Páginas

Páginas

sexta-feira, 30 de dezembro de 2016

Pequenas Histórias


Pequenas Histórias (146) - Ano - 1985


O goleador Caio Júnior teve o seu dia de glória* 
*Título retirado de Zero Hora, página 53 - 09/Dez/85
Foto: Antônio Vargas - Zero Hora
2016 está encerrando e algumas personalidades gremistas estiveram em evidência por diversos fatores. Olhando o noticiário observamos os  nomes de Renato (treinador), Adalberto Preiss, Saul Berdichevski (dirigentes), Raul (candidato a presidência do clube) e de uma forma trágica, Caio Júnior.

Pois, eles estavam juntos há 31 anos no Olímpico naquele 08 de Dezembro de 1985, quando o Tricolor quebrou a sequência de títulos regionais do Coirmão. Era o caneco que faltava para grandes vencedores como Mazaropi, Baidek, Casemiro, China, Osvaldo e até Renato. Eles não tinham a faixa de campeões gaúchos.

Para aquele ano o Tricolor seguiu mesclando juniores com atletas de excelente resposta como Mazaropi e Osvaldo, sem deixar de investir pesado, no caso, buscando Alejandro Sabella, um excepcional meia esquerda argentino, lá do Estudiantes de La Plata.

Três guris entraram com naturalidade naquele time: Luís Eduardo tomou a vaga deixada por De Leon, Valdo, o mais moderno jogador surgido no Grêmio nos últimos cinquenta anos e Caio Júnior, que ganhou o complemento no nome, porque havia o Caio "Gaguinho", o incansável número 9 da Libertadores de 83.

Para conduzir o time, Irany Sant'Ana, o presidente, contratou a dupla multicampeã pelo Inter, Rubens Minelli e Gilberto Tim.

O Imortal utilizou na decisão: Mazaropi; Raul, Baidek (Rogério), Luís Eduardo e Casemiro; China, Bonamigo e Osvaldo; Renato, Caio Jr. (Sabella) e Valdo.

O Inter de Daltro Menezes: Taffarel; Luis Carlos Winck, Aloísio, Mauro Galvão e Pinga; Ademir Kaeffer (Paulo Santos), Airton e Ruben Paz; Tita, Kita (Ademir Alcântara) e Silvinho.

Simplesmente, sete jogadores que em um dado momento em suas carreiras vestiram as camisas nacionais Canarinho e Celeste (Ruben Paz).

Foi um banho de bola gremista. Logo aos 4 minutos, Osvaldo dividiu a bola com Winck que sobrou para Paulo Bonamigo; ele, de fora da área, acertou um chute fortíssimo de pé esquerdo no centro do gol, Taffarel, que foi o responsável pelo escore ter ficado magro até o fim, nesse lance se complicou. 1 a 0.

O Tricolor seguiu mandando na partida e aos 25 minutos. Caio Júnior marcou o seu décimo segundo gol no certame, tornando-se o goleador do campeonato em seu primeiro ano de profissional do Grêmio. Raul antecipou-se a Ruben Paz, tabelou com Osvaldo e serviu o camisa 9 gremista. Na saída de Cláudio Taffarel, desviou para a rede. 2 a 0. Na foto, ele comemora e realiza o sonho da mãe, Dona Geni, que estava no estádio e pedira a ele um gol na decisão.

Num cochilo defensivo, Paulo Santos foi derrubado por Mazaropi. `Pênalti que o ex-gremista Tita marcou. Ele se igualou a Caio Júnior na artilharia. 2 a 1.

A segunda etapa foi uma sucessão de gols perdidos e de defesas de Taffarel. O jovem de 19 anos, estreante em clássicos, o melhor do Inter. No lado azul, Bonamigo recebeu nota 10 da Zero Hora, Valdo e Caio Jr., 9 mais Sabella, 8.

O detalhe curioso é que o Coirmão não quis fazer o exame antidoping, mesma atitude que tomaria seis anos após, 1991, quando quebrou a sequência de seis títulos do Grêmio, que começou justamente naquele ano (1985).

Caio Júnior ficou no Imortal até 1987, quando seguiu para a Europa.

Ele e Mário Sérgio, certamente, foram as duas vítimas da tragédia na Colômbia, mais identificadas com a história gremista.

Um abraço, Caio.

Fonte: Jornal Zero Hora

Seguem os gols da decisão:








quinta-feira, 29 de dezembro de 2016

Opinião




A Melhor Condição

O Tricolor avizinha a passagem de ano de um modo diferente; jamais esteve nessa condição, a atual, na sua história, pelo menos recentemente.

