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quinta-feira, 14 de janeiro de 2021

Opinião




Os Pecados de quem goleia no jogo de Ida

Assisti o segundo tempo de Palmeiras 0 x 2 River Plate e revivi aquele famoso Palmeiras 5 x 1 Grêmio em Agosto de 95. Foram muito parecidos. Ambos que passaram de fase pareceram aqueles lutadores de boxe que ganharam, mas saíram com a cara bastante avariada. Foram vitórias por pontos, sem sequer conseguir o recurso de clinches, quase empates.

No caso do River ontem, ele não se classificou pela novidade chamada Var; senão, dificilmente anulariam o gol de Montiel e voltariam atrás no pênalti, onde o mesmo Montiel seria o cobrador.

Há méritos no Palmeiras de 25 anos atrás e no River Plate, porém, dá para ver defeitos nos perdedores (mas classificados).

Aquele Grêmio foi com um goleiro reserva com o dedo quebrado, sem Dinho, suspenso e Adílson deslocado para centro-médio. Entretanto, acima disso tudo estavam no peso da bagagem levada para São Paulo, um placar folgadíssimo a favor (5 a 0) e o estigma de ser um time violento. Aí, quem se violentou foi o Tricolor que esteve irreconhecível, pois quis provar que não era o grupo truculento que a imprensa do eixo alardeava. Faltaram a vibração de Danrlei, o "despotismo" de Dinho no meio de campo e a bravura de Adilson na zaga, parecendo um peixe fora d'água como volante.

Não foi o que se esperava e quase se foi.

O Palmeiras deste segundo tempo que vi, foi um time sem liderança anímica; ninguém para pisar na bola e prendê-la nas zonas longes e mortas do campo. Jogadores absolutamente assustados, independente do tempo de carreira como Marcos Rocha, Luan, Breno, Danilo, Gabriel Menino, Rony e Weverton. Todo mundo assustado.

Perdeu, porque ganhou folgadamente no jogo de ida. Caiu na armadilha de que podia tomar um, depois dois e acreditou na impossibilidade de reversão. Quando ficou 0 a 2, o River poderia ter 9 atletas, que ainda assim iria prensar nas cordas o seu adversário. Com 10 contra 11, o que se via na tela era algo como 12 argentinos contra 9 palmeirenses. Um fenômeno matemático.

O 0 a 0 no confronto de ida, fez com que o Santos tivesse outro comportamento diante do Boca; lógico, a "escaldada" do jogo de terça na Arena Parque Antárctica, ajudou na adoção de medidas preventivas.

São detalhes que decidem uma passagem de fase. 

Mais um aprendizado para os clubes brasileiros. 


 

4 comentários:

  1. Bruxo, como havia postado no tópico anterior, ficou a lição do River de que os treinadores e jogadores brasileiros são mimados. Ele jamais se entregam assim. Talvez o Santos seja a exceção nesse momento. Por isso leva a minha torcida pra final.

    Agora te pergunto, por que o Grêmio não joga com aquela volúpia? Por que não troca passes rápidos e chega na área adversária com três ou quatro toques como fez o River ontem?

    A imprensa quer passar o cachorro da longevidade, de que o time joga junto há quatro anos. Será que alguém se deu ao trabalho de comparar os elencos do River entre 2017 e 2020? Falam como se o cara tivesse exatamente o mesmo time na mão.

    Não são os jogadores. É a atitude. A ousadia do treinador.

    O Grêmio infelizmente é refém de um treinador preguiçoso que adota um futebol tico-tico acariocado. E acredita que isso seja futebol bonito. Tampouco é eficiente, pois não ganha nada há quatro anos.

    Vendo o River ontem percebemos porque o Jorge Jesus ganhou de lavada em 2019. Nosso futebol é malemolente. Letárgico. Infelizmente não é um problema somente do Grêmio.

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  2. Vinnie
    Correto. Tanto que postei mais de uma vez sobre a lição que Jorge Jesus nos deu (brasileiros), em especial, sobre poupar.
    Com tu escreveste, o Santos "seja a exceção neste momento".
    Treinadores preguiçosos, jogadores malemolentes e dirigentes acomodados.

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  3. Tô vendo o Santos atropelar o Verdão na final e a bomba sobrar pro Grêmio.

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  4. Esta final terá elementos diferentes como por exemplo, jogar no Maracanã.
    Também acho que os dois abandonarão o Brasileiro, pelo menos, 10 dd antes da final.
    A Copa do Brasil, sua definição, está mais na conta do que o Grêmio fará; sua preparação.

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