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quarta-feira, 31 de janeiro de 2024

Opinião




O Formiguinha 


Determinadas expressões ou frases, quando mal utilizadas, acabam recebendo indevidamente, significados pejorativos. Como exemplos temos a daquele antigo dirigente que falava que "futebol se faz com convicção" ou o ex-treinador que dizia que "time tem que ter equilíbrio", porém, a prática deles era uma ilusão. Puro discurso oportunista e vazio e lá se vão dois conceitos caros para o ralo.

Uma frase maldita é a do jogador com "grande importância tática" para o time, pois quase sempre é utilizada para justificar a permanência de um "pereba" entre os 11. Com chuva ou sol, o cara é mais titular do que o craque da equipe.

Ela virou maldita, porque é mal utilizada, pois um time precisa de cara múltiplo, ele é muito importante, casos de Valdo, Paulo Cesar Tinga e também, Mário Sérgio no Inter de 79 e em Tóquio na conquista do Mundial. Esses. exemplos de craques com importância tática, mas houve Ramiro, recentemente e outros que me fogem à memória. Antes, Telê no Fluminense, Zagallo no Botafogo, eles não eram craques, mas foram fundamentais, sabe-se.

Pois apareceu no Grêmio, Dodi, um jogador que li nos comentários deste blog, que pareceu uma "formiguinha", isto é, incansável dentro de campo e tive esta mesma impressão.

Se confirmar esta característica nos próximos jogos, quem sabe o técnico não encontre nele, aquele atleta que faz parecer que o seu time atua com 12 em campo?

domingo, 28 de janeiro de 2024

Opinião




Grêmio vence a segunda no Gauchão 

Acho que todos (ou maioria) concordam que estes jogos iniciais, onde se classificam 8, servem para testar o grupo, no caso do Grêmio, mas é duro de ver um jogo destes. Ou pela ruindade do adversário ou pelo desentrosamento do Tricolor. É para fortes.

Não sei como estão os novatos que subiram este ano, Guarany e Santa Cruz, mas este Brasil é "candidataço" ao rebaixamento. É cheio de carências em todos os setores. A pior versão nos últimos anos.

No Grêmio, eu gostei de Reinaldo, o melhor em campo, Villasanti, o mais consequente do time e também, de Dodi, muito participativo. Surpreendeu-me a pouca estatura. No Santos me passou a impressão que era mais encorpado. De qualquer forma, hoje, ele foi muito bem.

O recuo incompreensível, após a vantagem no placar, quase repetiu o que acontece com equipes que abrem mão de atacar. O empate não ocorreu pela ótima defesa do goleiro gremista aos 40 minutos da etapa final. 

Renato preservou JP Galvão para a etapa final na esperança dele desencantar de vez, porém, isso reforçou a má fase dele. Não realizou nada consequente. André, com menos tempo, guardou o seu.

Galdino, novamente decepcionou e Bruno Uvini me passou mais uma vez que diante de adversários mais qualificados, ele vai comprometer.

Agora é esperar pelo fechamento da janela europeia. Quem sabe não apareça o Tetê por aqui?

sexta-feira, 26 de janeiro de 2024

Opinião




Centro Avantes 


Procuro não comentar especulações, nomes que pipocam na mídia como futuros atletas do Grêmio, mas a ideia da Direção de buscar dois Camisa 9, esta é real e merece a aprovação da torcida, mesmo que um deles tenha  a "cara" de opção, de alternativa, de bom reserva, isso é para se elogiar.

A história gremista na mostra que em um dado momento, uma circunstância especial, o reserva entrou e foi útil. Testando a memória, lembro do Brasileirão de 81, quando Baltazar oscilou e Héber assumiu a 9 e andou desequilibrando algumas partidas. Em 83, o comando do ataque não tinha alguém "dono"; era César, era Caio. Ambos foram cirúrgicos durante a Libertadores.

