próprio Galo, ainda que desfalcado, conseguiu fazer jogadas pelo flanco.

Está provado que sem jogadas pelas laterais do gramado, independente da posição de origem do atleta, os resultados não virão.

Ah! E não adianta o dirigente pegar o microfone e dar "letrinha" para o treinador. Está mais do que na hora da Direção agir.


sábado, 19 de julho de 2014

Opinião



De bom, apenas o resultado e Alan Ruíz

O Grêmio jogou e novamente não convenceu. 

Credito a vitória à ruindade do adversário; o Figueirense não existe. Todas as condições estavam favoráveis ao Tricolor, o locatário só perdeu em casa, o gol saiu cedo, logo aos 4 minutos, o time repetiu a escalação. Enfim, jogo à feição.

Olha, se o confronto fosse contra o Bahia, por exemplo, o triunfo não chegaria.

A defesa não teve problemas, jamais foi ameaçado o arco de Marcelo. Saimon, quebrando o galho na lateral, não serve para uma maior exigência. Ramiro e Riveros discretíssimos, Luan e Barcos razoáveis, Giuliano fez o gol, mas muito disperso, caiu na fase final. Lucas Coelho e Zé Roberto pouco acrescentaram. Dudu sim; segue sendo um atacante agudo, falta-lhe a ambição de artilheiro.

Reservo um parágrafo para Alan Ruíz. Foi a melhor partida dele, esteve muito, muito acima dos demais. Marcou, lançou, arrematou, conseguiu a expulsão do Tiago Heleno.

Encerro, dizendo que, quando há um grande jogador no mercado, mesmo que a posição esteja suprida, é dever da Direção, pelo menos, verificar a possibilidade de contratá-lo; o mesmo deve ocorrer com o comando técnico da equipe, isto é, se há grandes treinadores, que podem acrescentar qualidade ao clube, por que não sondá-los?


Opinião



Caveira de Burro

Começo, dizendo que não acredito em azar; azar como rotina, eventualmente, sim. Como justificativa perene, não mesmo. Utilizei a expressão no título, porque, às vezes, parece que ela está enterrada no Olímpico/Arena. Uma hora não temos direção, noutra, Comissão Técnica, geralmente time médio, quando surgem craques ou projeto deles, libera-se sem constrangimentos, isso, quando não ocorrem todos ao mesmo tempo. aí, bom aí é segunda divisão. Então, o sobrenatural é convocado para explicar o que ocorre.

Pegando o presente do Tricolor; temos o maior presidente; ele fazendo das tripas, coração, especialmente na mixórdia "contrato com a OAS", o time não é ruim. É discutível? Pode ser, mas vejamos o flamante campeão brasileiro; técnico identificado com o maior rival, o Galo.

 Marcelo Oliveira, viveu como auxiliar de "professor" a maior parte de sua biografia; foi com Ney Franco para o Coritiba. Ney foi requisitado pela CBF e Marcelo, interinamente assumiu a batuta do Coxa, virou efetivo.

Hoje está num patamar mais elevado do que o próprio Ney Franco. Foi para o Cruzeiro, após breve e insatisfatória passagem pelo Vasco, formou um elenco e consequente time novo. Isso em pouquíssimo tempo.

Vamos a última escalação, que será repetida neste final de semana: Fábio; Ceará, Manoel, Léo e Egídio; Lucas Silva e Henrique; Ricardo Goulart, Éverton Ribeiro e Marquinhos; Marcelo Moreno. Quem é craque nesse time? 

Peguemos, pois, um esboço do Grêmio: Marcelo; Pará ou Matías, Rhodolfo, Geromel e um lateral; Ramiro ou Matheus, Riveros, Luan, Giuliano, e Alan Ruiz ou Fernandinho; Barcos. Nova pergunta: É muito inferior, talvez ou não é, ao time estrelado? Além disso, os elencos se equivalem; há boas reposições em ambos os grupos.

Arrisco dizer que Pará estaria bem, se no Cruzeiro e Ceará, contestado, se no Imortal.

