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sábado, 31 de outubro de 2015

Pequenas Histórias



Pequenas Histórias (103) - Ano - 1972


A Estreia de Picasso


Fonte: Revista do Grêmio nº 62 Ano XVIII


Com seis, sete anos, comecei a compreender o que era futebol e isso chegou num período vitorioso do meu time, a Era dos "A", explico, havia muitos craques cujo nome iniciava pela primeira letra do alfabeto: Altemir, Airton, Áureo, o goleiro Arlindo, o maior goleador da história tricolor, Alcindo e especialmente, outro arqueiro, Alberto. A fase que culminou com o hepta-campeonato em 1968.

A seguir, vieram os anos tristes, difíceis, especialmente a primeira metade dos anos 70. Por coincidência, o início veio com a saída tempestuosa do excepcional goleiro gremista. Depois dele, houve a busca pelo seu sucessor: o já decadente Arlindo, o jovem Breno, queimado num Grenal, o bicampeão carioca Cao, até a Direção apostar em Jair.

Jair era um dos goleiros negros que estavam surgindo nos grandes clubes brasileiros: Ubirajara Alcântara no Flamengo, Jairo no Coritiba, País no América do Rio e um mais antigo, Orlando na Portuguesa de Desportos. Pois bem, Jair era da base gremista, fizera nome num juvenil que ficara mais de cem jogos invictos, de onde saíram, além dele, Espinosa, Beto Bacamarte, Zeca, Romualdo, Adilson, etc... 

 Jair era gente boa, bem relacionado, mídia e torcida simpatizavam com ele, também não falhava; os gols que sofria eram bolas indefensáveis e suas defesas, invariavelmente espetaculares. Quando Everaldo entrou em depressão pela sacanagem que fizeram com ele na Minicopa, Jair foi um dos seus melhores amigos. Só tinha um problema: Era pequeno para a posição. Parte da torcida, desconfiava dos tentos sofridos pelo Imortal.

Aí, Brasileiro de 1972, o Grêmio experimentou uma sequência maluca de 6 jogos sem vencer, sendo 5 derrotas seguidas, isso, sem fazer um único gol: Vasco, Santa Cruz, Corinthians, Palmeiras, todas por 1 a 0 e a última, 2 x 0 no Maracanã para o Fluminense com Deca já substituindo Jair na meta. Resultado; sobrou para o treinador Daltro Menezes e para Jair.

O Grêmio foi às compras e trouxe o goleiro gaúcho Picasso, que estava no Atlético Paranaense. Anteriormente, um dos cotados para a Copa de 70, junto com Alberto, mas que o destino não premiou. No ano do mundial do México, Picasso ganhou a Bola de Prata como melhor goleiro do campeonato nacional (Robertão).

Para o lugar de técnico, o Tricolor inovou, colocou uma lenda na casamata, Milton Kuelle, dentista de profissão, mas, também, um dos maiores meio-campistas do clube. Num período de profissionalismo, aceitou treinar de graça. Uma coisa inimaginável.

No dia 19 de Novembro, o Imortal encarou o campeão carioca, o Flamengo de Zagallo, que desfalcado de meio time, mandou à campo:  Renato; Moreira, Chiquinho, Fred e Mineiro; Liminha e Rodrigues Neto; Vicentinho, Caio Cambalhota, Doval e Arílson. Utilizou ainda o folclórico Fio Maravilha e um menino de 19 anos, Zico, nos lugares dos ponteiros.

Milton Kuelle usou Picasso; Everaldo, Ancheta, Beto Bacamarte e Jorge Tabajara; Ivo Wortman, Carlos Alberto e Loivo; Catarina, Oberti e Lairton. Entraram o volante Paulo Sérgio no lugar do ponta esquerda Loivo e Mazinho no do argentino Alfredo Oberti. Como curiosidade; Catarina ou Norberto é irmão de Beto Fuscão e pai do volante Eduardo Costa.

Como não poderia deixar de ser (pelas circunstâncias), a partida foi dramática, com o Grêmio empilhando chances diante da apatia carioca, até que aos 28 minutos, o centro-avante Lairton se aproveitou do vacilo do ex-gremista Chiquinho Pastor, roubou a pelota e rolou para Loivo, que acertou um chute fraco, porém, colocado, fora do alcance de Renato. Decorriam 28 minutos do tempo inicial. 1 a 0, que seria o resultado definitivo do confronto.