Seguindo, em 1995 havia Magno e Nildo, mas Jardel não deu chances. Era absoluto e raramente se lesionava ou suspenso. Já em 96, Zé Afonso participou decisivamente do lance que originou o gol do título (de Aílton), quando obrigou o zagueiro da Lusa cabecear "enforcado", dando o rebote divinal para o Pé de Anjo.

E o que dizer de 2017, quando Lucas Barrios mostrou ser um grande avante, mesmo assim, no jogo de ida, diante do Lanús, o suplente Jael foi decisivo para o tento de Cícero.

Por tudo isso, quem tem 2 tem 1, quem tem 1, não tem nenhum.

Que venham estes "Camisa 9".

quinta-feira, 25 de janeiro de 2024

Opinião




Grêmio vence a primeira no Gauchão 


Um resultado obrigatório, um escore normal. Goleada em casa sobre o São José é o que se esperava, mas o placar elástico também é decorrência da derrota na estreia. O time atuou pressionado, desconfio até que se vencesse o Caxias, Geromel e Marchesin seriam poupados.

Estas partidas iniciais, ainda mais contra adversários frágeis mascaram muito a real condição do elenco, então, melhor analisar a partida como se fosse um assistente sem a paixão de torcedor gremista. Neste caso, um primeiro tempo bom de ver, onde Soltedo sobrou em relação aos demais jogadores, demonstrando tudo que se quer de um avante talentoso: joga para frente, não teme as botinadas, é insinuante no "mano a mano" e uma consequência em cada movimento. Não faz nada sem buscar um objetivo para o time. Pela segunda vez, o melhor em campo.

A defesa gremista não chegou a ser testada, o Tricolor não sofreu assédio do Zequinha, umas duas boas defesas do estreante camisa 1 e nada mais, além da marcação forte e até desleal em alguns momentos do clube da zona Norte da capital.

A etapa final me deu sono; melhorou apenas nos lances dos gols, Cristaldo e Reinaldo mais a falha de Marchesin ao soltar uma bola para frente e o complemento com o erro do juiz, pois o arqueiro gremista toca primeiro na pelota, depois veio o choque inevitável.

Aliás, considero três erros grosseiros do juiz: pênalti de Kannemann na segunda etapa, a não expulsão na agressão que Soteldo sofreu com um pisão acima do tornozelo e, por fim, a marcação de penalidade inexistente. Acho que não há mais dúvidas, quanto à utilização do VAR (desde que seja isenta).

Sobre o ponto de vista das reais possibilidades gremistas, pouca coisa poderá se retirar de uma partida solitária contra adversário frágil e atuando em casa. Ficam a boa performance de Soteldo, o entrosamento de Geromel com Kannemann e as oportunidades que Nathan Fernandes vem perdendo, seja diante do Caxias ou nesta noite.

Galdino e Galvão muito mal, apesar do último ter feito o primeiro gol em solo brasileiro, mesmo que tenha anteriormente atuado por clubes grandes como Atlético Mineiro e Santos.

Para deixar o dia mais triste, a declaração do treinador gremista (só treinador???) sobre o destino sugerido para o clube (SAF).

Lógico que ele pode expressar sua opinião, mas enquanto estiver funcionário do clube, é uma transgressão que vai fragilizando a Direção, que seguindo com a aceitações como esta permissividade, essa gestão atual vai adquirindo contornos da anterior e todos sabem que nessas situações, só um ente sai lampeiro delas. E não é o clube.

segunda-feira, 22 de janeiro de 2024

Opinião




Virou o ano, mas os problemas parecem os mesmos 


A presença de Luizito Suárez em 2023 trouxe muita qualidade ao Grêmio, ele se transformou no craque do Brasileirão. Essa contratação foi o grande fato futebolístico no Brasil. Um acerto que será saudado para sempre na história Tricolor.

