O que sobrou de ontem à
noite
Após o empate chorado
diante do Nóia, quando a inoperância gremista ficou escancarada, é hora de
recolher os ensinamentos que o confronto permitiu acomodar em nossa mente.
Primeiro ensinamento: O
Grêmio necessita de um armador como Douglas, Bolaños, Gata Fernandez ou
Lincoln. Isso é fundamental no atual estágio do time. Não dá para escalar o
meio com Michel, Jaílson, Ramiro e Luan; diria, caso típico de
“incompatibilidade de gênios”. Todos parecem “quase” do lugar. Quase. Fernandez é a bola da vez.
Segundo ensinamento:
Quando o jogador é qualificado como “de grande importância tática para a
equipe”; desconfiem. Falcão no time de Minelli e Rivellino na Copa de 70 eram
importantíssimos taticamente, mas ninguém ousava resumir suas performances a
essa classificação. Trazendo para o Grêmio; Pedro Rocha está devendo. É muita
oscilação, raros momentos sóbrios e consequentes, neste momento, o seu destino
é o banco de reservas apesar de toda a “sua importância tática”, às vezes
invisível para a maioria de nós, simples mortais.
Terceiro ensinamento: Se
um atleta é rotulado como “um batalhador”, sigam desconfiando. Renato era um
batalhador, nunca desistia do lance, nunca foi chamado de batalhador. Agora,
Pará e Marcelo Oliveira recebem este adjetivo de uma forma usual, corriqueira.
Quarto ensinamento:
Aqui, apelamos à sapiência do mestre Didi, bicampeão mundial 58/62, quando
disse: “Treino é treino, jogo é jogo”. Leões de treinos não são confiáveis.
Lembro de uma pré-temporada do Coirmão em Santa Catarina nos anos 90, quando um
zagueiro, Gilmar Lima, simplesmente rebentou. Era o cara. Vieram os jogos
oficiais e ...
Renato tem razão quando
diz que o time vai estar pronto na hora certa, mas há medidas e atitudes que,
se tomadas brevemente, poderão abreviar o período de inconstância dos seus
pupilos.
Tudo com ele.
Ele tem que definir qual modelo ofensivo quer estabelecer, e manter, apesar dos desfalques. Material humano pra isso tem.
ResponderExcluirBruxo, você resumiu no comentário do post anterior o que também acabo desconfiando (que Renato ainda está em fase de testes e promete para as próximas um time melhor), mas só desconfiando, porque é inadmissível um time como o Grêmio, com o plantel que tem, mesmo “testando”, estar na situação em que está (em terceiro no gauchão). Não há justificativas (nem os desfalques).
ResponderExcluirTenho procurado observar a tão criticada qualidade do Marcelo Oliveira. Mesmo fazendo um belo levantamento para o Léo Moura, mesmo sabendo-se que é um dos líderes do vestiário (o que não é pouco), mesmo observando-se que apoia razoavelmente bem (principalmente oferecendo-se como opção de passe), realmente, é o maior problema a ser resolvido neste time (defensivamente é por ele que passaram a maioria dos gols sofridos). Bruno Cortez e Iago, por pior que sejam, não são piores defensivamente que o M. Oliveira.
Léo Moura “queimou a minha língua”. Está jogando bem e desconfio que pode melhorar. Aliás, talvez seja o mais profissional deles todos, hoje. Mesmo recebendo algo menor do que já recebeu, mesmo sendo criticado por muitos, mesmo na “fogueira” e em final de carreira, tem se saído bem. Não sinto saudades do Edilson.
Todo o time tem começo, meio e fim. O Grêmio não tem MEIO.
É ai que reside todo o problema.
Luan, por mais versátil que seja, joga melhor se movimentando livremente no ataque. Tem feito bem o meio, mas não o suficiente para mudar o panorama da partida.
Está na hora de Gastón Fernandez ou Lincoln terem a chance de uma partida completa para demonstrarem tudo que podem fazer, sabendo-se que Bolaños ou Douglas, inicialmente, farão mais.
Ramiro é a grata surpresa desde 2016. Um cara que iniciou no meio, foi deslocado para a lateral direita, ainda no Juventude, veio para o Grêmio como lateral, “quebrando o galho” como volante, de vez em quando, finalmente achou sua vocação: polivalência. Caso continue assim, não estará no segundo semestre no time (e já foi muito criticado).
E que venha com urgência o tal de Musto, que promete algo melhor para companheiro do Maicon. O resto é reserva e não passa disso.
Alguém consegue entender a paixão da torcida por um inútil que nenhum time quer, nem de graça, como já foi oferecido, chamado Maxi Rodriguez?
Vou me penitenciar: um dos maiores enganos que já cometi, pelas informações que tive na época, foi apostar num cara chamado Rondinelly. Já, por outro lado, critiquei demais a vinda de uns “figurinhas carimbadas” como Vanderlei Luxemburgo e Kleber.
Por fim, um dos maiores acertos foi apostar num desconhecido que foi muito criticado na sua vinda, justamente por desconhecerem. Hoje é um dos pilares do time e desejado por muitos (Geromel está fazendo falta).
Ah, para não perder a oportunidade. Acreditava que Espinosa pude-se conter a sanha de Renato. Me enganei.
Arih!
Excluir- Concordo, mesmo em testes, o time tinha que apresentar qualidade, independente de vencer. Às vezes, vence e não convence
- Leonardo Moura tem dois pontos fortes, a sua condição física natural e o seu profissionalismo, por isso, o futebol em alta
- Tenho dúvidas se Bruno Cortez tem condições de substituir o Marcelo Oliveira. É incompreensível a sua contratação. Se é para ficar no banco, melhor seria aproveitar a base ou alguém em ascensão em clubes menores
- Concordo: Lincoln e Fernandez no time
- Ramiro está muito bem; hoje, sem Bolaños, Maicon,Walace, Giuliano, Douglas, ele é nosso melhor meio-campista
- Ainda acredito que Espinosa pode acrescentar e controlar o Renato
E começa pela manutenção de um meia armador, Bolaños, na ausência dele Fernandez ou Lincoln; aliás, contra times do Gauchão, eu manteria os dois.
ResponderExcluirSobre os leões de treino, lembro do Lipatin...
ResponderExcluirInsisto, Marcelo Oliveira me permite pensar haja algo de muito estranho e questões extra-campo.
Tenho muito receio dessa história de "na hora vai", sei lá Bruxo, um final é sempre construído através de um caminho traçado, em geral o fim tem diversos indicativos, no caso do Grêmio não consigo acreditar que, por milagre, o time "vire a chave" e comece a jogar. Como diria Muricy "trabalho meu filho".
PJ
ResponderExcluirNão é o normal o "na hora vai", mas alguma melhora tem que ocorrer, especialmente se o meio de campo encaixar, por enquanto, acho que é o calcanhar de Aquiles do time.
Marcelo Oliveira, sem comentários.