Apesar de não contar com Paulo Cesar Caju, Zanata, Reyes e Tinteiro, o Mengo veio para cima e aí, Picasso mostrou ser o goleiro sonhado pela torcida. Ruy Carlos Ostermann, cronista do Correio do Povo, dedicou espaço em sua coluna à atuação do arqueiro, "O Tamanho do Goleiro", um título com sentido duplo.

Considerado, juntamente com Loivo, os dois maiores destaques da partida, o "goal-keeper" nascido em Canela, trouxe a segurança tão desejada ao arco gremista.

 Picasso jogou por quatro temporadas no Imortal (72 a 75) e compôs ao lado de Everaldo, Ancheta e Tarciso, o quarteto tricolor, que encarnou o duro ofício de resistência gremista no enfrentamento  contra o melhor Inter de todos os tempos.

Fonte:  Revista do Grêmio
             Correio do Povo
             Arquivo pessoal do amigo Alvirubro 

sexta-feira, 30 de outubro de 2015

Opinião



Marcelo Oliveira no meio

São poucos os treinadores que arriscam mexer nos times que apresentam boa performance ou, pelo menos, que garantem uma estabilidade nos objetivos reais dentro de uma competição; mesmo que essa prática ponha em risco o desempenho no restante do certame.

Puxando pela memória, lembro do Minelli trocando o time em 1976 na final do Brasileirão, quando sacou Escurinho e efetivou Batista, aliás, o volante entrou contra o Galo na semifinal e fez um dos gols da virada. Escurinho não saiu no poster do bicampeonato vermelho apesar de ser titular quase todo o tempo.

Agora, Roger pode consertar a avenida da lateral esquerda, algo que já deveria ter feito,  ou seja, mexer mesmo no período de vitórias, justificando a saída de Marcelo Oliveira dela, pela necessidade de tê-lo no meio de campo. O treinador mata dois coelhos com uma única cajadada. Bota o Marcelo certo na lateral e reconduz o Marcelo mais conhecido a sua verdadeira posição, onde ele deve brigar por vaga no time, isto é, primeira ou segunda função.

No mais, é ir para cima do Flamengo sem medo de ser feliz; aquele medo que impediu o Tricolor de avançar de fase na Copa do Brasil.

quinta-feira, 29 de outubro de 2015



Álbum Tricolor (29)




JUNINHO

Foto: Revista Placar
IRINEU PARMIGIANI JÚNIOR
Apelido: Juninho.
Posição: Meio-campo.
Data de Nascimento: 29 de Outubro de 1966, Neves Paulista, SP.

*Jogos:
100 (45 vitórias; 38 empates; e 17 derrotas). Marcou 12 gols.

*Estreia no Grêmio:
10.08.1991 - Grêmio 3 x 0 Grêmio Santanense (RS) - Amistoso
GFBPA: Sidmar, Chiquinho, João Marcelo, Vílson, Lira, Jandir (Jamir), Juninho, Caio (Pino), Junior Potiguar, Alcindo Sartori, Néstor Márquez (Paulo Egídio). Técnico: Valdyr Atahualpa Ramíres Espinosa

*Última partida pelo Grêmio:
18.09.1993 - Grêmio 1 x 1 Palmeiras - Campeonato Brasileiro - 1ª Divisão
GFBPA: Danrlei, Alfinete, Paulão, Grotto, Itá, Pingo, Juninho (Jamir), Carlos Miguel (Caio), Fabinho Ribeiro, Gílson Maciel, Adil. Técnico: Luiz Felipe Scolari

ANO A ANO NO GRÊMIO
1991 - 28 jogos – 13 vitórias; 11 empates; 04 derrotas.
1992 - 44 jogos – 18 vitórias; 19 empates; 07 derrotas.
1993 - 28 jogos – 14 vitórias; 08 empates; 06 derrotas.

