Pequenas Histórias (146) - Ano - 1985
O goleador Caio Júnior teve o seu dia de glória*
*Título retirado de Zero Hora, página 53 - 09/Dez/85
Foto: Antônio Vargas - Zero Hora |
2016 está encerrando e algumas personalidades gremistas estiveram em evidência por diversos fatores. Olhando o noticiário observamos os nomes de Renato (treinador), Adalberto Preiss, Saul Berdichevski (dirigentes), Raul (candidato a presidência do clube) e de uma forma trágica, Caio Júnior.
Pois, eles estavam juntos há 31 anos no Olímpico naquele 08 de Dezembro de 1985, quando o Tricolor quebrou a sequência de títulos regionais do Coirmão. Era o caneco que faltava para grandes vencedores como Mazaropi, Baidek, Casemiro, China, Osvaldo e até Renato. Eles não tinham a faixa de campeões gaúchos.
Para aquele ano o Tricolor seguiu mesclando juniores com atletas de excelente resposta como Mazaropi e Osvaldo, sem deixar de investir pesado, no caso, buscando Alejandro Sabella, um excepcional meia esquerda argentino, lá do Estudiantes de La Plata.
Três guris entraram com naturalidade naquele time: Luís Eduardo tomou a vaga deixada por De Leon, Valdo, o mais moderno jogador surgido no Grêmio nos últimos cinquenta anos e Caio Júnior, que ganhou o complemento no nome, porque havia o Caio "Gaguinho", o incansável número 9 da Libertadores de 83.
Para conduzir o time, Irany Sant'Ana, o presidente, contratou a dupla multicampeã pelo Inter, Rubens Minelli e Gilberto Tim.
O Imortal utilizou na decisão: Mazaropi; Raul, Baidek (Rogério), Luís Eduardo e Casemiro; China, Bonamigo e Osvaldo; Renato, Caio Jr. (Sabella) e Valdo.
O Inter de Daltro Menezes: Taffarel; Luis Carlos Winck, Aloísio, Mauro Galvão e Pinga; Ademir Kaeffer (Paulo Santos), Airton e Ruben Paz; Tita, Kita (Ademir Alcântara) e Silvinho.
Simplesmente, sete jogadores que em um dado momento em suas carreiras vestiram as camisas nacionais Canarinho e Celeste (Ruben Paz).
Foi um banho de bola gremista. Logo aos 4 minutos, Osvaldo dividiu a bola com Winck que sobrou para Paulo Bonamigo; ele, de fora da área, acertou um chute fortíssimo de pé esquerdo no centro do gol, Taffarel, que foi o responsável pelo escore ter ficado magro até o fim, nesse lance se complicou. 1 a 0.
O Tricolor seguiu mandando na partida e aos 25 minutos. Caio Júnior marcou o seu décimo segundo gol no certame, tornando-se o goleador do campeonato em seu primeiro ano de profissional do Grêmio. Raul antecipou-se a Ruben Paz, tabelou com Osvaldo e serviu o camisa 9 gremista. Na saída de Cláudio Taffarel, desviou para a rede. 2 a 0. Na foto, ele comemora e realiza o sonho da mãe, Dona Geni, que estava no estádio e pedira a ele um gol na decisão.
Num cochilo defensivo, Paulo Santos foi derrubado por Mazaropi. `Pênalti que o ex-gremista Tita marcou. Ele se igualou a Caio Júnior na artilharia. 2 a 1.
A segunda etapa foi uma sucessão de gols perdidos e de defesas de Taffarel. O jovem de 19 anos, estreante em clássicos, o melhor do Inter. No lado azul, Bonamigo recebeu nota 10 da Zero Hora, Valdo e Caio Jr., 9 mais Sabella, 8.
O detalhe curioso é que o Coirmão não quis fazer o exame antidoping, mesma atitude que tomaria seis anos após, 1991, quando quebrou a sequência de seis títulos do Grêmio, que começou justamente naquele ano (1985).
Caio Júnior ficou no Imortal até 1987, quando seguiu para a Europa.
Ele e Mário Sérgio, certamente, foram as duas vítimas da tragédia na Colômbia, mais identificadas com a história gremista.
Um abraço, Caio.
Fonte: Jornal Zero Hora
Seguem os gols da decisão:
O Imortal utilizou na decisão: Mazaropi; Raul, Baidek (Rogério), Luís Eduardo e Casemiro; China, Bonamigo e Osvaldo; Renato, Caio Jr. (Sabella) e Valdo.
O Inter de Daltro Menezes: Taffarel; Luis Carlos Winck, Aloísio, Mauro Galvão e Pinga; Ademir Kaeffer (Paulo Santos), Airton e Ruben Paz; Tita, Kita (Ademir Alcântara) e Silvinho.
Simplesmente, sete jogadores que em um dado momento em suas carreiras vestiram as camisas nacionais Canarinho e Celeste (Ruben Paz).
Foi um banho de bola gremista. Logo aos 4 minutos, Osvaldo dividiu a bola com Winck que sobrou para Paulo Bonamigo; ele, de fora da área, acertou um chute fortíssimo de pé esquerdo no centro do gol, Taffarel, que foi o responsável pelo escore ter ficado magro até o fim, nesse lance se complicou. 1 a 0.
O Tricolor seguiu mandando na partida e aos 25 minutos. Caio Júnior marcou o seu décimo segundo gol no certame, tornando-se o goleador do campeonato em seu primeiro ano de profissional do Grêmio. Raul antecipou-se a Ruben Paz, tabelou com Osvaldo e serviu o camisa 9 gremista. Na saída de Cláudio Taffarel, desviou para a rede. 2 a 0. Na foto, ele comemora e realiza o sonho da mãe, Dona Geni, que estava no estádio e pedira a ele um gol na decisão.
Num cochilo defensivo, Paulo Santos foi derrubado por Mazaropi. `Pênalti que o ex-gremista Tita marcou. Ele se igualou a Caio Júnior na artilharia. 2 a 1.
A segunda etapa foi uma sucessão de gols perdidos e de defesas de Taffarel. O jovem de 19 anos, estreante em clássicos, o melhor do Inter. No lado azul, Bonamigo recebeu nota 10 da Zero Hora, Valdo e Caio Jr., 9 mais Sabella, 8.
O detalhe curioso é que o Coirmão não quis fazer o exame antidoping, mesma atitude que tomaria seis anos após, 1991, quando quebrou a sequência de seis títulos do Grêmio, que começou justamente naquele ano (1985).
Caio Júnior ficou no Imortal até 1987, quando seguiu para a Europa.
Ele e Mário Sérgio, certamente, foram as duas vítimas da tragédia na Colômbia, mais identificadas com a história gremista.
Um abraço, Caio.
Fonte: Jornal Zero Hora
Seguem os gols da decisão: