Um jogo muito aquém
do que poderia apresentar a Seleção de Tite
Haverá lamentações. Haverá críticas.
Haverá caça aos "culpados". Na verdade, temos que olhar a derrota da
Seleção Brasileira pelo lado dos vencedores.
Que belo time a Bélgica tem. Tiveram
méritos. E como tiveram méritos! Principalmente no 1º tempo. Futebol rápido e
insinuante. Um meia altamente qualificado: Hazard. Craque de bola! A ele,
somaram-se De Bruine e Lukaku. O que sobrou na Bélgica, faltou ao time de Tite.
Nossos grandes jogadores sucumbiram em campo.
Sem Casemiro, devido ao cartão
amarelo no jogo anterior, Tite manteve a sua equipe escolhida como titular, com
Fernandinho no lugar do volante do Real Madrid. Mesmo admitindo os méritos do
time belga – e como os teve, a Seleção de Tite mostrou um futebol abaixo do
esperado numa fase eliminatória de Copa do Mundo. Fernandinho e Paulinho estiveram
mal. Erraram passes em demasia. Fernandinho teve ainda a infelicidade de marcar
contra a rede brasileira.
Fagner teve trabalho na lateral
direita. E foi envolvido em vários lances. Marcelo voltou à lateral esquerda,
recuperado da lesão que o afastou do time em jogos anteriores. Como de costume,
Marcelo avançou. E pelo lado dele a Bélgica envolveu o time brasileiro. A
cobertura aos avanços do lateral não existiu na primeira fase. Naquele espaço
jogaram Lukaku, Hazard e De Bruine. De Bruine marcou o segundo gol, exatamente
numa jogada pelo lado de Marcelo.
Não são muitos os corajosos a dizer
o que Tite fez questão de não ouvir ou ver. A maioria dos jornalistas
brasileiros “fechou” com as escolhas do treinador. Porém, aos olhos sem
cegueira, faltou algo mais para o time brasileiro. Faltou o “camisa 9”. O
“homem de área”. O centroavante definidor, que incomoda todo e qualquer
zagueiro. Seja ele um nove mais fixo ou mais móvel. Lukaku foi o que Gabriel
Jesus não foi.
No 2º tempo, Roberto Firmino entrou,
e logo depois Douglas Costa. Naturalmente, o time melhorou muito. E pressionou
a Bélgica, que não chutou a gol. Administrando o resultado, o time de Roberto
Martinez passou a defender-se. Correu riscos, já que a responsabilidade de
manter o placar saiu dos pés de seus jogadores de linha e passou para as mãos
de Courtois. A confiança depositada no goleiro belga atendeu à expectativa do
técnico: Courtois fez uma partida inesquecível para o torcedor da Bélgica.
Mesmo com maior posse de bola, o
talento do time brasileiro não apareceu. O bloqueio montado por Roberto
Martinez foi mais eficaz. Tite fez entrar Renato Augusto, numa tentativa de
melhorar mais o time. A Bélgica encolhida, acabou falhando na marcação. Renato
Augusto diminuiu o placar. A pressão aumentou muito. As chances foram sendo
“empilhadas”. Uma, outra e mais outra. O gol de empate não saiu.
Veio o apito final do árbitro. A
Seleção de Tite “volta para casa” ciente que poderia ter feito mais. E poderia
mesmo!
Seis seleções vivas, seis europeus. Eurocopa na Copa do Mundo. O bom futebol agradece - e não me surpreende. São melhores. "Ah! Foram os jogadores sulamericanos que os club...as seleções contrataram! Como competir com o dinheiro delas?" Tsc tsc tsc...
ResponderExcluirEuropa: melhores times, melhores jogadores, melhores técnicos, mais história, mais inteligência.
América do sul: chororô de que o problema é de mais dinheiro na Europa, folclore e crença de quem tem DNA melhor para futebol por causa de reboladas individuais de caras no tempo que se amarrava cachorro com linguiça, e que seriam guardados no bolso por dois marcadores medianos europeus colados neles no futebol de hoje. Não venceria a Copa do Mundo nem que esta fosse novamente realizada na América do Sul "para equilibrar".
O bom trabalho no futebol agradece. O pastor mal caráter, caboclo com sonhos de intelectual, só pega na europa a seleção de Albânia!
(Agora vai aparecer gente que passou os últimos 20 dias pintados de verde e amarelo se fazendo de críticos, estes ficam assim na frustração apenas. E que me ensinavam que seleção "devo torcer") POIS SOU SECADOR DA SELEÇÃO BRASILEIRA, SEMPRE FUI E SEMPRE SEREI.
PATRIOTISMO? POR CAUSA DA NACIONALIDADE DO RG? AH! VÃO SE CATAR! MINHA "PÁTRIA" É MINHA FAMÍLIA!
Rodrigo
ResponderExcluirAcho que é convicção generalizada que os europeus são quantitativamente melhores, mas o que explicar os títulos brasileiros? Na verdade, há apenas o Brasil para fazer frente. Onde estão os europeus Alemanha, Espanha e Itália?
Nem tanto o Céu, nem tanto a Terra.
Alvirubro
ResponderExcluirEu tinha sérias restrições quanto ao time do Tite, mas vinha vencendo, então, contra fatos, eu não tinha argumentos, ainda que não me afastasse deles.
Duas de minhas convicções ficaram escancaradas nesta tarde (no Brasil): Não temos laterais direitos brasileiros na face da Terra.
Casemiro, seu talento, mascarou as "boas" performances" de Paulinho. Este último, no máximo, um bom reserva. Mas é ovelhinha, o que fazer?