CARREIRA
Santos-SP (1984 a 1987), Palmeiras-SP (1987), Santos-SP (1988 e 1989), Botafogo-RJ (1990 e 1991), Necaxa-MEX (1991), Grêmio-RS (1991 a 1993), Botafogo-RJ (1994), Tokushima-JAP (1995 e 1996), União São João-SP (1997), Araçatuba-SP (1997), Matonense-SP (1998), Santa Cruz-PE (1998), América-SP (1999 e 2000).

GRENAL
Como jogador do Grêmio, esteve em campo em 09 (nove) clássicos GRENAL. 3 (três) vitórias; 4 (quatro) empates; e 2 (duas) derrotas.

TÍTULO PELO GRÊMIO
1993 - Campeonato Gaúcho

(*) Os dados dizem respeito às informações contidas no arquivo do autor.

Por Alvirrubro
FONTES:
- Revista “Placar”.
- Jornal “Correio do Povo”.
- Jornal "Zero Hora".
- Arquivo Pessoal.

quarta-feira, 28 de outubro de 2015

Opinião



Fla em crise, bom ou ruim?

O Flamengo identificou os festeiros e os afastou. O negócio foi a rodo; meio time entre titulares e reservas. Aí eu pergunto: Bom ou ruim para o Tricolor?

Não vou fugir da polêmica, se o jogo fosse no Rio, acho que este fato seria uma desvantagem para o Imortal. O bafo na nuca, a cobrança direta, isso tudo, seria prejudicial para o nosso clube.

Entretanto, como a partida é no Sul e o Grêmio jogando concentrado e com a propalada intensidade, um acontecimento como este, se não ajuda, não prejudica também. 

Paulinho, Alan Patrick, Marcelo Cirino e Éverton são grandes jogadores. Pará era titular, também. Na pior das hipóteses, sem eles, o banco ficará desfalcado.

Se o Grêmio tem um pepino para acertar a dupla de volantes para Domingo, Osvaldo de Oliveira ganhou um problemaço, afinal de contas, os atletas punidos, no mínimo, estão entre os 17, 18, que ele costuma concentrar para os embates. Se tiver 1 lesionado e 2 suspensos, o treinador não contará com 8 destes 18.

Pena que o Guerrero não estava nessa farra.


terça-feira, 27 de outubro de 2015

Opinião



A dura prova de Roger

Quem diria; eu aqui, lamentando a ausência de Edinho? Pois, o velho volante, que foi rejeitado por muitos, entre os quais, eu me incluo, hoje seria uma boa alternativa para as ausências de Walace e Maicon, os nomes "saxões" do meio de campo gremista.

Sem esse trio, Roger terá mais uma dura prova pela frente: Revirar o fundo da cartola em busca de nomes para o preenchimento da dupla que comporá o início da formação de meio-campistas do Grêmio no Domingo.

Entre as alternativas, uma que julgo improvável; Marcelo Oliveira e Moisés com Marcelo Hermes ou Júnior na lateral. É uma improvisação arriscada na reta final do campeonato.

Entretanto, utilizar Moisés e William Schuster é chute na lua, uma jogada de pôquer com resultados tão aleatórios, quanto acertar na Megasena. O time fica pequeno demais. Quem então?

Não sei. Sou apenas um torcedor palpiteiro. Lembro apenas, que Luiz Felipe estreou Walace num Grenal e ele não comprometeu, mais; Paulo Autuori, também fez estrear Mário Fernandes na lateral no Grenal do Centenário e o "loko" foi o melhor do clássico.

Resumindo; Roger Machado Marques terá que ser criativo, sensato e principalmente, contar com um bom anjo da guarda.

Na verdade, dois anjos, de preferência, que joguem à frente da zaga e saibam sair jogando.


segunda-feira, 26 de outubro de 2015

Opinião



Grêmio, o intruso do G-4

O título do post pode induzir aos leitores que seja algo negativo; pois não é; pelo contrário: É um elogio. Por que?

Porque é só a gente dar uma rápida pesquisada na internet, desde o início do campeonato, lá em Maio, e é só pauleira, quase ninguém presta no clube, então, se ele é tudo isso, manter-se no G-4 por tanto tempo e no momento, há 6 pontos do quarto lugar, faltando 6 rodadas, realmente, é um feito.