No entanto, essa grande sacada da Direção mascarou (para alguns) a realidade gremista e, embora seja um jogo de estreia, os problemas seguiram os mesmos, isto é, a defesa é frágil, não apenas na performance, mas na estatística. Foram dois gols levados. Às vezes, o goleiro salva, nos últimos meses, nem isso. O outro é a carência ofensiva sem o uruguaio. Soltedo vai ter que ganhar parceria, por último, a deficiência tática gremista, o time apresenta uma desarmonia entre os setores, exemplificando: o que é o meio de campo gremista? ninguém defende com qualidade, ninguém deste setor entra na área do adversário, não há nenhuma "pifada" aos atacantes, não existem triangulações pelos lados, as jogadas ensaiadas se resumem a escanteios curtos e bolas alçadas para os atacantes.

Tem muito trabalho a Comissão Técnica. O vice campeonato, realmente, segue sendo um milagre uruguaio.

E a Direção que fique "ligada", a LA é logo ali.

sábado, 20 de janeiro de 2024

Opinião




Derrota Previsível 


Ontem, eu não quis postar uma crônica sobre a partida desta tarde, porque ela seria taxada de pessimista. Infelizmente, a derrota veio da forma mais doída para o torcedor, aquela que não tem contestação, ainda que o adversário seja um clube bem menor e fez estrear sete, repito, sete novos atletas.

A principal justificativa, imagino (assisti a partida e saí sem ouvir nenhum pós-jogo), que seja o início de temporada, o pouco tempo de treinamento. Tudo verdadeiro, porém, para determinados jogadores, a partida de hoje foi uma continuidade absoluta do que vinham fazendo em plena temporada de 2023. Citando: Rodrigo Ely, lento, Cristaldo, omisso a maior parte do tempo, Éverton Galdino, sofrível e João Pedro Galvão, "inclassificável". Repito o que escrevi ano passado sobre Galdino, é jogador de Série B, no máximo, poderá estar num clube da A que sobe e desce, como o América Mineiro e Coritiba. Não adianta "rebentar" num jogo e ficar cinco devendo.

Ao ver a o Assado com ... (Duda Garbi) Cícero Souza (Palmeiras), a impressão é que o Centro de Dados do Grêmio vira pó e a decisão é de uma pessoa apenas. Não é crível que ele (o CDD) indique Galdino e JP Galvão, após "prospectar o mercado".

É cedo? Sim, é cedo, Villasanti foi mal e sabe-se que é ótimo meio de campo, João Pedro pode mais, talvez Pepê, Caíque fez espetacular defesa, porém, é um goleiro incompleto para o nível de exigência do Grêmio, a reposição de bola horrível. Além disso, os que entraram pioraram o time e aí, não há o argumento do cansaço.

Para piorar, o treinador mexeu muito mal, Besozzi entrou pelo lado direito, isso forçou Nathan Fernandes a virar um atacante de meio e o ataque não fez cócegas na defesa grená. 

Sobrou alguém de bom desempenho? Soteldo. Para ele, todas as justificativas que cabem para um início de temporada, não estiveram presentes na bela participação que fez ao longo dos 90 minutos.

O Caxias raramente foi ameaçado e contou com a graça de dois gols que caíram do céu, sem precisar da penalidade não marcada na primeira fase do jogo. Um time modestíssimo que arranca com três pontos jogando de "visitante" em sua própria casa. A torcida gremista fez a parte que lhe cabe. Virou maioria no Centenário.

É a primeira amostragem do ano, mas que dá para assustar, isso, não se tem dúvida. Vai melhorar, porque tem que melhorar obrigatoriamente. 

Sorte que a LA começa em Abril e até lá, Guerra pode corrigir o rumo do clube, refletir e concluir que aquele vice campeonato foi exclusividade de Suárez. 

Se pensar diferente, enterra o clube.


quarta-feira, 17 de janeiro de 2024

Opinião




Artilharia Pesada 


O Grêmio caiu cedo na Copinha, pelo menos, se desenhava uma competição mais encorpada, talvez até o título inédito. Não deu, mas ficou uma ótima impressão de um setor do time; o ataque.

