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quinta-feira, 7 de dezembro de 2017

Opinião


A Gangorra não quebra


Em postagem anterior (Segunda-feira), eu afirmava que havia vários  assuntos sobre o Imortal que renderiam para toda a semana; pois bem, após uma queda de energia no meu bairro que afetou telefone e internet, hoje retomo a análise dos acontecimentos.

Desde que me conheço por gente, não vivi um momento sequer de relevância, onde a Dupla estivesse (ambos os clubes) “por cima da carne seca” como por exemplo, um, campeão brasileiro e o outro, da Libertadores. Se a memória não me falhar, sempre no auge  de um, o outro visita o Inferno. A expressão atribuída ao jornalista Lauro Quadros se mantém atual: A gangorra resiste e está muito atual.

O início do Octa campeonato vermelho, 1969, coincide com a primeira gestão de Flávio Obino. Além da competência da Direção colorada, o desmonte da equipe hepta campeã azul colaborou muito com isso.

Os anos 80 e 90, períodos de grandes conquistas gremistas são coincidentes com más gestões do Coirmão, que insistiu em recrutar ex-craques gremistas em busca de uma “veia” vitoriosa que não rendeu nada em termos de conquistas à exceção de uma Copa do Brasil em 92, que ficou ilhada entre o tri de 79, 13 anos antes e o Mundial de 2006, ou seja, 14 anos de espera.

Sobre esta última conquista, ela teve muito mérito da sua direção, mas, novamente o adversário deu um “mão desgraçada”, pois, para celebrar o centenário do clube, os caciques gremistas com uma única voz dissonante (Hélio Dourado) elegeram por aclamação o Sr. Flávio Obino em 2003. Bateu o desespero em mim e no David Coimbra; eu no meu mundinho na aldeia e o jornalista com o “feeling” apurado, sentindo o cheiro de caos, catástrofe já em Fevereiro, quando o Inter virou um Grenal com Muricy. Ali, pedíamos a renúncia de Obino, antes de “um mal maior”. Não ocorreu, infelizmente.

Depois, a derrocada gremista prosseguiu até à segunda queda para a Série B em 2004. O Inter teve a tranquilidade para fazer os ajustes, suportando oscilações (goleadas para o Boca), batendo na trave no Nacional de 2005, sem pressão da massa torcedora, porque olhava “para o lado”, para o seu eterno rival e ele só despencava.

Hoje, 07 de Dezembro, o Grêmio comemora 1 ano de sua libertação dos 15 de exílio dos grandes títulos, sua exorcização. Muita competência de seus dirigentes, porém, de novo podemos visualizar a força que chegou de seu principal oponente, isto é, a Swat Colorada foi providencial; ela com esmero foi desconstruindo os principais pilares de sua posição no pódio. Uma a uma, as “verdades” vermelhas ruíram como um castelo alicerçado por baralhos: Goleada de 4 a 1; goleada histórica, quase irrepetível em Grenais, 5 a 0, o “tapa de luva” da contratação fantástica de Anderson, o Andershow, rotundo fracasso, “Clube grande não cai”, a agonia em praça pública, a comparação de sua “tragédia” com a da comoção terrível vivida pela Chapecoense. 

Prosseguindo: Um suplício para não encarar a Segundona expôs o clube a um vexame mundial na Europa, jornalistas “isentos” saindo do armário e caindo em desgraça, alguns até se aposentaram, outros diminuíram o ritmo em seus blogs, o vice-campeonato da Série B digerido à contragosto, porque se imaginava ganhador “com um pé nas costas, sem produção de dvd”.

Enfim, essa situação do Coirmão também impulsionou o Imortal para a até agora, conquista de duas super taças, mas pelo andar da carruagem, parece que é só o começo de outra Era Azul nos pagos gaúchos.

Fica a lição para os dois clubes, a má gestão de um pode se tornar o oxigênio e fonte inspiradora para o outro. A catástrofe de um torna-se unguento para o outro.

A gangorra vive.

6 comentários:

  1. Eu tinha um chefe que duzia: "Não pode perder a foda".
    No caso esse é momento do Grêmio e não pode perder a foda, bora ganhar mais titulos.

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  2. Carlos
    Exatamente; a hora é de confirmar o grande momento.

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  3. Esperamos que seja uma grande era que dure muitos anos...

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  4. Leonardo

    Bruxo: A questão do planejamento é um componente importante. Os bons gestores de empresas sempre têm planos de curto, médio e longo prazo. Com clubes de futebol não é diferente. Montagem de elencos com jogadores bons e complementares (para todas as posições) dentro de um orçamento que não 'estrangule' a capacidade financeira do clube não é tarefa para amadores! Acho que, passada a euforia, o Grêmio deveria iniciar o projeto "Tetracampeonato da Libertadores" montando um elenco qualificado. Como torcedor eu gostaria que o planejamento de curto prazo fosse o de tentar vencer todas as competições mesmo correndo o risco de perder todas elas! É um pouco frustante ver o clube desistindo de títulos que poderiam ser alcançados!

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  5. Leonardo
    Concordo plenamente; para 2018, o Tricolor deverá planejar ganhar o Brasileiro e LA, esquecendo o resto, Gauchão, Primeira Liga e Copa do Brasil.
    Aí entram o planejamento, objetivos, diretrizes, metas e estratégias.Como? Bom, os caras ganham rios de dinheiro para pensar isso.

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