A exemplo de Renato em 2013, quando o Tricolor foi vice, havia um flamante e justo candidato ao título, que confirmou; deu Cruzeiro. Não houve injustiça.

Agora, há o Corinthians, o pessoal deu uma ensaiadinha, especialmente a imprensa gaúcha, que o clube de Tite estava sendo favorecido, mas é só ver um jogo do Timão, que se tem a verdade à frente dos olhos. Cássio, Gil, Elias, Renato Augusto são injustiças na convocação? E Jádson + Vagner Love? Rodriguinho não é uma ótima alternativa de banco?

O mesmo ocorre com o Galo Carijó mineiro. E o São Paulo de Rogério Ceni, Rodrigo Caio,  Michel Bastos, Bruno, Ganso, Pato e Luis Fabiano? Centurión no banco? E Alan Kardec + Rogério, o atacante que veio do Náutico?

Nem vou tocar no nome do Palmeiras e suas 24 contratações mais Marcelo Oliveira.

Roger faz milagres. Olhem o que ocorreu ontem; que alternativas consolidadas o técnico gremista tinha para mudar o jogo? E os laterais são muito fracos (eu concordo)? Bom! Que tal as opções, Marcelo Hermes e Lucas Ramon.

O Imortal tem que fazer um esforço fantástico para se segurar no G-4, rezar para que Geromel e Luan não se machuquem, pois este último é a centelha de criatividade do time. Fora ele, quem cria?

Deixem Roger trabalhar, assim como Muricy fez entre 2003 e 2005 com um pequeno lapso de ausência no Inter. Fez um grande trabalho, concordam? Pois só ganhou Gauchão, entretanto, deixou pavimentado o caminho para os maiores títulos do Coirmão.

Encerrando, o Glaucio deu a notícia da integração no elenco principal de Tontini. Reproduzo aqui uma postagem de Janeiro, quando eu já o elogiava; vide (Grêmio avança na Copa São Paulo). É uma grande promessa.

domingo, 25 de outubro de 2015

Opinião



Grêmio empata com Vasco em jogo ruim

Sorte que era contra o lanterna, mesmo que o Vasco da Gama tenha evoluído na mão de Jorginho.

Algumas teses acabam sendo postas à prova e não se confirmam; exemplo: As paradas auxiliam os treinadores e atletas, que ajustam os times e recuperam os atletas. Pois o Grêmio em 9 pontos, ganhou 4, mais grave, não apareceu nestas 3 rodadas, a tão sonhada evolução por conta da parada.

O Vasco é muito limitado, ainda assim, o Tricolor foi inferior no primeiro tempo, no segundo, uma leve melhora em relação a si próprio. Um 0 a 0 justo.

Individualmente, Marcelo Grohe teve uma atuação tranquila, uma grande defesa, no mais, boa colocação em bolas de pouca exigência. Passa por ele e também por Martin Silva, este com duas defesas importantes o 0 a 0.

Galhardo com grande participação, mas atrapalhado em muitas vezes, Thyere e Erazo, perfeitos. Melhor partida do jovem zagueiro. Marcelo Oliveira muito mal, um buraco no lado esquerdo, uma avenida. Repito o que escrevi em Março, vide Grêmio vence pelo escore clássico: 3 a 1. Ele não é lateral, no máximo, uma boa opção de banco. 

Walace tomou cartão amarelo com 1 minuto e teve que mudar a postura, isso liberou Nenê, o camisa 10 vascaíno. Maicon, muito mal, sumidaço; talvez seja a falta de condição física.

Giuliano, "importante taticamente". Tenho medo dessa expressão. Geralmente, nós, simples mortais torcedores, não alcançamos este entendimento. Digam-me alguma jogada importante dele neste confronto? Douglas, abaixo da crítica. Olha, renovar com um atleta que em 2015, não consegue jogar 90 minutos, que dirá em 2016? Vale a pena?

O ataque gremista é uma tragédia: Bobô, bom! Ou é homem do último lance e está mal municiado ou é fraco. Pedro Rocha; vou utilizar uma expressão, que não tem a conotação pejorativa, mas de algo incompleto ou em evolução; ele é "varzeano". Não domina os fundamentos mais primários do futebol. Desconfio que começou tarde na profissão. Tem muito a evoluir. É jovem.