São quatro promessas que trazem muita esperança aos torcedores: Alisson, Jardiel, Gustavo Nunes e o paraguaio Freddy Noguera. 

Não deixa de ser surpreendente ter um quarteto ofensivo com tanto potencial ao mesmo tempo.

O que me assusta é a tal "lapidação" que no Grêmio de Renato leva anos para o atleta "acontecer".

Como exemplo tivemos Tetê, um craque que não estava preparado para atuar no Gauchão, mas, vendido,  disputou a Champions League.

Vai entender!

domingo, 14 de janeiro de 2024

Pequenas Histórias

Pequenas Histórias (300) - Ano - 1977

1977 - Os Alquimistas estão Chegando

Fonte: J B Scalco - Revista Placar

Semana que vem inicia o campeonato gaúcho de 2024 e me vem à mente, o mais relevante em minha memória afetiva: o de 1977, que quebrou o ciclo vitorioso do Coirmão. Não foi mero acidente, mas um conjunto de acertos como raras vezes vi. Sem dinheiro, o Tricolor (aí, todos os níveis da instituição) ganhou de forma incontestável, aplicando goleadas, "chocolates", sempre aliando técnica, tática e têmpera de campeão. Uma alquimia para estudo e modelo a ser seguido.

Começou com a vinda de Telê Santana na metade do segundo semestre de 76, que logo percebeu que aquele "cano de time" precisava ser revisto a partir do que o grande arqueiro Agustín Mário Cejas detectou. Em sua saída do clube no final daquele ano, sentenciou: "Uma partida ganham os jogadores, um campeonato ganham os homens". O argentino que atuou ao lado de Pelé, mais uma vez, tinha razão.

Aí começou a reformulação do elenco. Numa época onde inexistia internet, olheiros contratados por todo o país e Centros de Excelência de Dados, o mago Telê Santana liderou a montagem daquele grupo vencedor. Primeiro, ele olhou para dentro do clube e manteve Eurico, Ancheta, Iúra e Tarciso. Aproveitou Vitor Hugo, um volante que veio no segundo semestre do ano anterior, que tinha o canudo de Jornalista. Depois, repassou sugestões certeiras para a Direção viabilizar o time.

Vieram Walter Corbo, goleiro uruguaio que estava entre os 22 selecionados para a Copa do Mundo de 70. Trouxe Oberdan, um zagueiro viril e irresignado, cuja liderança ombreava com Carlos Alberto Torres, Gilmar, Zito e Pelé nos anos 60 no clube da Vila Belmiro. No Coritiba, então, nem se fala. Ele era o cara. Tinha tanta autoridade que indicou o discreto e eficiente lateral Ladinho (do rival Atlético Paranaense) para o técnico gremista, dica aceita na hora. Isso, com poucos dias de Grêmio.

Estava fechada a zaga titular. Telê passou a montagem do meio e do ataque. Pegou Iúra, um menino criado na base, que todo começo de temporada, lustrava o banco de reservas todo final,  ele virava titular. Era múltiplo, começou nos profissionais como ponta direita e rodou por todas as posições do meio de campo para frente. Telê o fixou como meia esquerda. Outro ponto positivo para o treinador.

Tarciso, há anos, um centro avante incompleto e irregular, Telê o puxou para a ponta direita, posição que o mineiro relutou, pois faria concorrência com seu amigo, também mineiro o consagrado Zequinha. Assim, o Flecha Negra chegou à Seleção.

Faltavam três posições cruciais: alguém para o lugar de Neca, revelado por Ênio Andrade e jogador de Seleção Brasileira, outro para a ponta esquerda, verdadeira parada torta, pois a 11 era de Ortiz, simplesmente o ponta da Seleção Argentina (e futuro campeão mundial em 78) e a mais emblemática de todas: o centro avante. 