Ganhou um título de peso, depois de 15 anos, está com um dos mais modernos estádios do mundo, a torcida não para de crescer, terá uma mesma gestão para meia década, o que (teoricamente) permitirá planejar mais calmamente o futuro gremista.

Além disso, vira o ano com o mesmo treinador e um grupo de jogadores solidificado, precisando de acréscimos pontuais, mais um trabalho de base que rendeu bons frutos nos últimos anos, em especial, Alex Telles, Wendel, Walace e Luan.

Como cereja deste bolo de sucesso, o inédito rebaixamento do Coirmão.

Se o Tricolor não velejar em águas tranquilas e auspiciosas nestes próximos anos, será por pura incompetência.

Os ventos estão todos a favor.

quarta-feira, 28 de dezembro de 2016

Opinião



A contratação de Kayke tem a assinatura de Renato

Determinadas contratações, seus "padrinhos", fica confusa a autoria, podendo ser da Direção, da influência/intrusão de empresários, motivos pessoais dos atletas, negócios de ocasião; enfim, não ficam evidentes as causas exatas das escolhas pelos contratados.

No caso de Kayke, um atacante que não chama muito a atenção, detentor de uma biografia discreta, errática, se consumada a sua vinda para o Imortal, a responsabilidade da sua contratação é de Renato e Espinosa vide Indicação de Kayke.

Em 2016, o Grêmio errou demais, conseguiu no segundo semestre com Kannemann e Edílson amenizar o estrago que Wallace Oliveira, Kadu, Wallace Reis, Negueba, Henrique Almeida e em menor grau, Bolaños, fizeram.

Tomara que o ano que se aproxima reserve maior inspiração aos comandantes azuis.

terça-feira, 27 de dezembro de 2016

Opinião



Michel: Luís Carlos Goiano ou Marco Antônio ?

Eis que chega o primeiro reforço para o Tricolor: Michel do Novo Horizontino, que jogou o Brasileiro, Série B pelo Atlético Goianense.

Não é nenhuma “criança”; tem rodagem, inclusive, no seu currículo aparecem Porto Alegre (de Assis e Ronaldinho), Camboriú e  o glorioso Guarani de Palhoça, SC, clube que nos deu o não menos glorioso Vitinho, camisa 9 de zero gols pelo Imortal. Foi fazer a vida no América Mineiro com o nome de Vitor Rangel.

Lembro que Goiano, o camisa 8 de Luiz Felipe foi um dos maiores acertos daquela Direção capitaneada por Fábio André Koff. Saiu barato e deu uma contribuição decisiva nas diversas conquistas.

Goiano chegou sob desconfiança da massa torcedora. Veio e venceu.

Lembro também, de Marco Antônio, ex meia da Lusa, criado no São Paulo; veio com fama de “equilibrador de meio de campo”, exímio cobrador de falta, mas, infelizmente, o Tricolor torrou dinheiro; a resposta foi pífia, apesar da insistência da Direção, que na parte do futebol era de responsabilidade de outro “glorioso”, o Sr. Pelaipe.

Fica uma grande interrogação: Qual é a do Michel?

Opinião



Passando do Ponto

Quem não ouviu a expressão “passou do ponto” ou “a maionese desandou”? Pois, certamente faltou acertar o ponto de equilíbrio na empreitada.

Por exemplo, na História verificamos que a queda do Império Romano ocorreu pelo gigantismo que se tornou; ficou impossível abastecer, controlar os escravos e vigiar as fronteiras. Ruiu pela ganância.

No Brasil temos exemplos de feiras culturais que começaram acertando cada passo que deram até virarem eventos gigantescos desvinculados das ideias e ideais originais. Desmoronam deixando saudades dos “tempos de antigamente”, completamente desfiguradas.

Agora, a Libertadores da América começa a se agigantar de uma forma desproporcional e, em consequência, a se descaracterizar a tal ponto que de um total de 20 clubes na Série A no Brasil, o percentual de 40 participará desse torneio. Uma loucura, uma promiscuidade da competição. Uma zona.

Com certeza, chegará o momento em que teremos um campeão da Libertadores que estará sendo rebaixado em seu certame nacional.

Fica difícil acreditar na possibilidade de um mesmo clube estar decidindo, no caso brasileiro, a LA, a Copa do Brasil e o Brasileirão.

A ganância, novamente fará o produto passar do ponto e veremos a maionese desandar.