Os substitutos Éverton e Fernandinho, melhoraram o time, pouca coisa, é verdade,  mas evitaram o sufoco final. Gostaria de ver Éverton pela direita, Fernandinho pela esquerda.  Com os dois, as chances (desperdiçadas) apareceram.

Moisés foi discreto, não deu para ver nada (a favor ou contra).

Entra ano, sai ano e o problema ofensivo persiste. Seguem faltando duas vitórias para a vaga na LA.





sábado, 24 de outubro de 2015

Pequenas Histórias



Pequenas Histórias (102) - Ano - 1968



Foi um Rio que passou em minha Vida

Fonte: www.torcedor.gremista.nom.br


O Maracanã entrou na minha história no feérico 1968, o agitado ano que balançou os alicerces do mundo com a Primavera de Praga, A Noite das Barricadas na França; no Brasil, com a esquerda pegando em armas e a ditadura fechando o tempo com o AI-5.

 Até então, eu conhecia a palavra "Maracanã" como marca de bola de futebol. Naquele Outubro,  descobri outro verbete para ela; depois dele, o Rio, para mim, antes de Copacabana e do Cristo, era o Maracanã, maior estádio do Mundo e salão de bailes gremista.

1968 foi o ano do hepta-campeonato do Grêmio, décimo segundo título gaúcho em treze disputados. Como era a única disputa que a Dupla conquistava; nós,  Tricolores estávamos no paraíso, porque ganhar uma competição nacional era como o homem pisar na Lua; isto é, ocorreria, mas não se sabia quando.

Dois dias de Outubro foram especiais para o Grêmio, 9 e 12, Quarta-feira e Sábado, neles, dentro do Maracanã, bateu Vasco da Gama e Botafogo, o líder do campeonato e o flamante bicampeão carioca, respectivamente. 

O 1 x 0, gol de Alcindo sobre o clube da Estrela Solitária, numa partida memorável de Alberto, foi registrada em Pequenas Histórias 31. Um feito espetacular que vi numa transmissão direta da TV Piratini, retransmissora da Tupi do Rio.

Um pouco antes, um invicto Grêmio encarou o clube da Colina; o treinador Sérgio Moacir escalou uma curiosa formação, um 4-3-3 com dois volantes: Alberto; Renato, Paulo Souza, Áureo e Everaldo; Cléo, Jadir e Sérgio Lopes; Flecha, Alcindo e Volmir. O veterano Babá  também participou da partida, entrando no lugar de Flecha.

O Vasco da Gama mandou a campo: Pedro Paulo; Ferreira, Brito, Moacir e Eberval; Benetti e Bouglê; Antoninho, Nei, Valfrido e Silvinho. Bianchini substituiu Valfrido. O comandante técnico era  o gaúcho Paulinho de Almeida Ribeiro, o "Capitão Piranha", ex-lateral do próprio clube e do segundo Rolo Compressor colorado.

O Tricolor, bem ao estilo de seu treinador, "esperou" o adversário em seu campo, aguentou a pressão e jogou em contra-ataques. Logo aos 12 minutos, Everaldo lançou para Sérgio Lopes, que, de cabeça, encontrou Alcindo no meio do ataque, ele venceu Brito na corrida e, de pé direito, encobriu o arqueiro cruz-maltino. 1 x 0, placar do primeiro tempo.

Com a zaga em estado de graça, os momentos iniciais do segundo tempo, foram de contenção. Assim, segurando o Vasco e armando o bote, o Tricolor ampliou o placar; Cléo deu uma esticada para o camisa 9. O Bugre arrancou entre a zaga e desta vez, usou o pé esquerdo para "matar" o goleiro. 2 x 0, placar definitivo.

Um público próximo de 20 mil pessoas; considerado bom em virtude do mau tempo. O árbitro foi o gaúcho Agomar Martins.

Neste Domingo, o Imortal encara o Vasco no Maracanã. Desta vez, na posição oposta na tabela. O clube de São Januário é o vigésimo da competição. O lanterna.

