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terça-feira, 5 de agosto de 2014

Opinião




Miopia e Tolerância

Sei que as opiniões nem sempre são coincidentes entre os gremistas, portanto, não me preocuparei com eventuais críticas às próximas linhas.

Lei que com Luiz Felipe, o time vai recuperar a pegada perdida na última década, trará de volta o espírito guerreiro, etc... 

Ora! o período do Renato em 2010 que teve performance de campeão com um time com Rafael Marques, Vilson, Lúcio, Diego Clementino, Paulão e outros era ruim, mas muito pegador, guerreiro. O mesmo ocorreu, sem a mesma visibilidade em 2013, justamente com o mesmo treinador.

O que Luiz Felipe precisa e deve, é tornar o time do Grêmio harmonioso, equilibrado, acrescido de qualidade, correr ordenado, saber o que quer nas partidas, ganhar confiança, sem isso, a "pegada" não vai levar a nada. Alguém acha que Grohe, Pará, Dudu, Edinho e Barcos, não se matam em campo?

Finalizando, o Grêmio tem o que precisa para iniciar um trabalho sério, consistente e consequente; isto é, um presidente experiente, carismático e vencedor, um treinador multicampeão, igualmente carismástico e ambicioso. O que eles precisam é de tolerância, compreensão e incentivo para encontrar os caminhos dos títulos, novamente.

8 comentários:

  1. Guilherme Cé05/08/2014, 20:32

    Eu concordo parcialmente.

    Acho sim que nesta longa seca, inclusive nos últimos anos, tivemos sim times com "garra e raça", vontade de vencer e por aí vai. No entanto isto não fica marcado como definitivo, pois de pouco adianta isto sem títulos... A torcida, com o tempo, acaba esquecendo certas características justamente porque time não trouxe taça.

    Da mesma forma que muitas vezes um time sem tantas características como estas acaba ficando marcado positivamente pelas conquistas. É óbvio que um time sem raça, sem garra, sem vontade de vencer dificilmente será campeão. Sò que isto é aqui, em SP ou na Bósnia...

    O fato é que precisamos sim resgatar alguns valores que se perderam, eventualmente, Mas só eles não bastam. É preciso dar qualidade, futebol ao time. Isto é que dá a base pra nascer um time vencedor. Apenas "vontade de ganhar" não faz um time vencedor, salvo raríssimas exceções.

    Aliás, se formos pegar o nosso último time vitorioso, o Grêmio de 2001, veremos que o time tomou corpo após as quartas de final (sendo que quase botou tudo a perder no primeiro jogo da final aqui). Será que seríamos lembrados como time lutador sem o título? A mesma coisa em 95, será que se o Palmeiras fizesse mais um aquele time seria aplaudido até hoje? É óbvio que estou usando o SE, que no futebol muda tudo, hipoteticamente... Mas é só pra mostrar que um pequeno detalhe pode tornar um vencedor histórico em um "time sem cara de Grêmio". Por isto devemos cuidar na análise.

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    1. Guilherme!
      Esta postagem foi no sentido de que:
      a) não falta pegada
      b) sem qualidade, mas com pegada, eventualmente um time ganha alguma coisa, mas para ter uma "era" vitoriosa, há necessidade de se ter qualidade e uma confiança, que permita o time ir se renovando naturalmente com o aproveitamento de juniores e promessas garimpadas em clubes menores.

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    2. corrigindo o português: ... que permita ao time ir se ...

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  2. Guilherme Cé05/08/2014, 20:35

    E só complementando, acho que o que mais nos falta ultimamente é um líder dentro de campo, aquele que assuma a responsabilidade nos momentos de tensão, que se se sinta a vontade de cobrar companheiros, juízes e por ai vai. Às vezes falta indignação, mas isto tem que partir de 2 ou 3 líderes. É óbvio que o time como um todo não pode gostar de perder, de ser roubado, mas o papel de ser o centro disto tudo tem que ser de poucos, porque se não vira um time que não gosta de perder, mas vive perdendo a cabeça!

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    1. Penso que o Barcos faz esse papel, mas precisa mais alguém, poderia ser o Edinho, o problema é que ele sequer apresentou futebol para se manter titular.
      No último jogo, na hora do pênalti, foi visível que o Barcos se segurou na reclamação pelo fato de estar com 2 cartões amarelos, se levasse o terceiro, seria uma grande burrice.

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  3. Paulo Juliano06/08/2014, 09:58

    Pedindo licença já vou dar meu pitaco, primeiro, um alerta, estamos tratando de conceito de futebol, postanto, não existe certo ou errado existe somente isso, opinião. É como esquema tático, você pode ter o seu preferencial, mas não necessariamente ele será o melhor para todas as ocasiões.
    Enfim, já até falei sobre isso anteriormente, o Grêmio leva clara desvantagem em aspectos como o financeiro, de evidência midiática e - principalmente - cativa um ódio irrascível nos grandes centros, o que, além de prejudicar o tricolor, beneficia os clubes do eixo Rio-SP. Constatado esse dado como fazer de um time em clara desvantagem um campeão? Daí entra uma combinação de fatores, intra e extra campo. Administrações eficientes - que reduzam ao mínimo a chance de erro em contratações, investimentos e propaganda - resolveram o problema extra campo. Mas dentro do campo ainda faltava algo para competir com a qualidade e - na minha visão - este algo a mais que torna o Grêmio diferenciado e que fez um amigo Manhanhense torcer pelo time sem nunca ter tido qualquer contato com o sul do país - além da beleza das três cores - é, por óbvio, a raça.
    Mas aqui cabe a advertência, percebam, a raça surge como algo mais, um plus, um fator contributivo e JAMAIS substitutivo da qualidade.
    A raça de Dinho não anula sua qualidade de passe, nem a de Goiano sua bola parada e, convenhamos, Portalupi e Paulo Nunes não eram um paradigma de guerreiro, mas tinham, acima de tudo, muita qualidade.
    Pois bem, em certo ponto da história o torcedor gremista parece ter esquecido que nada substitui a qualidade e passou a valorizar mais o incidente ao principal, ou seja, passamos a crer piamente que tão só raça resolve, que se um time jogar com raça é o bastante e isso é uma tremenda falácia! Bobagem da gorda!
    Alguém tem saudades do raçudo Sandro Goiano? E o "insoso" Lucas Leiva? Pois é...
    Quando falamos do Grêmio remetemos a mais de uma década sem títulos, existe algum aparte para lembrar - "ah, mas na final da Libertadores o Adilson alemão quase rachou um jogador ao meio com um belo carrinho"?
    Enfim, o que espero do Felipão é muito mais do que deixar o time com "sangue nos olhos", espero que ele organize os bons jogadores do elenco, que forme um time de qualidade para, aí sim e isso ele faz com maestria, torná-los um time de guerreiros, embuídos do espírito que imanta toda uma nação.
    Caso as coisas se invertam continuaremos a ser motivos de chacota, "guerreiro e pelejador", mas derrotado e, vão me desculpar, perder com raça ainda é perder.

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    1. PJ!
      É por aí; não são fatores antagônicos, mas complementares. Quem viveu a fase do Inter de 75/76 jamais dirá que era apenas pegador, raçudo ou técnico. Nunca faltou raça para Falcão e Paulo Cesar (que depois virou Carpeggiani), Figueroa e Marinho Perez, raçudos e técnicos, sabiam a hora de engrossar, de "quase rachar o adversário com um carrinho". Ah! mas tinha o Caçapava, verdade, só que o Negão não errava passes.

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    2. Paulo Juliano06/08/2014, 12:46

      E outra, pessoal tá confundindo raça com botinada, até nem discordo que faz parte, mas tem que saber fazer, jogador burro batendo só faz prejudicar o time.

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