Não poderia haver vacilo: novamente, a sabedoria do comandante, primeiro campeão brasileiro na era moderna (1971 com o Atlético) emergiu. Ele recrutou uma lenda gremista, Alcindo, não satisfeito, mandou vir do Guarani, o centro avante André. Um camisa 9 espetacular e com muito custo, na verdade, um investimento altíssimo, Telê indicou o menino Éder, 19 anos, genioso e genial para finalizar a escalação do time, o novo camisa 11.

Faltou alguém? Sim, o mais completo jogador, o craque do time, o representante do comandante técnico dentro das quatro linhas, o líder silencioso do elenco, o gestor do grupo e acima de tudo, um ídolo para a torcida e uma referência ética na lida com a imprensa gaúcha: Tadeu. No Tricolor, ele viu o sobrenome acrescentado (Ricci), porque já existia outro Tadeu, o beque (Tadeu Vieira).

Tadeu (foto acima), o jogador que mais me passou o significado do conceito "Cerebral". Advogado de formação, ele a exemplo de Oberdan, indicou o seu ex-colega de time (América RJ), o também advogado, lateral Paulo César Martins para moldar o perfil forte do elenco.

Além desses, Telê apostou em Vilson Cereja para as laterais e zaga, trouxe a raça gaúcha na figura do zagueiro Cassiá, deu chances aos jovens da base como (Jorge) Leandro, o ponta Gino e Renato Lima (Tia Joana). Manteve outro juvenil, Luiz Carlos, um meia canhoto clássico e Zequinha, que junto com Alcindo, ambos deram alternativas ótimas para o ataque com experiência e biografia de Seleção Brasileira.

Verdade que o Mestre arriscou, apostando em dois goleiros da base como alternativa nas ausências de Corbo: Alexandre e Remi. 

Esse grupo talentoso, não era apenas de craques no trato com a bola, mas de elevada compreensão tática e senso coletivo. Ele encontrou em Telê, o grande profissional que soube ouvir e ser ouvido, isso resultando num elenco participativo, entrosado e comprometido.

Havia um líder na casamata, mas dentro dos gramados, existiam muitas cabeças pensantes que criaram aquele que foi o time dos sonhos de minha geração adolescente nos anos 70.

Fonte: Arquivo pessoal do amigo Alvirubro


 






sexta-feira, 12 de janeiro de 2024

Opinião




Roger Guedes 


Evito escrever sobre especulações, geralmente, elas são chutes e infundadas, mas uma me deixou entusiasmado: Roger Guedes.

O craque é gaúcho, guerreiro e com passagens exitosas em clubes de camisa pesada. Joga na frente e é goleador. Aí, alguém poderá dizer não é Nove de Carteirinha?

Bom, eu vi Tostão na Seleção e no Cruzeiro, Cruyff no Ajax, Seleção Holandesa e Barcelona, Palhinha (o craque, não confundir) no Cruzeiro e Corinthians, Sócrates, muitas vezes no Corinthians e Seleção Canarinho.

Novamente, alguém poderá afirmar; exemplos de meio século passado! Bom, e Luan em 2016 no próprio Imortal?

Deixo alguns questionamentos: João Pedro Galvão é Nove, quem vocês preferem? Outro: Aboubakar vai dar a resposta que Roger Guedes daria? Quem tem melhor custo-benefício?

Encerrando: Estão surgindo dois "Noves" na Copinha. Eles poderão ser alternativas ao craque que dá nome a postagem.

Por que não, Roger?


quarta-feira, 10 de janeiro de 2024

Opinião




A Esperança que desembarca na Arena 

Um goleiro de Seleção está chegando para o arco Tricolor. Marchesin tem biografia, botou faixa em quase todos os clubes que defendeu. Esteve no grupo vencedor de 2021, Copa América.