Pois vou te relembrar um fato: em 2010, quando o Brasil foi eliminado pela Holanda, o que a crítica esportiva brasileira fez? Desancou o pau no Dunga, o culpado pela derrota da Seleção Brasileira no Mundial. Aqui abro um parêntese: não acho Dunga treinador. E nem o defendo como tal. Porém, procuro ser imparcial nas avaliações.
ExcluirSe em 2010 detonaram o treinador, por qual motivo não criticam Tite e suas escolhas, hoje?
Ah, já sei! Tite é mais polido. Dá entrevistas mais elaboradas. Não é turrão e nem briga com as grandes redes de TV e de Jornal. E assim, mesmo tendo sido eliminado, Tite deve continuar, dizem todos.
Ele e suas eternas escolhas. Aliás, Tite tem direito de fazê-las. É o técnico escolhido para a Seleção Brasileira. E não há melhor que ele. Entretanto, preferiu ficar com os jogadores de sua confiança. E abraçou-se a eles no retorno para casa, antes da semifinal.
"Não são muitos os corajosos a dizer o que Tite fez questão de não ouvir ou ver. A maioria dos jornalistas brasileiros “fechou” com as escolhas do treinador."
ExcluirPerfeito; além do treinador "treinar" os jornalistas, há um fator imbatível no quesito críticas: As propagandas do Pastor; ele passava confiança, credibilidade. Quem ousaria ir contra?
Tite virou "santo" entre o povão também, mesmo aquele corneteiro, que não é papagaio de palpiteiros desqualificados da imprensa. Acompanho muitos blogs pelo país. Tite era hegemonia, sem ganhar de europeu. Na Copa tinha escapado de propor jogo contra europeus (Sérvia não conta, precisavam do resultado.) Digo que não faria gol na Suécia, no jogo "de Campeonato gaúcho". Europeus, só enrolou com eles tirando o pé em amistosos.
ExcluirOutra certeza: Embora jogue na Europa, eu achava que Gabriel Jesus ainda não estava pronto para ser o 9. Vai ser o de 2022.
ResponderExcluirOutra certeza:Miranda joga demais. Fico pensando Geromel com ele.
Bruxo, 2006 2010 2014 2018... Maior jejum da Dupla Brasil-Argentina. Já que não dá para contar com o Uruguai. Acho que o Rodrigo em grande parte está certo, pense:
ResponderExcluirDaison
ExcluirNão examino a questão sul americanos x europeus, tão simplesmente, ele mascara muito, basta pegar a comparação Argentina x Espanha ou Brasil x Itália ou ainda, Uruguai x Inglaterra, depende do ponto de vista. Quem tem melhor retrospecto visto da forma como enumerei os confrontos.
Não é tão simples esta análise.
Complementando, Daison:
ExcluirO desequilíbrio numérico de Seleções em Copas (vagas) também ajuda a criar uma realidade discutível.
"desequilíbrio numérico de Seleções"
ExcluirA proporção está correta, tal a quantidade de países em cada continente. Itália e Holanda ficaram de fora. As eliminatórias deles são duras. E olhe que nem conto Bulgária, Romênia, etc etc, a legião de médios que já fizeram times muito bons - e que costumam deixar grandes de fora da Copa.
Seja como for a proporção mostra a superioridade, antes era de 14 da Uefa a 5 da Conmebol (8, se somar a concacaf). Agora, 6x0.
A Bélgica (cuja qualidade era conhecida por quem a viu) jogou bem sem ser heróica. No segundo tempo faltou gás para impor os contrataques e rápida reposição defensiva. Mas a defesa continuou, quando postada, um muro, sobrou chuveirinho e chutes aos Minions e os contrataques estavam sempre armados, mas os caras chegavam cansados. Por exemplo, Lukaku fazia o aranque dele e chegava na área sem prna para driblar. E os balões foram precisos em muitos momentos que se fosse no primeiro tempo sairiam de pé em pé até a rede brasileira. Contra a França, vão precisar de mais saúde.
ResponderExcluirTite, menos pior técnico do brasil, não pega Malta na europa. Às ganhas só ganhou de sulamericanos, terceiro mundo do futebol, e europeus venceu em amistosos, sem a gana de Copa. Atrás no placar, os "Amigos de Tite" recorreram à mediocridade sulamericana: oba-oba, correria e raça, chutes de longe, tentativas de cavar penaltis. De superior, só o gás e a motivação do caixão à vista. TALENTO E ORGANIZAÇÃO? PARA A BÉLGICA.
(Hilário o palhaço do Neymar se jogar de novo, levantar e pedir para jogar enquanto outros pediam VAR desenhando no ar: ficou com medo de o VAR ir contra ele mesmo o amarelar por simulação e o suspender por dois cartões amarelos! "Vamos jogar, vamos jogar!" kkk Canalha e malandro, como o pai pilantra, esses dois não valem o que comem.)
Agora que já ganhei mais uma Copa do Mundo, vou admirar o futebol bem organizado:
SUPERIOR TATICAMENTE, INDIVIDUALMENTE E EM QI da Europa.
A Bélgica que achei excelente hoje é a mesma que pariu uma bigorna para suplantar os japoneses.
ExcluirConcordo contigo! Cada jogo é um jogo.
ExcluirAlvirubro
ExcluirCriei aquele espaço "Memórias" para um desafio a mim mesmo, isto é, o que ainda ficou na minha lembrança, aí fui atrás de material da época (teu e outros), isso me fez ver que o imponderável entra em campo, muitas vezes como o pênalti em 1990 na final ou os erros em 2002 que auxiliaram como nunca o penta brasileiro.
Serve para a gente refletir.
Jogou bem quando precisou. Assim são os grandes times, inclusive os antigos que você acha fantásticos e que seriam desmascarados quase todos se a eles fosse imposto velocidade.
ExcluirOutra alegria pela minha convicção inabalável: Goleiro é mais importante do que presidente, neste caso,Coutuois foi nesta tarde/noite mais importante do que o rei belga.
ResponderExcluirEle, canhoto, vai de mão trocada (a direita) e, embora fosse para fora, fez a dita bola "indefensável" nos apagar das luzes. O Brasil empatando naquele momento, iria fortalecido para a prorrogação.
O goleiro belga justificou hoje, todos os meus argumentos anteriores sobre a as tais "bolas indefensáveis". A Copa do Mundo é um grande mostruário de como se faz. Defesa de almanaque.
"Goleiro é mais importante do que presidente"
ExcluirConcordo. O renascimento de Grohe pegando as "impossíveis" que ele tomava antes foi mais importante que Luan, por exemplo, para a LA/2017 a partir das quartas de final, onde o Grêmio se mediocrizou na linha.
Hazard e De Bruyne, além da técnica, mostraram uma inteligência acima dos demais em campo. Aceleraram o jogo, retardaram quando necessário. Faltou para Hazard a precisão do último passe.
ResponderExcluirVamos ver o que mostrarão no próximo jogo. Que são craques, não tenho dúvidas. Mas até os craques, às vezes, têm uma jornada não muito feliz.
ExcluirFicou bonito o próximo jogo.
Alvirubro
ExcluirE no outro lada da tabela? Quem fará a semifinal? Arrisca?Os demais companheiros arriscam?
Bruxo, eu acho que a Inglaterra vai para a final. Sei que tem a Rússia e isso pode pesar no futuro. Mas acho que a Inglaterra vai. Um pecado a França e a Bélgica estarem no mesmo lado.
ExcluirNão dou palpite, uma expulsão etc muda tudo, mas digo quem é melhor. A Suécia e sua defesa, absurdamente associada a ruralito aqui após o jogo com a Alemanha (nenhum clube gaúcho ou brasileiro furaria aquela retranca se estivesse jogando daquele jogo até hoje), é melhor que a Inglaterra, ainda que esta seja mais homogênea como time. Camisa? Pensamento mágico. A Croácia é melhor que a Russia e melhor que Suécia também, mas inferior à França, que é a melhor da Copa, pouco acima de Bélgica e Croácia. França vs. Bélgica não é final antecipada - se dirá muito isso.
ExcluirConcordo, Rodrigo.
ExcluirAcho que dirão isso; final antecipada. A verdadeira final poderá desmentir isso, se a vencedora de França e Bélgica sucumbir dia 15/7.
Rodrigo
ExcluirAssociada ao ruralito aqui pela renúncia em matar o jogo que estava à feição, uma vitória sobre a Alemanha significava a classificação antecipada já na segunda rodada.
A Suécia ficou com medo de ser feliz e superestimou os decadentes campeões do mundo.
Foi nesse sentido a associação com o ruralito.
A Alemanha impôs uma pressão muito forte, e não valia a pena sair. E o jogo era de vida ou morte só para a Alemanha. E a retranca funcionou: tomar gol de falta aos 50' é algo contra o qual retrancas não podem fazer nada.
ExcluirJá vi retrancas até mais bizonhas. Em Barça vs. Internazionale, 2010, Champions, e Barça vs. Chelsea, 2012, champions, duas semifinais na Espanha. Os italianos e ingleses nem corriam atrás da bola na própria intermediária (bola ao alcance!), abandonaram o orgulho. Felipão fez isso no Grêmio no 1x5 contra o Palmeiras na LA/1995 de forma quase fracassada, mas que funcionara antes na copa do Brasil do mesmo ano (2x2, três expulsos, campo do Palmeiras vazio para uma escapada.)
Não vaia a pena dar um buraquinho sequer para o time da Alemanha há dias ou de Guardiola há anos, tal a velocidade do tiki-taka objetivo de caras como Messi, Xavi, Iniesta, Fábregas, Villa, etc. Tal a pressão sofrida no Nou Camp. Medo de ser feliz? Isso é poema. Todos fizeram o que podiam. Afunilar, se apertar na goleira, abandonando o orgulho, assumindo a inferioridade.
Rodrigo
ExcluirA Alemanha estava exposta e com 10. Dificilmente a Suécia vai encontrar uma situação tão "mamão com açúcar" nos confrontos futuros com esse adversário.
Hazard não é tão craque assim. Despontou como grande promessa, mas jamais chegou ao nível de top-5 mundial, assim como Modric. Nesse caso, os próprios europeus concordam. Preferem Messi, Cristiano Ronaldo, Neymar e até Marcelo.
ExcluirAntônio R.
Antônio
ExcluirPrimeira vez que vi um jogo inteiro de Hazard; me parece excelente jogador, mas abaixo dos que tu enumeraste, especialmente (ontem) errou o último passe. Poderia ser 3 ou mais.
Se despediu de Arthur, Bruxo?
ResponderExcluirArthur se despediu da torcida e do clube? Boa sorte Arthur, pior para o Grêmio mas melhor para Arthur. Torço muito para o sucesso dele e no Barcelona precisa mostrar qualidade rapidamente, sem trem andando, chegar no início da temporada de lá, ou sai rápido para nunca mais ter chance. E que o Grêmio pague por Cíceros, Jailsons, etc, preconceito do Burro com sorte com a base, com Matheus, por exemplo, enfim, pelo burro com sorte só pensar no dia que vive, porque caga para 2019, onde nem aí estará.
Grêmio/2019: fortes emoções - não para o Burro com sorte, com sua praia, camisa do Flamengo e cerveja, bem longe, de bolso cheio, dizendo que jogou mais que esse ou aquele quando não passou de um trombador que coletivamente defendia um time só: o dele mesmo.