A fonte de pesquisa foi o jornal Correio do Povo. Não estão na foto acima, o lateral Renato, o meia Sérgio Lopes, nem o ponta-direita Flecha. Os demais jogaram este Grêmio e Vasco da Gama. 






sexta-feira, 23 de outubro de 2015

Opinião



Semana silenciosa é bom sinal

Depois do fiasco contra a Chapecoense, o Tricolor deu as entrevistas inevitáveis, mas em seguida, silenciou e fez o que deve ser feito nestas horas; trabalhar.

Explicações, a gente dá para porteiro de boate, o grupo deixou a movimentação de bate-bocas, teorias estapafúrdias e razões inconsistentes para a torcida e mídia.

Roger já tem problemas suficientes; uma derrota vexatória, lesão de Luan, suspensão de Pedro Geromel mais um adversário influente, poderoso nos bastidores e, especialmente, jogando em casa uma "Copa do Mundo".

Acho que essa é a melhor postura para o momento. Ela, associada, a uma retomada do futebol vibrante, intenso (como costuma definir o treinador), poderá ser o antídoto para evitar a queda  de rendimento no final do campeonato e brigar ainda pelo vice-campeonato.

quarta-feira, 21 de outubro de 2015



Álbum Tricolor (28)


LUIZ CARLOS GOIANO
Foto: zh.clicrbs.com.br

LUIZ CARLOS VAZ DA SILVA
Apelido: Luiz Carlos Goiano.
Posição: Meio-campo.
Data de Nascimento: 31 de Agosto de 1968, em Santa Bárbara de Goiás, GO.

*Jogos: 286 (140 vitórias; 69 empates; e 77 derrotas). Marcou 30 gols.

*Estreia no Grêmio:
01/02/1995 - Grêmio 4x0 Esportivo (RS) - Amistoso
GFBPA: Danrlei, André Vieira, Luciano Dias, Adílson Batista (Wagner Fernandes), Carlos Miguel (Arílson), Dinho (Dega), Luiz Carlos Goiano, Vágner Mancini, Alexandre Gaúcho, Paulo Nunes (Jaques), Magno. Técnico: Luiz Felipe Scolari

*Última partida pelo Grêmio:
20/11/1999 – Grêmio 1x1 Internacional - Seletiva para a Libert. da América / 2000
GFBPA: Danrlei, Alex Xavier, Rodrigo Costa, Scheidt, Róger, Anderson Polga, Luiz Carlos Goiano, Cleison (Gavião), Itaqui, Ronaldinho Gaúcho (Zé Alcino), Agnaldo (Magrão) . Técnico: Cláudio Roberto Pires Duarte

ANO A ANO NO GRÊMIO
1995 - 64 jogos – 36 vitórias; 14 empates; 14 derrotas.
1996 - 69 jogos – 37 vitórias; 15 empates; 17 derrotas.
1997 - 58 jogos – 28 vitórias; 15 empates; 15 derrotas.
1998 - 54 jogos – 24 vitórias; 14 empates; 16 derrotas.
1999 - 41 jogos – 15 vitórias; 11 empates; 15 derrotas.

CARREIRA
São José-SP (1990), Novorizontino-SP (1991), Ponte Preta-SP (1992), Novorizontino-SP (1992), Sport Recife-PE (1992), São Paulo-SP (1993), Remo-PA (1994), Grêmio-RS (1995 a 1999), Atlético–PR (2000), Etti Jundiaí-SP (2001), América- MG (2003).

GRENAL
Como jogador do Grêmio, esteve em campo em 14 (quatorze) clássicos GRENAL. 3 (três) vitórias; 5 (cinco) empates; e 6 (seis) derrotas.

TÍTULOS PELO GRÊMIO
1995 - Campeonato Gaúcho
1995 - Copa Libertadores da América
1996 - Recopa Sul-Americana
1996 - Campeonato Gaúcho
1996 - Campeonato Brasileiro
1997 - Copa do Brasil

BOLA DE PRATA DA REVISTA PLACAR - 1996

(*) Os dados dizem respeito às informações contidas no arquivo do autor.

Por Alvirrubro

FONTES:
- Revista “Placar”.
- Jornal “Correio do Povo”.
- Jornal "Zero Hora".
- Arquivo Pessoal.

