Tiroteio
Com o mau momento
gremista começam a surgir explicações dos mais variados matizes, algumas
próximas do bom senso, outras nem tanto. Diante disso, eu me sinto à vontade
para “chutar” um pouco: Também vou dar meu ponto de vista, mesmo sem viver na
sede dos acontecimentos, sem conviver “epidermicamente” com os fatos, mas com o
“feeling” forjado ao longo de mais de cinco décadas acompanhando a aldeia e
principalmente, o Imortal.
O Tricolor está quase
virando o fio. Essa é a minha conclusão, porque se fosse apenas privilegiar
competições, ele estaria muito bem / muito obrigado na Copa do Brasil e não se
teria esta apreensão diante da decisão de 20 de Setembro. E não é na questão física.
Premiações
diferenciadas por campeonatos poderiam ser parte da explicação para a péssima
campanha no returno do Brasileiro; mas aí voltamos ao parágrafo anterior; e as
três partidas ruins diante de Cruzeiro, duas vezes + Botafogo? Para mim, esta justificativa
é inconsistente. O Grêmio está mal desde a segunda metade de Agosto, passou o
rodo da mediocridade por todos os certames, todas as disputas indistintamente até considerando a hipótese de premiações diferenciadas.
Afirmar que o problema
começou com a ausência de Espinosa; bom, esta é fantástica. Por que? Porque o
velho treinador há tempos pendurou as chuteiras e abandonou a prancheta. A
crise técnica passa longe deste pensamento mágico. Seu último grande trabalho data de 198... e poucos.
As causas residem
dentro de campo. Passam pelas ausências de Luan e Pedro Rocha, provisória e
permanente, respectivamente, além da má fase de Ramiro. Ele + Arthur formam a
dupla que turbina o meio de campo, duo esse que permite liberar Luan para o
processo criativo do meio para frente, ainda dar assistência ao trabalho do
volante Michel. Ramiro e Arthur são o elo da defesa para o ataque; resumindo: A
transição do time. Aliam raça com técnica.
Acrescenta-se a isso, a
lesão de Pedro Geromel. Sua excelência no setor defensivo mais a saída
qualificada nas suas arrancadas ficaram ausentes no time.
Os coadjuvantes são
obviamente, coadjuvantes, então, se os bons estão bem, Bruno Cortez, Leonardo
Moura, Edílson e dá para incluir neste grupo, Michel, Kannemann e Lucas
Barrios, também renderão; o contrário é verdade. Verdade e realidade, neste
momento.
Lembram da historinha de num time “azeitado” o ruim
vira mediano, o mediano vira bom, o bom vira craque e o craque, um extra-classe?
Pois é, o contrário é verdadeiro também.
As escolhas equivocadas
nas prioridades não serão as causas de uma desclassificação diante do Botafogo,
elas explicam quase tudo, entretanto, nesse confronto específico, elas não
afetarão o time. Se o Grêmio não passar, os fatores do insucesso estarão na
casamata, nas quatro linhas e na incapacidade de gerir situações-limite da Direção; repito, neste confronto específico.
Vindo a vitória e
consequente conquista da vaga, ainda dará tempo para o Tricolor fazer uma
correção no grupo e inscrever novos atletas com histórico de resposta imediata,
algo como ocorreu com Mário Sérgio em 83 no Mundial; afinal, o Tricolor estará há 2 empates e 2 vitórias da conquista da Libertadores com chances imensas de ser o mandante dos jogos de volta, caso o Lanús não confirme ir até à final.
Não acho crível que pessoas escoladas na política e na arte de negociar se sintam incapazes de administrar de maneira satisfatória um grupo que ganha bem e segundo se diz: - É uma família. Dá para ultrapassar o Botafogo e + 4 jogos, até porque não existe um bicho papão pela frente.
Hora de todos meterem a cara; os lesionados, o grupo e a massa torcedora.
Perfeito
ResponderExcluirGracias, Carlos
ResponderExcluirAgora é fechar questão em torno da classificação. Precisamos passar.
Precisa ganhar de qualquer maneira, depois tem tempo pra arrumar a casa.
ExcluirTeu comentário é o resumo do que eu vou postar agora.
ResponderExcluirNao quero contaminar ninguém. l, mas estou pessimista.
ResponderExcluirGlaucio
ResponderExcluirAcho que passamos. Uma hora, o Botafogo vai sentir a competição.