PS: Utilizei reiteradamente  a ideia de gigante, gigantismo no texto, propositadamente

segunda-feira, 26 de dezembro de 2016



Álbum Tricolor (66)
EDINHO
http://www.gremio.net

Nome: Edson Fernando Pires da Costa.
Apelido: Edinho, Edinho Costa.
Posição: Volante.
Data de nascimento: 20 de dezembro de 1978, Rio Grande, RS.

JOGOS PELO TIME DO GRÊMIO
6 jogos (1 vitória; 2 empates; e 3 derrotas).

ESTREIA NO GRÊMIO
29.07.2000 - Grêmio 1x0 EC Internacional-SM - Olímpico, Amistoso
GFBPA: Danrlei; Patrício (Anderson Lima), Marinho, Fabrício e Róger; Edinho Costa, Gavião (Anderson Polga), Jé (Itaqui), Zinho e Ronaldinho Gaúcho; Paulo Nunes (Cláudio Pitbull).
Técnico: Antonio Lopes dos Santos.


ÚLTIMO JOGO PELO GRÊMIO
04.10.2000 - Grêmio 1x1 São Paulo FC - Morumbi, Campeonato Brasileiro
GFBPA: Danrlei; Itaqui, Marinho, Nenê e Patrício; Anderson Polga, Gavião, Eduardo Costa (Warley), Zinho e Ronaldinho Gaúcho (Edinho Costa); Paulo Nunes (Adão).
Técnico: Celso Juarez Roth.

CARREIRA
São Paulo/RG-RS (1995 a 1997); Osasuna-ESP (1997 e 1998); São Luiz-RS (1999); 15 de Novembro-RS (2000); Grêmio-RS (2000); Esportivo-RS (2001); Criciúma-SC (2001 a 2003); 15 de Novembro-RS (2004); Caxias-RS (2005); Ulbra-RS (2005); Pelotas-RS (2006); Gama-RS (2006); Chapecoense-SC (2007); Veranópolis-RS (2007); 15 de Novembro-RS (2008); Aimoré-RS (2009 e 2010); Sampaio Corrêa-MA (2010).

(*) Os dados dizem respeito às informações contidas no arquivo do autor.

Por Alvirrubro

FONTES:
- Jornal “Zero Hora”.
- Jornal “Correio do Povo”.
- Revista Placar.
- Arquivo Pessoal.

sábado, 24 de dezembro de 2016



Feliz Natal!

Desejo um Feliz Natal, que esta data seja um passo a mais na busca de fraternidade, reflexão e harmonia.
Estamos vivendo dias tensos no Rio Grande e também no Brasil; por isso, mais do que nunca, a serenidade deve estar presente nos corações e mentes. Isso não quer dizer abrir mão das convicções, mas buscar soluções menos dolorosas para as nossas caminhadas.
Deixo aqui, um foto que tem quase 50 anos e mostra que podemos conviver fraternalmente. Ela é do período em que o Beira Rio estava sendo construído e o Coirmão mandava seus jogos no Olímpico, também.


sexta-feira, 23 de dezembro de 2016

Pequenas Histórias


Pequenas Histórias (145) - Ano - 1935


A Lenda de Arthur e Eurico



Era uma vez no Brasil Meridional, extremo Sul, uma rivalidade futebolística sem igual. Os oponentes desde a primeira década do Século XX brigavam palmo a palmo pela hegemonia deste esporte no seu rincão.

No ano do centenário da data magna do estado, 1935, eles decidiram o torneio comemorativo. Vencê-lo era ponto de honra.

 Além dos clubes, também havia um choque fraternal dentro de campo, Eurico, o Craque Imortal era o arqueiro do locatário, Arthur, maior artilheiro do Brasil, mais de 1.200 gols na carreira, o centroavante dos visitantes.

Na decisão, um pênalti alterou as suas vidas; Arthur, que jamais errara um, avisou seu irmão e rival, que não tentasse defender, pois corria risco de vida; Eurico disse que morreria, mas pegaria a cobrança.

Arthur mandou a bomba, que explodiu no peito de Eurico; caído e imóvel, este ainda mantinha o couro entre os seus braços. Jazia sem vida. O gol, ele evitara.

Saíram ambos, um sem vida, carregado pelos companheiros, o outro, transtornado, sem a camiseta, pois a jogara ao solo. Ali, abandonou para sempre as quatro linhas.

Essa lenda ultrapassou as fronteiras sulinas e ganhou versões pelo resto do território nacional. Numa delas, Eurico virou goleiro do Fluminense, Arthur, o 9 do Flamengo.

Por que a Lenda? Os sete fatores estão nas próximas linhas.