A dúvida que resta é sobre o que pode representar na continuidade de sua carreira, a grave lesão de ruptura do tendão de Aquiles.

De qualquer forma, é reconfortante para os torcedores gremistas saber que o diagnóstico sobre o elenco levou em consideração também, essa importante posição do time.

Acerta a direção, que  antes tentou um goleiro extraordinário (Andrada), que, como Marchesin, também se destacou no Lanús.

A experiência em Seleção e de Europa recomenda a sua vinda.

segunda-feira, 8 de janeiro de 2024

Opinião




A Morte do lendário Beckenbauer 


Vamos tratar do Grêmio nesta postagem, mas antes, eu preciso lembrar de um dos meus ídolos no futebol, Franz Beckenbauer, o maior centro médio que vi atuar, lenda do Bayern München, também da Seleção Germânica, o "Pelé" dos alemães, referência de jogador e profissional. Virou técnico e dirigente, um "faz-tudo" com extrema competência no escrete nacional e no seu clube do coração.

Jogou as Copas do Mundo de 1966 e 70 como volante, depois, recuou e virou beque em 1974, quando levantou a primeira taça, após a Jules Rimet ficar em definitivo com os brasileiros.

Atuou com Pelé no Cosmos de Nova Iorque, dando visibilidade ao futebol para a América do Norte.

Muito Obrigado, Kaiser.

Sobre o Grêmio, embora muito apreensivo, eu vejo que da base, algumas joias poderão confirmar; é o caso de Gustavo Martins, um zagueiro alto, veloz e com boa técnica para a posição. Na frente, Nathan Fernandes poderá ser a atração, se tiver parceria e boa cabeça.

No entanto, é na mesma posição de Beckenbauer que eu tenho as maiores esperanças: Ronald. O "alemão" tem porte para atuar à frente dos zagueiros e uma boa saída de bola, além de um cabeceio eficiente em ambas as áreas. Parece ser um desassombrado. Tem bela biografia.

Se a turma da Copinha São Paulo revelar mais uns dois diamantes, está justificado todo e qualquer investimento nas categorias de base. Como exemplo, eu vi o primeiro tempo de Grêmio e Figueirense, um 5 a 0, que virou 6 no placar final.

Gostei do goleiro Cássio, mas dificilmente ficará em clube grande pelo seu porte (pareceu menor do que todos os defensores), Cheron, Jardiel e Alisson, esse trio despontou bem. Claro! precisa ser visto e revisto nos próximos confrontos, mas a amostragem é esperançosa.

De crucial, há urgência num goleiro inquestionável e o tão esperado camisa 9.

Aguardemos.


domingo, 7 de janeiro de 2024

Opinião



"Repatriações" 

Luan foi dispensado no final do ano. Chegou sem nunca ter vindo. Foram 5 jogos, todos entrando na etapa final, nunca atuando mais de 30 minutos. Um sonoro fracasso, "crônica de uma morte anunciada".

A passagem do camisa 7 veio reforçar uma lista de jogadores com passagens marcantes ou quase isso, que ao retornarem ao Grêmio, nada acrescentaram as suas biografias como foram os casos de:

- Renato - 1991 - 17 jogos

- Paulo Nunes - 2000 - 18 jogos

- Valdo - 2002 - 12 jogos

- Douglas Costa - 2021 - 28 jogos

- Lucas Leiva - 2022 - 18 jogos

- Edílson - 2022 - 14 jogos

- Luan - 2023 - 05 jogos

Muitos desses jogos, alguns atletas atuaram por menos de 10 minutos, o que agrava mais o quadro.

Lembro apenas de Mauro Galvão com passagem marcante (2001), após 1996/97. A exceção para confirmar a regra.