Acho louvável, diria, é um passo adiante, a busca da nova tecnologia vinda da Alemanha, porém, olhar para os bons exemplos nacionais, também é uma forma de aprendizagem.


sexta-feira, 18 de julho de 2014

Opinião



Quem bom se o problema fosse só trocar o 9

Sempre achei que o problema da falta de gols do Grêmio, não passa apenas pelo Barcos, ainda acredito no potencial do Pirata. 

Isso não significa que eu concorde com a manutenção dele; escrevi isso, até pela preservação e principalmente, a sua recuperação. Barcos não é o problema, mas está se incorporando aos demais fatores que denominamos "problema". O fardo é demasiado pesado para somente um culpado.

Por que o título da crônica? Especialmente, porque assisti na íntegra Cruzeiro x Vitória, ontem, ocasião em que a Raposa penou, apesar dos 3 a 0, para vencer o clube baiano. No jogo, o centro-avante Marcelo Moreno não jogou absolutamente nada. Não chutou, nenhuma criação, zero de assistências; resultado: Foi substituído sem lamentos ou aplausos. 

Como, então, o Cruzeiro goleou o Vitória? Pela chegada do trio de armadores, quase atacantes. O primeiro gol foi uma dupla lambança dos zagueiros centrais, Kadu ameaçou ir na bola, "arrepiou" e deixou Alemão segurado apenas no pincel. A bola bateu no seu peito e desviou para a rede baiana. A bola foi alçada por Éverton Ribeiro, um meia atacante.

O segundo, obra de uma jogada de linha de fundo, fato que não acontece no Tricolor e mais um armador, Ricardo Goulart cabeceou como se fosse centro-avante.

O terceiro, um arremate da meia-lua de Éverton Ribeiro, que contou com a colaboração de Wilson, o arqueiro rubro-negro.

É interessante ver onde estão as virtudes do time mineiro e buscar no Tricolor pontos em comum com ele. Vamos encontrar poucos; um deles, a inoperância do camisa 9.

quinta-feira, 17 de julho de 2014

Opinião



Enquanto há tempo


Lendo os diversos espaços que trataram da volta do Tricolor ao Brasileirão, ontem à noite; é unânime: Não dá mais!

O Grêmio está no sétimo mês de 2014, teve um bom tempo para treinar, se entrosar, esfriar a cabeça, rever conceitos, fazer terapia, defenestrar as lembranças dos fracassos, até descansar. Além disso, a tabela para o retorno foi “mamão com açúcar”; pegar o modesto Goiás na Arena, num horário razoável, pelo menos, não era de boate, preços acessíveis e uma predisposição da massa torcedora de dar crédito aos jogadores e uma trégua para Enderson Moreira. Um cenário adequado para uma excelente arrancada na competição.

O que se viu? O mesmo filme. Mudaram alguns atores, o enredo nada convincente, permaneceu, isto é, personagens enredados na mesma parte da trama, numa representação cujo o desenrolar se mostra  impróprio para apreciadores do bom futebol, censurado pela falta de talento, ou seja; cheio de cortes, com raras chances de gol, todas desperdiçadas, com várias perdas; a maior delas, a paciência do torcedor. Resumindo; um drama, que, às vezes, escorrega para a comédia. Um espetáculo que não merece ficar muito tempo em cartaz.

A Direção não percebe que cozinha em fogo brando o seu treinador, além disso, as chamas alcançam as esperanças de seus torcedores e provavelmente, (ela) vai deixar “passar do ponto”, “queimar o assado”, “desandar a maionese” e nós, novamente, seguiremos com água na boca. Sequer direito a um tira-gosto, teremos.

Este cardápio, digo sem medo de errar, chamuscará a biografia de seus comandantes à partir da certeza que servirão um banquete insosso, requentado, sem os condimentos indispensáveis ou a pitada de qualidade na casamata tão presente nas grandes conquistas do Tricolor, se permanecerem apostando no atual “chef”. Enfim, um prato  indigesto para nós, torcedores, cuja fome de títulos é grande, nesse regime forçado de mais de uma década.

Nós não merecemos isso.

A culpa é dele!