Realmente naquele ano, houve um confronto entre Eurico Lara e Arthur Friedenreich na Baixada, mais exatamente, no dia 19 de Maio. (I)

O Santos  fez uma excursão ao Rio Grande, empatara em 1 a 1 com Internacional   uma semana antes, apresentando um futebol vistoso e empolgante; depois do Grêmio, encerraria o giro diante de um combinado Grenal.

A principal atração era o veterano atacante, Friedenreich, El Tigre, de quem se dizia ter marcado mais de mil gols e raramente perdia penalidades máximas.

Naquele Domingo, depois da preliminar, os esquadrões ingressaram em campo; o Tricolor com Lara; Dario e Luiz Luz; Jorge, Mascarenhas e Sardinha II; Lacy, Russinho, Veronese, Foguinho e Castillo.

O Santos de Cyro; Neves e Iracino; Marteletti, Ferreira e Jango; Sacy, Roran, Friedenreich, Mário Seixas e Junqueira.

Entrariam Chico e Adão (Grêmio), saindo Lara e o capitão da equipe, Sardinha II, mais Raul no lugar de Friedenreich.

Ao contrário do que se esperava, a partida se desenvolveu com muitos lances ríspidos de parte a parte, especialmente dos setores defensivos com muitas reclamações do público e atletas.

O juiz Carlos Ribeiro da Silva começou a se complicar, quando não deu um toque de mão intencional de Marteletti dentro da área, pênalti não assinalado para os Tricolores; aumentam as reclamações e a deslealdade nas jogadas. Eram 10 minutos.

Aos 15 minutos e meio, Veronese acerta um potente tiro de fora da área, Cyro defende, mas dá rebote, Castillo empurra para a meta. 1 a 0.

Aos 33, Fogo faz cruzamento, que não é interceptado pelo zagueiro Neves, Veronese aproveita e marca o segundo. 2 a 0 para o Imortal.

Faltando 2 minutos para o fim da etapa inicial, isto é, aos 38, Dario derruba Mário Seixas, o árbitro marca penalidade máxima. Há muitas reclamações, o juiz “se auto expulsa” e é substituído.

Arthur Friedenreich vai para a cobrança.(II).

Neste momento, Eurico Lara já estava fora da partida, lesionado num choque com Mário Seixas (vide foto). Saiu carregado pelos companheiros. O estreante Chico o substituiu e acabou sofrendo o gol santista. 2 a 1. (III)

Quase na metade da etapa derradeira, Friedenreich sai, em seu lugar aparece Raul. (IV)

O segundo tempo teve o placar movimentado quase ao final; falta de Dario, a bola é levantada na área, Raul escora para Mário Seixas empatar. 2 a 2. Decorriam 28 minutos.

Com os refletores já acesos, o Grêmio conquistou a vitória no último minuto num pênalti anotado pelo beque Dario.

Imediatamente ao apito final, os torcedores invadiram o campo saudando os “players” azuis, pois, após 23 anos de confrontos com os paulistas, esta era  a primeira vitória dos gaúchos, além de garantir o troféu entregue pelo governador Flores da Cunha.

Naquele ano, em Julho, Arthur Friedenreich penduraria as chuteiras definitivamente. (V)

Em Setembro, o Grêmio conquistou o campeonato Farroupilha, ganhando o Grenal por 2 a 0. Lara jogou apenas o primeiro tempo, indo direto para o hospital. Chico, novamente, seria o seu substituto. (VI)

Em Novembro, dia 6, cedo da manhã, Eurico Lara faleceu vitimado pela tuberculose. (VII)

Fontes: Correio do Povo
             A Federação
             Revista do Grêmio (material cedido pelo amigo Alvirubro)
Fotos: Correio do Povo
            paixaocanarinha.com.br
             alchetron.com





quinta-feira, 22 de dezembro de 2016

Opinião


Se for inevitável a venda

Esta Direção gremista já pode ser considerada vencedora na sua primeira gestão. Dois são os maiores motivos, isto é, os mais evidentes: Ganhou um título nacional e segurou as grandes revelações, no caso, Luan e Walace. Há outros como a redução das dívidas e o aumento do número de associados, mas os maiores foram os primeiros citados, sem dúvidas.

Agora, infelizmente, o Tricolor não poderá segurar alguns deles ou um deles. Temos Grohe, Geromel, Bolaños, Walace e Luan. O primeiro é mais difícil, porque tem salário europeu e inicia 2017, completando 30 anos; sobra o mercado chinês. O segundo é peça fundamental para o time; é o melhor ou mais produtivo jogador do elenco. Como tem mais de 30 e já fez o caminho de volta do Atlântico, sobra o mercado nacional, chinês ou norte-americano; este último, seu irmão é um dos donos do Fort Lauderdale.

