Os Pecados de quem goleia no jogo de Ida
Assisti o segundo tempo de Palmeiras 0 x 2 River Plate e revivi aquele famoso Palmeiras 5 x 1 Grêmio em Agosto de 95. Foram muito parecidos. Ambos que passaram de fase pareceram aqueles lutadores de boxe que ganharam, mas saíram com a cara bastante avariada. Foram vitórias por pontos, sem sequer conseguir o recurso de clinches, quase empates.
No caso do River ontem, ele não se classificou pela novidade chamada Var; senão, dificilmente anulariam o gol de Montiel e voltariam atrás no pênalti, onde o mesmo Montiel seria o cobrador.
Há méritos no Palmeiras de 25 anos atrás e no River Plate, porém, dá para ver defeitos nos perdedores (mas classificados).
Aquele Grêmio foi com um goleiro reserva com o dedo quebrado, sem Dinho, suspenso e Adílson deslocado para centro-médio. Entretanto, acima disso tudo estavam no peso da bagagem levada para São Paulo, um placar folgadíssimo a favor (5 a 0) e o estigma de ser um time violento. Aí, quem se violentou foi o Tricolor que esteve irreconhecível, pois quis provar que não era o grupo truculento que a imprensa do eixo alardeava. Faltaram a vibração de Danrlei, o "despotismo" de Dinho no meio de campo e a bravura de Adilson na zaga, parecendo um peixe fora d'água como volante.
Não foi o que se esperava e quase se foi.
O Palmeiras deste segundo tempo que vi, foi um time sem liderança anímica; ninguém para pisar na bola e prendê-la nas zonas longes e mortas do campo. Jogadores absolutamente assustados, independente do tempo de carreira como Marcos Rocha, Luan, Breno, Danilo, Gabriel Menino, Rony e Weverton. Todo mundo assustado.
Perdeu, porque ganhou folgadamente no jogo de ida. Caiu na armadilha de que podia tomar um, depois dois e acreditou na impossibilidade de reversão. Quando ficou 0 a 2, o River poderia ter 9 atletas, que ainda assim iria prensar nas cordas o seu adversário. Com 10 contra 11, o que se via na tela era algo como 12 argentinos contra 9 palmeirenses. Um fenômeno matemático.
O 0 a 0 no confronto de ida, fez com que o Santos tivesse outro comportamento diante do Boca; lógico, a "escaldada" do jogo de terça na Arena Parque Antárctica, ajudou na adoção de medidas preventivas.
São detalhes que decidem uma passagem de fase.
Mais um aprendizado para os clubes brasileiros.
Bruxo, como havia postado no tópico anterior, ficou a lição do River de que os treinadores e jogadores brasileiros são mimados. Ele jamais se entregam assim. Talvez o Santos seja a exceção nesse momento. Por isso leva a minha torcida pra final.
ResponderExcluirAgora te pergunto, por que o Grêmio não joga com aquela volúpia? Por que não troca passes rápidos e chega na área adversária com três ou quatro toques como fez o River ontem?
A imprensa quer passar o cachorro da longevidade, de que o time joga junto há quatro anos. Será que alguém se deu ao trabalho de comparar os elencos do River entre 2017 e 2020? Falam como se o cara tivesse exatamente o mesmo time na mão.
Não são os jogadores. É a atitude. A ousadia do treinador.
O Grêmio infelizmente é refém de um treinador preguiçoso que adota um futebol tico-tico acariocado. E acredita que isso seja futebol bonito. Tampouco é eficiente, pois não ganha nada há quatro anos.
Vendo o River ontem percebemos porque o Jorge Jesus ganhou de lavada em 2019. Nosso futebol é malemolente. Letárgico. Infelizmente não é um problema somente do Grêmio.
Vinnie
ResponderExcluirCorreto. Tanto que postei mais de uma vez sobre a lição que Jorge Jesus nos deu (brasileiros), em especial, sobre poupar.
Com tu escreveste, o Santos "seja a exceção neste momento".
Treinadores preguiçosos, jogadores malemolentes e dirigentes acomodados.
Tô vendo o Santos atropelar o Verdão na final e a bomba sobrar pro Grêmio.
ResponderExcluirEsta final terá elementos diferentes como por exemplo, jogar no Maracanã.
ResponderExcluirTambém acho que os dois abandonarão o Brasileiro, pelo menos, 10 dd antes da final.
A Copa do Brasil, sua definição, está mais na conta do que o Grêmio fará; sua preparação.