Depois de longa pausa, perspectiva, mudanças, enfim, estreia o Grêmio e para mim o resumo é esse: decepção. E por mais decepcionado que eu possa estar com alguns jogadores, de longe e sem medo de errar eu posso dizer, a culpa é do técnico. Mas vão me questionar: Poh, qual a culpa do técnico se o Barcos não empurra a bola pra dentro, se o chute pega na trave, se o pé é torno. Para não parece injusto, explico. Se não me trai a memória o Grêmio não leva um gol a 04 jogos, é isso? Se também não estou enganado, a parte defensiva do time se destaca dentre as menos vazadas a pelo menos 03 anos, né? Pois bem, doutra monta, na parte ofensiva, o Grêmio tem se destacado negativamente, a falta de gols parece sistemica e os atacantes não sabem, há tempos, o que é ir às redes. O extrato disso parece óbvio, não é? Logo, se houvesse algo que se alterar na parte defensiva seria tão somente a saída de bola, o que, pelo que se viu, não foi trabalhado pois a ligação direta ainda ocorre em profusão. Disso tudo, com certa segurança, posso dizer que os 45 dias que teve disponível foram (ou pelo menos deveriam) utilizados pelo técnico para encontrar uma solução para nossa chaga endêmica, a inoperância ofensiva. Começa o jogo e eu, com esse otimismo incontido, vejo melhora na parte ofensiva, vejo mudanças e vejo algo que desde o tempo do seu Luxemburgo (sim, esse mesmo) não se encontrava no Grêmio, linha de passe. Pois mais que as vezes a escolha fosse errada, ou que faltasse tranquilidade e a bola fosse atravessada, havia algo de novo. Tão efêmera ilusão... O time, de forma inexplicável, passou a afunilar as jogadas pela direita, Luan, que no início trocava de lado com Giuliano e até mesmo com um Ruiz prejudicado pela escalação passaram a tomar o lado direito do ataque como preferencial, o que redundou num amontoado de gremistas que, quando não interceptados pelos jogadores goianos, se embolavam entre si. E comprova o que estou dizendo o mapa de calor dos jogadores que mostram, além de Luan, Ruiz e até Giuliano!!!!! pendendo completamente para o lado direito. Pois bem, isto não foi difícil de verificar e, no segundo tempo, o treinador ousou, tirou um volante para o ingresso de um atacante de velocidade. Boa leitura do treineiro pois, em tese, teríamos um lado esquerdo defensivo forte com a escalação de um zagueiro (pelo amor se alguém espera que o Saimon dessa a dribles e cruze para a área com perfeição não entendeu patavina) o que permitiria ao Dudu fazer o corredor esquerdo sem a necessidade de voltar. A esperança durou tanto quanto o tempo para substituição, Dudu foi deslocado para a direita! Em resumo, é isso, em resumo, não deu certo. O jogo de hoje foi o fiel da balança, são daqueles jogos que chamam a torcida ou a afastam de forma irremediável, no caso, a aversão ao treineiro é unânime e creio que ele mesmo saiba disso - por isso a letrinha do planejamento. Enderson não dura muito na casamata tricolor, nós sabemos, ele sabe, só a direção parece ainda não ter se dado conta.

quarta-feira, 16 de julho de 2014

Opinião



Empate demonstra que os mesmos problemas persistem

É incrível, mas passados quarenta e poucos dias, mudam alguns nomes, os treinos foram puxados, fundamentos treinados com insistência e na primeira prova ...

A defesa seguiu tranquila, garantiu o zero, o ataque afundou. Barcos deve "puxar" um banco; está mal, inseguro e mesmo com a parada, continuou atrapalhado. Está na hora de efetivar o Lucas Coelho ou mudar a formação do ataque; preservar o Pirata, deixá-lo entrar nos segundos tempos, recuperá-lo para mais adiante. É justo para ele, é justo para o seu reserva.

Empatar com um time que sabidamente não irá disputar o título, isso, jogando em casa, é grave; não dá para ficar justificando, utilizando explicações, que já foram dadas anteriormente. É preciso agir e esta ação compete à Direção.

Nem vou me deter muito na performance em campo, destaco tão somente a boa estreia de Giuliano e a entrada de Dudu, o melhor em campo.

Enderson pode até ser competente, no entanto, "não deu pedal" no Grêmio, não empolga, não emplaca.

 A vida é assim; os melhores treinadores do mundo, já sofreram isso: Guardiola, Mourinho, Luiz Felipe, etc...

Hora da troca.

Quem fala sobre o que viu.

Embarcando um pouco num link postado pelo Guilherme, quero deixar o relato de alguém que acompanhou a pré-temporada do Grêmio. Por óbvio as suas conclusões estão sujeitas à diversas considerações, mas o debate é válido porque traz a visão de quem "viu". Enfim, tudo que foi dito será posto à prova hoje: http://jbfilhoreporter.final.com.br/2014/07/16/algumas-coisas-que-voce-precisa-saber-sobre-o-periodo-de-treinamentos-do-gremio/ Fonte: João Filho. "Algumas coisas que você precisa saber sobre o período de treinamentos do Grêmio: Foram 30 dias de preparação. Exatamente no dia 16 de junho, o elenco do Grêmio se reapresentou no Estádio Olímpico para dar início a um período que a direção resolveu chamar de temporada de meio. Nada de intertemporada para não lembrar do rival. Pois bem, acompanhei grande parte destes trabalhos e deixo aqui minhas impressões. O Tricolor já larga na frente por ter o melhor preparador físico do Brasil. Os primeiros dias foram para Fábio Mahseredjian colocar a casa em ordem. Ele eu não discuto. Sua qualidade é indiscutível. Porém, nos outros dias Enderson teve o tempo que tanto queria. E o melhor, ele aproveitou muito bem este tempo. Nos primeiros 15 dias, as atividades com bola eram com campo reduzido e o grupo divido em três equipes. Intensidade, movimentação, troca de passes e forte marcação até pra quem é atacante. Esta é a função deste que é chamado de treino alemão. O grupo entendeu o recado. Antes da viagem para o Paraná o comandante começou a trabalhar outros pontos. Em uma sexta-feira chuvosa, Enderson passou horas orientando os laterais no cruzamento da linha de fundo. Na movimentação, já organizou como será o mecanismo do meio-campo com Giuliano/Luan/Ruiz para os alas. Marquinhos foi o melhor. Fez assistências para Barcos e Lucas Coelho marcarem. Enquanto isso, Edinho, Matheus Biteco e Fellipe Batos ainda pegavam o rebote na frente da grande área. Duas horas na chuva, mas muito bem aproveitadas. Apenas após 12 dias de trabalhos, é que a primeira folga veio. Foi em um domingo. A segunda-feira do dia 30/06 começa com coletivo. Enderson encaminhou o time com Matheus Biteco de primeiro volante. Chegam os amistosos no Paraná e talvez ai esteja a maior falha. Com gramados horríveis, os dois amistosos tiveram quase nenhum efeito prático. Ninguém gostou de perder tempo nas viagens e ainda não ter boas condições nos jogos. No retorno, aconteceu a melhor parte dos trabalhos. Foram muitas mudanças e dezenas de testes. Após fixar na sua cabeça o time ideal, Enderson Moreira se encheu de testes. O 4-2-3-1 será seu esquema, mas o 4-1-4-1, o 4-2-2-2 e até o 3-5-2 foram usados. Barcos saiu do time, Luan virou falso centroavante, Saimon aprovado na lateral, Matías jogou entre os titulares e ainda não se soltou. Enfim, tudo aconteceu. Em alguns momentos a equipe jogou bem e outros nem tanto. Faz parte. Só que estas são observações que acredito que serão fundamentais para o treinador saber o que tem na mão até o restante do ano. Nos coletivos, uma coisa ficou muito clara. Giuliano encontra Barcos. O meia sabe achar a referência do ataque. Consegue observar o que quase ninguém via no Olímpico. Ele sabe que sua função não é marcar e sim servir o camisa 9. Porém, também é preciso falar que tanto o coletivo realizado na Arena na semana passada, quanto os realizados no Olímpico durante o final de semana, terminaram sem gols para o time titular e com uma dificuldade enorme na transição da bola entre o meio e o ataque. Principalmente Alan Ruiz parece muito perdido na ponta direita. Jogando centralizado no time reserva, Maxi Rodriguez foi muito melhor do que o argentino, por exemplo. Pra fechar, mesmo já tendo orientado isso nos coletivos, o dia de ontem foi apenas para aprimorar a bola aérea defensiva. Com 7 jogadores e mais Marcelo Grohe na grande área, a bola foi levantada dezenas de vezes e o posicionamento cobrado a todo o momento. Se eu tivesse que dar uma nota para a “temporada de meio” do Grêmio, daria 8. Penso que os dias foram muito bem aproveitados, mas também não se pode negar a timidez de Matías Rodriguez, as dificuldades de Alan Ruiz, a transição da bola no meio e a falta de um lateral-esquerdo titular. O Grêmio passou por média, penso estar no caminho certo e acredito que irá melhorar."