Opinião



Dar tratos à bola

Se o Grêmio bate esplendidamente Corinthians, Internacional e Atlético Mineiro, este último, fora de casa e junto a isso, perde duas vezes para a Chapecoense, empata com Sport, Goiás e Coritiba; o problema não é só falta de qualidade. Isso é uma obviedade.

Roger tem familiaridade com o assunto; isto é, a cabeça dos jogadores, o psicológico. Se fosse só falta de qualidade, venceria os clubes citados acima, naquele tipo bem conhecido: "Jogar por uma bola". Não foi o caso. O gol de Douglas no Magalhães Pinto é o mais bonito do campeonato. Não foi acidental.

Os empates contra o Flu, refletem a indecisão entre atacar ou se proteger, fruto do gol qualificado e da tal satisfação pelo empate fora de casa e decidir tudo em casa. Isso se vê claramente nos primeiros confrontos, onde a mentalidade é outra, ou seja,  tentar evitar o "jogo da volta", nestes casos, jamais abdica de atacar.

Galo e Corinthians, ganhando ou perdendo sempre jogam do mesmo jeito, formam uma personalidade, um estilo; não há "confusão mental" no elenco. 

Diante disso, afirmo tranquilamente: A Comissão Técnica deve dar tratos à bola; olhar para o psicológico da equipe, também.

terça-feira, 20 de outubro de 2015

Opinião

É difícil engolir a derrota, porém ...

Passado o impacto do (improvável) insucesso Tricolor diante da Chapecoense, é necessário buscar os porquês do caos que foi o segundo tempo.

Havíamos escrito há três dias, que a vaga para a LA, somente será perdida por ele próprio, Grêmio, pois bastam duas vitórias para assegurá-la. Eram oito jogos, o Imortal deixou passar uma chance incrível domingo para reduzir para apenas uma a distância de garantir a participação no torneio continental em 2016.

O Grêmio perdeu, porque se desmobilizou, retornou do intervalo com inexplicável frouxidão; porque Luan, sua peça chave, vem em baixa e também, porque Roger mexeu muito mal.

 Há razões do resultado no lado esmeraldino catarinense, mas, apenas elas são insuficientes para justificar a virada.

Não dá para perder para um time que estava com o terceiro goleiro todo o segundo tempo e uma defesa composta por Vílson, Thiego e Dener, trio que jogou aqui e, certamente, não deixou saudades.

Porém, não é hora de achar que “caiu a ficha”, “entrou na real”, “choque de realidade” e outras bobagens que li nos comentários de torcedores nos órgãos de comunicação gaúchos.

O Palmeiras tomou cinco desta mesma Chapecoense, o Corinthians perdeu para Inter e Grêmio, empatou com Goiás e Coritiba, o São Paulo empatou com Avaí, Vasco e Chapecoense em casa e tomou quatro do Palmeiras + três do Goiás, também no Morumbi, até o Galo andou tropeçando em Minas. O Santos  perdeu  partidas na Vila, uma delas para o Grêmio.

O “entrou na real”, na verdade, é o que todos sabemos há muito tempo: O Grêmio não aprendeu a enfrentar times medianos de clubes medianos. O campeonato foi perdido nestes confrontos. Não tem nada de “caiu a ficha”, a ficha é essa desde o começo da competição. Parece tão cristalina esta compreensão.

 O Grêmio é um contra os clubes de ponta e é outro contra os do meio da tabela, isso, em “doses cavalares”; tropeça contra os medianos, mais do que os outros postulantes ao título tropeçam. Só isso.

Sabe-se o tamanho do Tricolor na competição; então, nada de desespero. Se a vitória não chegar no fim  de semana diante do Vasco, paciência; a classificação virá através do somatório de pontos até a 38ª rodada.

O que não dá é para se iludir com alguns atletas do elenco, que sonham em permanecer em 2016 na Arena, mas isso é papo para mais adiante. 

segunda-feira, 19 de outubro de 2015

Opinião

A Derrapada de Roger

Pelos números do Alvirubro, percebe-se que a perda do título pelo Grêmio ocorreu pela dificuldade de enfrentar times medianos de clubes medianos. Em 24 pontos, ganhou apenas 5. É relevante e definitivo no campeonato.

