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segunda-feira, 18 de setembro de 2017

Opinião


Tiroteio


Com o mau momento gremista começam a surgir explicações dos mais variados matizes, algumas próximas do bom senso, outras nem tanto. Diante disso, eu me sinto à vontade para “chutar” um pouco: Também vou dar meu ponto de vista, mesmo sem viver na sede dos acontecimentos, sem conviver “epidermicamente” com os fatos, mas com o “feeling” forjado ao longo de mais de cinco décadas acompanhando a aldeia e principalmente, o Imortal.

O Tricolor está quase virando o fio. Essa é a minha conclusão, porque se fosse apenas privilegiar competições, ele estaria muito bem / muito obrigado na Copa do Brasil e não se teria esta apreensão diante da decisão de 20 de Setembro. E não é na questão física.

Premiações diferenciadas por campeonatos poderiam ser parte da explicação para a péssima campanha no returno do Brasileiro; mas aí voltamos ao parágrafo anterior; e as três partidas ruins diante de Cruzeiro, duas vezes + Botafogo? Para mim, esta justificativa é inconsistente. O Grêmio está mal desde a segunda metade de Agosto, passou o rodo da mediocridade por todos os certames, todas as disputas indistintamente até considerando a hipótese de premiações diferenciadas.

Afirmar que o problema começou com a ausência de Espinosa; bom, esta é fantástica. Por que? Porque o velho treinador há tempos pendurou as chuteiras e abandonou a prancheta. A crise técnica passa longe deste pensamento mágico. Seu último grande trabalho data de 198... e poucos.

As causas residem dentro de campo. Passam pelas ausências de Luan e Pedro Rocha, provisória e permanente, respectivamente, além da má fase de Ramiro. Ele + Arthur formam a dupla que turbina o meio de campo, duo esse que permite liberar Luan para o processo criativo do meio para frente, ainda dar assistência ao trabalho do volante Michel. Ramiro e Arthur são o elo da defesa para o ataque; resumindo: A transição do time. Aliam raça com técnica.

Acrescenta-se a isso, a lesão de Pedro Geromel. Sua excelência no setor defensivo mais a saída qualificada nas suas arrancadas ficaram ausentes no time.

Os coadjuvantes são obviamente, coadjuvantes, então, se os bons estão bem, Bruno Cortez, Leonardo Moura, Edílson e dá para incluir neste grupo, Michel, Kannemann e Lucas Barrios, também renderão; o contrário é verdade. Verdade e realidade, neste momento.

Lembram  da historinha de num time “azeitado” o ruim vira mediano, o mediano vira bom, o bom vira craque e o craque, um extra-classe? Pois é, o contrário é verdadeiro também.

As escolhas equivocadas nas prioridades não serão as causas de uma desclassificação diante do Botafogo, elas explicam quase tudo, entretanto, nesse confronto específico, elas não afetarão o time. Se o Grêmio não passar, os fatores do insucesso estarão na casamata, nas quatro linhas e na incapacidade de gerir situações-limite da Direção; repito, neste confronto específico.

Vindo a vitória e consequente conquista da vaga, ainda dará tempo para o Tricolor fazer uma correção no grupo e inscrever novos atletas com histórico de resposta imediata, algo como ocorreu com Mário Sérgio em 83 no Mundial; afinal, o Tricolor estará há 2 empates e 2 vitórias da conquista da Libertadores com chances imensas de ser o mandante dos jogos de volta, caso o Lanús não confirme ir até à final.

Não acho crível que pessoas escoladas na política e na arte de negociar se sintam  incapazes de administrar de maneira satisfatória um grupo que ganha bem e segundo se diz: - É uma família. Dá para ultrapassar o Botafogo e + 4 jogos, até porque não existe um bicho papão pela frente.

Hora de todos meterem a cara;  os lesionados, o grupo e a massa torcedora.





6 comentários:

  1. Gracias, Carlos
    Agora é fechar questão em torno da classificação. Precisamos passar.

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    1. Precisa ganhar de qualquer maneira, depois tem tempo pra arrumar a casa.

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  2. Teu comentário é o resumo do que eu vou postar agora.

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  3. Nao quero contaminar ninguém. l, mas estou pessimista.

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  4. Glaucio
    Acho que passamos. Uma hora, o Botafogo vai sentir a competição.

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