Opinião



A vitória é uma imposição

Se realmente, o Tricolor aspira vencer a versão deste ano do campeonato Brasileiro, então, a vitória na retomada do certame, hoje às 7:30 h da noite, é imperativa.

Todos os jogos tem o mesmo valor aritmético, 3 pontos, porém, alguns se revestem de uma importância maior, verdadeiras encruzilhadas, que podem ter consequências na caminha do topo da tabela.

Penso que este enfrentamento contra o Goiás é um desses, que podem deixar marcas, sejam elas para atrasar o time na tabela ou para turbinar o ânimo de todos que torcem pelo Imortal.

Há bons motivos para acreditar no triunfo; clube e time são superiores ao time do Centro-Oeste, o Tricolor é o anfitrião, a torcida gremista, por força deste hiato de 45 dias na competição, deve comparecer ao estádio, a presença de Giuliano, além de seu valor individual, também preenche uma posição carente, isto é, não está vindo apenas um grande jogador, está vindo o tão sonhado articulador, o meia-atacante que a maioria detectava com necessário para resolver os problemas ofensivos do Grêmio.


Por tudo isso,  espero uma grande reestreia no Brasileiro de 2014, sempre lembrando que o Goiás não está no rol de concorrentes do Tricolor. Não é permitido perder pontos nesses enfrentamentos. O Grêmio precisa demonstrar na prática, que é "de outra turma".

terça-feira, 15 de julho de 2014

Opinião



Como assim, Enderson?

Recém, ouvi a entrevista coletiva do dia, neste caso, de Enderson Moreira. Confesso que fiquei com os meus ralos cabelos em pé.

A gente tenta aceitar e torcer pelo profissional, afinal, ele está treinador e é melhor para o clube, que ele acerte e o time tome os rumos das vitórias, mas, às vezes, é duro.

Nesta entrevista, Enderson disse que não se pode falar em planejamento em clubes no Brasil; como assim, brother? O planejamento é indispensável em qualquer atividade, em qualquer empreitada. Se os torcedores e a imprensa (citados por ele) não tem paciência, paciência!! Cabe aos dirigentes, convicção e coragem para seguir em frente, garantir o profissional criticado e segurar o rojão. Nunca dispensar o planejamento. 

As trocas de comando, muitas vezes se dá, não por falta de planejamento ou convicção, mas porque o profissional está mal, independente da organização da entidade. Ele é ruim ou está ruim, nestes casos; tchau! Não dá para mascarar a situação ou protelar decisões sob o risco de uma catástrofe, melhor ser taxado de falta de planejamento, ainda que isso não seja o problema.

Teve mais na entrevista; Enderson disse que o  elenco permite variações; até aí, tudo bem, porém, citou que poderá utilizar Pará na esquerda, quando Matías tiver condições. Como é que é?

Alguém tem que soprar para ele, a cacaca que foi o Pará no outro lado em que costuma jogar.

Tomara que a volta do campeonato ilumine a cabeça do nosso "professor" e o deixe de boca fechada, também.


segunda-feira, 14 de julho de 2014

Pequenas Histórias


Pequenas Histórias (67) - Ano 1985/86


Sabella, o Maestro de La Plata vestiu a 10 do Imortal


Há 31 anos, nesta mesma época, julho de 83, o Tricolor alcançou uma de suas maiores glórias, a primeira Libertadores. Na caminhada, um dos jogos mais incríveis, aquele que ficou conhecido como "A Batalha de La Plata", merecedora da crônica de número 29 destas Pequenas Histórias.

O Estudiantes empatou com o Tricolor em 3 a 3, ficando com 7 jogadores apenas, quando perdia por 3 a 1. Nele, um camisa 10 autêntico, cerebral, guerreiro, hábil, foi o engenheiro responsável pela implosão gremista, que apesar dos estragos físicos e anímicos, não brecou a caminhada azul, rumo a conquista. 