PERFEITA DECISÃO DO ARTHUR, TODO O SUCESSO DO MUNDO PARA ELE, EM BARCA FURADA SÓ DEVE FICAR O "CAPITÃO".
Rodrigo
ResponderExcluirO Arthur tomou o destino que James Rodriguez, Maradona, Falcão e outros tomaram ao longo dos anos; não foi uma decisão apenas dele.
Sobre o treinador do Grêmio; olha, se botar uma única faixa neste segundo semestre, me serve.
Mas o destino de Arthur não seria, "peremptoriamente" outro? Errou, apenas isso, admita. Confiou numa direção que te ilude.
ResponderExcluirRodrigo
ResponderExcluirQual destino? Não entendi.
ficar no Grêmio.
ExcluirRodrigo
ExcluirTodas as partes queriam esse desfecho
Sobre o Arthur concordo com o Rodrigo. Direção do Grêmio afrouxou. Transformou um negócio que seria bom em um negócio mediano.
ExcluirAntônio R.
Antônio
ExcluirUma pergunta: havia "lastro" para endurecer a negociação? Havia mais interessados? Respeitando opiniões em contrário, o Grêmio fez um grande negócio. Até porque temos exemplos bem significativos, casos de Damião e Dourado no lado vermelho e mais anteriormente, William "Magrão" Antunes, lembra dele? Que os clubes regatearam na hora de negociar e deu no que deu.
Entendo, Bruxo. Mas acho que o Grêmio poderia ter endurecido sim. O negócio teria sido bom se ele tivesse ficado no Grêmio até o fim do ano. Olha só: o Grêmio recebeu 60% de 30 mi de euros parcelados, e mais 60% de hipotéticos 9 mi em cláusulas (parece que uma das cláusulas, que seria sua convocação para a Copa de 2018, já era). Aceitou-se isso porque o jogador ficaria no Grêmio até o fim de 2018. Se ele fosse sair agora, no meio do ano, melhor era ter vendido em janeiro, à vista, e ter tempo e dinheiro para fazer a transição. Mesmo vendendo por 35 mi (ou 32 mi) em janeiro, se fosse à vista, seria melhor. O valor é bom, de qualquer modo, mas não podemos comparar com o passado. Há uma tendência dos valores das transferências aumentarem, em todo o mundo. Vinicius Jr., Rodrygo do Santos... logo logo a venda de Arthur vai ser pequena. Fred, volante, acabou de ser vendido por quase 60 mi de euros.
ExcluirEnfim, acho que o Romildo deveria ter segurado Arthur até o fim de 2018. Ou então liberá-lo apenas por uma soma grande dinheiro (mais 7 ou 8 mi na bucha, além do resto do valor combinado todo à vista, por exemplo). Se o Barça não quisesse e o jogador fizesse beicinho, banco nele. Serviria de exemplo. O Grêmio não ia ficar de pedinte por mixaria de 3 mi (só o título da Copa do Brasil vale 5 vezes mais que isso).
Enfim, não estou conseguindo escrever com muita clareza pq desde 11 da manhã estou no trago, mas a ideia é mais ou menos essa. Arthur era o melhor jogador do Grêmio e mais valorizado. Foi vendido por pouco. Gostaria de vê-lo até o fim da ano para ganharmos LA e BR. Qualquer mixaria que some em questão de dias nos cofres do clube empalidece perto disso. Agora vai ficar mais difícil.
Antônio R.
Antônio
ExcluirArthur junto com Geromel e Luan são o trio de craques do Grêmio; eu não conheço a realidade financeira do Tricolor, mas desconfio que a venda de Arthur sirva para que as próximas vendas, o clube tenha condições melhores de negociação. São várias variáveis, tivemos um exemplo recente da posição de André junto ao Sport, ele bateu o pé e veio. Acho que não foi o caso do Arthur, mas o risco havia.
Tomara, Bruxo!
ExcluirAntônio R.
"Um jogo muito aquém do que poderia apresentar a Seleção de Tite", "Mesmo com maior posse de bola, o talento do time brasileiro não apareceu." "As chances foram sendo "empilhadas". Uma, outra e mais outra. O gol de empate não saiu." "Veio o apito final do árbitro. A Seleção de Tite "volta para casa" ciente que poderia ter feito mais. E poderia mesmo!"
ResponderExcluirCom Tite não poderia mais que isso, está, ele mais que os jogadores atrasado. E vejo mais talento nos outros. Não apenas talento mas inteligência de o efetivar, sem frescuras, "espetáculo". Daqui a duas Copas talvez, se ele passe a morar na europa e nunca mais ver torneios sulamericanos (peladas) - e arranjar uma naba qualquer para treinar, para não ficar a só coçar o saco. ainda talento: Na Bélgica havia mais. Não confunda talento com rebolados. Caras como Hazard e Modric driblam fácil e sem frescura. E talento se vê na capacidade de troca de passes, porque isso exige dominio rápido de bola, especialmente em toques precisos de primeira, caneleiro não tem vez. Talento não é só enfileirar desde o meio campo, isso nem existe no futebol de hoje. Chance empilhadas? Viu outro jogo. Chances sujas, a mais limpa do segundo tempo, onde o brasil "esperneou", foi ainda no 2x0 no chute cruzado de Hazard, quatro contra quatro na intermediária e totó. Não podia fazer mais. Só é melhor que a Russia.
Nosso amigo Rodrigo é muito deslumbrado com o marketing do futebol europeu (estilo Champions, com aquele hino do Händel que era cantado na coroação dos monarcas britânicos e remete à realeza, heroísmo e à história gloriosa repleta de batalhas fantásticas que a gente lê nos livros) e por isso não consegue avaliar as coisas com objetividade.