Espero que a lição tenha sido aprendida.


sábado, 6 de janeiro de 2024

Opinião




O Tamanho da Bronca 


O Inter está armando um grande time e elenco; se confirmar um ataque com Valencia, Alario e Borré mais Alan Patrick "abastecendo" o trio, o Grêmio terá imensas dificuldades para manter a hegemonia regional. Também acredito que o Brasileirão terá mais um concorrente de peso com o que se está vendo, lendo e ouvindo. Além disso, Coudet já deu rodiões em Roger Machado em 2016 e em Renato no último clássico. O argentino com um grupo forte (não precisa ser de 200 milhões de reais) tem competência para brigar por títulos.

Fico pensando num clássico no Beira-Rio, onde Geromel pode estar lesionado e Kannemann suspenso (nada tão incomum) com a defesa formada por Caíque; João Pedro, Rodrigo Ely, Bruno Uvini e Reinaldo. É mole?

Olhando para o grupo remanescente, dá para ter a dimensão do tamanho do time sem Suárez. Até aqueles que diziam: - Por trás do "Pistolero" está um grande treinador - devem estar apreensivos com a diferença sem o camisa 9.

Vieram Dodi e Soteldo. É pouco para permanecer no topo das diversas tabelas. É convicção minha que, se o Tricolor não acertar nas próximas contratações, a gangorra muda em 2024. Falta muito para ser tornar um elenco confiável, imaginem para brigar por títulos.

Não é qualquer técnico que consegue juntar Titi, Dudu, Bruno Pacheco, João Ricardo, Yago Picachu, Guilherme e assemelhados e formar um time minimamente competitivo.

O caminho gremista este ano é de muito dificuldade para encarar LA e Brasileirão. Tomara que a base apresente alternativas.

Hoje à tarde, o Sportv mostra a gurizada gremista diante do Figueirense.

terça-feira, 2 de janeiro de 2024

Opinião




A Magia de ser Grêmio 

Com a escassez de notícias concretas, as postagens estão mais espaçadas e esta primeira de 2024 é consequência de "parar um pouquinho para refletir" e aí vem a conclusão: Como a nossa instituição é grande, é poderosa, é mágica.

Vejam: Quando Fábio Koff assumiu em 2013 e disse alto e em bom som - "A Arena não é do Grêmio", alguns torceram o nariz para o eterno presidente, mas passados 11 anos da inauguração é incrível (no seu verdadeiro significado, o de não ser acreditável) que o clube conseguiu os títulos que conquistou e o lugar que permaneceu na América, sendo 3 vezes consecutivas, semifinalista, juntamente com River Plate e Boca Juniors sem a renda do seu estádio. Enfim, pagar para ter os seus associados em jogos.

Além disso, foi ao inferno da Série B pela terceira vez, sem uma explicação razoável para tal e ao voltar juntamente com Bahia, Cruzeiro e Vasco da Gama, trouxe o maior jogador do campeonato, ganhou uma visibilidade mundial e ficou em segundo lugar, quando os outros três que subiram com ele, se debateram o campeonato inteiro para não cair novamente.

Sem os ganhos da bilheteria de locatário, sem ser SAF, com os recursos reduzidos de uma passagem pela segundona, o Tricolor surpreende por ser um resistente diante de tantos desmandos e obstáculos.

É um milagre o clube não estar falido.

Para ilustrar, deixo textos publicados em Zero Hora em 2017 sobre o tratado entre o Grêmio e os gestores da Arena:

Renda dos jogos

A renda dos jogos realizados na Arena vai para o caixa da Arena Porto-Alegrense. Mas parte deste valor é recebido pelo Grêmio através do quadro social – os sócios pagam direto ao clube. Para acomodar os associados nas partidas, o Grêmio paga R$ 1,5 milhão mensal à gestora do estádio.

Estacionamento e espaços VIP
São explorados exclusivamente pela Arena Porto-Alegrense. A gestora do estádio gera receita com a venda de vagas para o estacionamento, sejam fixas ou rotativas, e também com a comercialização de áreas VIP, como camarotes e cadeiras gold. O Grêmio não lucra com estes espaços.