Sabella (na foto, ao lado de China) impressionou muito. O Grêmio não esqueceu dele, tanto que dois anos passados, 1985, o Maestro estava contratado. Ficaria dois anos com breve retorno ao Estudiantes no ínicio de 1986.

Sua estreia ocorreu na sétima rodada da primeira fase do campeonato brasileiro, enfrentando uma pedreira: o Cruzeiro no Mineirão.

O Tricolor treinado por Rubens Minelli, jogou com Mazaropi; Ronaldo, Baidek, Luis Eduardo e Casemiro; China, Valdo e Sabella; Renato, Roberto César e Ademir, mais tarde Osvaldo.

O Cruzeiro comandado por João Francisco, mandou a campo: Ademir Maria; Carlos Alberto, Orlando Fumaça, Geraldão e Ademar; Douglas, Tostão (não aquele) e Eduardo; Carlinhos (Dedé de Dora), Carlos Alberto Seixas (Aluísio) e Joãozinho. Os gols foram marcados por Tostão aos 41 do primeiro tempo e o ex-cruzeirense Roberto César, igualou para o Imortal.

Foi uma estreia discreta, mesmo assim, a revista Placar em sua cobertura, elogiou bastante o argentino, utilizando frases que evidenciavam sua técnica e classe. Minelli,  prudente, mostrava-se esperançoso no crescimento dele, dizendo que faltara entrosamento para Alejandro.

Os destaques foram Roberto César e especialmente, Mazaropi, o melhor da partida, que garantiu o empate e permanência do único invicto do campeonato até aquela rodada.

Sabella, juntamente com outro argentino, Oscar Ortiz (campeão do mundo em 78 pela Argentina) foram os jogadores mais habilidosos que vi na minha vida. Dois canhotos espetaculares. Um 10, outro, 11.

Para Sabella faltou adaptação à preparação física, os métodos pesados e contestados de Gilberto Tim, ocasionaram uma série de lesões no portenho, mesmo assim, ele deixou boas lembranças e principalmente, botou faixa.  Sem ter sucesso no Grêmio, engrossa a galeria dos grandes meia-esquerdas do futebol sul-americano em todos os tempos.

Jogou 62 partidas, marcando escassos 5 gols pelo Tricolor.

Alejandro Sabella, retornaria ao Mineirão em 2009 pela Libertadores, agora como técnico do Estudiantes e sairia de lá, campeão. Depois disso, iniciou um trabalho consistente na seleção de seu país, que resultou no enfrentamento corajoso e competente com a Alemanha, ontem, desta vez no Maracanã.

Obs: Um agradecimento especial ao Alvirubro que me subsidiou com material da Placar

Opinião

Os preparativos do Grêmio

A normalidade vai  dando às caras e a realidade do Brasileirão está pronta para dar as cartas, novamente.

O Grêmio se mexeu durante a Copa, trouxe dois grandes jogadores, Giuliano e Fernandinho mais Matías Rodriguez, uma opção para a lateral direita e Felippe Bastos para o grupo.

Tudo parecia estar entrando nos eixos com o aproveitamento de Matheus Biteco à frente da zaga, teoricamente, um acréscimo por ser mais jovem, mais técnico e mais veloz que Edinho. Perde, evidentemente, em experiência para o ex-colorado; mas, eis que leio que o menino está perdendo a vaga, antes mesmo de recomeçar o campeonato nacional. Mas como?

Enderson tenta acertar a lateral esquerda, vaga desde a saída de Wendell, colocando o raçudo Saimon por ali. Parece uma tentativa válida, porém, isso demonstra que nem Marquinhos, nem Breno aprovaram. Dois queimados numa  única chama. 

O que pode consolar é que se trata de treinamento, de experimentação, ou seja, ali é o terreno para as pardalices e boas, mas esdrúxulas intenções; brabo é levar o improviso para os jogos valendo pontos.