ResponderExcluirÉ evidente que o futebol europeu, de conjunto, é superior ao sul-americano. Eles tem mais estrutura, organização, clubes, países e recursos. Eles tem 15 seleções na Copa e a América do Sul tem 5. Seria extraordinário se fosse o contrário. No entanto, é verdade que nos últimos 30 anos a diferença tem se acentuado e isso ocorreu por dois motivos principais: primeiro, por causa da União Europeia e da Lei Bosman, a Europa se integrou totalmente, com um intercâmbio constante e permanente de jogadores, treinadores, táticas, experiências. Enquanto isso, na América do Sul ainda prevalece a insularidade. Segundo, a disparidade de recursos entre Europa e América do Sul aumentou muito e isso gera ainda mais organização, estrutura e interesse do lado de lá, ao passo que nos prejudica. Os principais clubes da Europa não reúnem apenas os melhores europeus, reúnem os melhores do mundo, inclusive os sul-americanos (jogadores e técnicos também).
Fazer uma comparação global da Europa com a América do Sul, portanto, sem observar as especificidades e esses fatores, é completamente errado. Aqui na América do Sul, somente o Brasil está no clube dos gigantes. E tem apresentado boa regularidade de 90 para cá, inclusive com dois títulos. Colômbia e Chile poderiam ter melhores desempenhos, pelos jogadores que chegaram a reunir. Uruguai tem tido desempenhos excelentes, considerando todas as dificuldades. O grande ponto fora da curva é a Argentina, que pelos times que montou de 90 para cá (não esse de 2018) poderia ter ganho uma ou duas copas, não fosse a bagunça generalizada e absurda da AFA.
Falar dos europeus nesta Copa é ver o conjunto. França é o único time qualificado e regular. Bélgica foi superior ao Brasil, mas nem tanto. Até fazer o primeiro gol, jogava pior. Brasil se desestabilizou completamente (problema psicológico, como foi em 2014), tomou o segundo e poderia ter tomado mais um ou dois (até poderia sair um 7 a 1 ali). No segundo tempo, o Brasil se recuperou e jogou bem mais que a Bélgica. Se empatasse e virasse seria normal. No outro lado da chave, as seleções são fracas. Inglaterra gostaria de ver mais, mas também passou muitas dificuldades contra a Colômibia.
Falar dos europeus nesta Copa é também lembrar dos fracassos vergonhosos de Alemanha e Espanha. Lembrar que o campeão europeu foi bastante inferior e perdeu para o Uruguai. Lembrar que duas seleções tradicionalíssimas, como são Itália e Holanda, sequer se classificaram.
Então, essa comparação entre Europa e América do Sul tem que ser mais matizada. A forma como o Rodrigo aborda indica viralatismo (os europeus são tão mais inteligentes que nós talvez devamos agradecê-los por levarem nossos jogadores a preço de banana, quem sabe também não devamos entregar de graça nosso petróleo e recursos naturais?), sentimento de inferioridade e até um toque de racismo (por que insistir na caracterização de Tite como "caboclo"?).
Fiquei triste pelo Uruguai, para quem estava torcendo. Mas contra uma França superior e sem Cavani ficou impossível. Fiquei feliz pela derrota do Brasil. Sou secador da Seleção. Não gosto do Neymarzinho (moleque mimado e arrogante) e do Tite (paneleiro com discurso de pastor e coach motivacional), retratos perfeitos de nossa classe média que pensa ser elite.
Antônio R.
Gostei e concordo com o teu texto. Digo mais, não é pelo fato da Argentina ter decidido a Copa de 2014, a do Brasil, que passou a ser boa seleção.
ExcluirPara mim, as circunstâncias peculiares de um torneio como este é que fizeram chegar à final. Não merecia, mas para as estatísticas, houve um sulamericano na decisão.
Por isso essas estatísticas que comparam "apples and oranges" são enganosas. Pelo simples fato de que os europeus tem 3 vezes mais seleções que os sul-americanos, eles tem 3 vezes mais chances (e obrigação, claro), de ganhar os títulos e marcar presença nas finais. As coisas mudam de figura quando comparamos países individualmente. Vamos comparar Alemanha com Brasil e Itália, Uruguai com Holanda e Inglaterra, Argentina com França e Espanha etc. Aí é possível observar problemas e virtudes no trabalho de cada um. Sem esquecer, é claro, aquilo que falei nos comentários anteriores. Disparidade de recursos e a integração europeia (dos anos 90 pra cá) fazem toda a diferença. Mais grana gera mais organização, mais interesse, mais profissionalismo. Isso uma hora ou outra vai refletir na formação de jogadores e na seleção nacional. Se este ano a Espanha, a Alemanha, a Itália e a Holanda fracassaram de forma vexaminosa, tem uma França ou as ascendentes Bélgica e Inglaterra que podem salvar a honra da Europa.
ExcluirAntônio R.
Exatamente, veja, se Bélgica e Croácia fizerem a final, não será apenas a supremacia da Europa, mas a decadência das históricas potências europeias. Poderemos colocar na mesma "vala" sul-americanas e europeias (seleções tradicionais).
ExcluirPerfeito!
ExcluirAntônio R.