Chegamos aos três maiores potenciais de venda: Bolaños, Luan e Walace. Coloco nesta ordem o que julgo preferencial de demanda.

Se as notícias dão conta da busca de atacantes pela turma de Bolzan Jr, sobram como candidatos preferenciais à venda, Bolaños e Luan. Um deles deverá deixar o clube. Talvez os dois.

O segredo do sucesso estará ligado aos movimentos da Direção para transformar esse aparente problema num manancial de soluções.

Chego a tremer quando lembro do Silveira Martins vendendo o jovem Émerson (o da Seleção Brasileira) para a Europa e "repatriando" o Beto, ex-Botafogo para o seu lugar. Típico exemplo de como torrar dinheiro.

Que Bolzan Jr. aprenda com os erros dos outros, evitando cometer os seus.






quarta-feira, 21 de dezembro de 2016

Opinião



Sorteio Generoso

Ao contrário de anos anteriores, o sorteio da Libertadores foi bem generoso com o Tricolor. 

Talvez, o fato de ser cabeça de chave, no caso, a de número 8, tenha sido a causa, mas mesmo assim, ficou melhor do que a encomenda.

O Grêmio enfrentará o Guarani do Paraguai, Zamora da Venezuela e  Deportes Iquique do Chile.

Chance para ajustar o time durante a primeira fase. Bom começo.

terça-feira, 20 de dezembro de 2016

Opinião



O Camisa 9

A Direção acerta quando inicia as tratativas para tentar solucionar um dos, se não o maior, problemas do time em 2016; o fazedor de gols, que genericamente chamei de Camisa 9.

Penso que ela está com algo bem encaminhado, senão, não diria com tamanha ênfase a necessidade de contratar profissional desta posição.

Dos nomes especulados, descartaria de pronto o nome de Hernan Barcos; acho que o gringo está forçando a barra, mas a Direção não  vai cair nesta esparrela. Foi bom, enquanto durou. Ponto final.

Luis Fabiano é o sonho de consumo, porém, parece que o salário é empecilho; aí, desconfio da imprensa vermelha, diria que é negociação mais viável do que a vinda de Taison para jogar a Série B, depois de ter sido chamado por Tite.

Também acho que Renato fará um "vestibular" entre Luan Vianna (da base gremista), Batista, Lucas Coelho e Yuri Mamute para alternativa de grupo. Um ou dois deles deverão ficar.

Resta aguardar pelo desenlace da negociação. Acho que Bolzan Jr. fecha com alguém, ainda em 2016. 

Torço por Luis Fabiano ou Marinho (Vitória). Lucas Pratto corre por fora.

segunda-feira, 19 de dezembro de 2016

Opinião



É Cedo, mas a Base não entusiasma

Sem olhar atentamente para os jogos da categoria Sub-20, que estão sendo disputados em Porto  Alegre, fiquei com a impressão de uma pobreza técnica imensa do elenco gremista.

Pela escassa amostragem (para mim), é cedo para tirarmos conclusões definitivas até porque o meio campista Lincoln, que tem um potencial imenso, não apresentou, rigorosamente nada (novamente faço a ressalva da pequena observação); entretanto, os meninos não entusiasmam.

Do que vi, uma certeza: Lucas Lovatt, lateral esquerdo buscado no Avaí, esse tem qualidade; será aproveitado no elenco de cima em seguida.

Dida, Jean Pyerre, Lima e Luan; nomes que ouvi falar, não me causaram boa impressão. O goleiro parece ser bom, mas é pequeno para os padrões atuais. Não apostaria nele.

Como fui professor por muito tempo, sei que de um ano para o outro, os adolescentes se transformam, quem sabe, estes jovens da base, não me surpreenderão em 2017?

Uma dica: Anotem o nome de Vitinho, camisa 10 do Palmeiras. É craque.

domingo, 18 de dezembro de 2016

Pequenas Histórias



Pequenas Histórias (144) - Ano - 1996


Assim estava escrito

Fonte: globoesporte.globo.com

Quando Fábio Koff reassumiu o Grêmio em 1993, iniciou-se um período onde ver o Tricolor decidindo grandes competições era rotina; foram três anos consecutivos na final da Copa do Brasil (93, 94 e 95), Libertadores e Mundial (95), Brasileiro em 96 e até o legado de Koff, que no primeiro ano sem ele, deu a Copa do Brasil em 97. Foram anos de uma unidade fantástica entre a Direção e a Comissão Técnica. Década extremamente vitoriosa.

