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terça-feira, 24 de maio de 2016

Pequenas Histórias

Pequenas Histórias (118) - Ano - 1976


O Marco Zero de Telê Santana no Imortal

Fonte: Correio do Povo

“Independente do resultado desta tarde no Mineirão, quando o Grêmio encerrará sua participação na Copa do Brasil (Brasileirão), muitas decisões deverão ser tomadas a partir de amanhã em Porto Alegre...” Este texto é um trecho colhido no Correio do Povo de 28 de Novembro de 1976, onde fica claramente exposta a situação do Imortal naquele final de campeonato. O Tricolor chegara ao fundo do poço.

O mês de Novembro foi de muitas adversidades, derrotas comprometedoras, vitórias sem convencer, indisciplinas que culminaram com os afastamentos de Bolívar e Alexandre Bueno, o Tubarão, antes do final da competição, a negociação de ambos, rapidinha para a Lusa paulistana, a goleada constrangedora para o Flamengo, um 5 a 1 vexatório no Maracanã, atos de rebeldia em pleno Hotel Plaza em Copacabana, quando a Direção proibiu a saída dos atletas, houve revolta e depois, com a intermediação de Ancheta e Cejas, a revogação da ordem e a consequente debandada dos atletas para a praia em frente ao hotel.

Telê a tudo assistira e a tudo ficara atento, porém, ainda faltava esta última rodada contra o Galo Carijó (como chamavam antigamente o Atlético Mineiro) em pleno Mineirão.

Aquela partida seria, certamente, a última de vários atletas, que se somariam a Bolívar e Alexandre Tubarão na lista de dispensados. E ela era grande, senão vejamos, Cejas: Eurico, Ancheta, Beto Fuscão e Bolívar; Jerônimo, Neca e Alexandre Bueno; Zequinha, Alcino e Ortiz. Este, a base de 1976. Nominalmente, um “cano” de time, porém, conforme os meses avançavam, ia perdendo a força até começar a fazer água e afundar tal qual o Titanic.

O de 1977 era Corbo; Eurico, Ancheta, Oberdan e Ladinho; Vitor Hugo, Tadeu Ricci e Yúra, Tarciso, André e Éder. Apenas dois ficaram.

Telê aproveitou as dispensas e suspensões e começou a operação diante do Atlético Mineiro, num jogo em que o clube mineiro e Flamengo disputavam uma vaga para as semifinais, cujo adversário estava definido, o Internacional, o treinador mandou a campo: Cejas; Eurico, Ancheta, Beto Fuscão e Vilson Cereja; Vitor Hugo, Jerônimo, Yúra e Luis Carlos; Tarciso e Alcino. Ainda utilizou Sarandi no lugar de Vílson e o ponta esquerda Gino no lugar do centroavante Alcino.

O Atlético treinado por Barbatana jogou com Ortiz; Alves, Márcio, Vantuir e Dionísio; Toninho Cerezzo, Heleno e Paulo Isidoro; Cafuringa, Paulinho (Ângelo) e Bozó.

Apesar do 0 x 0 resistir até o apito final, houve lances interessantes como o chute de Alcino, a Estrela de Belém, que acertou o poste do arqueiro argentino Ortiz aos 40 minutos da fase inicial.

A melhor oportunidade dos locatários ocorreu ainda no primeiro tempo, aos 28 minutos, quando Heleno, tirou Cejas da jogada e Ancheta salvou em cima da linha o arremate.
O segundo tempo foi marcado por muito esforço, muita combatividade e equilíbrio, mas sem chances reais de gols.

O empate serviu para garantir a classificação do Atlético para pegar o Inter na semifinal (jogo único) no Beira-Rio e para o Imortal recolher os cacos do péssimo final de ano e pensar o ano seguinte, o inesquecível 1977.

Ali, naquela casa (Mineirão) tão familiar a ele, Telê começava a esboçar um novo time, que já incluía Tarciso em nova posição (ponta direita), a efetivação de Vitor Hugo e Yúra no meio, que se juntaram aos remanescentes Eurico e Ancheta.

Começou quase do zero.

Fonte: Jornal Correio do Povo





9 comentários:

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  3. Números muito baixos, 43% de vitórias.

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  4. Este comentário foi removido pelo autor.

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  5. Mas o índice é esse mesmo, Bruxo!
    Peguei como exemplo o São Paulo, um dos maiores vencedores do Brasileiro, desde 1971. Pois como visitante ele tem 33% de vitórias. E veja que o número é maior porque muitas vitórias foram alcançadas contra times da capital paulista, o que diminui um pouco a pressão de ser visitante.
    O Inter tem 31% de vitórias como visitante. O Corinthians tem 32% e segue o mesmo caso do São Paulo, pois muitos jogos foram dentro da capital.

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  6. O percentual de vitórias do Grêmio, fora de casa, se manifesta mais pelas duas campanhas que o levaram a Série B. Não parece muito, mas isso puxa para baixo o desempenho.

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  7. Verdade, especialmente em 2004, quando foi o último colocado.

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  8. Identificando os atletas da foto: Paulo Isidoro (Galo), Beto Fuscão, Vitor Hugo, Vilson (encoberto) e Luis Carlos (o que está no ar).

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