Agora uma observação sobre a seleção de 2014 e a de 2018. Muito se criticou o Felipão pelo 7 a 1. Mas Felipão tinha uma safra de jogadores bem pior, ficou sem os dois melhores no jogo contra a Alemanha (Neymar e Tiago Silva). Tomou o 7 a 1 num curto circuito parecido com que aconteceu ontem contra a Bélgica. Muita pressão e despreparo mental, tomam um gol e se desmontam completamente. Em 2014, a Alemanha aproveitou e afundou a Seleção. Ontem os belgas só fizeram mais um (poderiam ter feito dois ou três). Falta liderança e preparo psicológico. Sem poupar o Felipão, claro, que é ex-treinador desde que saiu de Portugal. Mas não vejo como comparar essa seleção de Tite tão favoravelmente assim com a de 2014.
ResponderExcluirAntônio R.
Antônio
ExcluirEsta releitura que estou fazendo para "engrossar" as referências da minha memória, reforçam uma desconfiança que passou a ser certeza; faltaram líderes dentro de campo. Às vezes, é preferível um mediano como Oberdan, jogou 10 anos no Santos e nunca foi titular a um jogador de uma técnica superior como Beto Fuscão. Para mim, Oberdan sempre, apesar do craque que era Fuscão.
É isso Bruxo, o Brasil demonstra claramente um despreparo psicológico. E isso não é de agora. É de 2006 pra cá. Em todas as Copas de lá pra cá há esse problema. Se agravou em 2014 por ser no Brasil, mas é uma marca da Seleção.
ExcluirAntônio R.
Exatamente! Aliás, antes de 2006, pode citar a de 50, os últimos dias que antecederam a final contra o Uruguai, a de 54, completamente improvisada e até 1970, quando tiraram o treinador dois meses antes de embarcar.
Excluir2006 é um capítulo à parte. Supra sumo da bagunça.
A de 2006 realmente foi incrível. Por isso que se analisarmos objetivamente, em termos historicos, a seleção brasileira é a que consegue reunir os melhores jogadores na média, mesmo nas últimas décadas. Outras seleções tem grandes gerações e depois não conseguem renovar a safra. O Brasil, com exceção de algumas copas, normalmente tem um conjunto de jogadores de alto nível, capaz de estar entre os melhores. Neste ano de 2018 somente França se iguala, por exemplo. Por isso não se pode falar em decadência do futebol brasileiro nesses termos. Podemos falar de decadência do futebol de clubes, isso sim, pela falta de profissionalismo e organização, e pela falta de recursos também.
ExcluirAntônio R.
Antônio
ExcluirIncrivelmente, eu não assisti o jogo inteiro, vi apenas o segundo tempo, quando estava 5 x 0 para os teutos,mas considero este evento, como único. Tem sua relevância, porém, não exclui os acontecimentos antes e depois da vida de Luiz Felipe.
Concordo contigo, Portugal foi o último grande trabalho dele.
Bruxo, também acho que o evento foi único. Por mais que possamos fazer críticas ao Luiz Felipe e tecermos elogios à grande preparação e organização da Alemanha em contraste com o "atraso" do Brasil (e concordo em grande parte com essas avaliações, mas elas não explicam tudo), aquilo que aconteceu foi raro e não se explica pela diferença de qualidade. Foi um curto-circuito mesmo, os jogadores desmoronaram, faltou liderança em campo e fora dele e os alemães foram frios e objetivos para decidir. Agora, é fato que a Alemanha como time era bem melhor que o Brasil.
ExcluirPra mim o Felipão é o maior treinador da história do Grêmio, até pela memória afetiva, pois era muito novo no início dos anos 80 e acompanhei na plenitude o time dos anos 90. Também achei bom o trabalho do Luiz Felipe no Grêmio em 2014-2015, ajudou a dar início à recuperação e à construção do Grêmio atual.
Antônio R.
Sempre naquela ótica que me referi, ser maior e ser melhor; Luiz Felipe foi maior do que os "melhores" Telê e Ênio Andrade, tem também o Foguinho que foi um revolucionário para sua época,elevando a um grau maior a importância da educação física no clube,o que resultou em 12 títulos em 13 (regionais).
ExcluirE esse problema da concentração de recursos está se tornando muito grave, não apenas na relação da Europa com a América do Sul, mas dentro da própria Europa também. Os campeonatos espanhol, alemão, francês e italiano perderam a graça, pois só tem um ou dois verdadeiros postulantes ao título (são como os nossos regionais). O inglês é mais interessante, justamente pelo equilíbrio e variação, tem pelo menos 3 ou 4 candidatos de respeito a cada temporada (mesmo que um time costume vencer por larga margem e com antecedência, como foi o City este ano). Nos últimos dez anos a Champions foi dominada por Madrid e Barça. É difícil furar o bloqueio. Bayern, Juventus, um ou outro inglês e agora o PSG aparecem como postulantes. Mas aí você vê o PSG, Juventus, Bayern e Liverpool serem derrotados com certa facilidade, sem que o Madrid tenha feito muito esforço ou tenha apresentado um futebol muito convincente. Mas a quantidade de grandes jogadores reunidos que eles tem fatalmente os coloca em enorme vantagem. A dupla de zaga é excelente, são dois dos melhores do mundo. O lateral esquerdo é considerado o melhor do mundo. O direito está entre os cinco melhores. Casemiro, Kros e Modric não se encontram juntos em qualquer outro time. CR7 o melhor centroavante do mundo. Isco o melhor jogador espanhol. E quando a coisa aperta tem Bale, Benzema, Vázquez, Asensio etc. Fica difícil. Um time bom como o Liverpool não teve nem chance, pois só tem um ótimo ataque e o resto é comum. O PSG, se arrumar a bagunça interna e baixar a bola do Neymar, pode fazer frente. Mas é mais fácil esperar que o Madrid se desestruture agora e perca o CR7.
ResponderExcluirAntônio R.