Pois esta semana que encerrou, fecharam 20 anos do bicampeonato brasileiro, um encerramento dourado para Luiz Felipe Scolari e Adilson Dias Batista, o Capitão América, ambos seguiram para o Japão, após a conquista daquele Dezembro. 

Havia também Paulo Paixão, preparador físico desde 93, ou seja, participou de todo o período de Koff.

Uma das características mais marcantes dessa Dupla (Felipão/Paixão); o pragmatismo era visto mesmo com formações diferentes no time e nesta última conquista de Brasileirão ficou bem evidente. O Tricolor chegou em 5º entre os 8 classificados para os mata-matas. Incrivelmente, a 8ª colocada era a Lusa, os dois que decidiram o campeonato.

Em 15 de Dezembro, o Olímpico estava botando gente pelo ladrão. O Imortal precisava devolver os 2 a 0 sofridos no meio da semana, para assim, conquistar o título pela melhor campanha.

A Lusa era a queridinha do Brasil, só os gremistas torceriam para o Grêmio naquela tarde, mas o Tricolor ganharia o bi, assim estava escrito; só não sabíamos que seria um sufoco de quase noventa minutos. A impressão da vitória se corporificou logo aos 5 minutos, quando Paulo Nunes abriu o marcador, consignando o seu 16º gol, que lhe concedeu o topo da artilharia, juntamente com Renaldo (assim mesmo sem o "i"), avante do Galo.

Scolari utilizou na decisão: Danrlei; Arce, Rivarola (Luciano), Mauro Galvão e Roger; Dinho (Aílton), Luis Carlos Goiano, Émerson (Zé Afonso) e Carlos Miguel; Paulo Nunes e Zé Alcino. Arílson e Jardel já não estavam mais no clube e Adílson estava suspenso pelo terceiro cartão amarelo. Dinho virou o capitão na decisão.

A Portuguesa de Desportos do técnico Candinho: Clemer; Valmir, Marcelo, César e Carlos Roberto (Flávio); Capitão, Gallo, Rodrigo Fabri (Tico) e Zé Roberto; Alex Alves e Volnei Caio.

A Lusa era muito forte, pois contava com um time jovem e entrosado com destaques para César, Zé Roberto, Alex Alves e Rodrigo Fabri, todos com passagem pela Seleção na continuidade de suas carreiras, mais Caio, ex-Grêmio.

Com o primeiro tempo encerrado em 1 a 0. A esperança se renovava para a etapa final, afinal, bastava fazer um "golzinho" apenas. Porém, o tempo foi passando e o Grêmio nervoso e absolutamente controlado pelo time paulistano tornava a partida dramática. As situações de gol eram pífias.

Aos 40 minutos, já com Aílton no lugar de Dinho e o desânimo batendo, Carlos Miguel teve espaço para olhar o posicionamento dos avantes; levantou para Zé Afonso, até então, chamado apenas de Afonso, ele subiu e impediu que a rebatida de cabeça de César fosse forte, na verdade, ele cabeceou "enforcado" e o destro Aílton acertou um balaço de esquerda, que entrou no lado esquerdo de Clemer. Uma loucura! Lembro de ter dado um salto do sofá, quando já assistia o jogo deitado, sem muita reação.

Assistiram a partida mais de 40 mil pessoas; Márcio Resende de Freitas, o árbitro e esta foi a última grande conquista dentro do Olímpico de uma das maiores gerações de atletas na história do Imortal.

Fonte: globoesporte.globo.com
            Jornal Zero Hora 

Seguem alguns lances da decisão:








sábado, 17 de dezembro de 2016

Opinião



Sobre renovação e retornos

Renato renovou e essa é uma boa notícia à medida que, em tese, o prosseguimento de um trabalho vitorioso é o indicado; também, porque a Direção não deve ter feito uma loucura na renovação. Hora do treinador arregaçar as mangas e participar indicando bons nomes para o elenco de 2017.

Todo o ano, os clubes recebem atletas que foram emprestados; com o Grêmio não foi diferente. São vários, mas os que tem maior visibilidade são Werley, Cadu, Fernandinho, Máxi Rodriguez, Yuri Mamute e Lucas Coelho.

Sinceramente, se fosse dirigente, eu ficaria apenas com Lucas Coelho, talvez Yuri Mamute, o primeiro, porque joga numa posição carente no futebol brasileiro e em alguns esparsos momentos, demonstrou bom chute, cabeceio e destemor; não sei porque não deslanchou na carreira.