Mas, o texto de hoje é sobre a partida de ontem, quando, pela primeira vez, uma derrapada grotesca foi protagonizada pelo nosso comandante técnico.

Perder para o São Paulo da maneira como foi, é aceitável; as causas da derrota estavam mais no bom desempenho técnico e tático do clube do Morumbi do que no lado gremista.

Ontem, no entanto, além do estado anímico do “já ganhou” verificado menos pela torcida e muito, mas muito mais, pelos jogadores, houve algumas constatações que se escancararam, a principal é de natureza tática.

Não tenho a informação de que Fernandinho estivesse fora do banco; então, considerando que estava à disposição do treinador, aí está o maior equívoco.

Roger tem assessor do seu assessor, tem um banco de dados, informática, o escambau, enfim, tudo que um treinador precisa. Ora! Em Porto Velho, em Santo Ângelo ou por aqui, todos  sabemos, que a Chapecoense é o goleiro Danilo (que não veio), Bruno Rangel (que não entrou em campo) e especialmente, Apodi e Camilo; só isso. Então, por que não colocar o ponta-esquerda clássico, o cara que tem velocidade, drible, que sabe prender a bola e, mais do que nunca, receber faltas sucessivas no buraco às costas do lateral ofensivo? Isso, enquanto o time vencia.

Antes de Braian e Mamute, era jogo para Fernandinho, Éverton e Máxi Rodriguez, que mesmo sem convencer, ainda deram mais resultado para o time durante o ano do que os escolhidos.

Entre tantos acertos, ontem foi o “dia-não” do “professor”.

Há vários motivos para a queda de rendimento, mesmo nas vitórias, mas ontem, a maior parcela esteve na cabeça de Roger.



domingo, 18 de outubro de 2015

Opinião



Grêmio é derrotado e Chapecoense faz história

No futebol, eu cheguei a conclusão que poucos descobriram o antídoto para superar a subestimação durante uma partida, durante uma competição. 

Há várias citações com relação ao tema: "o jogo só termina, quando acaba", "a partida só finaliza, após o apito final" ou a mais adequada para o que aconteceu hoje; Elias Figueroa a cunhou: "O resultado mais perigoso é o 2 a 0 a favor". Um exagero dele, mas o gringo conhecia futebol.

Que o Tricolor subestimou a Chapecoense, isso ninguém tem dúvidas; não se sai de um resultado altamente positivo, jogando muito bem, ainda por cima, em casa, com  2 a 0 até o intervalo e as causas da virada serem apenas creditadas como mérito do adversário. Não! O time que está em vantagem, certamente, tem uma parcela de contribuição na derrocada, na grande virada.

Sobre o primeiro tempo, não é necessário comentar, porque é obrigação do Tricolor, do terceiro colocado, jogando em casa, fazer o placar que foi feito.

O que deve ser colocado é a hecatombe do segundo tempo, quando as fragilidades defensivas apareceram hoje. Isso que o time é uma das defesas menos vazadas do campeonato. Erazo é inconfiável, Marcelo Oliveira parece ser (pelas últimas jornadas) aquele jogador que parte da torcida rejeitou a contratação no início da temporada. Bruno Grassi falhou no segundo gol; Galhardo foi facilmente driblado no segundo gol. No terceiro, Apodi, sequer é incomodado pelo sistema defensivo, entra à vontade e fuzila o arqueiro gremista.

Sempre tratando do segundo tempo, ninguém se safou. Um fiasco. Mais uma vez, o Tricolor tropeça para um time da segunda metade da tabela.

O que se viu hoje é simples de entender: O Grêmio ainda não está preparado para disputar o título. Ou alguém imagina Corinthians e Atlético Mineiro tomando virada em casa, saindo de um 2 a 0 para um 2 a 3? Não, claro que não.

Para encerrar; uma citação do mestre Dino Sani: "O futebol é uma caixinha de surpresas". 

Eu atualizo a frase: "Apesar de tudo o que se viu nestes últimos anos, o futebol ainda é uma caixinha de surpresas". Sintetizando: - Os caras não aprendem.