Antônio
ExcluirRealmente é assim, mas veja pela ótica do torcedor; você mencionou "são como os nossos regionais" e isto é absolutamente certo, no entanto, eu deixo uma questão que torcedor, em nome de uma "não concentração" de bons jogadores, abriria mão des títulos no Regional? Explico: Gremistas e Colorados não mudariam isso. O mesmo pensamento serve para a Europa.A solução está nos que não foram convindados para o "banquete".
corrigindo: convidados.
ExcluirÉ isso mesmo, Bruxo. Mas os campeonatos nacionais europeus não precisavam ser assim tão díspares. Aliás, não eram assim até vinte anos atrás, talvez com exceção do campeonato espanhol que sempre foi dominado por Madrid e Barça - e isso por peculiaridades da economia, sociedade e política da Espanha. Mas se observarmos a Alemanha, nunca houve uma hegemonia tão grande do Bayern (acho que já são seis ou sete títulos em sequência). Na Itália, Juventus idem, e antes foi a Inter. E o pior é verificar que esses times que são tão melhores que seus pares nos campeonatos nacionais perdem fácil para Madrid (ou Barça) na Champions. O único que vem destoando é o campeonato inglês, que já teve grandes campeões em sequência no passado (Liverpool, Manchester Utd.) mas agora parece que está ficando mais diversificado, talvez pelo sistema de distribuição das verbas da TV. Não sei, teria que analisar com maior profundidade.
ExcluirMas concordo contigo, os torcedores não querem abrir mão dos títulos. Só que se houvesse algum tipo de controle nas transações e nos gastos dos clubes (as regras de fair play financeiro tem se mostrado fracas para isso) seria possível ver um equilíbrio maior, na própria Europa mesmo, que seria benéfico para o futebol como um todo. Um time não poderia jogar de maneira desleixada como faz o Madrid, sabendo que tem uma legião de craques que uma hora ou outra irão decidir. A organização, a inovação tática, as estratégias dos treinadores e o esforço dos jogadores seriam aspectos mais decisivos do que são hoje, para o bem do futebol, penso eu.
Talvez seja só uma fase, ainda de adequação do mundo do futebol ao domínio avassalador do mercado (anos 90 pra cá) que tem gerado nos últimos dez ou quinze anos essa concentração. Daqui a pouco as melancias podem se acomodar na carroça e as coisas passam a fluir da melhor maneira. Mas por enquanto ainda vamos ver o domínio de Madrid, Barça, PSG, City, United, Juventus e Bayern - a oligarquia dos "super-ricos".
Antônio R.
Quero acreditar que seja uma fase, assim como seja também uma fase, a venda de alguns clubes para sheiks e afins, o que descaracteriza (pelo menos para mim) a razão principal do ato de torcer, por isso, valorizo muito o trabalho de certos clubes brasileiros que conseguem avanços, nadando contra a maré.
ExcluirÉ verdade, Bruxo, por isso eles tinham que aplicar melhor as regras do Fair play financeiro. Não é possível que clubes de peso, fortes e tradicionais, como Porto e Benfica, Ajax e PSV, Dortmund e outros alemães, Atl. Madrid, Valência, Sevilla e Atl. Bilbao, Napoli, Roma, Liverpool, entre tantos outros, sejam apenas meros coadjuvantes que perdem seus melhores jogadores para os super-ricos a qualquer hora (como se fossem clubes do interior gaúcho perante a dupla Grenal). Isso tem que acabar, é ruim para o futebol. Existe um equilibrio entre ter times fortes e poderosos que tem mais recursos e conseguem grandes fases de hegemonia e o que está acontecendo hoje, com o clube dos super-ricos, no qual só se entra se um sheik ou oligarca quiser comprar um clube para aplainar sua trajetória política e empresarial no jet set cosmopolita do mundo das finanças e da mídia ocidental.
ExcluirAntônio R.
A reação tem que vir dos prejudicados; os grandes não vão sair dessa zona confortável.
ExcluirParabéns pela lucidez e inteligência nos comentários. É interessante a análise de vcs dois. Mas honestamente, todos os times demonstram despreparo psicológico quando estão perdendo. É da natureza humana. Às vezes, a equipe perdedora empata de forma forituita e ganha moral, em outras, suas jogadas ofensivas teimam em não entrar. Então quando perde, "ah, faltou controle emocional". E quando ganha, "soube ter frieza no momento difícil". É do futebol.
ResponderExcluirExemplo: A Bélgica sofreu muito com os dois gols japoneses. Tiveram uma pane de meia hora. Descontaram num gol sem querer. E no abafa empataram em seguida. Mais no instinto do que na estratégia (aliás, o próprio treinador reconheceu isso na entrevista, salientando que naquele momento não havia tática, só vontade).
A pane do Brasil foi de 20 minutos. Se atirou de mais ao ataque sem necessidade ao sofrer o primeiro gol. No segundo tempo, o time jogou muito bem. Inclusive demonstrando grande controle psicológico com um dois a zero contra. Controlou o jogo, e atacou com grande perigo. Resultado justo seria o empate. E na prorrogação, outra partida.
Acho engraçado ninguém admitir que não existe sorte em Futebol. Como tudo na vida, a sorte, o acaso, está sempre presente. A Belgica ganhou um gol de presente onde não teve mérito. A partir dali, o jogo ficou a feição para eles. Já a Seleçao não só encarou a adversidade, como se recuperou tecnica, física e mentalmente no jogo. Não empatou por detalhe. Outra questão: é muito mais fácil jogar como franco atirador. Uma derrota da Bélgica nem de longe teria o mesmo peso.
Dito isso, acho muito mais lógico atribuir essa derrota a fatores técnicos, de escalação, de um pouco de sorte talvez, e muito menos ao fator psicológico, que até existiu com o Fernandinho, que claramente sentiu a falha (que foi mais do Jesus do que dele, inclusive).