O segundo, Mamute, se bem trabalhado poderá se tornar uma opção diferente, se comparado com Pedro Rocha e Éverton. Yuri pode jogar pelos lados do campo ou com um nove movediço, usando a sua peculiar fortaleza física.

Os demais, o bom seria "passar nos trocos".


sexta-feira, 16 de dezembro de 2016

Opinião


A Libertadores será daquele que a quiser

Está aí uma competição que só a conquista quem efetivamente tiver vontade de levá-la para casa; "fizer por onde" para me utilizar de um chavão.

Esse novo formato que vai de Março até o final do ano, aprofundou as dificuldades; pois terá mais corpo, porém, dará mais visibilidade e renderá muita grana. São os prós e contras.

Olhando os 44 clubes definidos dos 47, salta aos olhos o favoritismo dos brasileiros, Flamengo e Palmeiras, talvez o Atlético Nacional da Colômbia se mantiver o elenco atual (difícil) e uma ou outra surpresa, o Galo ou um clube argentino.

A verdade é que o Grêmio está muito longe de ser apontado como postulante a levantar o caneco e parece que a Direção está convicta do papel de coadjuvante que ela quer dar ao clube.

Está deitada em berço esplêndido, esperando que a frase que Maicon proferiu, abre aspas: Agora, todos querem jogar no Grêmio, fecha aspas; seja real. Santa ingenuidade, Batman! O grosso dos jogadores fareja grana.

Infelizmente, preparemo-nos para ver Grohe, Marcelo Oliveira, Ramiro, o veterano Douglas, o inconstante Maicon mais os jovens Pedro Rocha e Éverton como munição para encarar o mais importante torneio da América.

quinta-feira, 15 de dezembro de 2016

Opinião



Por incrível que pareça

Hoje, o amigo Alvirubro me enviou uns dados que demonstram uma realidade gremista, que poucos se deram conta, observem a classificação do returno do Brasileirão, recém encerrado que rebaixou o Internacional:


O Grêmio estaria rebaixado, isso mesmo. Alguém poderá dizer que houve desmobilização, que a prioridade era a Copa do Brasil, que o Tricolor agiu certo, etc & tal ...

Não supera o Coirmão em nenhum dos critérios: Vitórias, Empates, Derrotas, gols marcados,  gols sofridos e saldo de gols. Um fiasco.

Diante disso, não dá para achar que tem time e, principalmente, elenco para 2017. O ano que se avizinha é de muito maior exigência e se o Tricolor perder seus principais jogadores, terá que fazer um esforço em dobro, porque, se mantiver Luan e Walace, já será difícil com os demais titulares discutíveis, imaginem sem eles.

Um fato fica claro! O clube não pode perder a chance que o Coirmão deu; a gangorra é muito importante na reconstrução de quem quer retomar o caminho das conquistas, pelo menos, a história nos mostra isso.

O recado está dado. O Tricolor PRECISA se reforçar. Reforçar significa trazer atletas de qualidade comprovada e apostas muito bem observadas em 2016.

quarta-feira, 14 de dezembro de 2016

Opinião



Danilo Fernandes, Lucas Pratto e Jesús Dátolo para o Grêmio


Acertando com o comando técnico (Renato ou outro), logo, a Direção Tricolor terá de ser ágil e pensar alto para 2017, que será repleto de grandes jogos e desafios, desta forma, como todo torcedor, me senti à vontade para dar uns pitacos para a formação do elenco.

Inicialmente, o Tricolor deve fazer uma reflexão para ver as causas que levaram a vários fracassos e também, a exitosa participação na Copa do Brasil.

Deve lembrar que das quatro competições de peso: Copa do Brasil, Brasileiro, Libertadores e Mundial, a menos difícil e mais enganosa é a primeira, isto é, a CB, portanto, não é razoável que sua conquista sirva para balizar de forma definitiva os movimentos na formação do plantel. Resumindo: O elenco é mediano, aliás, bota mediano nisso.

Sugiro de cara, três nomes interessantes: Lucas Pratto, que é quase unanimidade ou alguém deste calibre (Fred, Luis Fabiano); Dátolo, que é bom jogador, faz múltiplas funções, tem experiência internacional e pode substituir ou até jogar junto com Douglas. Tem habilidade e excelente arremate de média distância, além de ótimo aproveitamento em cobranças de falta.

Por fim, precisamos de um goleiro completo e o melhor que há é Danilo Fernandes. O cara é fantástico, além de exercer uma liderança positiva no grupo. Sobrou na comparação com seus concorrentes. É extra-classe.

