Pequenas Histórias (118) - Ano - 1976
O Marco Zero de Telê Santana no
Imortal
Fonte: Correio do Povo |
“Independente do
resultado desta tarde no Mineirão, quando o Grêmio encerrará sua participação
na Copa do Brasil (Brasileirão), muitas decisões deverão ser tomadas a partir
de amanhã em Porto Alegre...” Este texto é um trecho colhido no Correio do Povo
de 28 de Novembro de 1976, onde fica claramente exposta a situação do Imortal
naquele final de campeonato. O Tricolor chegara ao fundo do poço.
O mês de Novembro foi
de muitas adversidades, derrotas comprometedoras, vitórias sem convencer,
indisciplinas que culminaram com os afastamentos de Bolívar e Alexandre Bueno, o Tubarão, antes
do final da competição, a negociação de ambos, rapidinha para a Lusa paulistana,
a goleada constrangedora para o Flamengo, um 5 a 1 vexatório no Maracanã, atos
de rebeldia em pleno Hotel Plaza em Copacabana, quando a Direção proibiu a
saída dos atletas, houve revolta e depois, com a intermediação de Ancheta e
Cejas, a revogação da ordem e a consequente debandada dos atletas para a praia
em frente ao hotel.
Telê a tudo assistira
e a tudo ficara atento, porém, ainda faltava esta última rodada contra o Galo
Carijó (como chamavam antigamente o Atlético Mineiro) em pleno Mineirão.
Aquela partida seria,
certamente, a última de vários atletas, que se somariam a Bolívar e Alexandre
Tubarão na lista de dispensados. E ela era grande, senão vejamos, Cejas:
Eurico, Ancheta, Beto Fuscão e Bolívar; Jerônimo, Neca e Alexandre Bueno;
Zequinha, Alcino e Ortiz. Este, a base de 1976. Nominalmente, um “cano” de
time, porém, conforme os meses avançavam, ia perdendo a força até começar a fazer
água e afundar tal qual o Titanic.
O de 1977 era Corbo;
Eurico, Ancheta, Oberdan e Ladinho; Vitor Hugo, Tadeu Ricci e Yúra, Tarciso,
André e Éder. Apenas dois ficaram.
Telê aproveitou as
dispensas e suspensões e começou a operação diante do Atlético Mineiro, num
jogo em que o clube mineiro e Flamengo disputavam uma vaga para as semifinais,
cujo adversário estava definido, o Internacional, o treinador mandou a campo: Cejas;
Eurico, Ancheta, Beto Fuscão e Vilson Cereja; Vitor Hugo, Jerônimo, Yúra e Luis
Carlos; Tarciso e Alcino. Ainda utilizou Sarandi no lugar de Vílson e o ponta
esquerda Gino no lugar do centroavante Alcino.
O Atlético treinado
por Barbatana jogou com Ortiz; Alves, Márcio, Vantuir e Dionísio; Toninho
Cerezzo, Heleno e Paulo Isidoro; Cafuringa, Paulinho (Ângelo) e Bozó.
Apesar do 0 x 0
resistir até o apito final, houve lances interessantes como o chute de Alcino,
a Estrela de Belém, que acertou o poste do arqueiro argentino Ortiz aos 40
minutos da fase inicial.
A melhor oportunidade
dos locatários ocorreu ainda no primeiro tempo, aos 28 minutos, quando
Heleno, tirou Cejas da jogada e Ancheta salvou em cima da linha o arremate.
O segundo tempo foi
marcado por muito esforço, muita combatividade e equilíbrio, mas sem chances
reais de gols.
O empate serviu para
garantir a classificação do Atlético para pegar o Inter na semifinal (jogo
único) no Beira-Rio e para o Imortal recolher os cacos do péssimo final de ano
e pensar o ano seguinte, o inesquecível 1977.
Ali, naquela casa
(Mineirão) tão familiar a ele, Telê começava a esboçar um novo time, que já
incluía Tarciso em nova posição (ponta direita), a efetivação de Vitor Hugo e
Yúra no meio, que se juntaram aos remanescentes Eurico e Ancheta.
Começou quase do zero.
Começou quase do zero.
Fonte: Jornal Correio do Povo
GRÊMIO x ATLÉTICO-MG - NA HISTÓRIA DO CONFRONTO
ResponderExcluir65 JOGOS
26 VITÓRIAS DO GRÊMIO
18 EMPATES
21 VITÓRIAS DO ATLÉTICO
80 GOLS MARCADOS PELO GRÊMIO
61 GOLS MARCADOS PELO ATLÉTICO
GRÊMIO x ATLÉTICO-MG - PELO BRASILEIRO - DESDE 1971
48 JOGOS
17 VITÓRIAS DO GRÊMIO
14 EMPATES
17 VITÓRIAS DO ATLÉTICO
55 GOLS MARCADOS PELO GRÊMIO
49 GOLS MARCADOS PELO ATLÉTICO
GRÊMIO x ATLÉTICO-MG - PELO BRASILEIRO - DESDE 1971 - EM MINAS GERAIS
26 JOGOS
05 VITÓRIAS DO GRÊMIO
08 EMPATES
13 VITÓRIAS DO ATLÉTICO
19 GOLS MARCADOS PELO GRÊMIO
32 GOLS MARCADOS PELO ATLÉTICO
GRÊMIO - PELO BRASILEIRO - DESDE 1971 (SOMENTE 1ª DIVISÃO)
ResponderExcluir1.208 JOGOS
521 VITÓRIAS DO GRÊMIO
322 EMPATES
365 DERROTAS
1.609 GOLS MARCADOS PELO GRÊMIO
1.285 GOLS MARCADOS PELOS ADVERSÁRIOS
GRÊMIO - PELO BRASILEIRO - DESDE 1971 (SOMENTE 1ª DIVISÃO)
FORA DO RIO GRANDE DO SUL
567 JOGOS
149 VITÓRIAS DO GRÊMIO
165 EMPATES
253 DERROTAS
581 GOLS MARCADOS PELO GRÊMIO
768 GOLS MARCADOS PELOS ADVERSÁRIOS
Números muito baixos, 43% de vitórias.
ResponderExcluirFora do RS, cai para ridículos 26% de vitórias.
ExcluirEste comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirMas o índice é esse mesmo, Bruxo!
ResponderExcluirPeguei como exemplo o São Paulo, um dos maiores vencedores do Brasileiro, desde 1971. Pois como visitante ele tem 33% de vitórias. E veja que o número é maior porque muitas vitórias foram alcançadas contra times da capital paulista, o que diminui um pouco a pressão de ser visitante.
O Inter tem 31% de vitórias como visitante. O Corinthians tem 32% e segue o mesmo caso do São Paulo, pois muitos jogos foram dentro da capital.
O percentual de vitórias do Grêmio, fora de casa, se manifesta mais pelas duas campanhas que o levaram a Série B. Não parece muito, mas isso puxa para baixo o desempenho.
ResponderExcluirVerdade, especialmente em 2004, quando foi o último colocado.
ResponderExcluirIdentificando os atletas da foto: Paulo Isidoro (Galo), Beto Fuscão, Vitor Hugo, Vilson (encoberto) e Luis Carlos (o que está no ar).
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