Vinnie
ResponderExcluirObrigado.
O fator emocional tem um peso que pode ser grande, dependendo dos demais; recordando: O Brasil de 58 saiu perdendo para os donos da casa e vinha de duas "tragédias", a primeira , a de 50, que gerou até teorias racistas e 54, onde perderam a cabeça diante da Hungria e foram comparados à selvagens, porém, Didi, o maestro, foi até o gol de Gilmar, buscou a bola e saiu falando que no ano anterior, os brasileiros haviam batido o escrete sueco. Reagiram bem.
Quem seria o Didi de 58 ou o Gérson/Pelé de 70 nesta Seleção do Tite? Ninguém. Como escrevi antes, às vezes é melhor ter um Oberdan do que um atleta de maior qualidade. Lógico, não estamos tratando de um perna de pau e outro craque, mas de alguns que tenham este "fator", o psicológico, mais desenvolvido.
Vinnie, concordo contigo, em grande parte. Também acho que o fator sorte é decisivo no futebol, principalmente em torneios (não nos campeonatos de pontos corridos). A diferença do futebol para os esportes coletivos como basquete e vôlei é principalmente o número de pontos. No basquete e vôlei, como são dezenas, centenas de pontos em uma única partida, quase nenhum ponto é absolutamente decisivo (exceto em jogos em que há equilíbrio). No futebol um ponto (um gol) normalmente é fatal.
ExcluirE foi mais ou menos assim que foi o primeiro gol da Bélgica. O Brasil estava bem melhor (o que invalida certa teoria de que o Brasil tomou um nó tático da Bélgica) até sair o gol contra fortuito. Aí entrou o fator psicológico. O time se desmontou completamente, inclusive em termos táticos. O gol do De Bruyne foi um exemplo. O lado esquerdo da defesa brasileira estava totalmente aberto. Lukaku avançou tranquilo sobre a marcação (Fernandinho errou ao não fazer a falta, mas também não tinha cobertura), De Bruyne estava livre e ainda tinha o outro belga livre também. A Bélgica poderia ter feito mais dois ou três. No segundo tempo concordo contigo. O Brasil veio tranquilo e firme, poderia ter empatado e até virado, tal foi o domínio. Acho que nesse aspecto o Tite conduziu bem os jogadores no intervalo. Mas como estava perdendo por dois, ficou muito mais difícil de conseguir a virada, afinal o time da Bélgica tem ótimos jogadores e é bem treinado (não é um Japão, uma Coréia, uma Suécia).
Tu tem razão ao falar da Bélgica contra os japoneses. Eles realmente se apavoraram e conseguiram o empate no abafa. A Alemanha nesta Copa também foi muito interessante. No jogo contra a Suécia, manteve a frieza até o fim. Já no jogo contra a Coréia, se percebia o desespero tomando conta dos jogadores no segundo tempo.
O que eu falo do Brasil e nisso concordo totalmente com o Bruxo, é que o problema emocional tem se repetido muitas vezes. Ao tomar aquele gol, faltou liderança. Não digo que com isso o Brasil ia virar tranquilamente, mas teria bem mais chances, pois é superior à Bélgica. Tem melhores jogadores. O sistema defensivo belga é bem frágil (mérito do Martínez que mitigou o problema ao colocar dois volantes e adiantar o De Bruyne) e por mais que admire a qualidade de De Bruyne, Hazard e Lukaku, considero Neymar, Coutinho, William, Marcelo, Douglas Costa, Firmino, Jesus etc. tão bons ou melhores.
Acho que o Tite errou sim na escalação e na própria montagem da Seleção para a Copa. Falhou na lateral direita (Fagner é bem limitado), não levou uma alternativa de armação no meio de campo (Arthur poderia ser este cara, mas entendo que o Tite deveria ter convocado ele desde o ano passado, até para testá-lo nos jogos internacionais) e insistiu muito no Paulinho, William e Jesus que jogaram muito pouco. Sendo que poderia ter fixado Douglas Costa, Firmino, Renato Augusto e, sei lá, até o Taison (afinal, convocou por quê?). Isso já se via antes do jogo da Bélgica.
Enfim, são muitos elementos. Entram os fatores técnicos e a sorte. Mas o lado emocional tem complicado a seleção há bastante tempo. Seria importante corrigir isso. Mas mantendo o modelo atual, em que o Neymar é a verdadeira autoridade e liderança incontestável (mesmo sem braçadeira de capitão), acima até do Tite, acho difícil. O Neymar é espetacular, um dos melhores do mundo, mas o lado psicológico o prejudica e ainda contamina as equipes em que joga. Olha o que está acontecendo no PSG. O cara tem Cavani e Mbapé do lado. Quer ataque mais poderoso? Mas as confusões que ele promove vão prejudicar o clube.
Antônio R.
Dando o meu pitaco, Antônio, mais adiante, quando a poeira baixar, eu dar minha opinião sobre esta copa; dos trechos que acompanhei.
ResponderExcluirVou dar uma "palhinha": Tite não abandonou a sua posição de pastor; suas ovelhas afundaram, quando a exigência psicológica aumentou. Além disso, apostou em jogadores ruins para uma competição como essa(Danilo, Fagner e Fernandinho) e outros absolutamente decadentes, caso de Paulinho e até Renato Augusto, embora a sua boa perfomance nos poucos minutos contra a Bélgica.
Insistiu com jogadores inconstantes como Willian e apostou na "deslanchar" de Gabriel Jesus,fato que não ocorreu.
Perfeito, Bruxo!
ExcluirAntônio R.
Desculpem os erros do texto; estava atrasado, voando.
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