É muito superior a Weverton e Alex Muralha, com isso, estou afirmando que nas próximas convocações de Tite, seu nome constará na lista. É interessante o Grêmio correr na frente dos outros postulantes, pois o Inter não terá condições de segurá-lo na Série B.

Este fator que pode colaborar, ou seja, o fato do Coirmão estar disputando a Série B em 2017, pois, para um jogador de Seleção não é nada interessante, vide o exemplo de Jéferson do Botafogo, que teve também, o agravante de várias lesões. Deu adeus à Seleção.

Sei que muitos poderão dizer que goleiro não é prioridade, mas eu lembro que em 74, o Colorado tinha um grande goleiro formado na base, Schneider, cotado até para a Seleção, mesmo assim, os dirigentes buscaram Manga e, embora a contrariedade do treinador Minelli, Manguita Fenômeno desembarcou em Porto Alegre e foi fundamental, repito, fundamental para as conquistas de 75 e 76. Hoje, não conheço ninguém que diga que foi um erro buscá-lo, apesar de Schneider.

Acho que é inevitável a venda de Luan e/ou Walace, pois então, que seja feita uma limonada deste limão. Nada de empilhar “meia-boca”. A "neura" de não ganhar títulos importantes foi superada, desta forma, passemos para os próximos capítulos, ou melhor, mudar de patamar.

Os grandes dirigentes sempre tiveram entre as suas melhores características, o arrojo e antevisão, a antecipação dos fatos, a clarividência.

Espero que Bolzan Jr. e seus pares tenham a lucidez de que um grande time começa por duas posições: Goleiro e Centroavante.


terça-feira, 13 de dezembro de 2016



Álbum Tricolor (65)
MÁRIO SÉRGIO

Nome: Mário Sérgio Pontes de Paiva.
Apelido: Mário Sérgio.
Posição: Meio-campo.
Data de nascimento: 7 de setembro de 1950, Rio de Janeiro, RJ.
Data de falecimento: 28 de novembro de 2016 (66 anos), La Unión, Colômbia.

JOGOS PELO TIME DO GRÊMIO
11 jogos (6 vitórias; 2 empates; e 3 derrotas). Marcou 2 gols.

ESTREIA NO GRÊMIO
12.10.1983 - Grêmio 2x0 EC Novo Hamburgo - Campeonato Gaúcho.
GFBPA: Mazaropi; Raul, Baidek, Hugo de León e Paulo Cézar Magalhães; Bonamigo, Róbson e Mário Sérgio; Tarciso, Caio (Diego) e César.
Técnico: Valdyr Atahualpa Ramíres Espinosa.

ÚLTIMO JOGO PELO GRÊMIO
11.12.1983 - Grêmio 2x1 Hamburger SV - Mundial de Clubes.
GFBPA: Mazaropi; Paulo Roberto, Baidek, Hugo de León e Paulo Cézar Magalhães; China, Oswaldo (Bonamigo) e Paulo Cézar Lima (Caio); Renato Portaluppi, Tarciso e Mário Sérgio.
Técnico: Valdyr Atahualpa Ramíres Espinosa.

CARREIRA
Flamengo-RJ (1969/1971); Vitória-BA (1971/1975); Fluminense-RJ (1975/1976); Botafogo-RJ (1976/1979); Rosario Central-ARG (1979); Internacional-RS (1979/1981); São Paulo-SP (1981/1982); Ponte Preta-SP (1982/1983); Grêmio-RS (1983); Internacional-RS (1984); Palmeiras-SP (1984/1985); Botafogo-SP (1986); Bellinzona-SUI (1986); Bahia-BA (1987).

SELEÇÃO BRASILEIRA
8 jogos (5 vitórias; 1 empate; e 2 derrotas).

23.09.1981 - BRASIL 6x0 COMBINADO IRLANDÊS
28.10.1981 - BRASIL 3x0 BULGÁRIA
26.01.1982 - BRASIL 3x1 ALEMANHA ORIENTAL
03.03.1982 - BRASIL 1x1 TCHECOSLOVÁQUIA
21.03.1982 - BRASIL 1x0 ALEMANHA OCIDENTAL
28.04.1985 - BRASIL 0x1 PERU
05.05.1985 - BRASIL 2x1 ARGENTINA
15.05.1985 - BRASIL 0x1 COLÔMBIA

TÍTULOS PELO GRÊMIO
Campeão Mundial: 1983.

(*) Os dados dizem respeito às informações contidas no arquivo do autor.

Por Alvirrubro

FONTES:
- Jornal “Zero Hora”.
- Jornal “Correio do Povo”.
- Revista Placar.
- Arquivo Pessoal.