O prudente é aguardamos a partida contra o Goiás e orarmos.

domingo, 13 de julho de 2014

Na Copa



UM TÍTULO MERECIDO – ALEMANHA 1x0 ARGENTINA
13.07.2014

O primeira passo para derrotar um inimigo mais forte é ter a dimensão do poder que se tem para enfrentá-lo. Sabella, técnico argentino, soube enfrentar um time muito melhor que o seu. Postou-se com deveria. Sabe que tem uma seleção de qualidade inferior à seleção alemã. A partir disso, segurou o time de Joachin Löw.

Verdade que a Alemanha não mostrou um futebol de grande qualidade. Mas havia um adversário que sabia o que buscava. Alejandro Sabella empregou Biglia na marcação de Kroos. E a Alemanha não teve como jogar. Fazendo uma partida memorável, Schweinsteiger e Lahm souberam conduzir os germânicos para o campo platino.

Com Kroos bem marcado, e com Khedira fora do jogo por um problema muscular durante o aquecimento, a Alemanha não tinha saída de bola. Os zagueiros passaram a errar alguns passes e a boa marcação dos platinos deixou os alemães sem opções.

Os jogadores argentinos tomaram conta do meio de campo e nos contra-ataques tentaram surpreender o time alemão. A primeira grande chance de gol saiu dos pés de Higuaín. Kroos recuou uma bola que caiu nos pés do atacante argentino. De frente para o gol, Higuaín chutou à direita do gol de Neuer.

Para o segundo tempo, Sabella fez uma modificação que melhorou o futebol de sua seleção: Agüero no lugar de Lavezzi. Havia poucos minutos da etapa final e Messi chutou para fora, perdendo um gol incrível, na frente de Neuer.

A Alemanha deixou a Argentina jogar. E a pressão continuou, mas sem resultar em gol. O jogo coletivo da Alemanha demorou para aparecer devido ao pouco espaço deixado pelos volantes de Sabella.

Mascherano foi um maestro, dominou as ações e não permitiu o toque rápido dos jogadores adversários. A Alemanha usava os alas para os cruzamentos. Nem Klose, nem Müller e nem Schürrle, bem marcados, tiveram sucesso.

O 0 a 0 era mais do que justo. Na prorrogação, a Alemanha resolveu acordar para o jogo. De saída, Schürrle quase marcou. Logo depois, Palacio tentou encobrir Neuer e perdeu uma chance de ouro para a Argentina.

A partir daí o jogo virou guerra. Os argentinos mostraram as garras e passaram a bater muito. O árbitro, complacente, tentava administrar o jogo. Agüero, que já tinha cartão amarelo, deu um soco em Schweinsteiger. O volante alemão sangrou no rosto. O árbitro nada fez. Aos 7 minutos do 2º tempo da prorrogação, Götze recebeu um passe de Schürrle, pelo lado esquerdo da área, dominou e chutou fora do alcance de Romero. O Tetra surgiu no Maracanã. Alemanha 1x0 Argentina.

A Alemanha mereceu a conquista. Foi um time brilhante. Teve suas dificuldades ao enfrentar Gana, Estados Unidos e Argélia, que souberam, como a Argentina, enfrentar os alemães. Mas isso não diminui o feito alcançado por uma seleção organizada em todos os aspectos.

FICHA TÉCNICA
ALEMANHA 1x0 ARGENTINA
Data-hora: 13/7/2014, às 16h (de Brasília)
Local: Maracanã, Rio de Janeiro (RJ)
Público: 74738 pessoas
Árbitro: Nicola Rizzoli (ITA) - Auxiliares: Renato Faverani (ITA) e Andrea Stefani (ITA)
Gols: Götze (7'/2ºP)
Cartões amarelos: Schweinsteiger (ALE), Höwedes (ALE), Mascherano (ARG), Agüero (ARG)
ALEMANHA: Neuer, Lahm, Boateng, Hummels e Höwedes; Schweinsteiger, Kramer (Schürrle, 30'/1ºT) Kroos; Müller, Özil (Mertesacker, 14/2ºP) e Klose (Götze, 42'/2ºT). Técnico: Joachim Löw.
ARGENTINA: Romero, Zabaleta, Garay, Demichelis e Rojo; Mascherano, Biglia e Enzo Pérez (Gago, 40'/2ºT); Messi, Lavezzi (Agüero, intervalo) e Higuaín (Palacio, 32'/2ºT).Técnico: Alejandro Sabella.

por Alvirubro